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<strong>Jornal</strong>DE LEIRIAJORNALDE LEIRIAvence prémiointernacional<strong>de</strong> <strong>de</strong>signÚltimaSemanário RegionalDirector <strong>de</strong> MéritoJosé Ribeiro VieiraDirector João NazárioAno XXVEdição 147411 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012€ 1,00www.jornal<strong>de</strong>leiria.ptPUBLICIDADERICARDO GRAÇAMúsica levou <strong>Leiria</strong> para a ruaMilhares <strong>de</strong> pessoas Organizado pelo JORNAL DE LEIRIA, o Há Música na Cida<strong>de</strong> transformoucompletamente o centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, enchendo-o <strong>de</strong> vida. A música foi a âncora <strong>de</strong> uma enormefesta que atraiu milhares <strong>de</strong> pessoas. A cida<strong>de</strong> parecia outra Págs. 32 a 35Moradores contestamCantinas sociaisda região já têmpessoas em lista<strong>de</strong> esperaPág. 10Narciso Mota, autarca“Nunca seriacandidatocontraRaul Castro”Págs. 8 e 9Paralisação prejudica vários sectoresPêra rocha per<strong>de</strong> um milhão porsemana com greve nos portos❚ A greve nos portos, que dura háquatro semanas, está a prejudicaras exportações. Só a pêra rocha estaráa per<strong>de</strong>r vendas <strong>de</strong>, pelo menos,um milhão <strong>de</strong> euros por semana.A AIP diz ver com “enormepreocupação” os impactos da paralisação.Pág. 20PUBLICIDADE


2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012RadarSer campeão mundial é umautopiaTiago Pires, surfista profissional,VisãoHá instrumentos musicais quecausam doençasDiogo <strong>de</strong> Freitas Branco Pais,professor <strong>de</strong> anatomia e músico,SábadoComentário enigmático João dos SantosOlho clínicoJoão SeiçaO cineasta João Seiça, naturalda Marinha Gran<strong>de</strong>,venceu na semana passada, com ofilme Hair o prémio para melhor filmeexperimental do festival <strong>de</strong> cinemaFreenetworld International,em Nis, na Sérvia. A película já antestinha captado a atenção do júridos Van d'Or In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt FilmAwards e do ShortCutz London eda publicação The reel.Pedro SousaProfessor na Escola Superior<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, PedroSousa <strong>de</strong>senvolveu uma plataformainformática para ajudarno combate à obesida<strong>de</strong> entre adolescentes.Para já, esta ferramentacomplementar à intervenção dosprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está ser usadaapenas Hospital <strong>de</strong> Santa Maria,em Lisboa, mas a i<strong>de</strong>ia é alargar oprojecto a outras instituições.Nuno CratoO Ministério da Educação eCiência aumentou a escolarida<strong>de</strong>obrigatória para o 12.ºano ou até o aluno completar 18anos. Numa situação <strong>de</strong> crise, o ministroNuno Crato ignorou o apelodas Associação Nacional <strong>de</strong> Municípiospara esten<strong>de</strong>r a gratuitida<strong>de</strong>dos transportes escolares ao ensinosecundário, por uma questão <strong>de</strong>igualda<strong>de</strong>. Os transportes são gratuitosaté ao 9.º ano, que era até entãoa escolarida<strong>de</strong> obrigatória. OGoverno comparticipa com 50%no secundário.Passado e FuturoRazão e EmoçãoNo mundo da filosofia, a razão sempre foi maisbem tratada do que a emoção, pelo menos atéaos trabalhos <strong>de</strong> António Damásio, que<strong>de</strong>monstrou <strong>de</strong> forma científica a importânciadas emoções. Pessoalmente, sou um fervorosoadmirador do cientista e filósofo português, mas,apesar disso, continuo a consi<strong>de</strong>rar a razão como umelemento essencial da vida humana e o factor que maispo<strong>de</strong> contribuir para a boa gestão dos povos e o bomgoverno das nações. Em particular no caso português,on<strong>de</strong> a emoção está <strong>de</strong>masiado presente na nossa vidacolectiva, acredito ser este um elemento do nossoatraso relativamente a outros povos.Na actual crise esta asserção é particularmenteevi<strong>de</strong>nte, na medida em que a pobreza do <strong>de</strong>batepúblico sobre as causas da crise e sobre as formas <strong>de</strong> aultrapassar, se <strong>de</strong>ve em gran<strong>de</strong> parte a uma relação<strong>de</strong>feituosa entre a razão e a emoção. Basta ouvir o queé dito e ler o que é escrito sobre a crise parapercebermos que a razão está em gran<strong>de</strong> parte ausente.Basta atentar na confusão das i<strong>de</strong>ias, na contradiçãodas propostas e na ausência <strong>de</strong> relação entre o que édito e escrito com a realida<strong>de</strong>, para se compreen<strong>de</strong>restarmos perante um <strong>de</strong>svio permanente <strong>de</strong>racionalida<strong>de</strong>. Este é um factor, porventura o factor<strong>de</strong>terminante, da profunda divisão existente entre ospartidos políticos portugueses e entre os diferentessectores da socieda<strong>de</strong>, divisão que não po<strong>de</strong> serexplicada apenas por factores i<strong>de</strong>ológicos e quepessoalmente atribuo a falhas da inteligência racional.A frase dite e redita <strong>de</strong> que os portugueses não segovernam nem se <strong>de</strong>ixam governar tem muito a vercom esta sina <strong>de</strong> raciocinarmos mais em termosemocionais do que através da razão e daquilo que estacomporta: estudo, análise critica, hierarquização dosfactores em presença, método em resumo. Porexemplo, durante os anos em que Portugal seendividou, em que os cidadãos e as instituiçõesassumiram as mais diversas <strong>de</strong>cisões insustentáveis nofuturo, foram muito poucos os portugueses quefizeram contas, ou previram os acontecimentos que seseguiriam, para agora quase todos terem as maisHenriqueNetovariadas i<strong>de</strong>ias e opiniões sobre o que aconteceu, paramais através <strong>de</strong> uma fraca relação com a realida<strong>de</strong>objectiva. E não estou só a referi-me ao povo, masprincipalmente às elites, tanto políticas comointelectuais.Tenho como certo que o facto <strong>de</strong> estarmos, cem anos<strong>de</strong>pois, a repetir os erros da Primeira República e dospartidos políticos terem os mesmos comportamentosque <strong>de</strong>struíram a <strong>de</strong>mocracia portuguesa há um século,só po<strong>de</strong> resultar <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional poucadada à reflexão, ao <strong>de</strong>bate organizado e metódico e àanálise critica da realida<strong>de</strong>. Infelizmente, a realida<strong>de</strong>política e partidária <strong>de</strong> hoje, não se afasta damediocrida<strong>de</strong>, do fanatismo e do jogo dos interessesque caracterizaram o período que se seguiu àimplantação da República, apesar da existência <strong>de</strong>alguns vultos notáveis que hoje, com ou sem razão,admiramos.Dito isto, não nego que a maior responsabilida<strong>de</strong>cabe às elites portuguesas, <strong>de</strong> hoje como <strong>de</strong> há umséculo, mas não <strong>de</strong>ixo <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que a acção e aintervenção populares <strong>de</strong> então, como as maisrecentes, se regem pelo divisionismo opinativo e pelainconsequência, em que os factores emocionais estão<strong>de</strong>masiado presentes e são <strong>de</strong>masiado facilitadores damá qualida<strong>de</strong> das elites e dos interesses em presença.Apesar disso e porventura por isso, sempre que o povoportuguês teve uma razão emocional forte que o uniu,seja ao redor <strong>de</strong> um sentimento <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong>, sejapela liberda<strong>de</strong>, como em 1383 e 1974, a vonta<strong>de</strong> daselites po<strong>de</strong>rosas pô<strong>de</strong> ser vencida.Na actualida<strong>de</strong> Portugal corre um dos maioresperigos da sua história <strong>de</strong> quase nove séculos. Maisuma vez as elites políticas portuguesas dos partidospolíticos não mostram estar á altura <strong>de</strong> resolver os errosque elas próprias criaram e digladiam-se por interessesmesquinhos e em divisões artificiais, que negam opovo que somos e as qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que também somosportadores. Caberá ao povo, mais uma vez, unir-se aoredor <strong>de</strong> uma vonta<strong>de</strong> firme <strong>de</strong> sobrevivência nacional.Empresário


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 3O ódio <strong>de</strong> classe é hoje dos ricoscontra os pobresDiogo Freitas do Amaral, professor,político, VisãoPertence à sabedoria <strong>de</strong>scobrir o que há <strong>de</strong> eternono efémeroFrei Bento Domingues, PúblicoA culpa disto tudo não é doEstado Social. É, sim, <strong>de</strong> umestado <strong>de</strong> coisas anti-socialSandro Mendonça, economista,VisãoPrecisamos <strong>de</strong> reinventar ofuturo com base em novasutopias e num novo sentidopragmáticoElísio Estanque, professoruniversitário, PúblicoFórumdasemanaQuanto valem dois meses <strong>de</strong> vida?EditorialPagar a quem trabalhaApesar <strong>de</strong> a austerida<strong>de</strong> estar a chegar a praticamentetodos os sectores da socieda<strong>de</strong>, é na saú<strong>de</strong> que oscortes são mais sensíveis e preocupam mais as pessoas,sendo assustador alguém pensar que possa ser privado<strong>de</strong> um tratamento importante para <strong>de</strong>belar umadoença. A recente racionalização dos gastos nosmedicamentos proposta pelo Conselho Nacional <strong>de</strong>Ética (CNE) causou, inclusive, bastante controvérsia nacomunida<strong>de</strong> médica, com muitos profissionais amanifestarem a sua oposição e o próprio bastonário,José Manuel Silva, a <strong>de</strong>cidir abrir um processo <strong>de</strong>MariaFilomenaMónicasociólogaClarisse Lourodocente naEscola Superior<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Sílvia AlvesescritoraA medicina avançou muito e oscustos po<strong>de</strong>m ser insuportáveis. Aquestão é muito <strong>de</strong>licada, mas tem<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>batida pela socieda<strong>de</strong>,administrações hospitalares eParlamento. Parece <strong>de</strong>sumanodizer a uma pessoa <strong>de</strong> 80 anos quenão se lhe vai fazer este ou aqueletratamento, mas a verda<strong>de</strong> é que hápaíses on<strong>de</strong> isso acontece. Tem <strong>de</strong>se olhar para o custo que tem para asocieda<strong>de</strong> dar todos os remédiosdisponíveis a todos os doentes.Racionalizar é introduzir conceitosnos gastos, ou seja, tomar <strong>de</strong>cisões.Neste caso, quem <strong>de</strong>ve tomar essa<strong>de</strong>cisão é sempre o médico, <strong>de</strong>acordo com a sua ética e<strong>de</strong>ontologia e nunca com base emcritérios <strong>de</strong> gestão.Se já não cuidamos dos velhos nomeio familiar e ainda batalhamos odireito a morrer, vamos tabelar ocusto da vida dos doentes? Defendoo direito a sermos iguais perante aespada da justiça e da morte. UmEstado que garanta cuidados <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> a todos é uma evoluçãocivilizacional. Se o pomos emcausa, acabamos assim a regatearsobre dois meses ou 15 dias. Aresposta é uma pergunta: “doismeses da vida <strong>de</strong> quem?” A <strong>de</strong>quem amamos não tem preço.Quecomentárioslhe mereceeste assunto?Daniel Serrãomédico, exmembrodoCNEJorge EspíritoSantooncologistaMargaridaMartinspresi<strong>de</strong>nte daAbraçoaveriguação aos médicos que assinaram o documentopor uma eventual violação do código <strong>de</strong>ontológico.A polémica aumentou ainda mais <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> MiguelOliveira da Silva, presi<strong>de</strong>nte do CNE, ter <strong>de</strong>clarado àAntena 1: “será que mais dois meses <strong>de</strong> vida,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong>ssa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,justificam uma terapêutica <strong>de</strong> 50 mil, 100 mil ou 200mil euros?” Em entrevista ao Expresso <strong>de</strong>sta semana, oespecialista em bioética Albert Weale <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “nãoé possível exercer medicina <strong>de</strong> forma responsável sempensar nos custos”.O parecer do CNE foi apresentado <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sastradae tecnicamente incorrecta, o que causou uma reacçãonegativa da opinião pública. Acontece actualmente queas administrações hospitalares, sem daremconhecimento aos médicos ou aos doentes, alteram asprescrições por motivos <strong>de</strong> custos. O que o parecer doConselho <strong>de</strong> Ética <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> é que, se houvernecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alterar a prescrição, isso tem <strong>de</strong> sernegociado e dialogado entre as partes, para seencontrar a melhor solução para a situação concreta <strong>de</strong>cada doente.Os médicos que praticam boa medicina seleccionam osdoentes que terão melhorias com uma <strong>de</strong>terminadaterapêutica. Isto não é racionar. Racionar é dizer que sóposso dar medicamentos a <strong>de</strong>z doentes, mas existemmais que precisam. É uma conversa <strong>de</strong> quem não sabedo que fala. Não damos tudo a todos. Sabemos que emalguns doentes essa terapêutica dá vantagens <strong>de</strong> anos. Aquestão é saber seleccionar os doentes que <strong>de</strong> factobeneficiam da terapêutica. Temos <strong>de</strong> discutir, mas nãose po<strong>de</strong> hipotecar a autonomia da <strong>de</strong>cisão do médico. Aindústria farmacêutica também tem <strong>de</strong> perceber quenão po<strong>de</strong> colocar no mercado medicamentos a preçosproibitivos.É legítimo racionalizar os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> formaa po<strong>de</strong>rmos prestar cuidados com menores custos.Coisa diferente é racionar o acesso a <strong>de</strong>terminadostratamentos. No caso da Sida, há 20 anos não haviatratamento, mas a situação evoluiu muito ao longodos tempos e hoje já temos medicamentos maisbaratos. Contudo, as novas terapêuticas sãonecessárias, porque as antigas vão <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> fazerefeito. E não po<strong>de</strong>mos esquecer que tratar umapessoa infectada é uma forma <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> novasinfecções. Se se vai cortar no tratamento, criaremosum barril <strong>de</strong> pólvora com consequências graves nofuturo.Correndo o risco <strong>de</strong> estar a ser juiz em causaprópria, é difícil não consi<strong>de</strong>rar que o HáMúsica na Cida<strong>de</strong> foi um enorme êxito. Asmuitas mensagens que nos chegaram, a darconta da gran<strong>de</strong> satisfação pelo dia proporcionadopelos que aceitaram juntar-se ao projecto, sãoreveladoras do sentimento que se percebia no ar.Por algumas horas a crise e os problemas foramesquecidos, as pessoas andavam felizes,<strong>de</strong>scontraídas e a <strong>de</strong>sfrutar. O centro histórico <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> encheu-se como raras vezes acontece,vendo-se pessoas <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s e estilos. Osrestaurantes e os cafés trabalharam e ven<strong>de</strong>rammuito para além do habitual. A música e a dançaprovaram toda a sua capacida<strong>de</strong> mobilizadora econseguiram, verda<strong>de</strong>iramente, transformar acida<strong>de</strong>, que esteve, por um dia, bastante maispróxima daquilo que, certamente, todos osleirienses gostariam que fosse.A iniciativa foi do JORNAL DE LEIRIA, mas umevento <strong>de</strong>stes só foi possível pela dinâmicacultural que a região tem. Fala-se muito doempreen<strong>de</strong>dorismo e iniciativa empresarial, mas averda<strong>de</strong> é que também na cultura temos muitos ebons empreen<strong>de</strong>dores, bem patente nos inúmerosprojectos <strong>de</strong> elevada qualida<strong>de</strong> que têm surgido eafirmado nos últimos anos. <strong>Leiria</strong> po<strong>de</strong>ria, aliás,olhar para o exemplo <strong>de</strong> diversas cida<strong>de</strong>seuropeias, mas também já algumas em Portugal, epromover-se turisticamente como uma cida<strong>de</strong> dacultura, aproveitando o caminho já aberto nestaárea pelos projectos <strong>de</strong> iniciativa privada. Seriam,no entanto, necessários apoios e condições parapermitir que esses projectos crescessem epotenciassem a sua qualida<strong>de</strong> e diversida<strong>de</strong>, nãosendo admissível que se esteja sempre à esperaque quem trabalha nesta área o faça sem nadareceber. O calcanhar <strong>de</strong> Aquiles do Há Música naCida<strong>de</strong> está, aliás, precisamente neste aspecto,pois não tendo ainda conseguido reunir apoiossuficientes que lhe permitam pagar aos músicosque convida, tem <strong>de</strong>pendido em absoluto da suagenerosida<strong>de</strong>. E se alguns dos participantes sãoalunos <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> música que até têm, com estainiciativa, uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver novasexperiências, outros são profissionais que<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m daquilo que, neste caso, estão aoferecer.O Há Música na Cida<strong>de</strong> só será, portanto, umevento <strong>de</strong> corpo inteiro quando tiver capacida<strong>de</strong>para pagar a quem nele trabalhar e para qualificar oprograma, sendo agora necessário perceber se asentida<strong>de</strong>s oficiais e o tecido empresarial estãodisponíveis para acompanhar este projecto eafirmá-lo como uma marca da região.Até agora foi assim que foi possível e o JORNALDE LEIRIA <strong>de</strong>ixa um enorme agra<strong>de</strong>cimento atodos os que se associaram e apoiaram o Há Músicana Cida<strong>de</strong>, permitindo que ele acontecesse. Mas,no futuro, terá que ser diferente.João NazárioPUBLICIDADE


4 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012AberturaRevoluçãoanunciadano sectorautomóvelTransformação O mo<strong>de</strong>lo actual domercado automóvel parece estarferido <strong>de</strong> morte, com muito poucashipóteses <strong>de</strong> sobrevivência. Oadiamento da <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong>carro novo e cada vez maioresdificulda<strong>de</strong>s em obter crédito juntodos bancos fazem as vendas cair apique. O parque automóvel portuguêsenvelhece e as marcas vão ficandoconcentradas nas empresas que têmcapacida<strong>de</strong> financeira para as gerirJacinto Silva Durojacinto.duro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Des<strong>de</strong> 1987, data em que se liberalizouo mercado, que o sector automóvelnão tinha um ano tão maue longe está o ano <strong>de</strong> 2001, quandose verificou um pico <strong>de</strong> vendascom 300 mil unida<strong>de</strong>s transaccionadas.O mercado nunca mais cresceue há 11 anos que está em quedalivre. Este ano, as transacções<strong>de</strong>vem ficar apenas pelas 98 milunida<strong>de</strong>s.Nos últimos dois anos, a situaçãoagudizou-se, estimando-seque a quebra do negócio, só nesteano, chegue quase a 40 %, comparativamenteao ano passado.Entre as causas da quebra domercado estão o aumento da tributaçãosobre o valor dos veículos,uma galinha dos ovos <strong>de</strong> ouro queo Estado aproveitou para colher receita,e uma crise económica, queé também estrutural e mundial eque veio arrefecer ainda o sectorautomóvel nacional.Neste momento, com o adiarconstante da compra <strong>de</strong> carronovo, a ida<strong>de</strong> média do parque automóvelportuguês atinge já os 11anos, com implicações óbvias parao <strong>de</strong>sgaste e segurança dos veículosque também não vão à manutençãoquando <strong>de</strong>viam, uma vezque os proprietários fazem <strong>de</strong>tudo para poupar mais um pouco.Ao mesmo tempo, as marcasvoltaram-se para o serviço apósvenda,como forma <strong>de</strong> contrabalançara perda <strong>de</strong> receita.Veículos tão velhos precisam<strong>de</strong> mais e maior manutenção e a


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 5RICARDO GRAÇAida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ajudar a uma ligeiramelhoria no volume <strong>de</strong> vendas.Segundo o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios,que ouviu os directores <strong>de</strong> Marketingda Porsche, Citroën, Kia,Nissan, Chevrolet, Skoda, Peugeote Volkswagen, po<strong>de</strong>rá haveruma “subida nas vendas, nos próximosdois anos, <strong>de</strong> 5%”, contudo,os representantes das marcas sublinhamque se trata <strong>de</strong> um aumentoligeiro, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> “umaqueda dramática”, pelo que serápreciso muito tempo até ao mercadovoltar a níveis consi<strong>de</strong>rados“normais”. Até que a alteraçãose verifique, acreditam os responsáveis,o mais provável é quea situação apenas piore.Segundo a Associação do ComércioAutomóvel <strong>de</strong> Portugal(ACAP) é possível que, até ao início<strong>de</strong> 2013, os concessionários eo comércio a retalho, que sentemcada vez mais o impacto <strong>de</strong> ummercado que, em linha com o restodo País, não dá sinais <strong>de</strong> retoma,terão <strong>de</strong> dispensar funcionáriosou simplesmente <strong>de</strong> encerrarportas. “O mercado está a meta<strong>de</strong>”,refere-se numa análise daassociação sectorial.“Os fabricantes <strong>de</strong> automóveisprevêem que as vendas <strong>de</strong> veículosligeiros <strong>de</strong> passageiros se situementre 95 a 98 mil unida<strong>de</strong>s,o que representa uma quebra entre36% a 38% face aos 153.433 carroscomercializados no ano passado.A verificarem-se estes números,o mercado automóvel irá<strong>de</strong>crescer aos níveis <strong>de</strong> 1985, atéao encerramento do ano, em Dezembro”,acredita o secretário--geral da ACAP, Hel<strong>de</strong>r Pedro. "[Asituação] é dramática, mas infelizmentereflecte a realida<strong>de</strong> quese vive no País", conclui.Este é um mercado on<strong>de</strong> osbancos não conce<strong>de</strong>m crédito ouaplicam taxas usurárias, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>cada vez menos dos particularese coloca a maior parte das suas esperançasnas frotas das financeiras,rent-a-cars e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas.Aliás, com o apertar docinto até estas últimas estão a di-Poupar 545 eurosCarro apenas paraquando é precisoTempos difíceis, por regra,levam a <strong>de</strong>cisões que, para osportugueses, costumam serdolorosas. Usar o carro apenasquando estritamente necessáriopo<strong>de</strong> levar à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> pura esimplesmente não serproprietário <strong>de</strong> um veículo. Asolução, neste caso, além dautilização da, por vezes,ineficiente re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportespúblicos, po<strong>de</strong> ser o aluguer.Basta fazer as contas com o que égasto periodicamente emmanutenção para perceber que,efectivamente, é possível poupardinheiro.Por exemplo, no veículo familiar<strong>de</strong> gama média, o cálculo médio<strong>de</strong> custos po<strong>de</strong> ser feito tendoem conta os seguintes custosfixos anuais:Seguro automóvel: 280 eurosImposto Sobre Veículos: 160eurosInspecções periódicas: 30 eurosMudança <strong>de</strong> óleo e filtro: 75eurosTotal: 545 eurosE é preciso não esquecer <strong>de</strong>adicionar o preço galopante doscombustíveis.minuir as suas frotas próprias e<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser prática comum aoferta <strong>de</strong> carros <strong>de</strong> serviço comoforma <strong>de</strong> complemento do salário.Mercado mais concentradoe com menos marcasPerante o que se passa em Portugal,alguns fabricantes com menosquota <strong>de</strong> mercado estão mesmoa retirar-se. Afinal, um mercadopotencial mais pequeno queo da Catalunha interessa muitopouco. A má prestação no sectoré <strong>de</strong> tal modo grave que se anunciano horizonte não apenas oencerramento <strong>de</strong> inúmeros representantese concessionários<strong>de</strong> marcas mais generalistas, masuma concentração das representaçõesem apenas meia-dúzia <strong>de</strong>empresas, com “arcaboiço” paraassegurar estruturas <strong>de</strong> negócio.O fenómeno foi <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adopelo regulamento europeu <strong>de</strong> distribuiçãoautomóvel que veio permitirnão só a concentração multi-marcanum só operador, comoa concorrência directa dos comerciantesdos diferentes paísesem todo o espaço da União Europeia.Esta última medida acaboupor ter muito pouco impacto prático,principalmente <strong>de</strong>vido àsgran<strong>de</strong>s diferenças da carga fiscal<strong>de</strong> Estado para Estado.Na prática, apenas meia dúzia<strong>de</strong> empresas po<strong>de</strong>rão estar a controlaras vendas das 33 marcaspresentes em Portugal.“Para quem ficar a operar asmarcas, não é necessariamentemau. É mesmo o caminho do futuro”,refere o presi<strong>de</strong>nte da Associação<strong>de</strong> Acção para a Internacionalização.Nuno Morgado, queaté recentemente esteve ligadoao sector, afirma que não faz sentido,perante o nível <strong>de</strong> procura <strong>de</strong>produto, haver apenas uma concessãopor fabricante. “Marcas,concessionários e consumidoresficarão a ganhar. Por um lado,não é preciso uma estrutura tãocomplexa e com pouca rentabilida<strong>de</strong><strong>de</strong>stinada apenas a umamarca, por outro, os consumidorespo<strong>de</strong>m, num mesmo local,ter melhor atendimento e acessoa diferentes alternativas <strong>de</strong> produto”,acredita.É este o mo<strong>de</strong>lo que tem pautadoa actuação do Grupo Auto Júlio.Em Caldas da Rainha, contacom cinco marcas, em <strong>Leiria</strong> comtrês e existe a intenção <strong>de</strong> aumentaro número <strong>de</strong> representadas.“É uma realida<strong>de</strong> incontornávele a única forma <strong>de</strong> os concessionáriosrentabilizarem recursoshumanos e os espaços”, sublinhao responsável comercialpelo Grupo Auto Júlio. EduardoAlves explica que se trata <strong>de</strong> umfenómeno transversal a todo oQuanto pesam os impostos no valor <strong>de</strong> um automóvel novoFonte: www.guiadoautomóvel.pt. Para efeitos <strong>de</strong> Leasing foi consi<strong>de</strong>rado um prazo <strong>de</strong> 48 meses, com um valor residual <strong>de</strong> 25%, com uma Taxa <strong>de</strong> Juro (TAN) in<strong>de</strong>xada à Euribor (3 meses) e 2% <strong>de</strong> spread e sem entrega inicial.mercado e impulsionado pelascada vez menores margens <strong>de</strong> lucronas vendas, tanto <strong>de</strong> novos,como <strong>de</strong> usados, como ainda nosserviços após-venda.Uma coisa é certa, este será o annushorribilis do sector, esperando--se muitas alterações no mercadonacional já a partir dos primeirosmeses do ano que vem.Comprar ou alugar?Eis a questão!O valor dos automóveis novostem assistido até a um abaixamento,mas, mesmo assim, o preçodos carros em Portugal continuaelevado. A culpa é dos omnipresentesimpostos. Meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>stevalor é composto pela taxa legal<strong>de</strong> IVA, a outra meta<strong>de</strong> é calculadaem função das característicasdo veículo: cilindrada e níveis <strong>de</strong>emissão <strong>de</strong> gases poluentes (CO2).Na prática, este cálculo po<strong>de</strong> levara situações estranhas. Por exemplo,um carro <strong>de</strong> marca lowcost,como a Dacia, po<strong>de</strong> pagar o mesmo<strong>de</strong> imposto que um <strong>de</strong> marcapremium, como a BMW. O valortotal <strong>de</strong> impostos (IA + IVA) po<strong>de</strong>ultrapassar 30% do valor <strong>de</strong> umautomóvel e a tendência é para acarga fiscal continuar elevada (verinfografia em baixo).Assim, há empresas e mesmoparticulares que preferem não adquiriras viaturas e optam por esquemas<strong>de</strong> leasing (aluguer <strong>de</strong>longa duração) ou seus sucedâneos.Curiosamente, a compra <strong>de</strong> carrosa pronto pagamento é menosapetecível para quem ven<strong>de</strong> doque o recurso ao crédito e leasing.Porquê? “Porque há maisvantagens para os ven<strong>de</strong>dores sefecharem contratos <strong>de</strong> leasing doque ter muita gente a fazer prontopagamento. Os juros compensammuito mais e os ven<strong>de</strong>doresganham mais”, explica um ven<strong>de</strong>dorao JORNAL DE LEIRIA.Os ven<strong>de</strong>dores automóveis e asmarcas criaram este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negóciopara que os clientes possamcomprar carros mais caros, fa->>>24,7 %13,6 %23,3 %28,2 %peso do imposto no preço <strong>de</strong>venda ao público do Ford Fiesta1.25i – 60 cv Tecno (gasolina)Pvp: 14.270 eurosTotal Impostos (IA / ISV + IVA):3.526,79 eurosPreço Base: 10.708,38 eurosIVA 23%: 2.668,37 eurosLeasing* (renda mensal): 255,26eurospeso do imposto no preço <strong>de</strong>venda ao público do Peugeot 2081.0 – Vti 68 Acess (gasolina)Pvp: 12.692.86 eurosTotal Impostos (IA / ISV + IVA):1.736,3 eurosPreço Base: 10.049,36 eurosIVA 23%: 2.373,46 eurosLeasing* (renda mensal): 227,03eurospeso do imposto no preço <strong>de</strong>venda ao público do Renault ClioIII – 1.1 (gasolina)Pvp: 14.200 eurosTotal Impostos (IA / ISV + IVA):3.310,49 eurosPreço Base: 10.520,82 eurosIVA 23%: 2.655,29 eurosLeasing* (renda mensal): 254eurospeso do imposto no preço <strong>de</strong>venda ao público do Volvo V40D2 Eco KineticPvp: 28.146.55 eurosTotal Impostos (IA / ISV + IVA):7.946,55 eurosPreço Base: 20.700 eurosIVA 23%: 5.263,18 eurosLeasing* (renda mensal): 503,48euros


