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Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

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mais altas. Se, por outro la<strong>do</strong>, se espera que o valor <strong>do</strong> dinheiro aumente,então a taxa de juros será menor <strong>do</strong> que teria si<strong>do</strong> até então [4].Assim, se a direção e extensão das variações no valor de troca <strong>do</strong> dinheiropudessem ser previstas, elas não seriam capazes de afetar as relações entredeve<strong>do</strong>res e cre<strong>do</strong>res; as alterações a vir no poder de compra poderiam sersuficientemente levadas em conta nos termos originais da transação de crédito[5]. Mas já que essa suposição, mesmo que flutuações relativas ao dinheiro decrédito e fiat-money ao ouro estivessem em pauta, nunca é válida exceto numamaneira muito imperfeita, a margem deixada nos contratos de débito paravariações futuras <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> dinheiro é necessariamente inadequada; mesmoainda hoje em dia, após as grandes e rápidas flutuações no valor <strong>do</strong> ouro queocorreram desde o estopim da Grande Guerra, a grande maioria daquelespreocupa<strong>do</strong>s com a vida econômica (alguém poderia dizer, de fato, to<strong>do</strong>s eles,exceto aqueles que estão familiariza<strong>do</strong>s com economia teórica) sãocompletamente ignorantes <strong>do</strong> fato de que o valor <strong>do</strong> dinheiro é variável. O valordas moedas lastreadas em ouro ainda é toma<strong>do</strong> como estável.Aqueles economistas que reconheceram que mesmo o valor <strong>do</strong> melhordinheiro é variável recomendaram que ao se firmar os termos das transaçõesde crédito, ou seja, os termos nos quais bens presentes são troca<strong>do</strong>s por bensfuturos, o meio de troca não deveria ser apenas uma merca<strong>do</strong>ria, como écomum atualmente, mas sim uma “cesta” de bens; é possível pelo menos emteoria se não o é na prática incluir to<strong>do</strong>s os bens econômicos em tal cesta [*4].Se essa proposta fosse a<strong>do</strong>tada, o dinheiro ainda seria usa<strong>do</strong> como um meiode troca de bens presentes; mas em transações a crédito as obrigaçõespendentes seriam quitadas não através <strong>do</strong> pagamento da soma nominal dedinheiro especificada no contrato, mas pelo pagamento de uma soma dedinheiro com o poder de compra que a soma original possuía quan<strong>do</strong> ocontrato foi feito. Assim, se o valor objetivo <strong>do</strong> dinheiro aumenta durante operío<strong>do</strong> <strong>do</strong> contrato, uma soma menor correspondente será paga; se o valordiminui, uma soma maior correspondente.

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