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Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

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uma nota bancária inconvertível é de curso legal tanto quanto o dinheiro deouro que estava em circulação antes <strong>do</strong> estopim da Guerra, com o qual aprimeira não tem nada em comum exceto o nome “marco”, ela é uma parte deum sistema de regras legais que permitem o Esta<strong>do</strong> explorar seu poder de criardinheiro novo como uma fonte de renda [*5]. Ele não pode mais ser dissocia<strong>do</strong>desse sistema assim como as leis cancelan<strong>do</strong> a obrigação <strong>do</strong>s bancos deconverter suas notas e obrigan<strong>do</strong>-os a fazerem empréstimos para o governopara a emissão de novas notas.Quan<strong>do</strong> juristas e empresários afirmam que a depreciação <strong>do</strong> dinheiro tem umainfluência muito grande em todas as relações de débito, que ela torna to<strong>do</strong> tipode negócio mais difícil ou até mesmo impossível, que ela invariavelmente levaà conseqüências que ninguém deseja e que to<strong>do</strong>s sentem ser injustas, nósnaturalmente concordamos com eles. Numa ordem social que écompletamente fundada no uso <strong>do</strong> dinheiro e que toda a contabilidade é feitaem termos de dinheiro, a destruição <strong>do</strong> sistema monetário significa nadamenos que a destruição da base de todas as trocas. Entretanto, esse mal nãopode ser combati<strong>do</strong> por leis criadas ad hoc com o intuito de remover o far<strong>do</strong> dadepreciação de algumas pessoas, ou grupos de pessoas, ou classes dacomunidade, e consequentemente o impor de maneira ainda mais pesada emoutros. Se não desejamos as conseqüências perniciosas da depreciação, entãotemos que nos convencer de se opor às políticas inflacionárias pelas quais adepreciação é criada.Foi proposto que as pendências monetárias deveriam ser acertadas em termosde ouro e sem estarem de acor<strong>do</strong> com sua quantia nominal. Se essa propostafosse a<strong>do</strong>tada, para cada marco que fosse empresta<strong>do</strong> a soma que teria queser repagada teria que ser aquela que no momento da quitação comprasse omesmo peso de ouro que o marco era capaz quan<strong>do</strong> o contrato de débito foiacerta<strong>do</strong> [7]. O fato de que tais propostas agora são elaboradas e contam comaprovação mostra que o estatismo já perdeu sua força no sistema monetário eque as políticas inflacionistas estão inevitavelmente se aproximan<strong>do</strong> de seutérmino [8]. Mesmo há alguns poucos anos, tal proposta teria si<strong>do</strong> ridicularizadaou então rotulada como alta traição. (É, pelo jeito, característico que o primeiro

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