6 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Aberturazendo um aluguer <strong>de</strong> longa duração,em vez <strong>de</strong> uma compra.Como em tudo na vida, existemvantagens e <strong>de</strong>svantagens nestesistema.Entre as vantagens contam-se apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trocar <strong>de</strong> carrofrequentemente. Se gosta <strong>de</strong> tersempre carros novos, fazer umaluguer é a melhor opção. Quandoacabar o contrato, só tem <strong>de</strong><strong>de</strong>volver o carro e trocar por outronovo.Normalmente, se o processo forbem encaminhado, as mensalida<strong>de</strong>ssão mais baixas do que sepedisse um crédito e pagasse jurosao banco. O preço do carro tambémfica mais baixo, precisamenteporque não paga os juros doempréstimo.Não há <strong>de</strong>svalorização. Se comprarum carro, assim que sair comele do stand, a <strong>de</strong>svalorização éimediata. Com um aluguer nãotem <strong>de</strong> se preocupar com esta situação.Entre as <strong>de</strong>svantagens estão oslimites do contrato. Como o carronão é seu não po<strong>de</strong> fazer aquiloque quiser. Po<strong>de</strong> haver, por exemplo,um limite <strong>de</strong> quilómetrosmáximo que po<strong>de</strong> fazer por ano ese ultrapassar este valor terá <strong>de</strong>pagar os quilómetros adicionaispercorridos.Além disso, nunca será dono docarro, pois a proprieda<strong>de</strong> caberásempre à empresa a quem o serviçofoi contratado.Antes <strong>de</strong> optar pela compra oupelo aluguer aconselha-se um cálculodas suas necessida<strong>de</strong>s, fim edisponibilida<strong>de</strong> financeira, poiso aluguer po<strong>de</strong> ser efectivamentemais vantajoso.Trocar o carroOs números33é o número <strong>de</strong> marcas presentesno mercado nacional38por cento é o valor máximoprevisto da queda <strong>de</strong> vendas nosector este ano11anos é a actual ida<strong>de</strong> média doparque automóvel5,7anos era a ida<strong>de</strong> média doparque automóvel durante osGovernos <strong>de</strong> Cavaco Silva (anos90)98mil é o número <strong>de</strong> automóveisque <strong>de</strong>verá ser transaccionadoeste anoModa da bicicleta tarda a pegar em Portugalpela bicicleta e motoNo ano passado, os italianos comprarammais bicicletas que carros.Entre os mo<strong>de</strong>los mais vendidosencontra-se a “bicicleta <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>”.Foi a primeira vez que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a SegundaGuerra Mundial, as vendas<strong>de</strong> velocípe<strong>de</strong>s superaram o número<strong>de</strong> automóveis vendidos,com 1,75 milhões <strong>de</strong> bicicletas aserem transaccionadas. Ao mesmotempo, as vendas <strong>de</strong> automóveiscaíram para os níveis registadosem 1964.Os números são resultado dacrise que lá como cá, leva a que autilização dos automóveis, especialmentenas cida<strong>de</strong>s, seja cadavez mais reduzida.Por cá, a tendência não é seguidae os comerciantes ouvidospelo JORNAL DE LEIRIA não confirmamum aumento expressivo<strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> bicicletas e outrosveículos <strong>de</strong> duas rodas no nossoPaís.“Na nossa zona, a bicicleta nãotem sido muito utilizada parasubstituir o carro. Contudo, amoto tem sido mais procurada,principalmente os mo<strong>de</strong>los emsegunda mão <strong>de</strong> 50cc e 125cc, estespor não precisarem <strong>de</strong> carta”,explica Jorge Migueis. O comercianteadianta que o fenómenonão atingiu ainda as mesmasproporções <strong>de</strong> outros países, talvezpor uma razão cultural e porquea bicicleta em Portugal não é,nem nunca foi um ícone <strong>de</strong> moda,como é em Itália ou França.Assim, o automóvel é ainda omeio <strong>de</strong> transporte preferencial.“Nestes tempos <strong>de</strong> crise, há quemse <strong>de</strong>dique a restaurar motos <strong>de</strong>antigas marcas nacionais, e as bicicletascontinuam a ser, essencialmente,para lazer”, sublinha.Existem ciclovias em cada vezmais cida<strong>de</strong>s, embora, muitas vezes,sirvam apenas para passeiospor zonas ver<strong>de</strong>s. Mas há quem seaventure pelas ruas das cida<strong>de</strong>s.“Os condutores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não ligamnenhuma a quem anda <strong>de</strong> bicicleta.Empurram-nos, tocam--nos com os espelhos e po<strong>de</strong>m tornartoda a experiência <strong>de</strong> circulara pedais numa coisa muito má.Contudo, além da poupança, consigochegar muito mais <strong>de</strong>pressaaon<strong>de</strong> quero ir”, conta José Jaimeda Silva que, aos 33 anos, começoua <strong>de</strong>slocar-se entre a zona <strong>de</strong> Gândara,nos arredores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, e ocentro da cida<strong>de</strong>, em bicicleta.A experiência conta apenas commês e meio e po<strong>de</strong>rá ficar con<strong>de</strong>nadapelo aparecimento da chuvae do frio, mas este ciclista diz-se<strong>de</strong>liciado com a perda <strong>de</strong> peso, re-sultante do exercício, e com o dinheiroque tem poupado em gasolina.Entre aqueles que já adoptarama moto como veículo preferencialestá Pedro Monteiro, umjovem jurista <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que, no percursopara o emprego, optou por<strong>de</strong>ixar o carro na garagem e passoua utilizar a moto <strong>de</strong> 125 cc quepertencera ao irmão mais velho.“Só uso o carro quando tenho <strong>de</strong>levar mais pessoas ou o tempoestá francamente mau”, afirma.Des<strong>de</strong> que começou a utilizar amoto, calcula poupar por mês,mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do dinheiro queanteriormente <strong>de</strong>stinava a combustíveis.“Depen<strong>de</strong>ndo do tipo <strong>de</strong> percurso,gasto apenas cerca <strong>de</strong> doiseuros para percorrer à volta <strong>de</strong> 100quilómetros”, conclui.DRAntónio Chícharo, presi<strong>de</strong>nte da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA)“É obrigatória uma harmonização das regras fiscais”❚ O que perspectiva para o sectorautomóvel para o próximo ano?Parece-me óbvio que os portuguesesvão continuar a sentir enormesdificulda<strong>de</strong>s para adquiriremautomóvel novo ou até para fazera manutenção exigida dos veículos.Isto vai potenciar o fenómeno daeconomia paralela e, consequentemente,o encerramento <strong>de</strong> inúmerasempresas ligadas ao sectore, consequentemente, o aumentoda taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego. A austerida<strong>de</strong>sobre as famílias, a dificulda<strong>de</strong>no acesso ao crédito e a subidados impostos directamente relacionadoscom o bem automóvelestão, indubitavelmente, a asfixiaro sector, cujas vendas estão emqueda livre <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há muito. Osnúmeros apontam para que esteseja o pior ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1987, no querespeita a vendas <strong>de</strong> viaturas novas.Que medidas acredita que possamremediar a situação?O sector está a viver uma criseprofunda reflectida na colossalquebra <strong>de</strong> vendas verificada noano passado e em 2012, bem comona enorme redução do volume <strong>de</strong>negócios verificada ao nível dasempresas da manutenção e reparaçãoautomóvel. O ambiente <strong>de</strong>recessão económica que Portugalenfrenta coloca um conjunto <strong>de</strong>graves constrangimentos às famíliase ao nível da sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida, ameaça o progresso e a estabilida<strong>de</strong>social, <strong>de</strong>ixando milhares<strong>de</strong> portugueses sem esperançanem soluções à vista. Neste contextoadverso, o País necessita <strong>de</strong>uma política económica estruturalassente nos domínios ricos em potencialestratégico, reduzindo oendividamento, a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego,aumentando a produtivida<strong>de</strong>,incrementando as exportaçõese inserção das empresas eprodutos nacionais nos circuitoseconómicos e financeiros globais.Mas a política fiscal nacional temusado o sector como uma galinhados ovos <strong>de</strong> ouro...Sabemos da absoluta obrigatorieda<strong>de</strong>que existe no sentido <strong>de</strong> seremrigorosamente cumpridas asmetas previstas para o défice porparte do Governo. Neste sentido, éfundamental que as receitas fiscaisatinjam os montantes previstospara 2012. Todavia, no caso dosector automóvel, o agravamentoverificado no ISV leva a que, comtoda a certeza, não seja atingido omontante <strong>de</strong> receitas. É óbvio queo aumento da carga fiscal não conduz,necessariamente, ao aumento<strong>de</strong> receita. Des<strong>de</strong> o primeiromomento que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos a reposiçãoimediata do incentivo fiscalao abate <strong>de</strong> veículos em fim <strong>de</strong>vida por forma a estimular as vendas<strong>de</strong> veículos novos e, por conseguinte,engordar os cofres doEstado. Além disso, é obrigatóriauma harmonização das regras fiscaisa nível europeu e a suspensãodo pagamento do IUC por parte dosprofissionais reven<strong>de</strong>dores.Perante a situação actual, o apósvendaainda é o sector mais rentável?Não se nota uma quebra <strong>de</strong> volume<strong>de</strong> negócios tão acentuadacomo no mercado das vendas. Todavia,o mercado <strong>de</strong> após-vendaterá forçosamente <strong>de</strong> acompanharas tendências estabelecidas poroutros sectores e evoluir no sentido<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s mais segmentadas eespecializadas. Omercado ajudará à criação <strong>de</strong>marcas reconhecidas pelo público,com uma oferta clara e i<strong>de</strong>ntificávelpelo consumidor. Existemmuitos nichos não explorados nosector que encontrarão interessadosem explorá-los, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quehaja capacida<strong>de</strong> para investir. Nosúltimos tempos, inúmeros associadosnossos mostram a sua preocupação<strong>de</strong>vido à redução acentuadada frequência com que osseus clientes fi<strong>de</strong>lizados os visitam,com as consequências emtermos <strong>de</strong> segurança que isso acarreta.Quando recorrem aos serviçosé para realizar pequenas e elementaresintervenções, <strong>de</strong> baixocusto.


edição<strong>Jornal</strong>DE LEIRIAcom distribuição no <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> NegóciosO JORNAL DE LEIRIA edita em Outubro arevista 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, em colaboração com a Informa D&B.Este ano a revista levará <strong>de</strong> novo <strong>Leiria</strong> e assuas empresas ao País, através dadistribuição conjunta no <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios,dando a conhecer o que melhor se faz porcá a novos públicos, mais directamenteinteressados no pulsar da activida<strong>de</strong>económica.A marcar pelo 22.º ano consecutivo ainformação económica do distrito, a revista250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>é um bom meio para comunicar a suaempresa.PARTICIPE NESTA EDIÇÃOJorlis - Edições e Publicaçoes, LdaParque Movicortes - 2404-006 Azoia-<strong>Leiria</strong> / T 244 800 400 / F 244 800 401 / geral@jornal<strong>de</strong>leiria.pt


8 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012EntrevistaNarciso Mota Frontal e <strong>de</strong>cidido, opresi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Pombal<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> um governo <strong>de</strong> salvaçãonacional e não poupa críticas às 'elites'e 'clientelas' político-partidárias.Cumpre o seu último mandato egarante que não será candidato àCâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>“Nunca seriacandidatocontra RaulCastro”Elisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ É um dos nomes apontados paraa Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. É um <strong>de</strong>safioque o seduz?Ser presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>não me seduz. Se Castro se recandidatartem boas hipóteses <strong>de</strong>voltar a ganhar a câmara. Nuncaseria candidato contra Raul Castro,nem nunca seria candidato pelomeu partido em <strong>Leiria</strong>. Se se perfilarposso pertencer a uma lista <strong>de</strong>honra que eu veja que é o melhor,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da camisolapartidária. A pessoa que quer sercandidato à Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, eainda há pouco tempo <strong>de</strong>u umaentrevista, não tem o meu votonem a minha confiança, porquedividiu o PSD em <strong>Leiria</strong>. Castro éum homem in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e ganhoua câmara porque houve pessoascom militância e filiação políticano PSD que estiveram aoserviço do PS. Vou andar por aí,vou ficar num lugar mo<strong>de</strong>sto naAssembleia Municipal (AM) <strong>de</strong>Pombal, se me quiserem ter.Diogo Mateus é quem se perfilapara seu sucessor ou po<strong>de</strong>rá apostar-senum candidato mais jovem?Fala-se em muita gente, porquemuitos gostavam <strong>de</strong> ser presi<strong>de</strong>nte<strong>de</strong> câmara. Para presi<strong>de</strong>nteda junta é que, se calhar, qualquerdia não temos candidatos à altura.Já temos <strong>de</strong> pressionar e convencerhomens e mulheres para sedisponibilizarem. Os presi<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> junta são aqueles que estãomais próximos dos munícipes enão são compensados financeiramentepelo esforço que fazem nodia-a-dia. Gostaria que fosse umcandidato com experiência <strong>de</strong>vida, que não fosse muito partidário– em termos <strong>de</strong> convicçãopolítica –, que fosse um homemque procurasse fazer melhor e meImpulsivoCom o coraçãoao pé da bocaFormado em Electrotecnia eMáquinas, pelo Instituto Superior<strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Lisboa elicenciado em Máquinas peloInstituto Superior Técnico,Narciso Mota cumpriu o serviçomilitar como Oficial Miliciano doExército, durante oito anos,exercendo funções docentes noColégio Militar. Com 66 anos, há20 anos que é presi<strong>de</strong>nte daCâmara <strong>de</strong> Pombal. Impulsivo, dizo que pensa sem medo. “Souimpulsivo e talvez incómodo, masnão sou hipócrita”, admite. Ter ocoração ao pé da boca já lhe valeuum processo em tribunal, <strong>de</strong>vido aum '<strong>de</strong>sabafo' mais acalorado, naAssembleia Municipal. “Sinto-meinjustiçado e indignado por terficado com cadastro”, lamenta.<strong>de</strong>sse a garantia que o <strong>de</strong>stino<strong>de</strong>ste concelho estará salvaguardado,sem ce<strong>de</strong>r a clientelas nemfizesse elefantes brancos só paraganhar eleições <strong>de</strong> quatro em quatroanos.Vê alguém com esse perfil?Vejo, mas não quero tornar público.Quero que a comissão políticado meu partido saiba seleccionartrês pessoas e que faça uma sondagempara ver qual é a melhor solução.Aquela que o povo maisconsi<strong>de</strong>ra para ser eleita <strong>de</strong>mocraticamentee para seguir a minhagestão social <strong>de</strong>mocrata, que consi<strong>de</strong>rodas melhores, imodéstia àparte.A Câmara <strong>de</strong> Pombal é das poucasque apresenta uma situação financeiraconfortável. Consi<strong>de</strong>ra--se um bom gestor?Consi<strong>de</strong>ro-me um médio gestor,mas um gestor responsável quenão tira partido das funções que<strong>de</strong>sempenha. Tenho tudo centralizadoe nada é adquirido sempreço <strong>de</strong> comparação, nomeadamenteem valores superiores a500 euros. A situação financeira dacâmara é <strong>de</strong> tal modo positivaque até permitiu um roubo. A nossagestão está <strong>de</strong>vidamente estruturada,foi certificada e nãofoi preciso alienar património ouprivatizar qualquer tipo <strong>de</strong> serviço.Não tenho elefantes brancos:não fizemos nenhuma escola, centro<strong>de</strong> dia, piscina ou lar sem necessida<strong>de</strong>.Acha que o PSD vai conseguirmanter os sete vereadores comoutro candidato?Com 20 anos <strong>de</strong> exercício comtransparência, objectivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvolvimento,esta câmara temtodas as condições para continuarcom maiorias absolutas durantemuitos anos. O concelho <strong>de</strong> Pombaltem mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida emuito mais património. Só emterrenos comprámos mais <strong>de</strong> sete


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 9RICARDO GRAÇAEleições seriam convocadas após estabilida<strong>de</strong>Já <strong>de</strong>veríamos ter um governo<strong>de</strong> salvação nacionalmilhões e meio <strong>de</strong> euros. Quandocheguei só tínhamos a funcionareste edifício. Hoje temos museus,piscina, biblioteca, arquivo, teatrocine, expocentro, auditório e temospraticamente a mesma dívidaque tínhamos sem património.Foi isso que fez com que osmunícipes me mantivessem comcinco maiorias absolutas e semprecom mais votos.A agregação das juntas <strong>de</strong> freguesiasvai ter impactos económicos?Só 4% da dívida do Estado tem aver com os 308 municípios e a troikaquer agregar freguesias. Queremassociar freguesias que se<strong>de</strong>scentralizaram há 50 anos comose isso fosse uma melhoria daeconomia. Po<strong>de</strong> melhorar o Orçamentodo Estado, mas vai trazercustos acrescidos aos munícipes,que têm <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r tempo e <strong>de</strong>ixar<strong>de</strong> produzir, para se <strong>de</strong>slocar àse<strong>de</strong> para tratar dos seus assuntos.Num momento <strong>de</strong> contenção vaiconstruir um campo <strong>de</strong> futebol.Porquê?Fala-se muito <strong>de</strong> cor. O campo <strong>de</strong>futebol que vamos criar é no seguimentodos nove que já temos,com relva sintética. Temos 17 freguesias,criámos nove pólos escolares.Trata-se <strong>de</strong> criar condições<strong>de</strong>sportivas, culturais, educativas,sociais e económicas em todasas freguesias, em igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>circunstâncias, sem criar assimetrias.Apoiamos todas as activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>sportivas e todas as modalida<strong>de</strong>s.Isso é um investimento.As freguesias têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>terem essas infra-estruturas. Enão são elefantes brancos. Temosem Pombal os campos esgotados.Falta serieda<strong>de</strong> na política?Falta serieda<strong>de</strong> a algumas elitespolíticas. Deveriam ser investigadasaté à exaustão as obras à base<strong>de</strong> pressão e <strong>de</strong> clientelas político--partidárias, como a Parque Escolar,as scut, as parcerias políticoprivadas,as fundações... Interrogo-mecomo é que há políticosque, em pouco tempo, apenascom o seu vencimento sem fortuna,conseguem comprar casas <strong>de</strong>350 mil euros, como é que se compraramsubmarinos sob suspeita<strong>de</strong> corrupção, tiram-se indivíduosda política e se colocam em empresasmonopolistas. As empresasREN, EDP, etc, estão a ser alienadas,quando <strong>de</strong>veriam ser estataise isso foi feito porque o Estado fezuma gestão clientelar para ir ao encontro<strong>de</strong> lobbies. Além disso, <strong>de</strong>víamosinterrogar-mos por que éque praticamente todo os partidospolíticos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram o BPN. Tudoisto são custos para o Estado. A Associação<strong>de</strong> Municípios não <strong>de</strong>veriapermitir que apenas se tivessemlimitado os mandatos aos autarcase o mesmo não tivesse sidofeito para os governos. Foi uma leicorporativista.❚ Este governo tem sido acusado <strong>de</strong>falta <strong>de</strong> experiência. Faltam 'dinossauros'no elenco?Há quem diga que faltam homens <strong>de</strong>cabelos brancos, mas isso não significaque tenham competência e conhecimentospara <strong>de</strong>sempenhar asfunções com sentido <strong>de</strong> Estado. Faltamé homens com experiência <strong>de</strong>vida, que não são <strong>de</strong> elites políticas,que se põem em bicos <strong>de</strong> pés parachegar a primeiro-ministro sem teremcapacida<strong>de</strong> e conhecimentoprático <strong>de</strong> vida para fazer uma gestãocriteriosa, competente, aproveitandoos impostos em coisas úteis,que eliminem as assimetrias, a <strong>de</strong>sertificaçãoe que não haja portuguesesa terem condições <strong>de</strong> primeira,segunda e terceira categorias.Há mau <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> todos ospartidos políticos, das associaçõessindicais e até das or<strong>de</strong>ns das classesprofissionais.Referiu que se sente preocupadocom o 'seu' Portugal, por causa <strong>de</strong>uma troika “que nunca <strong>de</strong>veria tercá posto os pés”.A troika já <strong>de</strong>veria ter <strong>de</strong>ixado Portugal.E o Presi<strong>de</strong>nte da República já<strong>de</strong>veria ter tomado a iniciativa <strong>de</strong> fazerum governo <strong>de</strong> salvação nacional,<strong>de</strong> iniciativa presi<strong>de</strong>ncial e irbuscar elementos dos três principaispartidos, e do PCP, para salvar Portugal.Quando a situação económicado País estivesse resolvida e as finançaspúblicas equilibradas convocavaeleições. Está-se a onerarsempre a classe média. Só nos temospreocupado com a dívida e não coma <strong>de</strong>spesa supérflua. Pedro PassosCoelho não tem uma equipa competentea aconselhá-lo. Tem essaselites políticas, com uns a dizer quesão professores catedráticos, licenciadosnisto, com conhecimentos<strong>de</strong> gestão, que editaram não seiquantos livros. Licenciam-se fazendoquatro ou cinco ca<strong>de</strong>iras, como setivessem tido 80. Isso <strong>de</strong>scaracterizaa activida<strong>de</strong> política.Muitos dos novos políticos fizeramcarreira nas 'jotas'. Concorda?Os indivíduos que têm vocação política,que vêm das jotas, com formaçãoe conhecimentos po<strong>de</strong>m sercandidatos se tiverem competência.Mas as elites <strong>de</strong> todos os partidostêm <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir porque sãoos mesmos que falam na Assembleiada República há 30 anos.Vítor Gaspar voltou a apresentaraumento <strong>de</strong> impostos. Como prevêo futuro <strong>de</strong> Portugal?Esta política tem sido injusta para otrabalhador, porque não são só osimpostos que o trabalhador por conta<strong>de</strong> outrem paga, mas tambémque são tributados, como o IMI e oIVA. Qualquer dia, 80% do que ganhamosé para pagar impostos. Aeconomia não floresce nem melhoracom esta prática <strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer aoscritérios da troika para garantirmosoutra tranche <strong>de</strong> empréstimo. Deveríamosera ter redução <strong>de</strong> juros, estipularo diferencial entre as operaçõespassivas e activas da banca.Hoje temos muitas fortunas, que, secalhar, não pagam impostos, e estãocada vez mais ricas e a classe médiacada vez mais pobre.O PSD <strong>de</strong> hoje ainda se mantém fielaos i<strong>de</strong>ais do PPD <strong>de</strong> Sá Carneiro?Os i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> Sá Carneiro foram porágua abaixo porque não tivemospolíticos com sentido <strong>de</strong> Estadocomo este tinha, com verticalida<strong>de</strong>,frontalida<strong>de</strong>, carácter e ética. Estehomem era <strong>de</strong>mocrata antes do 25<strong>de</strong> Abril e há muitos falsos <strong>de</strong>mocratasque só pensam no seu umbigo,que pertencem a elites políticase só foram <strong>de</strong>mocratas após o 25 <strong>de</strong>Abril.Defen<strong>de</strong> um novo 25 <strong>de</strong> Abril?Faz falta ao País uma mudança <strong>de</strong>mentalida<strong>de</strong> política. Deveríamosacabar com os lobbies, com uma <strong>de</strong>mocracia<strong>de</strong> pressões, <strong>de</strong> clientelas,facciosa e ter uma <strong>de</strong>mocracia autênticae realista em que os partidospolíticos, as associações empresariais,os sindicatos e as associaçõesprofissionais se <strong>de</strong>veriam interligarpara encontrar um rumo e garantirum futuro <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida às futuras gerações e assegurara i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um povo,que tem quase <strong>de</strong>z séculos <strong>de</strong> História.Somos um povo or<strong>de</strong>iro e trabalhador,com espírito <strong>de</strong> missão esacrifício, mas uns beneficiam comparasitismo.Como interpreta as manifestaçõesapartidárias, que têm juntado milhares<strong>de</strong> pessoas anónimas?O povo que sente o <strong>de</strong>semprego, quese sente injustiçado e ten<strong>de</strong> a sercada vez mais onerado em impostos,tem direito à manifestação, mastem o <strong>de</strong>ver da educação, cordialida<strong>de</strong>e civismo que se exige num Estado<strong>de</strong> direito <strong>de</strong>mocrático. Preocupa-meestarmos a voltar ao surtoemigratório dos anos 50/60, quandofomos contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> outros países. Um Paíssem pessoas não se <strong>de</strong>senvolve nemcria riqueza. Por isso compreendo aindignação e manifestação <strong>de</strong>ssaspessoas.Em <strong>de</strong>staqueA situaçãofinanceira dacâmara é <strong>de</strong> talmodo positivaque até permitiuum roubo


