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Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

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estar. É verdade que tal resulta<strong>do</strong> será trazi<strong>do</strong> indiretamente, de tal forma quequalquer mudança na distribuição também pode afetar a produção; isto é,através daquelas classes em cujo favor a redistribuição ocorre, utilizan<strong>do</strong>-se deseu coman<strong>do</strong> adicional de dinheiro para acumular mais capital <strong>do</strong> que seriaacumula<strong>do</strong> por aquelas pessoas de quem o dinheiro foi retira<strong>do</strong> [*8]. Mas istonão nos interessa aqui. Estamos interessa<strong>do</strong>s é se a variação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong>dinheiro possui qualquer outro significa<strong>do</strong> econômico além <strong>do</strong> seu efeito nadistribuição de renda. Se não possui outro significa<strong>do</strong> econômico [*9], então oaumento de prosperidade só pode ser apenas aparente; isso uma vez que elesó pode beneficiar uma parte da comunidade as expensas de uma perdacorrespondente de outra parte. E assim é na realidade. O custo deve sersuporta<strong>do</strong> por aquelas classes ou países que são as últimas a serem atingidaspela queda no valor <strong>do</strong> dinheiro.Vamos, por exemplo, supor que uma nova mina de ouro seja inaugurada emum Esta<strong>do</strong> isola<strong>do</strong>. A quantidade de ouro suplementar que flui dali até ocomércio chega primeiro aos <strong>do</strong>nos da mina e então vai para aqueles quenegociam com eles. Se dividirmos esquematicamente toda a sociedade emquatro grupos, os <strong>do</strong>nos da mina, os produtores de bens de luxo, os produtoresremanescentes e os agricultores, os <strong>do</strong>is primeiros grupos serão capazes dedesfrutar <strong>do</strong>s benefícios resultantes da redução <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> dinheiro, o primeiromais ainda <strong>do</strong> que o último. Mas assim que o dinheiro atinge o terceiro grupo, asituação está alterada. Os lucros obti<strong>do</strong>s por este grupo como um resulta<strong>do</strong> damaior demanda <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is primeiros já terão si<strong>do</strong> contrabalancea<strong>do</strong>s em algumtanto pelo aumento de preços <strong>do</strong>s bens de luxo, que já terão desfruta<strong>do</strong> deto<strong>do</strong> o efeito da depreciação quan<strong>do</strong> começarem a afetar outros bens.Finalmente, quanto ao quarto grupo, o processo to<strong>do</strong> não resultará em nadaalém de perdas. Os fazendeiros terão que pagar mais caro por to<strong>do</strong>s osprodutos industriais antes que sejam compensa<strong>do</strong>s pelos preços mais altos <strong>do</strong>sprodutos agrícolas. É verdade que no final, quan<strong>do</strong> os preços agrícolassubirem, o perío<strong>do</strong> de dificuldade econômica para os fazendeiros já terápassa<strong>do</strong>; mas não será mais possível então para eles garantirem lucros que oscompensarão pelas perdas que sofreram. Isto é, eles não serão capazes deutilizar suas receitas ampliadas para comprar merca<strong>do</strong>rias a preços

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