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Barragem Brejão - CPRH - Governo do Estado de Pernambuco

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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA | BARRAGEM BREJÃOTais vestígios foram localiza<strong>do</strong>s em 32 municípios, sen<strong>do</strong> 16 no Sertão e 18 no Agreste. (SILVAet.al., 2006). Contu<strong>do</strong>, nos municípios <strong>de</strong> Brejão e Terezinha não foram até o momento i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>sregistros <strong>de</strong> fósseis na região. A não localização <strong>de</strong> vestígios paleontológicos não correspon<strong>de</strong>à ausência <strong>do</strong>s mesmos, uma vez que, o número <strong>de</strong> pesquisas no Esta<strong>do</strong> é reduzi<strong>do</strong>. A maioria <strong>do</strong>svestígios i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s foi localizada a partir <strong>de</strong> fontes orais (acha<strong>do</strong>s fortuitos).O povoamento da região <strong>de</strong> Garanhuns, na qual está situa<strong>do</strong> o município <strong>de</strong> Brejão, iniciou-se aindana segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XVII. Naquela época, foram concedidas várias sesmarias, inclusive aBernar<strong>do</strong> Vieira <strong>de</strong> Melo. Foi um filho <strong>de</strong>ste sesmeiro, chama<strong>do</strong> Antônio Vieira <strong>de</strong> Melo que iniciou ainstalação <strong>do</strong>s primeiros sítios com cultivo agrícola e criação vacum e cavalar. Na sequência surgiramoutros estabelecimentos, inclusive a Fazenda <strong>do</strong> Garcia, núcleo inicial da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Garanhuns.Nesta fazenda estacionou Domingos Jorge Velho e suas tropas que iam em <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> Quilombo<strong>do</strong>s Palmares. A primeira menção ao nome da localida<strong>de</strong> surge precisamente numa carta enviadapelo sertanista ao governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> em 27 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1692. Como a região fossealvo das incursões <strong>do</strong>s quilombolas palmarinos, foi precisamente o <strong>de</strong>sbaratamento daqueles núcleosinsurgentes o que permitiu uma maior fixação <strong>de</strong> populações e a efetiva ocupação da região<strong>de</strong> Garanhuns e seu entorno.As notícias mais remotas a respeito da localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brejão foram i<strong>de</strong>ntificadas pelo pesquisa<strong>do</strong>rAlfre<strong>do</strong> Leite Cavalcanti na <strong>do</strong>cumentação cartorial <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Garanhuns. Segun<strong>do</strong> Cavalcanti,em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1658, o mestre-<strong>de</strong>-campo Nicolau Aranha Pacheco, Antônio Fernan<strong>de</strong>s Aranha,Ambrósio Aranha <strong>de</strong> Farias e Cosme <strong>de</strong> Brito Cação receberam sesmaria <strong>de</strong> vinte léguas <strong>de</strong>terras em <strong>do</strong>is lotes separa<strong>do</strong>s no Panema e nos Garanhuns. As notícias a respeito <strong>do</strong> cultivo <strong>do</strong>café em <strong>Pernambuco</strong> são <strong>de</strong> finais <strong>do</strong> século XVIII. Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 1870, no distrito <strong>de</strong> Brejãoda Santa Cruz a cultura <strong>do</strong> café já experimentava franco <strong>de</strong>senvolvimento, que se esten<strong>de</strong> até pelomenos mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> XX, quan<strong>do</strong> praticamente to<strong>do</strong> o café é erradica<strong>do</strong>, promoven<strong>do</strong> uma significativaruptura na paisagem, na economia, nos costumes e em muitos <strong>do</strong>s fazeres daquela população.Embora no âmbito fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal não constam bens históricos tomba<strong>do</strong>s nos municípios<strong>de</strong> Brejão e Terezinha, no Inventário <strong>do</strong> Patrimônio Cultural (FUNDARPE, 2005), RD AgresteMeridional, consta a Casa gran<strong>de</strong> da Fazenda Brasileiro, como bem material na categoria <strong>de</strong> edifíciorural isola<strong>do</strong>. Trata-se <strong>de</strong> antiga fazenda <strong>de</strong> café cujo proprietário chamava-se Júlio Brasileiro,e que posteriormente foi adquirida por Manoel Pais.Acervo Arqueolog Pesquisas, 2012Panorâmica da Fazenda Brasileiro, Brejão-PEFachada <strong>do</strong> Casarão da Fazenda A Brasileira30Nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo foram <strong>do</strong>cumentadas algumas edificações urbanas e rurais <strong>de</strong> forma a caracterizara tipologia das edificações existentes na área. Durante registro da área observou-se uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> ruinas <strong>de</strong> estruturas relacionadas às antigas fazendas <strong>de</strong> café, on<strong>de</strong> a agricultura foi substituídapor ativida<strong>de</strong>s relacionadas à pecuária. Merece <strong>de</strong>staque a Fazenda Vista Alegre, no município <strong>de</strong> Brejão,que correspon<strong>de</strong> a uma edificação histórica <strong>de</strong> tipologia única no município. A Fazenda, conhecida atualmentecomo Fazenda <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, está ocupada pelo Instituto Agronômico <strong>de</strong> <strong>Pernambuco</strong> (IPA), em Brejão.

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