10 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong>Cantinas sociaiscom capacida<strong>de</strong> esgotada<strong>Leiria</strong>Novo sistemaautomáticopartilha bicicletasDistrito Algumas das 18 cantinas sociais do distrito já têm pessoas em listas <strong>de</strong>espera. Os beneficiados <strong>de</strong>ste programa, iniciado em Julho, são, sobretudo,<strong>de</strong>sempregados e idososCantinas dos principais centros urbanos são as mais procuradasMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Em menos <strong>de</strong> três meses <strong>de</strong> funcionamento,algumas das 18 cantinassociais do distrito já preencheramtodas as vagas disponíveis,havendo pessoas em lista <strong>de</strong>espera. A maior procura regista--se nos principais centros urbanos,on<strong>de</strong> os pedidos <strong>de</strong> ajuda chegamessencialmente <strong>de</strong> pessoas<strong>de</strong>sempregadas e idosas.A Fraternida<strong>de</strong> da Or<strong>de</strong>m FranciscanaSecular <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Lar <strong>de</strong> S.Francisco assegura uma das duascantinas sociais a funcionar noconcelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e tem já algumasfamílias em lista <strong>de</strong> espera. “Em Setembroservimos 2.063 refeições equase todas as semanas temoscontactos da Segurança Social pararespon<strong>de</strong>r a novos pedidos”, revelaFátima Gomes, directora técnicado Lar <strong>de</strong> S. Francisco, adiantandoque é feita uma articulaçãocom a cantina da Liga Social dosCampos do Lis para respon<strong>de</strong>r a algumassituações.Também o Centro <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong>e Cultura <strong>de</strong> Peniche (CSCP)já ultrapassou a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> res-posta, não tendo, neste momento,condições para fornecer mais refeições.“É um drama que estamosa tentar resolver com a colaboração<strong>de</strong> outras instituições da cida<strong>de</strong>como a Igreja Nova Aliança e a Misericórdia,que também distribuemrefeições”, afirma Jofre Pereira.O director-geral do CSCP frisaque as carências no concelho “sãocada vez maiores” e que irão agravar-senos próximos tempos, coma estagnação do sector da restauraçãoe a diminuição da produçãoEmergência alimentarServidas cerca <strong>de</strong> mil refeições diáriasNo distrito estão a funcionar 18cantinas sociais, ao abrigo doprograma <strong>de</strong> emergênciaalimentar lançado pelo Governoem todo o País, que servemcerca <strong>de</strong> mil refeições por dia. Acomida é confeccionada nasinstituições, que já dispunham<strong>de</strong> cozinha e que recebem umapoio da Segurança Social parasuportar os encargos com oprograma. No total, o Governodisponibilizou perto <strong>de</strong> 50das fábrica ligadas ao peixe. “Penichetem muito emprego sazonal.Com a redução <strong>de</strong> algumas activida<strong>de</strong>s,as dificulda<strong>de</strong>s das famíliasaumentam”, adverte.Na Marinha Gran<strong>de</strong>, a cantinasocial funciona nos dois lares daMisericórdia, on<strong>de</strong> os beneficiárioslevantam as refeições. Num dos espaços,a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respostaestá esgotada e no outro restam<strong>de</strong>z vagas. “Já recusámos algunspedidos porque sentimos que haverásituações ainda mais carentes.milhões <strong>de</strong> euros para aimplementação do programa,através <strong>de</strong> instituições já noterreno, com o objectivo <strong>de</strong>fornecer refeições gratuitas oupor um valor simbólico (máximo<strong>de</strong> um euro) a pessoascarenciadas. No distrito, amaioria das instituiçõesenvolvidas iniciou o programaem Julho, tendo sido criadascantinas sociais em todos osconcelhos.RICARDO GRAÇAAté ao final do mês, ficaremos comas vagas todas preenchidas”, antevêo provedor, João Pereira.Com os novos pedidos <strong>de</strong> ajudaque chegaram no início da semana,o Centro Social <strong>de</strong> Famalicão, queabrange todo o concelho da Nazaré,esgotará também a totalida<strong>de</strong>das refeições disponíveis na cantinasocial. “Temos protocoladascom a Segurança Social 50 refeiçõesdiárias e estamos a chegar aolimite”, adianta Rui Oliveira, presi<strong>de</strong>nteda direcção da instituição.Em Caldas da Rainha, o programa,que é assegurado pela Misericórdia,foi iniciado apenas em Setembroe <strong>de</strong> forma faseada. “Só agora estamosem condições <strong>de</strong> fornecer as 30refeições protocoladas e já temospessoas suficientes para preencheras vagas”, diz José Luís Lalanda Ribeiro,provedor, que admite que ainstituição venha a alargar o programa“mesmo sem acordo” com aSegurança Social, por ter “consistênciadas dificulda<strong>de</strong>s”.A Misericórdia <strong>de</strong> Alcobaça aindanão tem pessoas em lista <strong>de</strong> espera,mas tem registado um aumento<strong>de</strong> pessoas encaminhadaspara esta resposta.❚ Smart Bike System (SBS) é onome do sistema automático <strong>de</strong>gestão e disponibilização <strong>de</strong> bicicletaspara uso partilhado que aempresa que o <strong>de</strong>senvolveu, awSMS, quer instalar na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>.Daniel Pereira, um dos sóciosda firma, sediada em <strong>Leiria</strong>, explicaque, em 2009, foram criadasduas estações <strong>de</strong> disponibilizaçãoautomática <strong>de</strong> velocípe<strong>de</strong>s, uma naESTG (Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologiae Gestão) e outra junto às residências<strong>de</strong> estudantes do Politécnico,com recurso a bicicletasproprieda<strong>de</strong> da câmara (Biclis). Oobjectivo passa agora por alargaresse sistema “a toda a cida<strong>de</strong>”,uniformizando a oferta existente.Segundo Daniel Pereira, a intençãoé substituir as actuais estaçõesda Biclis, que funcionam <strong>de</strong>forma manual, pelo sistema SmartBike System, que oferece um conjunto<strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s, permitindo,por exemplo, a i<strong>de</strong>ntificaçãoautomatizada do utilizador e a disponibilizaçãoda bicicleta 24 horaspor dia e sete dias por semana. Osistema está também equipadocom um software <strong>de</strong> gestão remota,que faz o controlo <strong>de</strong> avarias eemite or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> manutenção.Daniel Pereira adianta que a empresaestá a ultimar uma propostaa apresentar a entida<strong>de</strong>s públicas eprivadas, entre as quais a câmara,<strong>de</strong> forma a que “a prazo se possamreunir as condições necessárias aoalargamento e uniformização dosistema”. O objectivo “não é a coexistência<strong>de</strong> dois sistemas” <strong>de</strong> disponibilização<strong>de</strong> bicicletas – Biclise SBS -, mas sim “a sua uniformização,por via da automatização” ea sua dinamização através <strong>de</strong> “sinergiasentre os tecidos comercialautárquico, empresarial e cívicoda cida<strong>de</strong>”. MASSistema <strong>de</strong>senvolvidopor empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>


Socieda<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 11Centro cívico inauguradoO Centro Cívico, localizado na 'Rua direita', em <strong>Leiria</strong>, éinaugurado no sábado, pelas 10:30 horas. Durante acerimónia serão assinados protocolos <strong>de</strong> colaboraçãoentre a câmara e as associações Sempreaudaz e FazerAvançar, para a dinamização do espaço. O edifíciocustou cerca <strong>de</strong> 900 mil euros.Aluna da Escola Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> agredida no domingoIPL pe<strong>de</strong> reforço <strong>de</strong> policiamentopara zona <strong>de</strong> residências <strong>de</strong> estudantesEducação RodoviáriaCaravanaensina regras<strong>de</strong> segurançaElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Uma aluna da Escola Superior <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, do Instituto Politécnico <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, foi agredida no final do dia<strong>de</strong> domingo, o que levou a direcçãoda instituição <strong>de</strong> ensino superior asolicitar o reforço policial para azona.Segundo informou a PSP <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,a aluna terá sido “seguida porum indivíduo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a AvenidaMarquês <strong>de</strong> Pombal até à entradadas residências do IPL [Rua GeneralNorton <strong>de</strong> Matos], local on<strong>de</strong> aabordou e lhe <strong>de</strong>sferiu um golpe,na zona da omoplata, com um objectocortante que não visualizounem sabe <strong>de</strong>screver, pondo-se <strong>de</strong>seguida em fuga”.Segundo <strong>de</strong>screveu à PSP, o suspeitoé um homem com “cerca <strong>de</strong>30 anos, com 1,70 metros, cabelocurto”, “vestia uma camisa branca,calças <strong>de</strong> ganga e usava um boné”.A vítima recebeu tratamento hospitalar,“tendo sido suturada a umferimento superficial com cerca<strong>de</strong> quatro centímetros”, informouainda a PSP.Nuno Mangas, presi<strong>de</strong>nte do IPL,confirma a agressão e conta que ajovem foi “socorrida e acompanhadapor uma colaboradora dosServiços <strong>de</strong> Acção Social do IPL”. Asituação foi comunicada ao comandanteda PSP <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e ao presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, comum “pedido <strong>de</strong> reforço nas acções<strong>de</strong> policiamento e vigilância quepossam trazer aos estudantesmaior segurança e tranquilida<strong>de</strong>”.Por outro lado, o IPL alertou osvigilantes do campus para que“nas rondas estejam particular-mente atentos para situações anormaise, no caso <strong>de</strong> existirem, que ascomuniquem prontamente às chefiase às autorida<strong>de</strong>s”.Este não foi o primeiro relato <strong>de</strong><strong>de</strong>sacatos e agressões junto às residênciasdos estudantes. NunoMangas afirma que “é a primeiravez que ocorre um inci<strong>de</strong>nte comesta gravida<strong>de</strong>”, pelo menos, quetenha conhecimento. “Houve anteriormenteocorrências esporádicas,<strong>de</strong>vidamente comunicadas àsautorida<strong>de</strong>s, sem consequências<strong>de</strong> maior.” Também a PSP refereque <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do ano “não temregisto <strong>de</strong> qualquer ocorrência dogénero”, pelo que acredita tratarse<strong>de</strong> uma “situação pontual”.O presi<strong>de</strong>nte do IPL revela aindaque <strong>de</strong>u conhecimento às associações<strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> dacarta enviada às autorida<strong>de</strong>s e pediu-lhesparceria na divulgação <strong>de</strong>“medidas preventivas junto doscolegas”. Os conselhos passam por“procurarem <strong>de</strong>slocar-se em grupo,não oferecer resistência caso sejaminterpelados por suspeitos, evitartrazer consigo valores elevados ouobjectos pessoais que se evi<strong>de</strong>nciempelo seu valor”.O IPL preten<strong>de</strong> também convidaras autorida<strong>de</strong>s a realizarem “acções<strong>de</strong> sensibilização junto dos estudantese colaboradores, <strong>de</strong> forma aprepará-los para melhor respon<strong>de</strong>r auma situação em que a sua segurançapossa ser colocada em perigo”.“Os estabelecimentos <strong>de</strong> ensino,as instalações conexas, as zonas <strong>de</strong>diversão usuais dos estudantes e oscorredores <strong>de</strong> circulação por elesutilizados constituem sempre umapriorida<strong>de</strong> na prevenção policial”,sublinha a PSP.❚A Caravana <strong>de</strong> Educação Rodoviária,que se encontra estacionadano Largo 5 <strong>de</strong> Outubro, em <strong>Leiria</strong>, atésábado, vai ensinar as regras básicas<strong>de</strong> segurança rodoviária a cerca <strong>de</strong>600 alunos do 1º ciclo do concelho<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. As crianças têm oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> assistir a aulas teóricas epráticas, numa pista em que sãoobrigadas a i<strong>de</strong>ntificar e a respeitaros sinais <strong>de</strong> trânsito para po<strong>de</strong>remcircular em segurança. GonçaloLopes, vereador da Educação daCâmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, consi<strong>de</strong>ra que estascampanhas “criam um maiorsentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e comportamentosmais ajustados” naestrada. Para Inês Silva, da FundaçãoMAPFRE, que promove estainiciativa, as crianças entre os 7 e os9 anos são as que revelam mais sensibilida<strong>de</strong>a este tipo <strong>de</strong> iniciativaspedagógicas e lúdicas.PUBLICIDADE


12 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong>Tribunal da Relação justifica <strong>de</strong>cisão com falta <strong>de</strong> elementos na acusaçãoPecuária absolvida por <strong>de</strong>scargaque <strong>de</strong>ixou Porto <strong>de</strong> Mós sem águaMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ O Tribunal da Relação <strong>de</strong> Coimbraabsolveu uma pecuária e o seuproprietário que, na primeira instância,tinham sido con<strong>de</strong>nadospela <strong>de</strong>scarga poluente que, emJaneiro <strong>de</strong> 2008, <strong>de</strong>ixou cerca <strong>de</strong>10 mil pessoas do concelho <strong>de</strong>Porto <strong>de</strong> Mós sem água da re<strong>de</strong>pública durante três dias. Apesar<strong>de</strong> manter os factos dados comoprovados pelo Tribunal <strong>de</strong> Porto<strong>de</strong> Mós, os juízes da Relação <strong>de</strong>cidirampela absolvição, pelo facto<strong>de</strong> na acusação não constaremas “normas legais postas em causa”pela conduta dos arguidos.“Um arguido só po<strong>de</strong> exercer osseus direitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa se confrontadocom uma acusação naqual estejam contemplados, semmargem para dúvida, em toda asua extensão, os factos e a inerentesubsunção jurídica”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> oacórdão do Tribunal da Relação <strong>de</strong>Coimbra, on<strong>de</strong> os magistradosalegam que a acusação do MinistérioPúblico <strong>de</strong>via “objectivamente”referir “as disposições legais,regulamentares ou obrigaçõesimpostas por agentes da administração”violadas por arguidos.Face a isso, juízes da Relação <strong>de</strong>clarama “não punibilida<strong>de</strong> dosfactos dados como provados” e aabsolvição dos arguidos do crimepor que foram con<strong>de</strong>nados e,Contaminação <strong>de</strong>ixou quase 10 mil pessoas sem águaconsequentemente, do pedido <strong>de</strong>in<strong>de</strong>mnização.O caso remonta a Janeiro <strong>de</strong>2008, quando a Câmara <strong>de</strong> Porto<strong>de</strong> Mós teve <strong>de</strong> cortar o abastecimento<strong>de</strong> água a parte do concelho,<strong>de</strong>vido à contaminação <strong>de</strong>uma captação. No <strong>de</strong>correr dasinvestigações foram constituídosarguidos a Pecuário Santo AntónioMarinha Gran<strong>de</strong>Executivo também levaantiga Resinagem ao MPRICARDO GRAÇA/ARQUIVOdo Tojal e o seu proprietário, con<strong>de</strong>nados,no ano passado, peloTribunal <strong>de</strong> Porto <strong>de</strong> Mós a pagaruma in<strong>de</strong>mnização à câmara novalor <strong>de</strong> 45.328 euros e <strong>de</strong> multasque totalizam 16.200 euros.A sentença da primeira instânciaconsi<strong>de</strong>rou que os arguidos agiramcom “manifesta falta <strong>de</strong> cuidado”na manutenção do sistema <strong>de</strong> lagonagempara recolha dos efluentesda pecuária, originando, numperíodo <strong>de</strong> “elevada pluviosida<strong>de</strong>”,a escorrência dos resíduos“directamente para a linha <strong>de</strong>água”, que contaminaram o furoque a câmara tinha no local e queabastecia gran<strong>de</strong> parte do concelho.Factos que a Relação consi<strong>de</strong>roudados como provados.Associação <strong>de</strong> Municípios da Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Autarcas pe<strong>de</strong>m equida<strong>de</strong>fiscal na aplicação do IMIMarinha Gran<strong>de</strong>Caminhada pela águaem São Pedro <strong>de</strong> MoelNo âmbito das comemoração doDia Nacional da Água, a Simlis ea Câmara da Marinha Gran<strong>de</strong>promovem, no sábado, aCaminhada pela água. Ainiciativa começa pelas 14:30horas, junto à Ponte Nova, emSão Pedro <strong>de</strong> Moel. A acçãopreten<strong>de</strong> sensibilizar para aimportância da poupança daágua e explicar o ciclo <strong>de</strong>distribuição e <strong>de</strong> tratamento daágua.S. Pedro <strong>de</strong> Moel Rosismantém horárioaté às duas da manhãO Rosis Pub, estabelecimento <strong>de</strong>diversão nocturna <strong>de</strong> São Pedro <strong>de</strong>Moel, a quem a câmara daMarinha Gran<strong>de</strong> tinha,recentemente, limitado o horário<strong>de</strong> funcionamento até que estereduzisse o ruído emitido, já fez asobras necessárias e voltará aencerrar no horário <strong>de</strong> sempre, àsduas da manhã. De acordo com overeador das Obras Públicas, aautarquia recebeu, na semanapassada, uma nova avaliaçãoacústica, que baixa os valores <strong>de</strong>ruído para meta<strong>de</strong>.Pinhal InteriorMunicípios poupamna energiaO novo contrato <strong>de</strong> fornecimento<strong>de</strong> energia em média e baixatensão especial, assinadorecentemente pela Comunida<strong>de</strong>Intermunicipal do Pinhal InteriorNorte (CIMPIN), vai permitir aosmunicípios que integram aquelaentida<strong>de</strong> reduzir os gastos comeletricida<strong>de</strong>. Em comunicado, aCIMPIN adianta que está previstauma poupança global <strong>de</strong> 23%face aos preços anteriores.❚ Depois <strong>de</strong> o Supremo Tribunal Administrativoter dado razão à construtoraafastada do concurso públicopara a adjudicação da obra na antigaResinagem, e após a Concelhia da MarinhaGran<strong>de</strong> do PCP ter feito umaparticipação ao Ministério Público(MP) e à Direcção-Geral <strong>de</strong> AdministraçãoLocal, o executivo socialistaanunciou que também vai participaro caso ao MP. Na última reunião <strong>de</strong> câmara,após Alexandra Dengucho(CDU) ter pedido ao presi<strong>de</strong>nte da autarquiapara consultar o processo <strong>de</strong>adjudicação, Álvaro Pereira propôsque o processo seja dado a conhecerao MP, a bem da “imagem da autarquia”e porque “não há nada a escon<strong>de</strong>r”.A proposta foi aprovada porunanimida<strong>de</strong>.Obras na resinagem começaramhá um ano❚ A Associação <strong>de</strong> Municípios daRegião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (AMLEI), que integraos municípios <strong>de</strong> Alvaiázere,Ansião, Batalha, <strong>Leiria</strong>, MarinhaGran<strong>de</strong>, Ourém, Pombal e Porto <strong>de</strong>Mós, reclama a manutenção dacláusula <strong>de</strong> salvaguarda do IMI,que impe<strong>de</strong> aumentos superioresa 75 euros e que o Governo querrevogar.Num documento aprovado nasegunda-feira, os autarcas alertamainda para os riscos do actualmo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação do património,que se está a traduzir numa“subida <strong>de</strong>scontrolada do imposto,provocando uma enorme injustiçasocial”. Situação que, noenten<strong>de</strong>r dos presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmara,po<strong>de</strong>rá implicar o “enterrodo que resta do mercado imobiliário,potenciando a quebra <strong>de</strong> receitae o aumento ainda mais aceleradodo <strong>de</strong>semprego do sector”.No documento, proposto pelopresi<strong>de</strong>nte do município da Batalhae enviado ao Governo, os autarcas<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m correcções noactual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> avaliação, nomeadamenteao nível dos coeficientes<strong>de</strong> localização e do valordo metro quadrado, tendo emconsi<strong>de</strong>ração os valores <strong>de</strong> mercadoactuais.Os presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> câmara <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mainda que os municípiospossam, “em tempo útil, obterdados fiáveis para, através da fixaçãodas taxas <strong>de</strong> IMI, promoveremuma efectiva equida<strong>de</strong> fiscal”.Distrital JSpromove roteiropelo empregoEncontrar respostas e contributosque aju<strong>de</strong>m a superar osproblemas relacionados como o<strong>de</strong>semprego jovem no distrito é oprincipal objectivo do roteiro peloemprego que a está a serpromovido pela Fe<strong>de</strong>raçãoDistrital <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da Juventu<strong>de</strong>Socialista (JS). A iniciativaarrancou na semana passada, comuma reunião <strong>de</strong> trabalho entrerepresentantes da JS e da UniãoGeral dos Trabalhadores <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.


Socieda<strong>de</strong><strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 13Car<strong>de</strong>al patriarca presi<strong>de</strong> a peregrinaçãoA peregrinação internacional <strong>de</strong> Outubro, que serealiza amanhã e sábado, no santuário <strong>de</strong> Fátima,será presidida por D. José Policarpo, car<strong>de</strong>alpatriarca <strong>de</strong> Lisboa e presi<strong>de</strong>nte da ConferênciaEpiscopal Portuguesa. Recebeste <strong>de</strong> graça, dai <strong>de</strong>graça é o tema da peregrinação.Concessão terá a duração <strong>de</strong> 30 anosOurém aprova entrega <strong>de</strong> saneamento a privadosMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ A Assembleia Municipal <strong>de</strong> Ourémaprovou, na semana passada,a concessão do sistema <strong>de</strong> saneamentodo concelho a privados,por um período <strong>de</strong> 30 anos. Comesta opção, a câmara espera aumentara taxa <strong>de</strong> cobertura dos actuais46% para 90%, a atingir em2030, estimando-se um investimento<strong>de</strong> 48 milhões <strong>de</strong> euros.A proposta <strong>de</strong> concessão foi aprovadapor maioria, com 15 abstençõesdo PSD e dois votos contra daO número48O ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos daconcessão prevê um investimento<strong>de</strong> 48 milhões <strong>de</strong> eurosem 510 quilómetros <strong>de</strong> novascondutas, na remo<strong>de</strong>lação dare<strong>de</strong> e estruturas <strong>de</strong> tratamentoexistentes e na construção <strong>de</strong>cinco ETAR compactas.CDU e do CDS-PP. Apesar <strong>de</strong> conscienteda necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhorara cobertura <strong>de</strong> saneamento no concelho,Sérgio Ribeiro (CDU) justificoua sua oposição à proposta pordiscordar do mo<strong>de</strong>lo a seguir, que,“não sendo um PPP [Parceria Público-Privada],é uma forma habilidosa<strong>de</strong> concessão a privados <strong>de</strong> umserviço público”.Também Nuno Prazeres (CDS-PP)criticou o ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> encargos doconcurso, nomeadamente o facto<strong>de</strong> este prever que, se a câmara nãoconseguir fundos comunitários paraobras <strong>de</strong> saneamento, “terá <strong>de</strong> compensara concessionária”, o mesmoacontecendo se não forem atingidosos volumes <strong>de</strong> caudal previstos. “Éum negócio que me <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>veras intrigado”,afirmou o eleito do CDS-PPna Assembleia Municipal.José Alho, vice-presi<strong>de</strong>nte da câmara,reconheceu a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>encontrar o equilíbrio entre “a <strong>de</strong>fesados interesses do município euma solução que tenha a expectativa<strong>de</strong> ser agarrada pelo mercado”. Oautarca frisou que oinvestimento<strong>de</strong> 48 milhões <strong>de</strong> euros previsto até2030 terá repercussões positivas emmuitas pequenas empresas da regiãoe na salvaguarda do abastecimento<strong>de</strong> água, preservando os aquíferos doconcelho.Sobre as tarifas, José Alho nota queos aumentos são “um imperativo”<strong>de</strong>terminado pela entida<strong>de</strong> reguladorado sector e pela lei das FinançasLocais, e que terá <strong>de</strong> acontecer“mesmo sem concessão”. O presi<strong>de</strong>nteda câmara, Paulo Fonseca,sublinha, no entanto, que o tarifárioproposto terá um peso <strong>de</strong> 40% noscritérios <strong>de</strong> adjudicação, o que obrigaa “uma forte concorrência” entreos interessados, levando-os a “melhorar”as propostas.Problemas técnicos atrasam mudançaNova esquadra <strong>de</strong> Ourémcontinua vaziaPUBLICIDADE❚ Prontas há quase um ano, as novasinstalações da PSP <strong>de</strong> Ourémcontinuam vazias e ainda sem datapara a sua ocupação. Ao JORNAL DELEIRIA, o comando <strong>de</strong> Santarém dapolícia justifica os atrasos na mudançacom “problemas técnicos” relacionadascom as obras, escusando-sea avançar um prazo para a resolução<strong>de</strong>ssas questões.Enquanto a mudança não acontece,os cerca <strong>de</strong> 30 agentes quecompõem o efectivo da esquadra <strong>de</strong>Ourém continuam instalados numespaço que a PSP já reconheceu estar“longe do i<strong>de</strong>al”, a funcionar emdois apartamentos, no rés-do-chão<strong>de</strong> um edifício habitacional. Alémdisso, a esquadra não dispõe <strong>de</strong>celas nem <strong>de</strong> camaratas nem <strong>de</strong>espaço no exterior para o aparcamento<strong>de</strong> viaturas rebocadas pelapolícia.A nova esquadra irá funcionarjunto ao Centro <strong>de</strong> Negócios, ocupandoo edifício que antes acolhiao serviço <strong>de</strong> Obras Municipais daCâmara. O investimento ronda dos240 mil euros, ficando a polícia a pagaruma renda à autarquia por umperíodo <strong>de</strong> 30 anos.Fonte do gabinete <strong>de</strong> relaçõespúblicas do comando distrital <strong>de</strong>Santarém da PSP, adianta que, nafase final das obras, surgiram algunsproblemas relacionados comas comunicações e com a pressãoda água, que “estão a ser resolvidos”.Foi ainda necessário abrirum procedimento para o fornecimento<strong>de</strong> energia eléctrica <strong>de</strong>vidoà entrada em vigor do mercado livre<strong>de</strong> energia. “Antes era apenasnecessário requisitar à EDP a instalaçãodo contador. Agora, tiveram<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ados outros procedimentos”,adianta a mesmafonte. MASOurémCaxarias com comboiosinternacionais❚ Os comboios internacionais Lusitâniae Sud Expresss, que fazema ligação entre Lisboa-Madrid e entreLisboa-Hendaye (com a acessoa Paris) começaram, na semanapassada, a parar na estação <strong>de</strong> Caxarias,em Ourém.Com os novos horários da CP, queentraram em vigor no passado dia3, a paragem daqueles comboios foitransferida da <strong>de</strong>nominada estação<strong>de</strong> Fátima, localizada em Vales doOvos (concelho <strong>de</strong> Tomar) paraCaxarias. Satisfeito com a alteração,Paulo Fonseca, presi<strong>de</strong>nte da Câmara<strong>de</strong> Ourém, lembra que setratava <strong>de</strong> uma “luta antiga” doconcelho, que “há muito reivindicava”ser servido por aquelas ligaçõesferroviárias internacionais,uma vez que a estação <strong>de</strong> Caxariasestá mais próxima <strong>de</strong> Fátima doque a <strong>de</strong> Vale dos Ovos. Caxariaspassa a ter assegurada, diariamente,uma ligação ferroviária internacional,com partida às 2:45horas, com <strong>de</strong>stino a Madrid ou aHendaye.


