12.07.2015 Views

Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

Ludwig von Mises – Teoria do Dinheiro e Crédito (p.137 - p.145 ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

contratos não têm que ser cumpri<strong>do</strong>s por ambas as partes até certo ponto notempo. Todas essas transações envolvem um risco, e tal fato é bemcompreendi<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os contratantes. Quan<strong>do</strong> alguém compra (ou vende)contratos futuros de milho, algodão, ou açúcar, ou quan<strong>do</strong> alguém entra numcontrato de longo prazo para o abastecimento de carvão, ferro ou madeira, seestá bem ciente <strong>do</strong>s riscos que estão envolvi<strong>do</strong>s na transação. O agente irácuida<strong>do</strong>samente pesar as chances de variações futuras nos preços, efrequentemente tomará precauções, através de seguros e transações dehedging [*1] como aquelas que as modernas técnicas de troca desenvolveram,para reduzir o fator aleatório em suas transações.Ao fazerem contratos de longo prazo envolven<strong>do</strong> dinheiro, as partescontratantes geralmente não estão cientes de que estão toman<strong>do</strong> parte numatransação especulativa. Os indivíduos são guia<strong>do</strong>s em suas negociações pelacrença de que o dinheiro é estável em seu valor, ou seja, que seu valor objetivode troca não está sujeito a flutuações, ao menos no que seus determinantesmonetários estão relaciona<strong>do</strong>s. Isso é evidencia<strong>do</strong> mais claramente na atitudetomada pelos sistemas legais com relação ao problema <strong>do</strong> valor de trocaobjetivo <strong>do</strong> dinheiro.Na lei, o valor de troca objetivo <strong>do</strong> dinheiro é estável. É de vez em quan<strong>do</strong>afirma<strong>do</strong> que os sistemas legais a<strong>do</strong>tam a ficção da estabilidade <strong>do</strong> valor detroca <strong>do</strong> dinheiro; mas isso é falso. Ao armar uma ficção, a lei requer que nóstomemos uma situação atual e a imaginemos diferente <strong>do</strong> que realmente é,tanto pensan<strong>do</strong> em elementos não existentes como adiciona<strong>do</strong>s a ela oupensan<strong>do</strong> em elementos existentes como removi<strong>do</strong>s dela, com vistas a permitira aplicação de máximas legais as quais se referem apenas a situação entãotransformada. Seu propósito ao fazer isso é possibilitar decidir casos de acor<strong>do</strong>com uma analogia quan<strong>do</strong> uma ordem direta não se aplica. Toda a naturezadas ficções legais é determinada por esse propósito, e são sustentadas atéonde são necessárias. O legisla<strong>do</strong>r e o juiz sempre estão cientes de que asituação fictícia não corresponde à realidade. É da mesma forma com a assimchamada ficção <strong>do</strong>gmática que é empregada na jurisprudência de maneira apermitir fatos legais serem sistematicamente classifica<strong>do</strong>s e relaciona<strong>do</strong>s uns

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!