14 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong>António José Correia recandidata-se em PenicheO presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Peniche, eleito pela CDU,vai recandidatar-se a um terceiro e último mandatonas eleições autárquicas do próximo ano. AntónioJosé Correia, 58 anos, diz que a recandidatura é “umaconsequência natural do trabalho que a CDU temvindo a <strong>de</strong>senvolver” no concelho.Aprovado recurso ao programa <strong>de</strong> apoio à economia localNazaré pe<strong>de</strong> 33 milhões para pagar a fornecedoresJoaquim Paulojp.nazare@gmail.com❚ A Câmara da Nazaré vai a<strong>de</strong>rir aoPrograma <strong>de</strong> Apoio à Economia Local(PAEL), tendo solicitado ao Estadouma verba <strong>de</strong> 33 milhões <strong>de</strong> eurospara fazer face a dívidas a fornecedores.Depois da aprovação em sessãodo executivo municipal, com ovoto contra <strong>de</strong> António Trinda<strong>de</strong>(eleito pelo PS) e a abstenção <strong>de</strong> AntónioSalvador (PSD), foi a vez <strong>de</strong> a AssembleiaMunicipal dar o consentimentopara a contracção do empréstimo,com os votos favoráveis dabancada do PSD e do presi<strong>de</strong>nte daJunta <strong>de</strong> Famalicão, o socialista AbílioRomão.Na apresentação da proposta, opresi<strong>de</strong>nte da Câmara reconheceuque a situação financeira do municípioé “muito grave” e obriga àtomada <strong>de</strong> medidas excepcionais.Jorge Barroso está a cumprir oquinto mandato e tem vindo a seralvo <strong>de</strong> muita contestação nos últimosmeses, sobretudo <strong>de</strong>vido aoprocesso <strong>de</strong> concessão das águas,que já levou ao afastamento <strong>de</strong>dois vereadores.A reacção dos partidos <strong>de</strong> opo-ComunicadoPSD <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> maioriaA concelhia da Nazaré do PSD saiuem <strong>de</strong>fesa do executivo, manifestando-lhe“total confiança eapoio”, pela <strong>de</strong>cisão da abertura <strong>de</strong>concurso internacional para aconcessão da água e saneamentono concelho. O PSD elogia “acoragem” da câmara e da assembleiamunicipais “em salvaguardaro interesse público na manutençãodos <strong>de</strong>stinos dos serviços <strong>de</strong> água esaneamento no município”.sição à a<strong>de</strong>são do município aoPAEL foi contun<strong>de</strong>nte.Fábio Salgado (BE) fala <strong>de</strong> umaproposta “alucinante”. ”As transferênciasdo Orçamento do Estado têmsido diminuídas nos últimos anos. Eficou a cargo do município muita<strong>de</strong>spesa que era competência do Ministérioda Educação. Ou seja, o Governopropõe-se emprestar-nos agoraa juros dinheiro que andaram a tirar-nosdurante anos. Mas, atenção,o Governo não se limita a ir-nos aobolso. Quer obrigar o município a fazero mesmo aos munícipes”, justificao <strong>de</strong>putado municipal, referindo--se à obrigatorieda<strong>de</strong> da Câmara, aoabrigo da lei, ter <strong>de</strong> aumentar os impostos.Em comunicado, a CDU questiona:“Como é que se po<strong>de</strong>rá consi<strong>de</strong>rarque um programa que obrigará auma ausência <strong>de</strong> investimento porparte do município, pelo menos nospróximos 20 anos, é um programa <strong>de</strong>apoio à economia local, que elevaráao máximo as taxas <strong>de</strong> IMI, que reduziráos benefícios dos contribuintesrelativamente ao IRS, que obrigaráà criação <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrama para as empresase, como se isto não bastasse,ainda temos o elevado preço da água,do saneamento e as elevadíssimas taxase tarifas <strong>de</strong> RSU”.PUBLICIDADEAssembleia Municipal aprova agregaçõesAlcobaça per<strong>de</strong> duasfreguesias❚ Uma <strong>de</strong>cisão salomónica. A AssembleiaMunicipal <strong>de</strong> Alcobaçaaprovou, na semana passada, com osvotos contra <strong>de</strong> CDU e BE e a abstenção<strong>de</strong> Pedro Nobre (PSD), a agregaçãodas freguesias <strong>de</strong> Prazeres eSão Vicente <strong>de</strong> Aljubarrota e a criaçãoda União das Freguesias <strong>de</strong> Alpedrize Montes. Excluída foi a junçãoda Vestiaria e Maiorga a Alcobaça,tal como tinha sido propostopela Assembleia <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Alcobaçae cuja posição motivou umareação enérgica dos maiorguenses.O concelho per<strong>de</strong>, para já, apenasduas das quatro freguesias que po<strong>de</strong>madvir do processo <strong>de</strong> reformaadministrativa, mas po<strong>de</strong>rá vir a serainda alvo <strong>de</strong> uma avaliação porparte da Comissão Técnica da Assembleiada República, que po<strong>de</strong>ráforçar à “perda” <strong>de</strong> mais duas ou trêsfreguesias. Enquanto tal não acontece,a câmara aguarda pela inconstitucionalida<strong>de</strong>da lei do Governo.“Aguardamos a <strong>de</strong>cisão da ComissãoTécnica, mas há um factonovo, que foi o pedido <strong>de</strong> verificaçãoda constitucionalida<strong>de</strong> dalei <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado pela AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Freguesias e quefoi acompanhado pela Procuradoria--Geralda República”, afirmouo presi<strong>de</strong>nte da câmara, PauloInácio.Entretanto, a Assembleia Municipal(AM) <strong>de</strong> Caldas da Rainhareúne, hoje, para <strong>de</strong>bater a reorganizaçãoadministrativa do concelho.Em discussão estará umaproposta <strong>de</strong>batida ontem em reunião<strong>de</strong> câmara, já <strong>de</strong>pois do fecho<strong>de</strong> edição, que previa a redução <strong>de</strong>freguesias <strong>de</strong> 16 para 12. Para tal,o executivo li<strong>de</strong>rado por FernandoCosta, sugere que Serra doBouro se junte a Santo Onofre eque Salir do Porto seja agregado àTornada. A proposta da câmarapassa ainda pela fusão das freguesias<strong>de</strong> São Gregório e Couto aNossa Senhora do Pópulo.Em Pombal , foi convocada, paradomingo, uma sessão extraordináriada AM para <strong>de</strong>bater a agregação<strong>de</strong> freguesias. JP com MASDRPrazeres <strong>de</strong> Aljubarrota vai juntar-se a São Vicente


Socieda<strong>de</strong> Educação<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 15Escolarida<strong>de</strong> obrigatória subiu para 12.º anoApoio a transportes escolaressó até ao fim do ensino básicoSqédio 2012IPL recebe váriosprémios emconcursonacionalElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Apesar da escolarida<strong>de</strong> obrigatóriater subido para o 12.º ano ou até oaluno ter feito 18 anos, o Ministérioda Educação e Ciência (MEC) sóapoia os transportes até ao ensinobásico. A gratuitida<strong>de</strong> não abrange oensino secundário, mesmo tratandose<strong>de</strong> agregados familiares maiscarenciados e com direito a abono <strong>de</strong>família .O transporte escolar dos alunos éassegurado pelas autarquias, a quemo MEC <strong>de</strong>legou competências, transferindouma compensação peloserviço. Preocupada com o “actualquadro socioeconómico”, a AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Municípios Portuguesesalertou o governo para o factodas “famílias não po<strong>de</strong>rem suportaro encargo <strong>de</strong> mais três anos <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong> obrigatória ao nível dotransporte escolar”. Por isso, enviouum ofício aos chefes <strong>de</strong> gabinetedos ministros <strong>de</strong> Estado, das Finançase do MEC para que fosse revistaa situação. A resposta da tutelamanteve o estipulado anteriormente.A lei <strong>de</strong>termina que beneficiam <strong>de</strong>transporte gratuito todos os alunos doEnsino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos) doensino oficial ou particular e cooperativocom contrato <strong>de</strong> associação eMarinha Gran<strong>de</strong>Alunos voltam à Rodoviária do TejoDepois <strong>de</strong> a Rodoviária do Tejo nãoter aceitado a reduçãoremuneratória proposta pelaCâmara Municipal da MarinhaGran<strong>de</strong> para realizar os transportesescolares, e da autarquia terrecorrido aos Transportes Urbanosda Marinha Gran<strong>de</strong> (TUMG) paraassegurar esse serviço, os alunos doPilado e da Amieira não tiveram porparte da TUMG a melhor respostaàs suas necessida<strong>de</strong>s, admitiuCidália Ferreira, vereadora daEducação. A maior dificulda<strong>de</strong>estava em assegurar o transbordoDANIELA FRANCO SOUSAque esses alunos, vindos <strong>de</strong>staslocalida<strong>de</strong>s mais longínquas,tinham <strong>de</strong> fazer para chegarem aoscircuitos urbanos da TUMG. Apesar<strong>de</strong>, já no início do ano lectivo, teremsido colocado mais autocarros acircular, pontualmente chegou ahaver “mais passes vendidos doque lugares disponíveis” noautocarro. Para evitar situações dogénero, a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Novembro, aautarquia voltará a transportarcrianças do Pilado e da Amieiraatravés da Rodoviária do Tejo,informou a vereadora.paralelismo pedagógico, que resi<strong>de</strong>ma mais <strong>de</strong> três ou quatroquilómetros dos estabelecimentos <strong>de</strong>ensino.Do mesmo modo, o transporte égratuito para os alunos do EnsinoBásico com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> locomoção,matriculados na escola <strong>de</strong>residência, ou que necessitem <strong>de</strong> se<strong>de</strong>slocar para frequência <strong>de</strong> modalida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> educação especial. Relativamenteaos alunos do 11.º e 12.ºanos do ensino secundário, a comparticipao transporte escolar a 50%.“Sou eu que levo o meu filho <strong>de</strong>carro. Além <strong>de</strong> ficar em caminho, nãocompensa pagar transporte”, refereum encarregado <strong>de</strong> educação, cujo filhoestuda na Escola Secundária AfonsoLopes Vieira, em <strong>Leiria</strong>. Segundoa mãe <strong>de</strong> uma aluna da Escola SecundáriaFrancisco Rodrigues Lobo,“a lei <strong>de</strong>veria ser igual para todos”.Isto é, “se o Estado paga o transporteescolar aos alunos até ao 9.º ano porse tratar <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> obrigatória,o mesmo <strong>de</strong>veria ser feito para os estudantesdo secundário, já que omesmo Estado estipulou que todos osalunos são obrigados a frequentar aescola até ao 12.º ano”.O JORNAL DE LEIRIA questionouo MEC sobre o assunto em causa, masaté ao fecho da edição não obtevequalquer resposta.❚ A Escola Superior <strong>de</strong> TecnologiaGestão (ESTG) e a Escola Superior <strong>de</strong>Artes <strong>de</strong> Design das Caldas da Rainha(ESAD.CR), do Instituto Politécnico<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (IPL) foram premiadas noConcurso Educacional Sqédio 2012pelos projectos apresentados pelosseus estudantes, diplomados e docentes.O Prémio Melhor Imagem foiatribuído ao diplomado da ESAD.CR,Pedro Pinheiro, com os projectosPrótese <strong>de</strong> braço biónica e Conceito<strong>de</strong> carro NewRetro. Fábio Lopes,estudante <strong>de</strong> Engenharia Mecânicana ESTG, recebeu o Prémio MelhorAnimação com um projecto queconsistiu na mo<strong>de</strong>lação tridimensional<strong>de</strong> um Motor V8 com compressor,utilizando a ferramenta <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto Solid-Works. O Prémio Professor foi atribuídoa João Mateus, docente daESAD.CR, pela qualida<strong>de</strong> e pelo totaldas classificações dos projectosdos seus alunos. Também receberammenções honrosas Pedro Custódio(Prémio Professor), do Departamento<strong>de</strong> Engenharia Mecânica da ESTG,que acompanhou o projecto <strong>de</strong> FábioLopes, e a ESAD.CR (Prémio Instituição),pela classificação conjuntados projectos da escola. Participaram28 projectos criados por 35 estudantes<strong>de</strong> 12 escolas e universida<strong>de</strong>snacionais.Ex-alunos da ESTG divulgam experiênciasEngenharia civil tem pouca procuramas muita empregabilida<strong>de</strong>PUBLICIDADEElisabete Cruzelisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ “Há trabalho em todo o mundo naárea da Engenharia Civil.” A afirmaçãofoi dita por quatro ex-alunos daEscola Superior <strong>de</strong> Tecnologia e Gestão(ESTG) do Instituto Politécnico <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, que mostraram aos futuros engenheirosas saídas que a profissãooferece e as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalhoque existem, no âmbito <strong>de</strong>um <strong>de</strong>bate. Os convidados aconselhamos jovens a melhorar o seucurrículo ao longo da licenciatura ea prosseguirem os estudos para omestrado.André Ferreira está a trabalhar noBrasil e garante que “os portuguesessão muito bem vistos” além-fronteiras,salientando que a ESTG dá uma“formação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>”. “Vão pensandoem melhorar o vosso currículo,em apren<strong>de</strong>r a língua do país queimaginam po<strong>de</strong>r vir a trabalhar.”No mercado angolano há váriosanos, Délio União <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que quem<strong>de</strong>sejar emigrar para Angola <strong>de</strong>vefazê-lo através <strong>de</strong> uma empresa portuguesa.“São empresas sólidas epara um aluno que termina a formaçãoé importante ter algumapoio”, adianta, ao afirmar que a relaçãocom os técnicos angolanos éboa. “Eles apoiam-se muito nos técnicosportugueses, porque sabemque temos um gran<strong>de</strong> know how.”Apesar <strong>de</strong>stes quatro rostos <strong>de</strong>sucesso, os candidatos aos cursos <strong>de</strong>engenharia têm vindo a diminuir.João Brás explica que “as notícias sobrea queda do sector da construçãoe as parcerias publico-privadas” temafastado os jovens das engenharias.Mas, o engenheiro salienta que éum curso que tem “várias valênciasque promovem muito a empregabilida<strong>de</strong>”.Além disso, “vão ser semprenecessários engenheiros”, reforça,admitindo que a principal oferta <strong>de</strong>trabalho está no estrangeiro.“O <strong>de</strong>safio que se coloca ao País ése são precisos tantas escolas comcursos <strong>de</strong> engenharia. Têm <strong>de</strong> ficar osmelhores e o IPL está no bom caminho.É muito importante saber oque as empresas querem e comoolham o estudante para que o cursová ao encontro das necessida<strong>de</strong>s”,acrescenta João Brás. Para o ex-aluno,um engenheiro não <strong>de</strong>ve ter apenas“competências técnicas”, mastambém ter conhecimentos <strong>de</strong> “negociação,comunicação, li<strong>de</strong>rança egestão”.A coor<strong>de</strong>nadora do curso <strong>de</strong> EngenhariaCivil da ESTG reforça que“há trabalho, mas não ao lado <strong>de</strong>casa”. Luísa Gonçalves salienta quea experiência transmitida pelos exalunosmostra que “há qualida<strong>de</strong>na formação do IPL”.


16 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Socieda<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Projecto <strong>de</strong>senvolvido por professor da Escola Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Plataforma informática combateobesida<strong>de</strong> na adolescênciaMaria Anabela Silvaanabela.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.ptProjecto apresentado durante as jornadas <strong>de</strong> enfermagemSÉRGIO CLARO/IMAGE REPORTER❚ “Se não os consegues vencer,junta-te a eles”. Foi partindo <strong>de</strong>stapremissa que Pedro Sousa, professorna Escola Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>senvolveu umaplataforma informática que está aser usada no combate à obesida<strong>de</strong>entre adolescentes acompanhadosno Hospital <strong>de</strong> Santa Maria,em Lisboa. O objectivo é usar astecnologias <strong>de</strong> informação e <strong>de</strong> comunicaçãocomo ferramenta complementarà intervenção dos profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Pedro Sousa frisa que, com o aumentoda prevalência da obesida<strong>de</strong>entre os adolescentes, torna--se “imprescindível” encontrar estratégias“mais criativas e dinâmicas”,<strong>de</strong> forma a “cativar os jovenspara a mudança <strong>de</strong> comportamento”.Uma das soluções seráusar parte do tempo que os adolescentespassam em frente aocomputador para “canalizar a suaatenção para informações que ospossam levar a alterar comportamentos”.Esse é, então, o principal objectivodo projecto Next.Step, <strong>de</strong>senvolvidono âmbito da tese <strong>de</strong>doutoramento que Pedro Sousaestá a fazer na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa. A plataforma inclui valênciascomo a auto-monitorização,através da qual o adolescentepo<strong>de</strong> acompanhar a sua evoluçãoem termos <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> peso equalida<strong>de</strong> e estilo <strong>de</strong> vida. A plataformadisponibiliza ainda recursoseducativos, como ví<strong>de</strong>os,folhetos, histórias ou dietas, e fóruns<strong>de</strong> discussão e chats, atravésGestão <strong>de</strong> recursos humanos no SNSOpiniãoAntónioLacerdaSalesGerir recursos humanos num organização élibertar o conhecimento <strong>de</strong> todos quantonela trabalham e planear o respectivotrabalho <strong>de</strong> forma a extrair a máxima eficáciaoperacional.Boas Práticas, Delegação <strong>de</strong> Competências,Envolvimento das Estruturas <strong>de</strong> Forma a pensar aOrganização, <strong>de</strong>finindo objectivos estratégicos.Estarão assim criadas as condições para a criação<strong>de</strong> um sistema credível <strong>de</strong> avaliação do<strong>de</strong>sempenho.Quem mais e melhor trabalha tem que ser tratado <strong>de</strong>forma diferente. Nada há nada mais injusto no sistemado que tratamento igual para trabalho, atitu<strong>de</strong> e<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sigual. A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho irápremiar os melhores e incentivar os restantes.Numa perspectiva complementar é fundamentalfugir aos erros tradicionais concentrados numprocesso <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho. É na base da<strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências que assenta um dosmaiores avanços produzidos na Teoria <strong>de</strong> Gestão dosúltimos anos em conjugação com o conceito <strong>de</strong>operacionalida<strong>de</strong> estratégica organizacional segundoo qual o processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho passapela transposição da missão e visão corporativa noprocesso <strong>de</strong> aferição <strong>de</strong> excelência.É fundamental centrar o sistema em Unida<strong>de</strong>Funcionais capazes <strong>de</strong> se auto gerirem obrigandocompulsivamente à <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências o quetorna o sistema mais eficaz e operacional. Esta po<strong>de</strong>ráser a efectiva refundição transformacional na Gestão<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> em Portugal com o retorno à centralida<strong>de</strong><strong>de</strong> serviços como unida<strong>de</strong>s estratégicas do Sistemaon<strong>de</strong> se constrói o efectivo acrescento do valor dosactivos investidos.Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> têm que ser parte activa<strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong> forma a contrariar o asfixiantecentralismo burocrático a que as organizações estãosubmetidas.Este centralismo personalizado pela AdministraçãoCentral necessita compreen<strong>de</strong>r que os seusrecursos não necessitam <strong>de</strong> ser controlados,vigiados ou punidos mas sim informados sobre oque <strong>de</strong>les se espera num processo <strong>de</strong> mobilizaçãoindispensável para a excelência no <strong>de</strong>sempenho.Nos processos <strong>de</strong> mudança não basta apontar o<strong>de</strong>stino é indispensável planear a viagem quasesempre atribulada por múltiplos obstáculos nemsempre antecipáveis. A estratégia <strong>de</strong> mudançaon<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> o sucesso implica a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>estruturas e processos que acompanham eorientam o seu percurso nas etapas <strong>de</strong>cisivas. Ai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> histórica e cultural dos nossosprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, diz-nos que o factorremuneratório nunca foi fundamental naimplementação <strong>de</strong> Projectos nesta área, no entantoseria hipocrisia ignorar, dadas as característicasespecíficas da profissão, a componentemotivacional que uma remuneração condignarepresenta sem que se cheguem a extremoscapazes <strong>de</strong> chocar uma opinião pública <strong>de</strong> um paísem crise <strong>de</strong> valores sociais e económicos.MédicoO número30%Cerca <strong>de</strong> 30% das crianças ejovens portugueses, entre os 10 e18 anos, têm excesso <strong>de</strong> peso ousofrem <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong>.dos quais os jovens po<strong>de</strong>m partilharestratégias e experiências,com colegas e com profissionais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. Existem ainda conteúdosespecíficos para os pais, procurando“envolver e apoiar a famíliadurante o processo terapêutico”.Gerida por uma equipa multidisciplinar,da qual fazem parteenfermeiros, médicos, nutricionistas,fisiologistas e psicólogos, aplataforma está, para já, disponívelapenas para jovens dos 12 aos18 anos que frequentam a consulta<strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> pediátrica do Hospital<strong>de</strong> Santa Maria, mas o objectivoé “disseminar o projecto” poroutras instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Vejaanúncios<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>na página26Para sabercomoanunciar nasecção <strong>de</strong>classificadosdo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> ligue244 800400Livro BD explicaesclerose múltiplaà criançasO que se passa com a mãe do Rui? É otítulo <strong>de</strong> um livro <strong>de</strong> banda<strong>de</strong>senhada que procura explicar aosmais novos os sintomas etratamento da esclerose múltipla.Editada pela Medikidz, umainstituição inglesa especializada naredacção <strong>de</strong> livros infantis sobresaú<strong>de</strong>, a obra acaba <strong>de</strong> chegar aPortugal. Os livros estão a serdistribuídos gratuitamente aosdoentes e familiares através dosserviços <strong>de</strong> neurologia dos hospitais.Pombal Rastreioà saú<strong>de</strong> do cabeloA Farmácia Correia, em Pombal,recebe, amanhã, um rastreio àsaú<strong>de</strong> capilar, através do qual osutentes terão acesso a umaavaliação ao estado do seu cabelo rpo<strong>de</strong>m esclarecer dúvidas sobrealopecia (vulgarmente conhecidacomo queda <strong>de</strong> cabelo) e receberaconselhamento especializado. Ainiciativa preten<strong>de</strong> “<strong>de</strong>smistificar”esta patologia, informando aspessoas sobre os sintomas <strong>de</strong> alertae as formas mais eficazes <strong>de</strong> acombater.Inovação Doentescrónicos queremfundoA criação <strong>de</strong> um fundo <strong>de</strong>comparticipação paramedicamentos inovadores é umadas cinco sugestões apresentadasnuma carta branca subscrita por 25associações <strong>de</strong> doentes crónicos. Odocumento, citado pelo Diário <strong>de</strong>Notícias, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ainda a liberda<strong>de</strong><strong>de</strong> escolha dos hospitais on<strong>de</strong> ospacientes po<strong>de</strong>m ser tratados, acriação <strong>de</strong> um sistema transparenterelativo aos custos terapêuticos <strong>de</strong>cada doença e a compracentralizada <strong>de</strong> medicação.<strong>Leiria</strong> Workshop sobrepsicomotricida<strong>de</strong>Destinado a profissionais e aestudantes <strong>de</strong> áreas comintervenção junto <strong>de</strong> crianças,realiza-se, no sábado, umworkshop subordinado ao temaPsicomotricida<strong>de</strong> – a intervençãolúdico-terapêutica.Relacionar a psicomotricida<strong>de</strong>com o <strong>de</strong>senvolvimentocognitivo, social e pedagógicodas crianças é um dos objectivosda iniciativa, organizada pelaJanela Redonda (empresa <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> vocacionada para a área daeducação) nas suas instalações,na Cruz da Areia.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 17Socieda<strong>de</strong> Ciência e TecnologiaPUBLICIDADEOito <strong>de</strong>las necessitam <strong>de</strong> protecçãoAire e Can<strong>de</strong>eiros têm mais <strong>de</strong> 60espécies <strong>de</strong> plantas medicinaisMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ A naturopatia está <strong>de</strong>finitivamentena moda. Os progressosda química levaram a um progressivo<strong>de</strong>sinteresse em tornodas plantas medicinais, mas a situaçãoalterou-se radicalmentenos últimos tempos. Como emmuitas outras áreas da nossa socieda<strong>de</strong>,os produtos ou os locaisoutrora em voga e que caíram,por uma razão ou outra, em <strong>de</strong>susoestão a reaparecer em força.O Parque Natural das Serras <strong>de</strong>Aire e Can<strong>de</strong>eiros é um dos locaisprivilegiados para encontrar plantasmedicinais. Que tal uma chávena<strong>de</strong> chá ao <strong>de</strong>itar em vez <strong>de</strong>um comprimido?A aroeira é óptima para a azia eúlceras. O pinheiro bravo é útilpara quem tem acne e artrite reumatói<strong>de</strong>.O poejo usa-se como calmantee contra indigestões, gripese dores menstruais, e o alecrimpara a calvície e ansieda<strong>de</strong>. Estassão apenas algumas das suas características,porque são capazes<strong>de</strong> ter mais proprieda<strong>de</strong>s curativas.Como estas plantas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>pequenas ervas a gran<strong>de</strong>s árvores,há muitas outras que surgem nasserras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros e quepo<strong>de</strong>m ser utilizadas <strong>de</strong> váriasformas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> xaropes e infusões,passando por emplastros, pomadasou inalações. São nada menos<strong>de</strong> 67 espécies, sendo que oito<strong>de</strong>las necessitam <strong>de</strong> protecção urgente.Neste parque natural, com osseus 34 mil hectares, existem váriasplantas que necessitam <strong>de</strong>protecção. São nada menos <strong>de</strong>oito, com <strong>de</strong>staque para a salvabrava, uma vez que se assiste nomês <strong>de</strong> Maio, altura em que flo-Salva brava, em perigo <strong>de</strong> extinção, é exportada para a Américaresce, a uma colheita indiscriminada.Depois <strong>de</strong> colhida e seca éenviada para a América, por valoresirrisórios, como salienta MariaHelena Ramos Lopes, autorado livro Plantas Aromáticas e Me-dicinais do Parque Natural dasSerras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros. Segundoa bióloga, a colheita é efectuadapor crianças da escola, pastorese mulheres idosas, “com oinconveniente do valor acrescen-DRO número67é o número <strong>de</strong> plantas compotencialida<strong>de</strong>s medicinaisno Parque Natural das Serras <strong>de</strong>Aire e Can<strong>de</strong>eirostado do recurso escapar às populaçõeslocais e até mesmo ao País”.Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>licioso, um chazinho<strong>de</strong> salva brava só po<strong>de</strong> fazerbem. É indicado para inflamaçõesda garganta, sinusite, é um tónicoe estimulante da digestão. É bompara as gengivas inflamadas, além<strong>de</strong> aliviar sintomas <strong>de</strong> diabetes emenopausa. Tem acção anti-sépticae anti-sudorífera.A arruda dos muros, a carcalinha,a erva besteira, o abrunheirobravo, a <strong>de</strong>daleira, a Inula montanae a Globularia valentina são asoutras espécies que necessitam<strong>de</strong> protecção nas serras <strong>de</strong> Aire eCan<strong>de</strong>eiros.Para quê utilizar produtos químicosartificiais se se po<strong>de</strong> tratarda saú<strong>de</strong> utilizando produtos100% naturais? A elaboração <strong>de</strong> remédioscaseiros é, hoje, facilmenteacessível via internet, sendopossível apren<strong>de</strong>r como fazêlose quais as suas indicações.Quem o afirma é o médico LuizSantiago, autor <strong>de</strong> Medicamentose Corpo – Consumidores <strong>de</strong> Fármacos:o que Pensam e o que Sabem...Mas, atenção! “Dose e posologiasão duas gran<strong>de</strong>s lacunasque se observam, quando consultadaa informação”, alerta.Utilização é gratuitaNovo tipo <strong>de</strong> letraevita dislexia na internetInvestimento <strong>de</strong> 8,9 milhões <strong>de</strong> eurosGoverno propõe contratação<strong>de</strong> 400 investigadores em 2013❚ Abelardo Gonzalez <strong>de</strong>senvolveuum novo tipo <strong>de</strong> letra com o objectivo<strong>de</strong> criar um mecanismo gráficoque aju<strong>de</strong> quem tem problemas <strong>de</strong>dislexia a ler correctamente. Asolução passou por dar relevo elargura à base <strong>de</strong> cada letra, para evitarconfusões com outras letras quetenham grafismo similar. OOpenDyslexic po<strong>de</strong> ser usado livrementee sem custos em qualqueraplicação, página da Internet ousistema. De acordo com a BBC, appscomo o Instapaper já começaram aincluir uma ferramenta que convertetextos para OpenDyslexic. Oconceito não é propriamente novo:no passado houve quem <strong>de</strong>senvolvessetipos <strong>de</strong> letras anti-dislexia.Só que todos eles tinham custos– e o OpenDyslexic é grátis, e está receptivoà inclusão <strong>de</strong> sugestões.❚O Governo vai propor nas negociaçõesdo próximo Orçamento<strong>de</strong> Estado a contratação <strong>de</strong> 400 investigadorespela Fundação paraa Ciência e Tecnologia, autorizandouma <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> 8,9 milhões<strong>de</strong> euros em contratos. Aproposta consta do documentoque o executivo vai discutir napróxima quarta-feira numa rondanegocial com os sindicatos daFunção Pública. O Governo preten<strong>de</strong>que em 2013 a Fundaçãopossa, sem necessitar <strong>de</strong> parecerdo ministro das Finanças, contrataraté 400 pessoas para "funções<strong>de</strong> investigação científica e <strong>de</strong>senvolvimentotecnológico avançado",com "contratos <strong>de</strong> trabalhoem funções públicas a termo resolutivo,até ao montante <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesatotal <strong>de</strong> 8.900.000 euros".


18 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012LeitoresA direcção do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe com agradopara publicação a correspondência dos leitores quetratem <strong>de</strong> questões do interesse público. Reserva-seo direito <strong>de</strong> seleccionar os trechos maisimportantes das Cartas ao Director <strong>de</strong>vidamentei<strong>de</strong>ntificadas, publicadas nesta secção.direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.ptVisita aoParlamentoPEDRO VIEIRAEscrevo na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cidadãopreocupado com a nossa vidapública, passo a expor: No passadodia 27, através da Junta <strong>de</strong>Freguesia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, fui visitar oParlamento português - <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jáagra<strong>de</strong>ço esta visita à Srª <strong>de</strong>putada<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Laura Esperança ePresi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, que muito bem nos acolheuna casa da <strong>de</strong>mocracia. Comocidadão e sobretudo como eleitorfiquei <strong>de</strong>veras preocupado com osnossos <strong>de</strong>putados e a forma comoeles se <strong>de</strong>bruçam sobre os nossosproblemas. Se antes tinha umaimagem negativa da Assembleia <strong>de</strong>República, esta imagem ainda maisnegativa ficou. De facto assistir aum plenário da Assembleia daRepública é um momento <strong>de</strong>verastriste e isto por duas razões: odiscurso e a pessoa que o vaicomunicar já está programado,como é evi<strong>de</strong>nte e terá <strong>de</strong> ser, aspessoas que batem palmas tambémjá estão combinadas, a avaliar peloque observei nas duas horas queestive no plenário. Enquanto<strong>de</strong>corre a comunicação, há unssenhores <strong>de</strong>putados do lado opostoque <strong>de</strong>scem umas filas e começama "mandar bocas" a quem está afalar por estar em <strong>de</strong>sacordo com oque está a ser dito, e <strong>de</strong> repenteregressa ao seu lugar como se nadafosse. E, em simultâneo, incita oscompanheiros <strong>de</strong> bancada a fazer omesmo, o que fazem, e se fazem!Tomam a figura <strong>de</strong> autênticosarruaceiros. Paralelamente a esteambiente, os restantes <strong>de</strong>putadospermanecem completamentaealheios ao que se está a discutir nasessão plenária, andam <strong>de</strong> um ladopara o outro, escrevem, rabiscam,consultam isto e aquilo nosterminais <strong>de</strong> computadorrespectivo, e uma gran<strong>de</strong> parteacaba por ir embora da sala minutos<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter chegado e <strong>de</strong> tercumprimentado os amigos. Asegunda razão e a mais chocante: éobservar as últimas filas da sala doplenário e verificar que os<strong>de</strong>putados que nelas se sentamactualmente estão completamentealheios <strong>de</strong> tudo, assistem aosdiscursos dos colegas, à situação doPaís, como se nada se passasse nasala e como se nada fosse oudissesse respeito aos senhores,como se estivessem <strong>de</strong> corpopresente, em missa <strong>de</strong> <strong>de</strong>funto.Depois um olhar mais atento,Há Música na Cida<strong>de</strong>O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está mais uma vez <strong>de</strong> parabénspelo sucesso da sua 3ªedição do Há Musica naCida<strong>de</strong>, um evento que contou com apoio epatrocínio <strong>de</strong> várias entida<strong>de</strong>s e associaçõesculturais, que <strong>de</strong>correu um pouco por toda a baixada cida<strong>de</strong> em 20 palcos em permanente rotação eon<strong>de</strong> actuaram os mais diversos agrupamentosmusicais e artísticos! Des<strong>de</strong> as arruadas e aspequenas bandas <strong>de</strong> rua, até aos coros, passandopelas filarmónicas, ranchos, escolas <strong>de</strong> dança,Orquestra das Beiras, jazz, Musica para Bebés,classes <strong>de</strong> flauta, trompete, cordas, entre outras. Atar<strong>de</strong>/noite do passado dia 6 <strong>de</strong> Outubro atraiu aocentro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> alguns milhares <strong>de</strong> pessoas, queaplaudiram e participaram nesta feliz iniciativa,numa <strong>de</strong>monstração do interesse que existe pelamúsica e pelas artes protagonizadas pelas diversasinstituições e coletivida<strong>de</strong>s do concelho. Neste 3ºano do Há Música na Cida<strong>de</strong> houve alegria, muitaspalmas, rostos felizes e toda esta simbiose,público, artistas e música resultou em mais umenorme sucesso que, sem dúvida, vai continuarconstatamos que esses senhoresforam os responsáveis pelamachada/estocada final no<strong>de</strong>scalabro a que chegou o nossoPaís, mas o seu comportamento epostura é como se tudo estivesse acorrer no melhor dos mundos, nãoqueria acreditar que fosse possívelhaver tamanha irresponsabilida<strong>de</strong>pessoal, atenção que não digopolítica, digo pessoal!A par <strong>de</strong>stas tristezas, fiqueicontente por ficar a saber que acida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está muitorelacionada e associada à nossahistória parlamentar, das Cortes <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, em que pela primeira vez opovo participou nas mesmas,encontrando-se na zona nobre doPalácio <strong>de</strong> S. Bento painéisrepresentativos <strong>de</strong>ssas cortes e osímbolo [escudo] do castelo <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>/cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - se amemória não me falha - sobre umasobre uma das portas, igualmentenessa zona nobre do palácio.Inocêncio Vieiraivpinto@sapo.ptAntonio BorgesmentiuAntónio Borges afirmou que a<strong>de</strong>scida da TSU para as empresasera um medida inteligente, e que ospatrões eram ignorantes por seterem oposto a ela; mas tambémafirmou, na mesma altura, na suacampanha persistente para baixaros salários nominais em Portugal e,em 2013! Só foi pena que a comunicação social e oscanais televisivos não tivessem feito a coberturaque este Há Música na Cida<strong>de</strong> merecia… Se fossefutebol outro galo cantaria!... Apesar da “Crise”que anda por aí … o Povo sabe escolher o que lhedá prazer e quanto é importante olhar para esteseventos como uma forma <strong>de</strong> estímulo mental, <strong>de</strong>motivação pessoal e <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> cultural . Istoda Cultura em Portugal, como sabemos, não vaibem em termos <strong>de</strong> financiamento porque a“massa” é pouca para tapar outros buracos e<strong>de</strong>pois admiram-se dos mais reputados artistas<strong>de</strong>ixarem o País e rumarem a outros galáxias, on<strong>de</strong>as coisas da cultura são apoiadas com gran<strong>de</strong>sucesso!Esperemos que 2013 seja mais um ano do HáMúsica na Cida<strong>de</strong>, se possível ainda melhor!Parabéns à organização (JL), aos patrocinadores eapoios, aos participantes e ao público que estevepresente!Edgar <strong>de</strong> Carvalhoedgarcarvalho1@hotmail.comRICARDO GRAÇAem particular, os salários dostrabalhadores da Função Pública,que as <strong>de</strong>spesas com pessoal naAdministração Públicarepresentavam 80% das <strong>de</strong>spesasdo Estado.A primeira afirmação (ofen<strong>de</strong>r ospatrões) provocou gran<strong>de</strong> alarido ereacções na comunicação social,mas a segunda (ofen<strong>de</strong>r ostrabalhadores) não causouqualquer reacção, apesar <strong>de</strong> sermentira e ser repetida pelo patrãoda Jerónimo Martins no diaseguinte nas <strong>de</strong>clarações que fez noTelejornal das 13H da RTP,passando como verda<strong>de</strong>iras ealimentando a campanha contra ostrabalhadores da Função Pública.Eugénio Rosa, economistaedr2@netcabo.ptTaberna <strong>de</strong> Leriano passeioA taberna ibérica, junto aoBombeiros Municipais <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,começou num pequeno espaçoque talvez pelo seu nomerapidamente percebeu que tinha<strong>de</strong> aumentar o território.Acontece que aumentou oterritório para o estacionamentopublico e ocupou o passeio que,em dias <strong>de</strong> funcionamento, temduas mesas <strong>de</strong> refeição. Oresultado <strong>de</strong>sta aberração é quecada vez que alguem querpassar, acaba por fazê-loliteralmente por <strong>de</strong>ntro dorestaurante. Quase que énecessário pedir licença aosclientes para passar. Não quecuste contornar o restaurante,mas acho que este é um exemplonegativo numa cida<strong>de</strong> que tem<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> espaços livres semser necessário ocupar paseios eestacionamentos. Acho <strong>de</strong> muitomau gosto utilizar as áreaspúblicas em proveito privado <strong>de</strong>uma forma abusiva como esta.Bruno Oliveiraleiriahouse@gmail.comEsclarecimentoO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> contactou oRancho Folclórico da Barreirapara actuar no Há Música naCida<strong>de</strong>, que <strong>de</strong>correu no sábadopassado, tendo o seu presi<strong>de</strong>ntemostrado interesse mas nãogarantido a participação, poisnecessitaria <strong>de</strong> falar com oselementos do grupo para saber seera possível. Chegado omomento <strong>de</strong> produzir osmateriais com o programa, o<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não tinha ainda aconfirmação da presença ouindisponibilida<strong>de</strong> daquelerancho folclórico, tendo sidoobrigado a <strong>de</strong>cidir se o inseria ounão no programa. Arriscámosinclui-lo na esperança da suaparticipação, o que,infelizmente, não veio aacontecer. Ou seja, o RanchoFolclórico da Barreira não faltouao evento, pois não se tinhacomprometido a participar.RectificaçãoNo trabalho publicado na últimaedição sobre o vinho, o textocom o título Colheitas <strong>de</strong> 2011:Mais quantida<strong>de</strong> e maisqualida<strong>de</strong> continha umaincorrecção, on<strong>de</strong> se referia que aPaços da Cortes estimava umaumento <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> produção.Esse valor refere-se ao aumentoestimado, a nível nacional, para acolheita <strong>de</strong>ste ano, uma vez quea empresa, que tem quintas nazona <strong>de</strong> Lisboa, espera umaumento <strong>de</strong> 10%. Aos leitores eaos visados apresentamos asnossas <strong>de</strong>sculpas.


Opinião<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 19Pum, plimAméliado ValeSe eu fosse na vida como uma linha é noespaço, eu agora seria semelhante a umalinha <strong>de</strong>senhada sem interrupções, ora parabaixo ora para cima, mais ou menosparecida com o registo <strong>de</strong> um eletrocardiograma.Pum, para baixo sempre que alguém <strong>de</strong>stegoverno fala e me sinto brutalmente empurradapara um abismo que me obriga a recuar ao tempodos fatídicos números <strong>de</strong> Salazar. Apesar dosmeus esforços para não cair, o algarismo zero emque me querem transformar está a impedir-me asalvação e <strong>de</strong> tão redondo que é, sei que irá, se eunada fizer, tornar até mais rápida a minha queda!Plim, para cima sempre que interajo com ascrianças com quem trabalho e observo nelaspotencialida<strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> no futuro dar umrumo a Portugal! Plim para cima quando meapercebo <strong>de</strong> iniciativas empresariais que seconstituem como uma prova <strong>de</strong> que os mercadospo<strong>de</strong>m ser pensados ao serviço das pessoas e nãoapenas para perseguir o lucro pelo lucro! E é nestesobe e <strong>de</strong>sce que paro para pensar. Nesta últimasemana, numa primeira aula da manhã, dois dosalunos comunicaram-me que tinham algo para darà turma. Esperaram sem impaciênciasegocêntricas o momento que eu consi<strong>de</strong>reioportuno para tal e nessa altura as prendas forampor eles apresentadas: duma caixa <strong>de</strong> cartãosaíram uns mo<strong>de</strong>los sedutoramente bonitos eperfeitos dos sólidos <strong>de</strong> Platão feitos por um dosalunos com a ajuda do seu pai arquiteto (mo<strong>de</strong>losvaliosos para o que andávamos a estudar); feitospor um outro aluno com a ajuda da mãe surgiram,muito arrumadinhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma bolsinhaTeorias ruraisTem <strong>de</strong> ser tudo muito bem explicadinho,outra vez, não an<strong>de</strong> por aí algum mouco (oumouca). Aqui não há florestas! Os pinhaisnão são bosques, outeiros, veredas,alamedas, áleas. E as pinhas não dão vinho! Oscogumelos, altos e brancos, são muito perigosos emOutubro. São estas as verda<strong>de</strong>iras causas da crisepós-vindima, conhecida a nor<strong>de</strong>ste como ciclo-da--morte. As silvas também atrapalham uma situaçãoque já não era simples. Outra gran<strong>de</strong> crise tevelugar entre 1982 e 1984, quando inquinaram a águaque me servia para regar os feijões. Pedi ajudainternacional mas a situação pouco melhorou.Apareceu tudo indisposto, sem saber porquê. Euestava caladinho na praça a fazer pela vida. Osdanos foram quase mínimos para a população emgeral. Mas não é este o local da sentina <strong>de</strong>corrupção, on<strong>de</strong> no século XI já “pululavam àvonta<strong>de</strong> os mais asquerosos vícios e as paixõesmais ruins podiam francamente saciar-se”? Deveser, e a velhíssima canção é bem nossa conhecida.Sempre igualmente enfadonha.Po<strong>de</strong>m achar que as aci<strong>de</strong>ntadas casas já nãoresistem às frequentes tempesta<strong>de</strong>s dos seushóspe<strong>de</strong>s, ou à avalanche que diariamente seanuncia. Mas isto vai passar <strong>de</strong>pressa. São coisasque acontecem, e espernear faz bem à circulação.Ouvi dizer que o apoio dos amigos é muitoimportante quando a crise vai a passar. Isso, maisos comunistas e os sermões, são preciosas can<strong>de</strong>iasnesta esforçada batalha. Dar esmola também ajudaa formar uma revolução conveniente, como aquelelobo (relativamente) mau. O meu velho e torrencialmestre, senhor do vento em Outubro, soprandooliveiras, nozes e romãs, grita aos seus discípulossáfaros, que continuam sem enten<strong>de</strong>r que asFranciscoFreire<strong>de</strong> plástico, uns marcadores personalizados,enfeitados com um belo e bem recortado “M” <strong>de</strong>matemática (objetos preciosos para marcar noslivros <strong>de</strong> matemática as páginas que interessam)!Um pai e uma mãe fantásticos que mostrando aosseus filhos como se faz, se puseram a construir,hoje, um futuro muito melhor para todos! Umamãe e um pai que multiplicaram cada hora quegastaram a ajudar os seus filhos pelo número <strong>de</strong>alunos da turma, auxiliando todos a tambémapren<strong>de</strong>rem melhor matemática! E “Plim”, <strong>de</strong>novo para cima quando, no sábado, me sentienvolvida por música linda ao passear pela minhacida<strong>de</strong>: uma empresa (o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>) a pensarno seu sucesso mas também no meuapetrechamento cultural e prazer, gastou horascomigo dando-me arte! Apesar <strong>de</strong> bem diferentesestas duas situações têm uma alma comum:ambas, visando o sucesso dos seus (dos filhos naescola e da empresa na comunida<strong>de</strong>), adotaramestratégias empáticas para com os seus públicos!Ambas agiram com inteligência emocional.Confesso que fiquei sensibilizada com apreciosida<strong>de</strong> do que me foi dado e agora só pensoem retribuir: farei tudo para ser cada vez maisuma melhor professora; estou a pensar dar aalguns bons amigos, como prenda <strong>de</strong> Natal ou <strong>de</strong>anos, assinaturas do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>! E plim, tenho<strong>de</strong> subir! É urgente que grite aos ouvidos dosgovernantes: empatia senhores, falta-vos empatia,por causa <strong>de</strong>la vejam o que me aconteceu!Texto redigido com o novo acordo ortográficoProfessoraforquilhas não se metem na boca das vacas e que asameixas apenas se comem frias. E claro, já dizia SãoSimão, “Outubro quente traz o diabo no ventre”.Ainda assim, este mês, não se esqueçam <strong>de</strong> estercarno minguante, preparando cauteloso caminho paraas árvores a transplantar em Abril. Esclarecidos?InvestigadorDRLutar pela vidaou esperar sentado?ManuelGomesPela primeira vez vi umepisódio <strong>de</strong> uma sérietelevisiva chamadaAnatomia <strong>de</strong> Grey.Aparentemente, as estóriaspassam-se num hospital dacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Seattle, EUA, on<strong>de</strong>jovens médicos-cirurgiõestentam apren<strong>de</strong>r e melhorar assuas capacida<strong>de</strong>s ecompetências profissionais eequilibrar as suas relaçõesinterpessoais, confrontando-seconstantemente com a vida e amorte, com o amor e o <strong>de</strong>samorentre eles e com as alegrias etristezas daí <strong>de</strong>correntes. Noepisódio a que assisti, pareceque se estaria numa espécie <strong>de</strong>“época <strong>de</strong> transferências” seutilizarmos a linguagemfutebolística. Ou seja, os jovensmédicos tentavam transferir-separa outros hospitais <strong>de</strong> maiornomeada, nas mais variadascida<strong>de</strong>s dos EUA, algumas a mais<strong>de</strong> um milhar <strong>de</strong> quilómetros <strong>de</strong>Seattle. Procuravam com issomelhorar o seu curriculum, gerira sua carreira e almejar melhorfuturo muito à semelhança dosfutebolistas. Alguns <strong>de</strong>lesconfrontavam-se com dilemaspessoais complexos <strong>de</strong>correntesdo conflito entre a razão (o<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> progredirem na suacarreira) e o coração (aseparação das amiza<strong>de</strong>s ouamores que foram criando). Porsua vez, o gestor do hospital, àsemelhança <strong>de</strong> um treinadorduma equipa <strong>de</strong> futebol, iaapontando num quadro o nomedos seus jovens cirurgiões eacompanhava o evoluir dasprobabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transferência<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les, sobretudo dosmelhores, enfrentando elepróprio o seu conflito entre o<strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> os reter e a vonta<strong>de</strong>mais ou menos firme <strong>de</strong>mudança dos seus médicostendo, como pano <strong>de</strong> fundo, asrestrições orçamentais dopróprio hospital. Este episódioimpressionou-me um pouco pelapositiva, face à mentalida<strong>de</strong>daqueles jovens norte--americanos para quem lutarpela aquisição <strong>de</strong> novascompetências e melhorar a suavida é uma atitu<strong>de</strong> normal einquestionável mesmo que, paratal, tenham que sacrificarafectos entretanto criados erefazer tudo numa nova elongínqua cida<strong>de</strong>. O empregopara toda a vida numa mesmainstituição é um conceito que,aparentemente, <strong>de</strong>sconhecem.Entre a mentalida<strong>de</strong> dajuventu<strong>de</strong> qualificada norte--americana e a da europeia, omeu coração (ou razão) balança.Economista


20 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012EconomiaInCentea recebe empresas da re<strong>de</strong> CotecReforçar o conhecimento das competências dasempresas do universo Cotec é um dos objectivos doDia da inCentea, que se realiza a 19 <strong>de</strong>ste mês noCastelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. O encontro contará com a presençadas empresas da Re<strong>de</strong> PME Inovação Cotec e com opresi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta associação, Daniel Bessa.Pêra rocha per<strong>de</strong> um milhãopor semana <strong>de</strong>vido à grevePrejuízos A greve nos portos está a provocar perdas no negócio da pêra rocha,que nesta altura se ven<strong>de</strong> em força para o Brasil e outros mercados externosParalisação <strong>de</strong>verá durar até dia 21 <strong>de</strong>ste mêsRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ “Afronta” e “falta <strong>de</strong> ética”. É <strong>de</strong>staforma que o presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Produtores <strong>de</strong>Pêra Rocha (ANP) classifica a greveque afecta praticamente todos osportos nacionais há quatro semanas.A paralisação está a causar prejuízosa muitas empresas exportadoras e afruticultura é um dos sectores maisafectados. De acordo com os váriosempresários ouvidos, estará a per<strong>de</strong>rpelo menos um milhão <strong>de</strong> euros porsemana em volume <strong>de</strong> negócios.Torres Paulo explica que nesta alturase costumam enviar por semana40 contentores <strong>de</strong> pêra para o Brasil,sendo que cada um vale 20 mileuros. Com a greve nos portos, osprodutores estão a ser obrigados amandar o produto através <strong>de</strong> Valênciae Algeciras (Espanha). “Mas mandammenos porque o custo é maior”,aponta o presi<strong>de</strong>nte da ANP.Também para mercados como Inglaterra,Irlanda, Fe<strong>de</strong>ração Russa eMédio Oriente a pêra costuma ir <strong>de</strong>barco. Agora está a seguir por camião,mas igualmente com maiores custose nem sempre no prazo pretendido.“Como estamos a importar menos,há menos camiões a circular entre osmercados”, aponta.Torres Paulo lamenta que, numaaltura como a que se vive, “nem todosos portugueses estejam unidosno esforço <strong>de</strong> recuperar o País” queestá, <strong>de</strong>sta forma, “a dar dinheiro aganhar a Espanha”. Além dos prejuízosdirectos, algumas empresas estãoa mandar os trabalhadores ficaremem casa porque têm menos trabalho.A Carsag não conseguiu enviartodos os contentores <strong>de</strong> pêra e maçãpara o Brasil e alguma carga teve <strong>de</strong>ser <strong>de</strong>sviada para portos espanhóis,“o que fica mais caro cinco cêntimospor quilo”. A fruta que a empresa <strong>de</strong>Alcobaça não conseguiu ven<strong>de</strong>r <strong>de</strong>vidoà greve ren<strong>de</strong>ria pelo menos 80mil euros, explica Pedro Ribeiro.A greve no porto <strong>de</strong> Lisboa obrigaa Granfer a expedir as suas frutasTomada <strong>de</strong> posiçãoAIP preocupada comefeitos na economiaÉ com “enorme preocupação”que a Associação IndustrialPortuguesa (AIP) vê os efeitos dagreve dos portos sobre aeconomia. Em comunicado,<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “a estratégia <strong>de</strong>cartelização” das greves queafecta o porto <strong>de</strong> Lisboa terá <strong>de</strong>ser urgentemente ultrapassada”,sem que tal signifique aumento<strong>de</strong> custos para quem exporta.Lembra que parte significativa domovimento <strong>de</strong>ste porto não po<strong>de</strong>ser transferida para outros e que70% da capacida<strong>de</strong> portuárianacional em silo está sediada noporto <strong>de</strong> Lisboa. Por isso, é“urgente” repor o seu normalfuncionamento, mesmo que paratal seja preciso recorrer a “todosos instrumentos legais existentesna legislação portuguesa paraesse fim”.RICARDO GRAÇAatravés <strong>de</strong> portos como Leixões,Algeciras ou Vigo, o que implica custos“três vezes superiores”, garanteHélio Ferreira. O gerente da empresa<strong>de</strong> Óbidos diz que, além disso,o tempo <strong>de</strong> viagem da frutapara mercados como o Brasil, Angolae Canadá passa <strong>de</strong> 11 para 30dias, o que “po<strong>de</strong> ter consequênciasem termos da conservação do produto”.No envio da mercadoria paraInglaterra a empresa está a substituiro barco pelo camião, mas comum aumento <strong>de</strong> custos implícitoque varia entre 500 e 700 euros porcontentor. “São custos que temos <strong>de</strong>absorver, sem termos condiçõespara isso”, lamenta.Só por sorte a Leirimetal não teveprejuízos <strong>de</strong>vido à greve. “Se nestemomento tivéssemos <strong>de</strong> enviar mercadoriapara a Venezuela sem dúvidaque sentiríamos o impacto”, dizJosé António Neves, para quem estaparalisação é “extremamente grave”,na medida em que “está a prejudicaras exportações, que são a única coisaque nos salva”.Empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Key Plasticsajusta activida<strong>de</strong>à quebra <strong>de</strong>encomendas❚ A Key Plastics Portugal dispensou90 trabalhadores temporários que tinhaao seu serviço e <strong>de</strong>verá entrarainda este mês em lay-off parcial, atéao fim do ano. O objectivo é ajustara produção à quebra <strong>de</strong> encomendasque se está a sentir. “Se tudo correrbem, não será preciso recorrer a <strong>de</strong>spedimentos”,acredita o presi<strong>de</strong>nteda empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Rui Filinto explicou ao JORNAL DELEIRIA que os fabricantes <strong>de</strong> automóveisestão a reduzir a sua produçãoe a fechar parcialmente as unida<strong>de</strong>sprodutivas. Depois dos franceses,também os alemães estãoagora a fazê-lo, como forma <strong>de</strong> escoaros stocks <strong>de</strong> automóveis acumuladosem resultado das quebras nas vendas.“Além da forte crise na Europa,também há uma crise mundial.”Nas primeiras semanas <strong>de</strong> Setembroa Key Plastics Portugal, situada naBarosa, começou a receber notificaçõesdos clientes e percebeu que iriaregistar uma quebra <strong>de</strong> 23% nas encomendaspara o último trimestre<strong>de</strong>ste ano. “É muito significativo”,aponta o presi<strong>de</strong>nte.A administração da empresa járeuniu com sindicatos e trabalhadores,tendo explicado <strong>de</strong>talhadamentea situação, diz Rui Filinto. As medidas<strong>de</strong> ajustamento da activida<strong>de</strong> àdiminuição das encomendas passampela dispensa dos trabalhadorestemporários e por um lay-off parcialque abrangerá 208 dos 700 trabalhadores.Serão afectados colaboradores<strong>de</strong> áreas como engenharia,gestão e logística, que trabalharão umdia a menos por semana.“Estamos a <strong>de</strong>senvolver o processolegal para o lay-off, que <strong>de</strong>verá entrarem vigor ainda em Outubro eprolongar-se até ao fim do ano”, explicao presi<strong>de</strong>nte da Key Plastics,lembrando que já em 2009 foi precisorecorrer ao lay-off para ultrapassar asdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> então. A empresa,que directa ou indirectamente exportatoda a sua produção (componentespara o sector automóvel),<strong>de</strong>verá este ano registar um volume<strong>de</strong> negócios <strong>de</strong> 37,1 milhões <strong>de</strong> euros,menos 4,4 milhões do que o ano passado.RSS


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 21Marinha Gran<strong>de</strong> aprova permuta <strong>de</strong> terrenos com o EstadoAvança ampliação da zona industrialDaniela Franco Sousadaniela.sousa@jornal<strong>de</strong>leiria.ptProcesso <strong>de</strong> alargamento arrasta-se há vários anos❚ Os vereadores da Câmara daMarinha Gran<strong>de</strong> aprovaram na últimareunião <strong>de</strong> Câmara, por unanimida<strong>de</strong>,uma permuta entre terrenosda autarquia e terrenos doEstado, que permitirá concretizara velha pretensão do município<strong>de</strong> alargar a Zona Industrial <strong>de</strong>Casal da Lebre.Consi<strong>de</strong>rando a ampliação daquelazona fundamental para o <strong>de</strong>senvolvimentoeconómico e para acriação <strong>de</strong> emprego, o executivo <strong>de</strong>cidiuque o Estado <strong>de</strong>verá entregarao município uma parcela <strong>de</strong> terreno,situada na Mata Nacional doCasal da Lebre, com uma área <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 14 hectares, avaliada em528 mil euros, bem como, conjuntamentecom o Instituto <strong>de</strong> Empregoe Formação Profissional, osimóveis on<strong>de</strong> funcionava a antigafábrica <strong>de</strong> vidro J. Ferreira Custódio,avaliados em 445 mil euros, perfazendoum valor total <strong>de</strong> 973 mil euros.Em troca, o município <strong>de</strong>cidiuentregar ao Estado as parcelas <strong>de</strong>terreno situadas no pinhal do concelho,com cerca <strong>de</strong> 53 hectares,avaliadas em 634 mil euros. A di-RICARDO GRAÇAferença, no valor <strong>de</strong> 330 mil euros,é entregue, em dinheiro, pela câmar,explica o município.Esta permuta permitirá à MarinhaGran<strong>de</strong> expandir a zona industrialaté à A8 e constituir 21 lo-tes, além <strong>de</strong> receber o espaço da antigaJ. Ferreira Custódio, on<strong>de</strong> irácriar um parque <strong>de</strong> estacionamentogratuito. Estima o municípioque as obras relativas à construção<strong>de</strong> infra-estruturas públicas tenhaminício no segundo semestre<strong>de</strong> 2013.Para Vítor Pereira (CDU), o negócioque o Estado agora possibilitatem “características leoninas”, quefavorecem claramente a AdministraçãoCentral: o pinhal da autarquiaé avaliado em 1,185 euros pormetro quadrado, enquanto o <strong>de</strong>Casal da Lebre é avaliado por 3,857euros por metro quadrado. A antigaJ. Ferreira Custódio é avaliada em64,84 euros por metro quadrado,expõe o vereador. Compreen<strong>de</strong>ndoa perspectiva da CDU, o presi<strong>de</strong>nteda autarquia, Álvaro Pereira, temeque, se a câmara não aceitar agoratais condições, o Estado possa, <strong>de</strong>pois,recuar. A opinião é partilhadapelo vereador António Santos(PSD).Empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Americanaconcentraserviçosno Telheiro❚ Poupar recursos e potenciar economias<strong>de</strong> escala são os principaisobjectivos dos responsáveis daAmericana com a concentração dosserviços administrativos no Telheiro.Para tal foram investidos 80mil euros. No mesmo espaço funcionamagora os sectores <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>,recursos humanos, <strong>de</strong>partamento<strong>de</strong> compras, marketinge informática, alguns dos quais estavamaté aqui no centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.“Apesar <strong>de</strong> o mercado estar difícil,temos conseguido manter os resultados”,aponta Paulo Sousa,acrescentando que embora o volume<strong>de</strong> vendas esteja ligeiramente inferiorao do ano passado a empresatem conseguido ven<strong>de</strong>r mais produtoson<strong>de</strong> a margem é melhor,nomeadamente os que coloca nasgran<strong>de</strong>s superfícies.Empresa da Nazaré patrocina Home Sweet HomeSpal procura novas propostasem concurso <strong>de</strong> <strong>de</strong>signRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ A Spal é uma das empresas patrocinadorasdo concurso <strong>de</strong> <strong>de</strong>signHome Sweet Home (as outras são aHerdmar e a Villa Lumi), promovidopela Associação Industrial Portuguesaem parceria com o CentroPortuguês <strong>de</strong> Design, no âmbitodo evento Lisboa Design Show, quecomeçou na FIL no dia 6 e <strong>de</strong>correaté domingo.“Através do patrocínio <strong>de</strong>ste concurso<strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, para além <strong>de</strong> reforçaros valores da marca, a Spaltem a expectativa <strong>de</strong> encontrarPeça <strong>de</strong>corativa Stonefeelpropostas originais e diferenciadoraspara juntar ao portfolio damarca”, aponta em comunicado aempresa situada no concelho daNazaré.Ao mesmo tempo, “trata-se <strong>de</strong>reavivar uma das principais tradiçõesda marca, uma vez que ao longo<strong>de</strong> quase cinco décadas a Spaltem mantido o mesmo dinamismoe vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>r o mercado”.“Fiel à visão <strong>de</strong> criar peçascom <strong>de</strong>sign marcante e que acrescentemvalor à vivência diária <strong>de</strong>cada consumidor”, a empresa <strong>de</strong>porcelanas tem sido distinguidacom vários prémios, “como o prestigianteDesign Plus Award”.Com o concurso Home SweetHome preten<strong>de</strong>-se promover parceriasentre <strong>de</strong>signers e indústria,apoiar e divulgar a capacida<strong>de</strong> ecompetência do <strong>de</strong>sign nacional. ASpal <strong>de</strong>safiou os <strong>de</strong>signers a apresentarempeças em porcelana <strong>de</strong>utilização generalizada, para o segmentodoméstico, hotelaria, restauraçãoe gourmet, que fossem diferenciadoras,multifuncionais einseridas em conjuntos até ummáximo <strong>de</strong> três peças.Os <strong>de</strong>signers vencedores foramMiguel Flores Soeiro (serviço <strong>de</strong>café Nose), Sylvie Alves Castro(peça <strong>de</strong>corativa Stonefeel) e Cristovão<strong>de</strong> Sousa (serviço <strong>de</strong> cháMarina). Os respectivos protótiposjá estão a ser apresentados noLisboa Design Show.Vejaanúncios<strong>de</strong>empregona página25Para sabercomoanunciar nasecção <strong>de</strong>classificadosdo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> ligue244 800400PUBLICIDADE


22 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Economia<strong>Leiria</strong> Inauguraçãodo espaço CoberturaIn<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nteÓbidos Movensisapresenta novasolução QmaticAlimentaçãoContinente <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>faz rastreios e provasPombal Feira <strong>de</strong>franchising ajudaa pensar negóciosO Grupo Cobertura In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte,espaço <strong>de</strong> trabalho no centro <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> com cowork, escritóriosin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, sala <strong>de</strong> reuniões,estúdio <strong>de</strong> fotografia e auditório,vai ser inaugurado amanhã. Oprojecto foi i<strong>de</strong>alizado por CláudiaRocha e Ricardo Espada, sócios daContraponto, empresa <strong>de</strong>comunicação que também seinstalou naquele espaço situado no11º piso do edifício do centrocomercial D. Dinis.A Movensis, empresa instalada emÓbidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010 e querepresenta em Portugal a Qmatic,acaba <strong>de</strong> anunciar o lançamento danova versão cinco da soluçãoOrchestra, <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>atendimento <strong>de</strong> clientes. Estaversão aumenta significativamenteas funcionalida<strong>de</strong>s disponibilizadas,permitindo umaoperação distribuída, masmantendo a gestão centralizada dasolução, aponta nota da empresa.O Continente <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> recebe hoje,das 10 às 19 horas, a iniciativaQuinzena da Alimentação,promovida pelo Movimento HiperSaudável. Entre outros aspectos,serão realizados rastreios (peso,índices <strong>de</strong> massa corporal e <strong>de</strong>massa gorda), haveráaconselhamento alimentar,promoção <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> física,divulgação da campanha Prova dos5 e workshops sobre alimentaçãosaudável.Começa amanhã e prolonga-se atédomingo no Expocentro, emPombal, a Expo Interfranchising2012. A iniciativa “nasce danecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover negóciosestruturados no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>franchising através <strong>de</strong> ferramentas<strong>de</strong> comunicação personalizadas queconstituem uma ponte entre quemtem um conceito experimentado equem procura uma base sólida para<strong>de</strong>senvolver um negócio <strong>de</strong>sucesso”, explicam os promotores.Alcobaça Parque<strong>de</strong> Turquel <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><strong>de</strong> alteração no PDMBaixela Versailles já está no mercadoDRNovo Gelado Sundaecom sabora pêra rochaO Parque Empresarial <strong>de</strong> Turquelcontinua a aguardar por umarevisão do Plano DirectorMunicipal (PDM) para po<strong>de</strong>ravançar. A informação foitransmitida recentemente porLuís d’Avó Ribeiro, durante aapresentação do anteprojecto. Só<strong>de</strong>pois a Associação Empresarialdo Sul do Concelho <strong>de</strong> Alcobaçapo<strong>de</strong>rá dar o próximo passo: anegociação com os donos dosterrenos envolvidos. “O projetoserá <strong>de</strong>senvolvido por fases. Nósnão vamos investir em tudo aomesmo tempo. Não vamos fazerum negócio sem falar com osdonos dos terrenos primeiro.Temos <strong>de</strong> nos sentar e <strong>de</strong>finir umpreço por metro quadrado”,explicou o promotor. O futuroparque empresarial, a instalarjunto ao IC2, conta com 69 lotes,num total <strong>de</strong> 50 hectares, sendoque cinco lotes estão já ocupadospor empresas. Luís d’Avó Ribeirodisse ainda que os 43proprietários <strong>de</strong>monstraram,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, vonta<strong>de</strong> emcooperar com o projeto,disponibilizando-se paranegociar os terrenos.“Majestoso e imponente”, o serviço Versailles,resultado da “estreita relação <strong>de</strong> parceria” entre a VistaAlegre e a artista Joana Vasconcelos, já chegou às lojasda Vista Alegre Atlantis <strong>de</strong> todo o mundo. A baixela,<strong>de</strong>senhada por esta artista, inclui serviço <strong>de</strong> mesa,serviço <strong>de</strong> chá e serviço <strong>de</strong> café. Versailles é inspiradona escultura Perruque, <strong>de</strong> Joana Vasconcelos, que foiconcebida exclusivamente para a sua exposição nopalácio <strong>de</strong> Versalhes. A baixela foi produzida na fábricada Vista Alegre, em Ílhavo, e viajou, em Junho, atéàquele palácio nos arredores <strong>de</strong> Paris, on<strong>de</strong> foi“apresentada em primeira mão a mais <strong>de</strong> 400convidados <strong>de</strong> honra, <strong>de</strong>stacadas figuras da política,cultura, finança e socieda<strong>de</strong> internacionais”, no jantar<strong>de</strong> inauguração da exposição <strong>de</strong> Joana Vasconcelos.Foi também utilizado no jantar <strong>de</strong> encerramento damesma mostra da artista portuguesa, a primeiramulher a expor no Palácio <strong>de</strong> Versalhes. Com estabaixela, “a Vista Alegre Atlantis acompanha, uma vezmais, a fulgurante carreira <strong>de</strong> Joana Vasconcelos e esteincontornável marco da sua consagração”, aponta aempresa em comunicado. O serviço será, no futuro,utilizado pela artista nas inaugurações das suasexposições internacionais.A pêra rocha é omais recentesabor a integrar agama <strong>de</strong> geladosSundae daMcDonald’s. “OSundae Origenscom cobertura <strong>de</strong>Pera Rocha do Oeste<strong>de</strong> Denominação <strong>de</strong>Origem Protegida (DOP) reforça aaposta nos sabores portugueses ena fruta <strong>de</strong> origem nacional”,aponta a empresa emcomunicado. Desenvolvido emPortugal, em exclusivo para omercado nacional, o novoSundae é fornecido pela Frulact(o mais recente parceiro nacionalda McDonald’s) em colaboraçãocom a Associação Nacional <strong>de</strong>Produtores <strong>de</strong> Pera Rocha,acrescenta. “O Sundae Origenscom cobertura <strong>de</strong> Pera Rocha doOeste é mais uma inovaçãoexclusiva para o mercadoportuguês que traduz a nossafilosofia <strong>de</strong> integração eadaptação ao gosto epreferências nacionais”, explicaJohn Alves, diretor <strong>de</strong> marketinge comunicação.Leiturasdasemana (www.arquivolivraria.pt)Pensar <strong>de</strong> A a ZNigel WarburtonEditora: BizâncioSim ou NãoDr. Spencer JohnsonEditora: Gestão PlusTodos raciocinamos e argumentamos diariamente,mas quase todos <strong>de</strong>sconhecemos os princípioselementares que nos permitem fazê-lo melhor.Pensar <strong>de</strong> A a Z po<strong>de</strong> ajudar qualquer pessoa quequeira saber como argumentar convenientemente,ter uma discussão sólida e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os seus pontos <strong>de</strong>vista <strong>de</strong> forma racional e crítica. Usando exemplosinteligentes e organizados alfabeticamente, Pensar <strong>de</strong>A a Z po<strong>de</strong> não o ajudar a vencer todas as discussões,mas <strong>de</strong> certeza dar-lhe-á a capacida<strong>de</strong> para distinguiruma boa discussão <strong>de</strong> uma discussão chocha.Autor <strong>de</strong> "Quem mexeu no meu queijo?", o Dr.Spencer Johnson lida neste livro com a dificulda<strong>de</strong>que mais frequentemente nos impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> termossucesso e sermos felizes: a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar<strong>de</strong>cisões correctas. Ao longo <strong>de</strong>stas páginas, o autorensina-nos a criar opções melhores e a pôr <strong>de</strong> partequalquer temor ou ansieda<strong>de</strong>, concentrando-nos nasnossas verda<strong>de</strong>iras necessida<strong>de</strong>s. Revela tambémcomo utilizar a integrida<strong>de</strong>, a intuição e a percepçãopara alcançar a autoconfiança e a serenida<strong>de</strong>necessárias ao verda<strong>de</strong>iro sucesso.


Economia<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 23PUBLICIDADEPessoas D’ Êxito – Mediação imobiliária, Lda – AMI: 9204 Válida até: 20/06/2014InnJOÃO CARVALHOANGARIADOR IMOBILIÁRIO96 966 49 60Mira Amaral em seminário sobre internacionalizaçãoMercado americano “não percebe”qualida<strong>de</strong> dos nossos produtosRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Mesmo que tenhamos uma boaqualida<strong>de</strong> intrínseca nos nossosprodutos, se os mercados não aconhecem dificilmente conseguimosven<strong>de</strong>r nesses mercados, lembrouMira Amaral no seminário sobreinternacionalização realizado asemana passada na Marinha Gran<strong>de</strong>.O presi<strong>de</strong>nte da Socieda<strong>de</strong> Portuguesa<strong>de</strong> Inovação (SPI) frisouque “é necessário que os mercadospercebam a qualida<strong>de</strong>”, o que nemsempre acontece. E apontou os EstadosUnidos como exemplo <strong>de</strong>mercado que “não percebe a qualida<strong>de</strong>dos nossos produtos”. Pelocontrário, em Angola os produtosportugueses são valorizados, o queexplica que este país tenha ultrapassadoaquele como primeiro <strong>de</strong>stinoextra-comunitário das exportaçõesportuguesas.Para Mira Amaral, as exportações“têm sido o único factor positivo”da crise, representando já cerca<strong>de</strong> 40% do Produto Interno Bruto.“É um sucesso notável, mas <strong>de</strong>víamosatingir os 60%”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u,acrescentando que é precisoproduzir mais.Foi com parcerias e práticas colaborativasque a Salsa conseguiu entrarem “mercados difíceis”, comoo Médio Oriente, revelou no seminárioRenato Homem. O director <strong>de</strong>operações disse que a marca portuguesa<strong>de</strong>senvolve a colaboração avários níveis, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os fornecedoresaos clientes. Também os funcionáriossão chamados a colaborar. Foi oque aconteceu no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>-Oradores falaram sobre vantagens da colaboraçãoDados da EmbaixadaMoçambique temoportunida<strong>de</strong>sem vários sectoresEntre 1999 e 2008, a média anual <strong>de</strong>crescimento do Produto InternoBruto <strong>de</strong> Moçambique foi <strong>de</strong> 7%,revelou no seminário FilomenaMalalane, conselheira daEmbaixada <strong>de</strong> Moçambique emPortugal. A responsável apresentoualguns dados sobre o país e frisouque os produtos portugueses “sãoconhecidos e apreciados” naquelemercado africano. Sectores como ogás, a energia, extracção <strong>de</strong>mármores, agricultura etransformação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras sãoalguns dos que apresentamoportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimento. Aconselheira apontou ainda aspescas, cujo potencial <strong>de</strong>exploração está avaliado em 300mil toneladas por ano.RAQUE DE SOUSA SILVAsenvolvimento das calças para grávidas,“testadas à exaustão” pelasfuncionárias, até se chegar ao produtofinal, que po<strong>de</strong> ser usado antes,durante e <strong>de</strong>pois da gravi<strong>de</strong>z. “Ascalças têm sido top <strong>de</strong> vendas e já receberamvários prémios”, revelou.Sara Medina falou sobre as potencialida<strong>de</strong>se barreiras da China,lembrando que as chamadas cida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> segundo nível estão a tornar--se “motores <strong>de</strong> crescimento” eapresentam “excelentes oportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negócio”, nomeadamenteem áreas como imobiliário, biotecnologiae energias limpas.A administradora da SPI frisou, noentanto, que aspectos como a língua,a pouca transparência da informaçãoe o <strong>de</strong>sconhecimento relativamentea Portugal e aos produtosportugueses são barreiras queé preciso ultrapassar. Além disso, oschineses vêem como “absolutamentefundamental” a existência <strong>de</strong>conhecimento e confiança pessoalantes <strong>de</strong> fazerem negócio.Empresa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Gerência da Materlis quer recuperação eadministrador da insolvência <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> venda❚ Terminou por estes dias o prazopara os credores da Materlis sepronunciarem sobre o plano <strong>de</strong>insolvência apresentado pela empresaem Agosto. O Ministério Públicojá fez saber que se opõe aoplano, por consi<strong>de</strong>rar que este nãose encontra em conformida<strong>de</strong> comas normas legais aplicáveis.O plano aposta na recuperaçãoda empresa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,propondo o pagamento da totalida<strong>de</strong>das dívidas ao Estado (FazendaNacional), que ultrapassamos dois milhões <strong>de</strong> euros, em 150prestações mensais iguais e sucessivas.Não pe<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> coimasnem <strong>de</strong> custas a este credor.À segurança Social e à Sonae (sóa esta <strong>de</strong>ve quase seis milhões <strong>de</strong>euros) propõe igualmente o pagamentoda totalida<strong>de</strong> dos créditos.A empresa reconhece dívidas totaisno valor <strong>de</strong> 20,9 milhões <strong>de</strong>euros.O pagamento aos credores “éfeito por recurso a capitais própriosobtidos por rendimentos geradospela manutenção em activida<strong>de</strong>da empresa, reestruturado o seupassivo e prevenidas as rupturas <strong>de</strong>tesouraria”, aponta o documento,a que o JORNAL DE LEIRIA teveacesso.O administrador da insolvência,contudo, diz que o passivo apuradoé <strong>de</strong> 31,3 milhões <strong>de</strong> euros. JoséCecílio tem dúvidas sobre aqueleplano <strong>de</strong> recuperação, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndoantes uma medida que, “salvaguardandoo estabelecimento permita,pela transmissão <strong>de</strong> activos[...] o pagamento <strong>de</strong> algum valordos créditos reclamados pelos credores”.Seria uma espécie <strong>de</strong> trespasse,com bens e contratos <strong>de</strong>trabalho incluídos.O juiz admitiu o plano <strong>de</strong> recuperaçãoapresentado pela empresa,mas não o exposto por José Cecílio,por enten<strong>de</strong>r que “não se trata<strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>ira proposta,mas antes <strong>de</strong> um relatório sobre ascondições da empresa”. RSS1 – Como é trabalhar na Re/MaxInn numa altura em que todos falamem crise e as medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong>apertam cada vez mais?Trabalhar na Re/Max INN, por si só,já é motivador, pois, tanto as condições<strong>de</strong> trabalho como o ambienteentre colegas, é excelente!Só isso é um bomprincípio, e <strong>de</strong>pois há ofacto <strong>de</strong> se gostar doque se faz. Assim, atéa suposta crise <strong>de</strong>que tanto se fala,nos passa umpouco ao lado!No entanto,obviamentefalo por mim edo meu dia-adiae não esqueçoque tenho <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>ras necessida<strong>de</strong>s dosclientes e arranjar-lhessoluções para ultrapassarCOMBATE A CRISE E APOSTA EM TIINSCREVE-TE ATRAVÉS DO NR. 244 812 715INN@REMAX.PTalgumas situações que aparecem nos dias <strong>de</strong> hoje e que, em outrostempos, não existiam. Por exemplo: o facto <strong>de</strong> a banca ser mais rigorosana aprovação dos créditos e emprestar o dinheiro mais "caro",com taxas e spreads mais altos. Para essas situações, temos outrassoluções como os imóveis da banca ou com condições especiais <strong>de</strong>financiamento, entre outras... que superam esses "problemas".Tudo tem solução!2– Como encarou e por que acredita que vale a pena apostar em nãoter or<strong>de</strong>nado e ganhar consoante o que trabalha e consequentementeproduz?Não digo que no início não me <strong>de</strong>ixou pensativo e me fez questionar:"será que vale a pena? Será que consigo?" Mas... claro que consigo!Se gosto do que faço, se trabalhar bem, se fizer as coisas que aprendie vou apren<strong>de</strong>ndo na excelente formação que a Re/Max proporciona,não há que temer! E não ter or<strong>de</strong>nado "fixo" não me assusta.Até pelo contrário, motiva-me, pois cada mês que passa posso ganharmais do que no mês que passou! Saber que não há limites e que tudopo<strong>de</strong> "apenas" <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nós próprios e da maneira como se trabalhae encara esta profissão é extremamente motivante!3 – Qual a maior vantagem em trabalhar na Re/Max Inn?O nome Re/Max é uma vantagem que só por si diz tudo. Quem nãoconhece a Re/Max? É, certamente, uma das maiores marcas conhecidasmundialmente! Quando se pensa em imóveis e imobiliárias,associamos automaticamente o nome Re/Max. Trabalhar na Re/MaxINN é óptimo, pois é um projecto novo, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> começar dozero. Sem vícios. On<strong>de</strong> todos lutamos em prol <strong>de</strong> um único objectivo...ser número um em <strong>Leiria</strong>! Acredito que o vamos conseguir!4 – Sente-se realizado profissionalmente?Este é o meu primeiro ano na Re/Max INN e na REDE Re/Max, e, sinceramente,estou muito satisfeito com tudo o que tenho vivido e conseguidoatingir! Sei e sinto que posso ir mais além e que tenho potencialpara ser cada vez melhor... Se o meu primeiro ano correu <strong>de</strong>staforma, só consigo a pensar: “como será daqui a mais um ou doisanos, quando tudo e todos souberem que o 'João Carvalho está naRe/Max e com excelentes resultados'?". Resumidamente, para o primeiroano Re/Max estou super motivado e realizado! E calma, queainda não acabou o ano! Tenho mais três meses pela frente para arrasar!5 – O que diria a alguém que quisesse entrar na Re/Max?O tema Re/Max sai-me naturalmente na minhas conversas do diaa-dia,mesmo entre amigos. Por isso, seria fácil convencer alguéma entrar na Re/Max porque eu não falo apenas da Re/Max, eu vivoa Re/Max, porque acredito no projecto e no conceito Re/Max.Entrarna Re/Max é ter o nosso próprio negócio <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um super negócio!Nãohá nada a temer... <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se acredite no nosso própriopotencial, as coisas acontecem naturalmente e, quando damos pornós, estamos todos os dias a fazer negócios, a semear pequenos negóciose a colhê-los naturalmente!


24 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012EconomiaPelletsland inaugurada em breveA Pelletsland <strong>de</strong>verá abrir portas na zona industrial doCasal da Areia, em Alcobaça, nos próximos dias,segundo o presi<strong>de</strong>nte da câmara. O investimento paraa instalação da nova empresa ronda os 14 milhões <strong>de</strong>euros e criará 40 postos <strong>de</strong> trabalho.Manifestação terça-feira em Lisboa para alertar po<strong>de</strong>r políticoEmpresários da restauração reclamam<strong>de</strong>scida do IVA para evitar colapsoRaquel <strong>de</strong> Sousa Silvaraquel.silva@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Uma redução do volume <strong>de</strong> negóciosque po<strong>de</strong> ascen<strong>de</strong>r a 1750milhões <strong>de</strong> euros, entre 2011 e2013, o <strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> 39 milempresas e a extinção <strong>de</strong> 99 milpostos <strong>de</strong> trabalho. O cenário, traçadonum estudo que a PriceWaterhouseCoopere a Espanha & Associados<strong>de</strong>senvolveram para a associaçãoAHRESP, traduz os impactosda subida do Imposto sobreo Valor Acrescento para 23%. “O aumentoda taxa <strong>de</strong> IVA provocou (econtinuará a provocar) pressão significativanas empresas do sector,tornando-se insustentável já em2013”, aponta o documento.“O sector encontra-se em rupturatotal”, garante Célia Volante,Os números7.000milhões <strong>de</strong> euros é o valorestimado do mercado do sectorda restauração, segundo oMovimento Nacional <strong>de</strong>Empresários40%é a percentagem da quebra dasvendas na restauração esimilaresuma das a<strong>de</strong>rentes do MovimentoNacional <strong>de</strong> Empresários <strong>de</strong> Restauração,que promove na terça--feira uma concentração junto à Assembleiada República, ocasião emque irá reclamar a <strong>de</strong>scida da taxa,cujo aumento foi a “machadada fatal”,e alertar o po<strong>de</strong>r político paraa “iminente falência” do sector,“que se encontrava em profundarecessão já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008”.“Estamos a lutar por uma <strong>de</strong>scidapara os 6%”, diz a responsáveldo Dom Aba<strong>de</strong>, em Porto <strong>de</strong>Mós, garantindo que só <strong>de</strong>ssa formao sector po<strong>de</strong>rá aliviar umpouco a pressão. “O aumento doIVA foi <strong>de</strong> 10%, mas o impacto queteve na activida<strong>de</strong> ascen<strong>de</strong>u a77%”, sustenta.Célia Volante lembra que, além<strong>de</strong>sta subida, também os custos <strong>de</strong>produção (água, gás, matérias-primas,HCCP) aumentaram, sem queos restaurantes os possam repercutirno preço final. “Se o fizéssemos,as casas estariam completamentevazias”, diz. “Desesperados”,e para tentar manter clientes,há mesmo empresários que estãoa baixar preços.A empresária lembra que hátoda uma fileira <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dosector da restauração e que, “seesta cai, também as outras empresascairão por arrasto”. CéliaVolante reconhece que o distrito<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> não é daqueles on<strong>de</strong> o cenárioseja mais negro, “emborase note muito a quebra no consumo”,mas frisa que há regiões doPaís on<strong>de</strong> todos os dias fecham restaurantes.“Este estudo veio comprovar asmais pessimistas previsões da associaçãosectorial sobre os efeitosnefastos do aumento do IVA para23% no sector da restauração e naeconomia nacional, tornando-seevi<strong>de</strong>nte que tal aumento provocoue continuará a provocar umapressão significativa nas empresasdo sector, tornando-se mais fracturanteem 2013”, afirma MárioPereira Gonçalves, presi<strong>de</strong>nte daAHRESP.Depois <strong>de</strong> ter entregue o estudoao primeiro-ministro, a associação(que entretanto <strong>de</strong>u o seuapoio àquela concentração, assimcomo fez a AHRP), entregou-o anteontemao ministro da Economia,que se “mostrou sensibilizado”e se “comprometeu” a analisaros números apresentados, apontaa AHRESP.PUBLICIDADEVejaanúnciosdiversosna página26Lí<strong>de</strong>r do Futuro é programa “mais completo”APS promove formaçãopara lí<strong>de</strong>res em Alcobaça❚ A primeira edição do Lí<strong>de</strong>r do Futuro,“o mais completo programa <strong>de</strong>formação <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res”, realiza-se <strong>de</strong> 5a 10 <strong>de</strong> Novembro, em regime resi<strong>de</strong>ncial,no Your Hotel & SPA, Alcobaça.Resulta da parceria que a APSestabeleceu com a Crescimentum,empresa brasileira que <strong>de</strong>senvolveeste programa há oito anos.“Neste curso, os participantes vivenciamas experiências mais diversas,através das quais os seus <strong>de</strong>safiossão trabalhados, causando a verda<strong>de</strong>iratransformação das suas atitu<strong>de</strong>scomo lí<strong>de</strong>res”, explica Ana PaulaSantos, responsável da APS. Antes daformação, cada participante faz umassessment composto por uma avaliação360º da li<strong>de</strong>rança e um teste <strong>de</strong>perfil comportamental DISC.Os formadores serão Arthur Diniz,Verónica Ahrens, Paulo Alvarenga eMarco Fabossi, coaches profissionaiscertificados internacionalmente,“que fizeram a sua formação emli<strong>de</strong>rança nas mais reputadas escolasamericanas” (Society for OrganizationalLearning, Kellog School of Managemente Center for Creative Lea<strong>de</strong>rship).Após a formação, cada participanteterá uma sessão <strong>de</strong> coaching quelhe permitirá alinhar o que apren<strong>de</strong>ucom a sua prática corporativa e, apósseis meses, fará outra avaliação 360º,que irá permitir medir o resultado daformação. As inscrições terminam napróxima segunda-feira, dia 15.Localizado em zona nobre da cida<strong>de</strong>, o <strong>Leiria</strong>Plaza, apresenta-se como um espaço comercialcentral, com uma oferta diversificada <strong>de</strong> lojas euma praça <strong>de</strong> restauração com cerca <strong>de</strong> 1000m2 <strong>de</strong> restaurantes.Áreas <strong>de</strong> negócio a instalar para as quais seprocuram representantes:● massas italianas;● hamburgueria;● grelhados;● gomas/doces● vestuário;● lavandaria.Empreendimento também tem habitação <strong>de</strong>s<strong>de</strong>:● Apartamentos T1, T2 e T3● Tipologias: num só piso, duplex e existe umrecuado com gran<strong>de</strong> terraço no último andar.Para mais informações, contactar a Imobiliária TwelveSquare (Lic. 8988)Rua Eng. Duarte Pacheco, n.º 14 - 2410-130 <strong>Leiria</strong> . Tm. 910 546 869 oucomercial.twelve@gmail.comPara sabercomoanunciar nasecção <strong>de</strong>classificadosdo <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> ligue244 800400Marinha Gran<strong>de</strong>Vendidos 18 imóveis em leilão❚ Eram 22 os imóveis que a Century21 Car<strong>de</strong>ira & Costa tinha para ven<strong>de</strong>rem leilão. No espaço <strong>de</strong> uma hora alienou18, um “excelente” resultadopara o qual contribuiu o facto <strong>de</strong> o preçodos imóveis estar “claramenteabaixo” dos valores <strong>de</strong> mercado (entre22 mil e 94 mil euros) e <strong>de</strong> o bancoque os <strong>de</strong>tinha (Millennium BCP)financiar a 100% o negócio, em caso<strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> do cliente. O leilão,realizado recentemente na MarinhaGran<strong>de</strong>, compreendia imóveis situadosneste concelho e em <strong>Leiria</strong>e o público alvo eram sobretudopessoas que preten<strong>de</strong>ssem efectuara compra numa perspectiva <strong>de</strong>investimento, quer para <strong>de</strong>pois reven<strong>de</strong>rquer para colocar no mercado<strong>de</strong> arrendamento, explica RuiGonçalves, responsável <strong>de</strong> marketingda Car<strong>de</strong>ira & Costa.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 25HOTEL <strong>de</strong> topo no concelho <strong>de</strong> ALCOBAÇA preten<strong>de</strong> admitir (M/F):Recepcionista Night-Auditor; REF.: H001 Chefe <strong>de</strong> Sala / Empregado <strong>de</strong> Mesa; REF.: H002Copeira/Cozinheira; REF.: H003 -Esteticista / Massagista <strong>de</strong> Estética; REF.: H004Comercial Externo com experiência hoteleira; REF.: H005Requisitos:-Haverá em algumas das funções preferência por possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Estágio Profissional;-Polivalência inter <strong>de</strong>partamentos;-Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, espírito <strong>de</strong> equipa e forte sentido motivacional;-Disponibilida<strong>de</strong> para horários voláteis ajustados ao trabalho;As respostas <strong>de</strong>verão ser entregues por email com REFERÊNCIA INDICADA NO ASSUNTOdo mesmo para: recrutamento.hotel.leiria@gmail.comPrecisa-se <strong>de</strong>EMPREGADA INTERNA (M/F)para Rio MaiorTécnicas da PNLAs Técnicas da PNL são ferramentas utilizadas com sucesso emdiversas áreas, mo<strong>de</strong>ladas <strong>de</strong> terapeutas e comunicadores excelentes.A metodologia da PNL é mundialmente utilizada e experimentada,com sucesso comprovada em cursos, Coachingindividual ou nas empresas.Destinatários:Todas as pessoas que individual ou profissionalmente estão interessadasem tornar as suas vidas mais atrativas e eficazes.Horário:09h30-19h30 (Sábado)Duração: 16 HorasDatas:13 e 20 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012“O maior bem que po<strong>de</strong>mos fazer a alguém não é comunicar-lhe a nossariqueza, mas revelar-lhe a sua...”Objetivos Gerais:• Compreen<strong>de</strong>r os processos através dos quais, pensamos,sentimos, falamos e agimos;• Organizar a nossa estrutura interna, ace<strong>de</strong>r a recurso egerar as mudanças <strong>de</strong>sejadas;• Apreen<strong>de</strong>r a utilizar recursos próprios para po<strong>de</strong>r atingir<strong>de</strong> maneira mais fácil metas pessoais e profissionais;• Processo pessoal e apresentações em público (Interaçãoentre o eu e os outros; em contexto <strong>de</strong> ensino/aprendizado…)Conteúdos Programáticos:• Introdução à PNLSubmodalida<strong>de</strong>s• Princípios básicos e pressupostos Pistas <strong>de</strong> acesso• Apren<strong>de</strong>r a apren<strong>de</strong>rAncoras• O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Comunicação da PNL Rapport• Os Níveis NeurológicosMeta mo<strong>de</strong>lo da linguagem• Formular objetivosMo<strong>de</strong>lo da linguagem Milton• Acuida<strong>de</strong> sensorialMetáforas• Sistemas <strong>de</strong> RepresentaçãoApresentações em público...Entre outros…Preten<strong>de</strong>-se:· Pessoa responsável e honesta, com experiência em cozinha,limpeza e outras tarefas domésticas em habitação particular;· Disponibilida<strong>de</strong> para permanecer em casa dos utentes <strong>de</strong> quartafeiraa domingo (dormidas incluídas e folgas a combinar)· Apetência para tomar conta <strong>de</strong> crianças;·Ida<strong>de</strong>: até 60 anos;·É necessário envio <strong>de</strong> referências;Antes 150€ Agora 110€ Duração: 136 Horas Data: 03/04 Novembro 2012IVA não incluídoPré-inscrições:Por email: leiriconsulte@leiriconsulte.comPor telefone: 244856032 / 916631851Ou nas nossas instalações: Rua Paulo VI, Edifício Paulo VI, lote44, loja 3, 2410-149 <strong>Leiria</strong>Antes 1600€ Agora 1400€IVA não incluídoDestinatários:Gestores, Coachs, Terapeutas, Formadores, Trabalhadores na Área Social,Professores, Psicólogos, Médicos, Enfermeiros e todos aqueles queindividual ou profissionalmente estão empenhados em tornar as suasvidas mais atrativas e eficazes.Os interessados <strong>de</strong>verão candidatar-se atravésdo e-mail: liliana_dinis87@hotmail.com ou ligar paraTm. 912 904 148 para marcação <strong>de</strong> entrevista;Trainer /FormadorAntónio VieiraFormação em PNL pelo NTI-NLP - (Instituto Holandês <strong>de</strong> ProgramaçãoNeurolinguística). Programação Neurolinguística - José FigueiraUnipessoal Lda.Master-Practitioner e Trainer com certificado internacional reconhecidopela ABNLP (The American Board of Neuro-Linguistic Programming).OFERECE-SESENHORAPOLIVALENTEhonesta <strong>de</strong> confiança,oferece-se para horas <strong>de</strong>limpeza, passar o ferro ouajudante <strong>de</strong> restauraçãopara horas <strong>de</strong> almoço.Tm. 964 083 964PRECISA-SEHomens/Mulheresp/ trabalhar em electricida<strong>de</strong>.C/ ou S/ experiência.Preferência c/ carta <strong>de</strong>condução <strong>de</strong> pesados.Tm: 236 946 211/969 846 477Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, Lote 9,Loja E, Marinheiros, <strong>Leiria</strong>Contactos: 918 024 760 - 244 854 078Site: www.plaforma.ptE-mail: info@plaforma.ptBrisanorte – PastelariasAdmite (M/F)Ajudante <strong>de</strong> PasteleiroDisponibilida<strong>de</strong> ImediataOs candidatos <strong>de</strong>verão <strong>de</strong> entregarCV nos escritórios do grupo Brisanorte,em Rua <strong>de</strong> Atenas, Quinta do Bispo - <strong>Leiria</strong>EMPRESA MULTINACIONAL SEDEADA EM LEIRIAEM FASE DE EXPANSÃO RECRUTA:INFORMÁTICO/ADMINISTRATIVO(M/F)EXIGE-SE:- Boa apresentação;- Formação superior na área <strong>de</strong> informática;- Conhecimentos <strong>de</strong> PHC, Office, gestão <strong>de</strong> páginas Web;- Experiencia em funções semelhantes (mínimo 3 anos);- Disponibilida<strong>de</strong> para viajar.RESPOSTA COM C.V. DETALHADO E FOTO ATUAL PARA:APARTADO 2878 . 2401-901 LEIRIASiga-nos também no Facebook!Formações FinanciadasTécnicas <strong>de</strong> Mesa - Bar (Curso <strong>de</strong> Aprendizagem)Equivalência ao 12º Ano e Qualificação Nível IVDestinatários: Jovens com ida<strong>de</strong> inferior a 25 anos; 3º ciclo do ensino básico ouequivalente ou habilitações superior a 3º ciclo do ensino básico ou equivalente, semconclusão do ensino secundário ou equivalente.Regalias: Bolsa <strong>de</strong> Profissionalização, Subsídio <strong>de</strong> Alimentação,Subs. <strong>de</strong> Transporte (se justificado) e outros Subs. que tenha direito.Horário: LaboralFormações Modulares Certificadas(A <strong>de</strong>correr nas nossas instalações - <strong>Leiria</strong>) H Nível InícioConfeção <strong>de</strong> Fundos, Molhos e Pratos 50 2 23-10-2012Principais <strong>de</strong> Cozinha (3305)Oficina <strong>de</strong> Expressão Plástica 75 4 31-10-2012(Técnicas e Materiais) (4264/4269)Conceitos Básicos <strong>de</strong> Ambiente, Segurança, Higiene e 50 4 07-11-2012Saú<strong>de</strong> no Trabalho e Socorrismo (0349/4283)Ativida<strong>de</strong>s Pedagógicas com Crianças com NEE 50 4 21-11-2012(3294)Língua Espanhola - 50 4 29-11-2012Acolhimento e Assistência ao Cliente (6940)Assistência a Crianças no Domicilio (3246/7/8/9) 100 2 05-12-2012Brevemente também em Horário Diurno! Contacte-nos!Temos formações a <strong>de</strong>correr em várias zonas, entre as quais: Calvaria,Meirinhas, Ourém, Marinha Gran<strong>de</strong>, Pataias, São Bento, Mendiga, StaEufémia, Araze<strong>de</strong>, Soure. Formações em várias áreas. Informe-se!Destinatários: Ativos, maiores <strong>de</strong> 18 anos eNível 2: Empregados, prioritariamente com habilitações inferiores ao 9.º ano,ou <strong>de</strong>sempregados com qualquer habilitação escolar;Nível 4: Empregados com habilitações entre o 9.º ano e o 12.º ano, ou <strong>de</strong>sempregadoscom habilitações superiores ao 9.º ano.Regalias dos Formados: Subsídio <strong>de</strong> Alimentação, Material Didático e Certificado<strong>de</strong> Formação (caso conclua com aproveitamento).Horário: Pós LaboralFormação Co - Financiada por:Qualificar é Crescer


26 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012FORMAÇÃO FINANCIADAOutubro 2012LÍNGUAS E LITERATURAS ESTRANGEIRASLíngua Inglesa - relações laborais – iniciação | 50HLíngua Espanhola - relações laborais – iniciação | 50HLíngua Alemã - iniciação | 50HLíngua Italiana - iniciação | 50HProcessador <strong>de</strong> Texto - processamento e edição | 50HFolha <strong>de</strong> Cálculo - operação e programação | 50HGESTÃO E ADMINISTRAÇÃOSistema <strong>de</strong> Normalização Contabilística | 25HRecursos Humanos – Relatório Único | 25HLegislação Laboral: contrato trabalho/direitos individuais |50HDireitos Coletivos e Relações Coletivas do Trabalho | 50HMétodos e Práticas <strong>de</strong> Negociação | 50HDESTINATÁRIOS:. Adultos empregados ou <strong>de</strong>sempregados da Região Centro, com ida<strong>de</strong> igual ou superior a18 anos, com habilitações entre o 9º e o 12º <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, sendo dada preferência aosque não concluíram, ainda, o ensino secundário;. Os <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> habilitações superiores, ao nível da licenciatura e/ou bacharelato,po<strong>de</strong>m, igualmente, candidatar-se, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que se encontrem em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego.Para mais informações e inscrições visite-nos em www.valorrh.comou entre em contacto connosco através do tlf 244 577 215 ou pelo email formacao@valorrh.comconsultoriaauditoriasformaçãoprogramas <strong>de</strong> financiamentoINFORMÁTICAProcessador <strong>de</strong> Texto |50HProcessador <strong>de</strong> Texto - funcionalida<strong>de</strong>s avançadas | 25HFolha <strong>de</strong> Cálculo | 50HFolha <strong>de</strong> Cálculo - funcionalida<strong>de</strong>s avançadas |25HAplicações <strong>de</strong> Apresentação Gráfica | 50HSistemas <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Bases <strong>de</strong> Dados | 50HQUALIDADE, AMBIENTE E SHSTAvaliação da Eficácia da Formação | 25HPlaneamento e Gestão da Formação | 25HAmbiente, Segurança, Higiene e Saú<strong>de</strong> Trabalho | 25HSistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> - ISO 9001Auditorias ao Sistema <strong>de</strong> Gestão da Qualida<strong>de</strong> | 50HDIREITOS:. Subsídio Alimentação [4,27€]. Certificado <strong>de</strong> QualificaçõesINSCREVA-SE!FORMAÇÃO GRATUITAJOÃO FILIPEMÉDICO ESPECIALISTA DE OFTALMOLOGIAMédico do Hospital dos Covões em CoimbraUrgência todos os diasConsultas . Cirurgias . Lentes <strong>de</strong> Contacto . Laser. Campos Visuais . Exercícios <strong>de</strong> OrtóticaAcordos: SAMS Centro . CGD . SAVIDA . SAMS-SIBRua João <strong>de</strong> Deus, 11, 1º Dtº - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 832 801/244 832 870MUDANÇAS 24HORASINCLUINDO FINS DE SEMANA.HONESTIDADETM: 960 032 771/ 910 148 270Diagnóstico, Tratamento ePrevenção <strong>de</strong>Patologias do PéPODOLOGISTA(Licenciada pelo ISPN)Urb. Vale do Mocho, Lt. 6 Rc/DtoRua Paulo VI (Calçada do Bravo)2410-146 <strong>Leiria</strong>Tel. 244 855 353 (das 15h. às 19h.)Tlm. 914 552 051e-mail: medicpe@iol.ptGRAÇA BARBEIROCLÍNICA OTORRINO| CONSULTAS | CIRURGIAS | EXAMES AUDIOMÉTRICOS || TERAPIA DA FALA | PSICOLOGIA |Acordos: Multicare (Cirurgia) – AdvanceCare - Mondial AssistanceCGD - SAMS Quadros - ADSE (Cirurgia) - Allianz Saú<strong>de</strong>Av. Combatentes Gr. Guerra, 79-B - LEIRIATel.: 244 811 324 - Tm. 963 972 107LAVAGENS MANUAISLavagens completas(Interior e Exterior)✓ Estofos ✓ Motor✓ Chassis ✓ ParafinarFAZEMOS A RECOLHAE ENTREGA DA SUAVIATURA NO SEULOCAL DE TRABALHOOU RESIDÊNCIAABERTOS AOS SÁBADOS ATÉ ÀS 13H00244 103 077/962 546 463Rua Heróis do Ultramar, Armaz. “D”2410-287 LEIRIA GARE - LEIRIA


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 27ImobiliárioVendaApartamento T1 com garagem individualna rotunda da Azoia-<strong>Leiria</strong>55.000€. Tm. 912 486 455.Apartamento T4 com garagem individualnos Capuchos-<strong>Leiria</strong>90.000€. Tm. 912 486 455.APARTAMENTO T3semi mobiladoequipado com arrumos e garagemprivada, soalheiro com gran<strong>de</strong>sáreas,bom preço em Guimarota-<strong>Leiria</strong>. Tm.919 204 695.Apartamento T4 com garagem individualna Quinta <strong>de</strong> S.Bartolomeu-<strong>Leiria</strong> 100.000€. Tm. 912 486 455.ArrendaApartamento T3 mobilado e equipado.Com garagem. Excelentes acessosCentro e IPL. Tm 917274529/969770240.T1 no centro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, mobilado, aestudantes. Tel.: 244801940/Tm.:916097633.Armazéns c/ 150 m2, 260 m2 e 800m2 licenciados p/ indústria, localizadosem Z. 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Contactar pelo Tm: 914 655373/918 724 417.TRIBUNAL JUDICIAL DE LEIRIA4.º Juízo CívelAnúncio1.ª Pub. - <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1474 - 11.10.2012Processo: 1581/12.1tblraDivórcio Sem Consentimento do Outro CônjugeAutor: Fabiana Batista <strong>de</strong> AbreuRéu: Tiago Filipe dos Santos FerreiraNos autos acima i<strong>de</strong>ntificados, correm éditos <strong>de</strong> 30 dias,contados da data da segunda e última publicação do anúncio,citando o réu, Tiago Filipe dos Santos Ferreira, comúltima residência conhecida em Rua Vale Sepal, N.º 34,Lote 7, 3.º Frente, Marrazes, 2400-000 <strong>Leiria</strong>, para no prazo<strong>de</strong> 30 dias, <strong>de</strong>corrido que seja o dos éditos, contestar,querendo, a presente acção, com a indicação <strong>de</strong> que afalta <strong>de</strong> contestação não importa a confissão dos factosarticulados pela autora e que em substância o pedido consisteem que seja <strong>de</strong>cretado o divórcio entre autora e réu,tudo como melhor consta do duplicado da petição inicialque se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.Fica advertido <strong>de</strong> que é obrigatória a constituição <strong>de</strong> mandatáriojudicial.<strong>Leiria</strong>, 04-09-2012N/Referência: 7299949A Juiz <strong>de</strong> Direito,Dra (a). Mafalda CortezA Oficial <strong>de</strong> Justiça,Adosinda da Luz G. D. FerreiraT1 novo equipado e mobilado, centro<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Tm: 914 655 373/918 724417.T0, T1 e dois T3 e água furtadasjunto ao Cinema City (acesso Mobilis).Excelentes preços. Tm: 914 655373/918 724 417.DiversosMI AMOREAgência Matrimonial.ENCONTRE A SUA ALMA GÉMEA<strong>Leiria</strong>.Tel. 910 023 783/ 969 352 765/244 825 743MotorVendaBMW 520Dcom 91.000Km. 170Cv. 2006.Full Extras. 20.000€Tm. 916 494 988.ExplicaçõesIndividuais <strong>de</strong> Matemática. Contactarpelo Tm. 914 138 396.Matemática (ind. ou em grupo) -Ensino Secundário. Tm. 917937 988.Individuais e <strong>de</strong> várias Áreas, emParceiros. Tm. 962 988 572.Emprego Precisa-seEmpregada/o<strong>de</strong> escritórioc/ conhecimento em corel.Full-time ou part-time.Tm: 236 946 211/969 846 477Senhoras(es)p/ trabalhar em armazém<strong>de</strong> material eléctrico.Tm: 236 946 211/969 846 477FichaTécnicaJORLIS, LDA.GerênciaMaria Alexandra Vieira, Anabela Frazão,João NazárioDirecção EditorialMaria Alexandra Vieira,Arnaldo Sapinho, Orlando Cardoso,Anabela FrazãoCoor<strong>de</strong>nação Executiva/DirectorJoão Nazário(direccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)RedacçãoDamião Leonel, Daniela Franco Sousa,Elisabete Cruz, Graça Menitra, JacintoSilva Duro, Maria Anabela Silva, MiguelSampaio, Raquel <strong>de</strong> Sousa SilvaFotografiaRicardo Graça(ricardo.graca@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Colaboradores permanentesAna Ferraz Pereira, Joaquim Paulo, LuciPais, Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Orlando Cardoso,Paula LagoaDirecção GráficaGabinete Técnico JorlisPaginação e ProduçãoIsil da Trinda<strong>de</strong> (coor<strong>de</strong>nação)(isilda.trinda<strong>de</strong>@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rita Carlos (rita.carlos@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços Administrativos/AssinantesCília Ribeiro(cilia.ribeiro@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)(assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)TesourariaPatrícia Carvalho(patricia.carvalho@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Serviços ComerciaisMaria Nunes(maria.nunes@jornal<strong>de</strong>leiria.pt)Rui Pereira (rui.pereira@movicortes.pt)Proprieda<strong>de</strong>/EditorJorlis - Edições e Publicações, Lda.Capital Social: €600.000NIF 502010401Sócios com mais <strong>de</strong> 10%: Movicortes,Serviços e Gestão, Lda.José Ribeiro VieiraMoradaParque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Emailgeral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptTelefonesGeral: 244 800 400Redacção: 244 800 405Fax: 244 800 401ImpressãoGrafedisportDistribuiçãoVASPDia <strong>de</strong> publicação: Quinta-feiraPreço avulso: 1€Assinatura anual: 35€ (Portugal)65€ (Europa)93€ (outros países do mundo)Tiragem média por ediçãoMês <strong>de</strong> Setembro: 15 000 exemplaresN.º <strong>de</strong> registo: 109980Depósito legal n.º 5628/84O <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> está abertoà participação <strong>de</strong> todos os cidadãos<strong>de</strong> acordo com o ponto 5 do EstatutoEditorialPalavras cruzadas(COM 14 CASAS PRETAS)Horizontais: 1 – 905 (Rom.). Permaneças. 2- O m. q. amir. Prioresa. 3- Dissolvi,misturei com água. Caí em culpa, pequei. 4- Imposto <strong>de</strong> circulação(abrev.). Paixão ou mania do vinho. 5- Elimina, omite. Rio <strong>de</strong> França. 6- Terrivelmenteameaçador. 7- Presidência da República (abrev.). Embarcações ligeiras.8- Deixarei só. Medo (Interj.). 9- Coluna simples que serve <strong>de</strong> suporte.Dorme, rosnando (Prov.). 10- Prendiam-se com os elos (as plantas.). Lidai, trabalhaimuito (Fig.). 11- Adicionamos. Imposto sobre o rendimento <strong>de</strong> pessoassingulares (sigla).Verticais: 1- Desistiam. Peúvas. 2- 2009 (rom.). Letra grega o m. q. psilon. 3-Reles. Embrulham. 4- Viela, arruela. Matéria que sai em fusão dos vulcões. 5-Começaram. 6- Estado <strong>de</strong> São Paulo, Brasil (abrev.). Abominar. Multidão, queixal(Prov.). 7- Tiveste tremuras. 8- Terreno liso on<strong>de</strong> se trilham cereais. Peito,especialmente o da mulher (pl.). 9- Quaisquer periódicos (diários ou não). Nome<strong>de</strong> homem. 10- Limpam com areia e limão. Unir, juntar (Ant.). 11- Vestuário <strong>de</strong>mulher Mirais.Solução do problema anterior: Horizontais: 1- OFÍCIOS. RAL. 2- EMOLI. EMANO. 3-R. NO ADAS. A. 4- SP. RABUJES. 5- TATAREZ. IAM. 6- ENOL. B. ORLA. 7- DOM. PEN-SOSO. 8- SATIRAS. AM. 9- E. RASSA. EA. E. 10-CHAPA. ROBOT. 11- UAS. MAISENA.Verticais: 1- OERSTED. ECU. 2-FM. PANOS. HA 3- ION. TOMARAS. 4- CLORAL. TAP. 5-II. AR PISAM. 6- O. ABEBERA. A. 7- SEDUZ. NA. RI. 8- MAJ. OSSEOS. 9- RASEIRO. ABE.10- AN. SALSA. ON. 11- LOA. MAOMETA.SudokuCARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL FONTOURA CARNEIRORua Francisco Serra Frazão, lote B, 4.º r/c dto – 2480-337 Porto <strong>de</strong> MósTel. 244 401 344 . Fax: 244 401 385 . PORTO DE MÓS<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> - Edição 1474 - 11.10.2012Certifico para fins <strong>de</strong> publicação, que por escritura <strong>de</strong> justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e oito <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> dois mil e doze,exarada a folhas vinte e nove do livro <strong>de</strong> Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Setenta e Dois – A:a) MARIA ISABEL PEREIRA FAUSTINO, viúva, natural da freguesia <strong>de</strong> Cortes, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, lá resi<strong>de</strong>nte no lugar <strong>de</strong> Fontes, Nif: 112 569 005,que outorga por si e na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> procuradora, em representação <strong>de</strong>:– MARIA ISABEL PEREIRA SANTOS FAUSTINO DA COSTA BARROS, casada com ANTÓNIO JORGE PINTO DA COSTA BARROS, sob o regimeda comunhão <strong>de</strong> adquiridos, naturais ele da referida freguesia <strong>de</strong> Cortes e ele da freguesia e concelho <strong>de</strong> Alcobaça, resi<strong>de</strong>ntes na Rua Manuel Costa eSilva, 7, 4.º B, Lisboa, Nifs: 116 853 387 e 116 890 061.b) JOÃO MANUEL PEREIRA SANTOS FAUSTINO casado com MARIA DE LURDES PIRES SANTOS FAUSTINO, sob o regime da comunhão <strong>de</strong>adquiridos, naturais ele da referida freguesia <strong>de</strong> Cortes e ela da freguesia <strong>de</strong> Parada, concelho <strong>de</strong> Bragança, resi<strong>de</strong>ntes na Alameda Mahatma Gandhi,18, em Lisboa, Nifs: 129 622 559 e 129 622 532, <strong>de</strong>vidamente autorizado pela esposa como resulta da procuração que arquivo,Declararam a outorgante referida em a) na indicada qualida<strong>de</strong> e o outorgante referido em b):Que, em comum e sem <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> parte ou direito, eles e a representada <strong>de</strong>la referida em a) são donos e legítimos possuidores, com exclusão<strong>de</strong> outrem do prédio urbano, sito em Moinho do Rato, freguesia <strong>de</strong> Cortes, concelho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, composto <strong>de</strong> barracão e uma arrecadação, com a áreacoberta <strong>de</strong> setenta e dois metros quadrados, a confrontar do norte com Jacinto Correia, sul e nascente com caminho e do poente com João Cortez da SilvaCurado, <strong>de</strong>scrito na primeira Conservatória do Registo Predial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na ficha duas mil seiscentas e oitenta e quatro, lá registado a favor <strong>de</strong>Manuel Alves Pereira, casado, (com Maria José Pereira das Neves) pela inscrição apresentação duas <strong>de</strong> sete <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> mil novecentos e <strong>de</strong>zassete(meta<strong>de</strong> indivisa); e a favor <strong>de</strong> Manuel António Crespo, casado, (com a mesma Maria José Pereira das Neves) pela inscrição apresentação onze <strong>de</strong> sete<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> mil novecentos e quarenta e oito (a restante meta<strong>de</strong> indivisa), inscrito na matriz sob o artigo 164, com o valor patrimonial <strong>de</strong> €3209,74.Que este prédio lhes pertence, em comum e sem <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> parte ou direito, por o haverem adquirido por dissolução por morte da comunhãoconjugal e sucessão hereditária <strong>de</strong> João Pereira Santos Faustino, em cuja herança são únicos interessados, nos termos da habilitação exarada a folhasnoventa e cinco verso do livro <strong>de</strong> notas para “Escrituras Diversas” Seis-F do Segundo Cartório Notarial <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Que o prédio veio à posse da ora primeira outorgante referida em a ) no estado <strong>de</strong> casada com João Pereira Santos Faustino por doação verbal <strong>de</strong>seus pais Manuel António Crespo e mulher Maria José Pereira das Neves, ele titular da referida inscrição correspon<strong>de</strong>nte à apresentação onze <strong>de</strong> sete <strong>de</strong>janeiro <strong>de</strong> mil novecentos e quarenta e oito, no ano <strong>de</strong> mil novecentos e cinquenta e quatro;Por sua vez, seu pai, Manuel António Crespo, ainda no estado <strong>de</strong> solteiro, maior, havia adquirido a Manuel Alves Pereira, ao tempo casado com MariaJosé Pereira das Neves, a meta<strong>de</strong> indivisa registada em seu nome por compra verbal no ano <strong>de</strong> mil novecentos e onze;Que, não obstante não terem título formal <strong>de</strong>sta última aquisição, por virtu<strong>de</strong> daquela dissolução por morte da comunhão conjugal e sucessão hereditária,os justificantes, por si e antepossuidores, o dissolvido casal <strong>de</strong> João Pereira Santos Faustino, sempre o possuíram, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a data aquela compra verbalaté hoje, logo há mais <strong>de</strong> vinte anos, em nome próprio, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram todas as utilida<strong>de</strong>s porele proporcionadas, nele fizeram obras <strong>de</strong> conservação e reparação e aí guardaram os seus pertences, cultivaram-no e colheram os seus frutos, semprecom ânimo <strong>de</strong> quem exerce direito próprio, ostensivamente e sem oposição <strong>de</strong> quem quer que seja, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente.Que essa sua posse é <strong>de</strong> boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupçãoe <strong>de</strong> modo a ser conhecida pelos interessados.Tais factos integram a figura da usucapião, que os justificantes invocam, como causa <strong>de</strong> aquisição do referido prédio, por não po<strong>de</strong>rem comprovar asua aquisição pelos meios extrajudiciais normais.Cartório Notarial <strong>de</strong> Manuel Fontoura Carneiro em Porto <strong>de</strong> Mós, vinte e oito <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> dois mil e doze.A colaboradora com <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res,(Ana Paula Cor<strong>de</strong>iro Pires <strong>de</strong> Sousa Men<strong>de</strong>s – 83/4)Emitida factura/recibo n.º 02/2172/001/2012Boletim <strong>de</strong> assinaturaNome | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Morada | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | || | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |CP | | | | | - | | | | Localida<strong>de</strong> | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |País | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Telefone | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | |Profissão | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | Habilitações Literárias | | | | | | | | | | | | | |N.º Elementos agregado familiar | | | NIF | | | | | | | | | | Data <strong>de</strong> nascimento | | | - | | | - | | | | |Junto envio cheque/vale postal n.º | | | | | | | | | | no valor <strong>de</strong> 35€ (Portugal), 65€ (Europa), 93€ (outros paísesdo Mundo) emitido à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Jorlis, Lda., para pagamento da minha assinatura anual do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (renovável anualmente,salvo indicações em contrário). Para pagamento por transferência bancária para o NIB 003503930008317863056(anexar comprovativo). Para mais informações contactar pelo Tel. 244 800 400 - E-mail: assinantes@jornal<strong>de</strong>leiria.ptAssinatura


28 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012DesportoEm terra <strong>de</strong> vencedor do US Openo ténis quer <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser só lazerRecreação É do distrito a gran<strong>de</strong> esperança do ténis português. No entanto, Fre<strong>de</strong>rico Silva é umachado, pois a modalida<strong>de</strong> ainda é essencialmente praticada como forma <strong>de</strong> lazer. Com excepçõesMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Fez segunda-feira um mês queFre<strong>de</strong>rico Silva, <strong>de</strong> Caldas da Rainha,conquistou a competição <strong>de</strong> paresdo escalão júnior do Open dos EstadosUnidos. Foi o momento maisalto do ténis português, alcançadopor um jogador a quem se auguraum brilhante futuro, mas não <strong>de</strong>ixa<strong>de</strong> ser um grão <strong>de</strong> areia perdidonum court <strong>de</strong> pó <strong>de</strong> tijolo. O facto éque esta modalida<strong>de</strong> ainda é vistasobretudo como um <strong>de</strong>sporto <strong>de</strong> diversão.O JORNAL DE LEIRIA foi fazeruma radiografia à modalida<strong>de</strong> naregião.No distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> há 13 associaçõeson<strong>de</strong> se pratica ténis, mas só emduas o número <strong>de</strong> atletas ultrapassaos cem: o Clube <strong>de</strong> Ténis das Caldasda Rainha (CTCR) – o emblema <strong>de</strong>Fre<strong>de</strong>rico Silva – e o Centro Internacional<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CITL), precisamenteos clubes on<strong>de</strong> existe umaaposta mais forte na competição.Depois há outros, como o Clube-Escola<strong>de</strong> Ténis <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (CETL), queapresenta resultados <strong>de</strong> bom nível,sobretudo nos veteranos. “Se falarmos<strong>de</strong> ténis <strong>de</strong> competição, vejo oténis no distrito com preocupação”,diz Pedro Felner, responsável peloCTCR e treinador <strong>de</strong> Fre<strong>de</strong>rico Silva.“Infelizmente não existem muitosprojectos direccionados para a competiçãoe alta competição no distrito.Este fenómeno retira competitivida<strong>de</strong>ao ténis e acaba por prejudicartodos aqueles que querem competir.Actualmente, apenas o CTCR eo CITL têm expressão em termoscompetitivos. O CITL é um exemplo<strong>de</strong> sucesso, conseguindo conciliar osténis social e competitivo com muitosucesso. Nas Caldas da Rainha,através da aca<strong>de</strong>mia que dirijo, optámospor um projecto exclusivamentedireccionado para a formaçãoe competição e os resultados tambémcomeçam a aparecer”, explica otécnico.A mesma linha segue André Lopes,técnico natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e responsávelpela preparação <strong>de</strong> Rui Machado,um dos nomes gran<strong>de</strong>s damodalida<strong>de</strong>. “Como complemento àparte do lazer, on<strong>de</strong> a região sempreteve uma gran<strong>de</strong> massa <strong>de</strong> tenistaspraticantes, existe já um excelentecentro <strong>de</strong> treinos nas Caldas da Rainha,on<strong>de</strong> o Fre<strong>de</strong>rico Silva e outraspequenas esperanças estão exclusivamente<strong>de</strong>dicados à alta competição,e em breve irá nascer um pro-Atleta do CITL, Cláudia Gaspar foi vice-campeã nacional sub-16 no ano passadoBom Sucesso T&PCCET <strong>Leiria</strong>CIT <strong>Leiria</strong>CPCR CortesCT AlcobaçaCRP RibafriaCT Caldas RainhaCT Marinha Gran<strong>de</strong>CT PenicheCT PombalCT Porto <strong>de</strong> MósUD BatalhaCDC Caranguejeira7422681110920707987234132624jecto completamente <strong>de</strong>dicado aessa vertente em <strong>Leiria</strong> (ver caixa).Passaram 20 anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que omesmo André Lopes era a gran<strong>de</strong> esperançado ténis português. Foicampeão nacional a partir dos 14anos, jogou duas vezes a Taça Davis,foi medalha <strong>de</strong> prata nos JogosOlímpicos da Juventu<strong>de</strong>, estevedois anos a treinar em Espanha,mas <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> jogar aos 24 anos <strong>de</strong>vidoa lesões sucessivas. Aos 14anos anos teve <strong>de</strong> rumar a Lisboapara tentar seguir a via do profissionalismo.Hoje, tudo seria diferente.“As condições <strong>de</strong> treino sãomelhores, as estruturas são maisprofissionais e o conhecimento sobreo que fazer traz, inevitavelmente,maior qualida<strong>de</strong> ao trabalhoque se faz diariamente com os atletasnos seus clubes. Um jovem da regiãojá po<strong>de</strong> tentar seguir o caminhodo profissionalismo sem sair <strong>de</strong>casa e do seio familiar.”CITL aposta na alta competiçãoCentro <strong>de</strong> treino vai nascer em <strong>Leiria</strong>O projecto é ambicioso, até porque“se não for, os jogadores passam evão embora”. O CITL esperaarrancar já em 2013 com um centro<strong>de</strong> treino. Algo que no País sóexiste, com relevância, em... Caldasda Rainha. Apesar <strong>de</strong> já apostar nacompetição e ter duas dasmelhores atletas jovens nacionais –Cláudia Gaspar e Mariana Carreira –o objectivo é fazer com que tenistas<strong>de</strong> outros pontos do País e até doestrangeiro optem por <strong>Leiria</strong> paraprogredir numa carreira <strong>de</strong> altacompetição. “O centro <strong>de</strong> treino vaigerir a preparação daqueles quemostram ter talento e que queiramentrar na alta competição”, dizMiguel Sousa, director-geral doCITL. “Estamos a tentar criarcondições, ao nível médico, técnicoRICARDO GRAÇAe <strong>de</strong> infra-estruturas, para tentarir buscar atletas lá fora. Já hácontactos”, garante. No entanto,“faltam ainda famílias <strong>de</strong>acolhimento, porque os miúdosnão po<strong>de</strong>m ficar sozinhos nohotel, e era importante fazer umprotocolo com alguma escola,como acontece em Caldas daRainha com o Colégio RainhaDona Leonor, porque não passapela cabeça <strong>de</strong> ninguém osmiúdos <strong>de</strong>ixarem <strong>de</strong> estudar aos14 anos.” Uma carreiraprofissional “não é fácil <strong>de</strong>conseguir”, mas “os jogadorestêm <strong>de</strong> ter força para tentar ver noque vai dar, nem que retenhamdois ou três anos a entrada nauniversida<strong>de</strong>”. E se juntaremalguns, mais quererão vir.


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 29Procuram apoios para encontrar 1.660 euros para pagar pistas à LeirisportPais impe<strong>de</strong>m fim da nataçãosincronizada do Bairro dos AnjosMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Uma das mais plásticas modalida<strong>de</strong>spraticadas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>esteve em risco <strong>de</strong> fechar portas.No entanto, o final da história é feliz.Devido ao aumento <strong>de</strong> custoscom à alteração da política <strong>de</strong>apoios municipal, a natação sincronizadado Bairro dos Anjos estevepara ir por água abaixo, masafinal mantém-se à tona. É que ospais das atletas estão a fazer tudopara que a modalida<strong>de</strong> que as filhasabraçaram continue a dar espectáculo.Segundo dados da autarquia, ocusto da ocupação das pistas durantea época passada pela nataçãosincronizada do Bairro dos Anjosfoi integralmente financiado pelaCâmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. ACâmara “financiou em 100%” ostreinos, o que equivale a “cerca <strong>de</strong>17.280 euros” em utilização <strong>de</strong> pistas.Em média, revela GonçaloLopes, presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong>Administração da Leirisport, “cadaatleta custou ao Município 822 euros”.Ora, “é intenção” da autarquia“continuar a apoiar a modalida<strong>de</strong>,no entanto, financiando-a em 75%do custo da ocupação das pistas”,sendo que o “clube <strong>de</strong>verá assumiros restantes 25%”. Para RodrigoCardoso, vice-presi<strong>de</strong>nte do Bairrodos Anjos, é hora <strong>de</strong> olhar parao futuro. Reuniu na terça-feira comRaul Castro, presi<strong>de</strong>nte da autarquia,e com os três elementos doConselho <strong>de</strong> Administração da Leirisport.“Como me <strong>de</strong>ram o factocomo consumado, resta-me procurarsoluções”, diz.Certo é que conta com o apoiodos pais das atletas <strong>de</strong> nataçãoNatação sincronizada <strong>de</strong>verá regressar “numa ou duas semanas”Em análiseAdaptada paga?Segundo Rodrigo Cardoso, estavaprevisto que a natação adaptada,um dos motivos <strong>de</strong> orgulho doBairro dos Anjos, tambémcomeçasse a pagar pela utilizaçãodas pistas na piscina municipal,mas o dirigente acredita que terásensibilizado os responsáveisautárquicos para a extremaimportância <strong>de</strong>ssa activida<strong>de</strong>. Ocaso está agora em estudo. “Não fazqualquer sentido que o <strong>de</strong>sportoadaptado pague”, diz.Ainda os sintéticos por construirMarinha Gran<strong>de</strong> vai colocarSAD da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em tribunalRICARDO GRAÇAsincronizada, que “se têm mexido”para conseguir os 1.660 euros quenecessita para pagar as pistas.“penso que numa semana ou duasos treinos vão recomeçar”, profetiza.Na natação pura do Bairro dosAnjos o problema é semelhante.“É intenção do Município financiarem 75% o custo das pistas dapiscina <strong>de</strong> competição. Na épocapassada financiou em 100% o custoda ocupação das pistas para ostreinos dos 89 atletas, cerca <strong>de</strong>227.520 euros”, diz Gonçalo Lopes.“Em média, na época <strong>de</strong>sportivapassada, cada atleta custouao Município 2.556 euros.”Agora, adverte Rodrigo Cardoso,a qualida<strong>de</strong> vai inevitavelmentecair. “Não vamos <strong>de</strong>sistir, mas vamoster <strong>de</strong> nos adaptar ao dinheiroque temos e ver o que po<strong>de</strong>mosfazer.” Também na natação <strong>de</strong>competição o número <strong>de</strong> pistasvai ser reduzido. “Não há maisatletas como o César Faria, pódiosnacionais e participações na 1.ªDivisão. A qualida<strong>de</strong> do trabalho,com muitos atletas em poucas piscinas,vai ser reduzida. Tenho é <strong>de</strong>encontrar soluções para os 11 mileuros que ainda faltam para pagaras pistas.”Autarquia paga 1.360 euros por mêsJuventu<strong>de</strong> Vidigalense vai gerirCentro Nacional <strong>de</strong> LançamentosFutebol União<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> clube fazprimeiro jogo oficialÉ frente ao Outeirense, às 15horas do próximo domingo, quea equipa sénior <strong>de</strong> futebol daUnião <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – clube – faz a suaestreia oficial. O jogo, que serádisputado no Estádio MunicipalDr. Magalhães Pessoa, é relativo àprimeira jornada <strong>de</strong> apuramentopara a Taça do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.A equipa orientada por Luís Bilrovai disputar a 1.ª Divisãodistrital, zona Sul, que arranca a4 <strong>de</strong> Dezembro.Futsal Clássicoregional no arranqueda 2.ª DivisãoO jogo entre o Amarense e oBurinhosa marca o arranque doNacional da 2.ª Divisão, em futsal.A contar para a série B dacompetição, o jogo entre asformações dos concelho da Batalhae Alcobaça está marcado para as18:30 horas <strong>de</strong> sábado, em Casal doMarra. Na série A está a ADR Mata,<strong>de</strong> Milagres, que se estreia nosegundo escalão em casa, frente aoLameirinhas, em jogo marcadopara as 18 horas <strong>de</strong> sábado.Surf CAR Penichefoi inauguradona terça-feiraO Centro <strong>de</strong> Alto Rendimento (CAR)<strong>de</strong> Surf <strong>de</strong> Peniche, capaz paraalojar 30 pessoas em simultâneo,foi esta terça-feira inaugurado,tendo o presi<strong>de</strong>nte da câmara local,António José Correia, anunciadoque a EDP vai dotar a infraestrutura<strong>de</strong> painéis solaresfotovoltaicos, que vão tambémproduzir energia para ser vendida àre<strong>de</strong>. A autarquia ce<strong>de</strong>u o terreno einvestiu 300 mil euros. O projectofoi financiado em 1,1 milhões <strong>de</strong>euros por fundos comunitários.Motociclismo Últimaronda do Nacional<strong>de</strong> Enduro em Ourém❚ O executivo da Câmara Municipalda Marinha Gran<strong>de</strong> já <strong>de</strong>u instruçõesao gabinete jurídico da autarquiapara avançar com uma acção judicialcontra a SAD da União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, porincumprimento do protocolo celebradoentre as duas entida<strong>de</strong>s a 29<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2011. No documento estavaprevista a construção <strong>de</strong> trêsrelvados sintéticos como contrapartidapela utilização do EstádioMunicipal da Marinha Gran<strong>de</strong>, durantetrês épocas, pela equipa profissionalda empresa. Só um foi colocado,o do Marinhense, e a SADacabou por rescindir unilateralmenteo contrato com a autarquia,ficando a faltar os <strong>de</strong> “Os Vidreiros”,que <strong>de</strong>veria estar pronto no início da2012/3, e do CD Garcia, previstopara 2013/4. A empresa está nestemomento em processo <strong>de</strong> revitalização.Entre os mais <strong>de</strong> cem credoresestá a empresa que colocou osintético no Campo da Portela, quepe<strong>de</strong> 106 mil euros.❚ Era um sonho antigo do clube. OCentro Nacional <strong>de</strong> Lançamentos <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>(CNL), infra-estrutura municipal<strong>de</strong>stinada, sobretudo, àprática das disciplinas <strong>de</strong> lançamentos<strong>de</strong> atletismo, vai ser gerida,a partir <strong>de</strong> Novembro, pela Juventu<strong>de</strong>Vidigalense (JV). Para amanutenção do espaço, a Leirisport,até ser extinta, fará a transferência<strong>de</strong> 1.625 euros por mês para a JV, ficandoesta responsável pelamanutenção do espaço e pela promoção<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivasinformais pelo menos dois dias pormês, fazendo a sua divulgação edisponibilizando técnicos especializados.“A diminuição dos encargosno que toca a dinheirospúblicos e a entrega da gestão <strong>de</strong>uma infra-estrutura a quem tem avocação e conhecimento para agerir” é a justificação dada porGonçalo Lopes, presi<strong>de</strong>nte do Conselho<strong>de</strong> Administração daLeirisport, para esta <strong>de</strong>cisão.Ourém recebe no fim-<strong>de</strong>-semana aúltima ronda do CampeonatoNacional <strong>de</strong> Enduro, uma provaorganizada pela AssociaçãoNatureza Acção. O evento teminício no sábado, com asverificações técnicas, no Centro <strong>de</strong>Negócios <strong>de</strong> Ourém. A prova<strong>de</strong>corre no domingo, a partir das 11horas, para enfrentar um percurso<strong>de</strong> 50 quilómetros, com trêsespeciais por volta: em Alburitel eem Carregal.


30 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012DesportoFutebol2.ª Divisão – Zona SulResultadosCasa Pia-Sertanense 1-1Futebol Benfica-1.º Dezembro 2-2Louletano-Oriental 2-2Oeiras-Quarteirense 0-1Pinhalnovense-Carregado 2-1Ribeira Brava-CD Fátima 3-1Torreense-Farense 0-1União <strong>Leiria</strong> SAD-Mafra 1-0ClassificaçãoP J V E D GCD Fátima 9 4 3 0 1 7-4Farense 8 4 2 2 0 5-3União <strong>Leiria</strong> SAD 8 4 2 2 0 3-1Carregado 7 4 2 1 1 11-5Mafra 7 4 2 1 1 7-3Sertanense 7 4 2 1 1 6-4Quarteirense 7 4 2 1 1 3-11.º Dezembro 6 4 1 3 0 6-5Oriental 5 4 1 2 1 7-8Torreense 4 4 1 1 2 5-6Pinhalnovense 4 4 1 1 2 4-6Casa Pia 3 4 0 3 1 3-4Ribeira Brava 3 4 1 0 3 5-8Futebol Benfica 3 4 0 3 1 5-11Oeiras 2 4 0 2 2 5-7Louletano 1 4 0 1 3 3-9Próxima jornada 14 <strong>de</strong> Outubro1.º Dezembro-Pinhalnovense, Carregado-Oeiras,CD Fátima-União <strong>Leiria</strong> SAD, Louletano-Casa Pia,Mafra-Futebol Benfica, Oriental-Farense, Quarteirense-Torreense,Sertanense-Ribeira Brava.3.ª Divisão – Série DResultadosAlcanenense-Penelense 3-2Beneditense-Caldas SC 1-2Mortágua-Ginásio Alcobaça 2-3Oliveira Hospital-Sourense 1-2Sporting Pombal-AC Marinhense 3-2Torres Novas-Vitória Sernache 1-4ClassificaçãoP J V E D GVitória Sernache 12 4 4 0 0 11-1Sourense 12 4 4 0 0 8-2Caldas SC 9 4 3 0 1 6-4Ginásio Alcobaça 8 4 2 2 0 8-4Sporting Pombal 7 4 2 1 1 5-6Alcanenense 6 4 2 0 2 6-7Penelense 6 4 2 0 2 6-7Oliveira Hospital 4 4 1 1 2 4-5Mortágua 1 4 0 1 3 7-10Beneditense 1 4 0 1 3 3-6AC Marinhense 1 4 0 1 3 4-9Torres Novas 1 4 0 1 3 3-10Próxima jornada 14 <strong>de</strong> OutubroAlcanenense-Torres Novas, Ginásio Alcobaça-Beneditense,AC Marinhense-Oliveira Hospital, Penelense-CaldasSC, Sourense-Mortágua, VitóriaSernache-Sporting Pombal.3.ª Divisão – Série EResultadosBarreirense-Eléctrico P. Sôr 3-1Amora-Fabril Barreiro 2-2Lourinhanense-Pêro Pinheiro 5-2GD Peniche-Sintrense 0-1SL Cartaxo-Real SC 0-4União Tires-Sacavenense 1-0ClassificaçãoP J V E D GSintrense 10 4 3 1 0 7-0Lourinhanense 10 4 3 1 0 8-3Sacavenense 9 4 3 0 1 14-4Fabril Barreiro 8 4 2 2 0 11-4Barreirense 7 4 2 1 1 7-7União Tires 7 4 2 1 1 2-3Eléctrico P. Sôr 6 4 2 0 2 10-5Real SC 4 4 1 1 2 5-3Amora 2 4 0 2 2 3-8Pêro Pinheiro 2 4 0 2 2 4-10GD Peniche 1 4 0 1 3 3-13SL Cartaxo 0 4 0 0 4 0-14Próxima jornada 14 <strong>de</strong> OutubroEléctrico-Peniche, Pêro Pinheiro-SL Cartaxo.Real SC-Barreirense, Sacavenense-Fabril Barreiro,Sintrense-Amora, U.Tires-Lourinhanense.Divisão <strong>de</strong> Honra – AF <strong>Leiria</strong>ResultadosAlvaiázere-Guiense 2-5Avelarense-GRAP 0-5Bombarralense-Pousaflores 1-3Nazarenos-Atouguiense 0-2Pelariga-Meirinhas 5-2Portomosense-Pataiense 3-1SL Marinha-<strong>Leiria</strong> e Marrazes 0-1Vieirense-Figueiró Vinhos 0-2ClassificaçãoP J V E D GGRAP 9 3 3 0 0 10-0Pelariga 9 3 3 0 0 11-4Pousaflores 9 3 3 0 0 10-3Guiense 7 3 2 1 0 7-2<strong>Leiria</strong> e Marrazes 7 3 2 1 0 4-1Portomosense 6 3 2 0 1 7-5Nazarenos 4 3 1 1 1 3-4Pataiense 3 3 1 0 2 6-5Figueiró Vinhos 3 3 1 0 2 4-5Atouguiense 3 3 1 0 2 4-6Alvaiázere 3 3 1 0 2 3-7Avelarense 3 3 1 0 2 4-10Meirinhas 1 3 0 1 2 4-8Bombarralense 1 3 0 1 2 3-7Vieirense 1 3 0 1 2 1-5SL Marinha 0 3 0 0 3 1-10Próxima jornada 14 <strong>de</strong> OutubroAtouguiense-Vieirense, F. Vinhos-Alvaiázere,GRAP-Nazarenos, Guiense-SL Marinha, Marrazes-Portomosense, Meirinhas-Avelarense, Pataiense-Bombarralense, Pousaflores-Pelariga.1.ª Divisão femininaResultadosAtlético Ouriense-Clube Albergaria 0-3Boavista-Fund. Laura Santos 7-0Cesarense-Escola FF Setúbal 1-1Leixões-Futebol Benfica 1-0Vilaver<strong>de</strong>nse-1.º Dezembro 1-3ClassificaçãoP J V E D G1.º Dezembro 12 4 4 0 0 11-3Boavista 8 4 2 2 0 11-2Clube Albergaria 8 4 2 2 0 6-1Atlético Ouriense 6 4 2 0 2 9-6Vilaver<strong>de</strong>nse 6 4 2 0 2 9-7Cesarense 6 4 1 3 0 4-2Leixões 3 4 1 0 3 2-7F. Laura Santos 3 4 1 0 3 3-16Escola FF Setúbal 2 4 0 2 2 4-7Futebol Benfica 1 4 0 1 3 0-8Próxima jornada 13 <strong>de</strong> Outubro1.º Dezembro-Futebol Benfica, Clube Albergaria-Leixões, Escola FF Setúbal-Atl.Ouriense, Fund.Laura Santos-Cesarense, Vilaver<strong>de</strong>nse-Boavista.An<strong>de</strong>bol2.ª Divisão – Zona SulResultadosAC Sismaria-Marienses 30-26Boa-Hora FC-Ginásio Sul 25-30Marítimo-Benavente 35-29Samora Correia-Vitória Setúbal 19-29Vela Tavira-Passos Manuel 24-22ClassificaçãoP J V E D GAC Sismaria 7 3 2 0 1 84-75Vitória Setúbal 7 3 2 0 1 80-71Ginásio Sul 7 3 2 0 1 80-77Vela Tavira 7 3 2 0 1 77-78Marítimo 6 2 2 0 0 66-54Marienses 5 3 1 0 2 78-81Samora Correia 5 3 1 0 2 62-73Passos Manuel 4 2 1 0 1 48-45Benavente 4 3 0 1 2 77-88Boa-Hora FC 4 3 0 1 2 72-82Próxima jornada 13 <strong>de</strong> OutubroBenavente-G. Sul, Marienses-Boa-Hora, Marítimo-Tavira, P. Manuel-S. Correia, V. Setúbal-Sismaria.Voleibol1.ª DivisãoResultadosMarítimo-Fonte Bastardo 0-3Castêlo Maia-Vitória Guimarães 3-2Esmoriz-Benfica 0-3Leixões-Académica Espinho 0-3Sporting Caldas-Sporting Espinho 0-3ClassificaçãoP J V E D GAcad. Espinho 3 1 1 0 0 3-0Benfica 3 1 1 0 0 3-0Fonte Bastardo 3 1 1 0 0 3-0Sporting Espinho 3 1 1 0 0 3-0Castêlo Maia 2 1 1 0 0 3-2Vitória Guimarães 1 1 0 0 1 2-3Clube K 0 0 0 0 0 0-0Vilacon<strong>de</strong>nse 0 0 0 0 0 0-0Esmoriz 0 1 0 0 1 0-3Leixões 0 1 0 0 1 0-3Marítimo 0 1 0 0 1 0-3Sporting Caldas 0 1 0 0 1 0-3Próxima jornadaAcadémica Espinho-Benfica, Castêlo Maia-Esmoriz, Sporting Caldas-Clube K, Leixões-Fonte Bastardo, Sporting Espinho-Marítimo,Vitória Guimarães-Vilacon<strong>de</strong>nse (13 Outubro),Esmoriz-Leixões, Sporting Caldas-CastêloMaia, Sporting Espinho-Clube K, Vilacon<strong>de</strong>nse-Académica Espinho, Vitória Guimarães-Fonte Bastardo, SL Benfica-Marítimo(14 Outubro).Hóquei em patins1.ª DivisãoResultadosAcadémica Espinho-Benfica 2-6FC Porto-Paço Arcos 4-4HA Cambra-Oliveirense 2-8Limianos-HC Turquel 3-4Óquei Barcelos-HC Braga 6-2Sporting-Can<strong>de</strong>lária 3-3Valongo-Tigres Almeirim 5-0Gulpilhares-Física Torres Vedras (17 Out.)ClassificaçãoP J V E D GOliveirense 3 1 1 0 0 8-2Valongo 3 1 1 0 0 5-0Benfica 3 1 1 0 0 6-2Óquei Barcelos 3 1 1 0 0 6-2HC Turquel 3 1 1 0 0 4-3FC Porto 1 1 0 1 0 4-4Paço Arcos 1 1 0 1 0 4-4Can<strong>de</strong>lária 1 1 0 1 0 3-3Sporting 1 1 0 1 0 3-3Física T. Vedras 0 0 0 0 0 0-0Gulpilhares 0 0 0 0 0 0-0Limianos 0 1 0 0 1 3-4Acad. Espinho 0 1 0 0 1 2-6HC Braga 0 1 0 0 1 2-6Tigres Almeirim 0 1 0 0 1 0-5HA Cambra 0 1 0 0 1 2-8Próxima jornada 13<strong>de</strong> OutubroSL Benfica-Limianos, Can<strong>de</strong>lária-HA Cambra,FC Porto-Sporting, Gulpilhares-Física TorresVedras, HC Braga-Gulpilhares, HC Turquel-Valongo,Oliveirense-Académica Espinho, PaçoArcos-Física Torres Vedras, Tigres Almeirim-Óquei Barcelos.União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> SAD <strong>de</strong>fronta lí<strong>de</strong>r Fátima no domingoRICARDO GRAÇADuas mãos da Taça das Taças na PolóniaCustos obrigam João <strong>de</strong> Barrosa jogar Europa longe do PaísÚltimo jogo europeu em casa foi em Fevereiro <strong>de</strong> 2010❚ Será assim pela terceira vez. O ColégioJoão <strong>de</strong> Barros alcança o apuramentopara as competições europeias<strong>de</strong> an<strong>de</strong>bol feminino, mas <strong>de</strong>poisvê-se impedida <strong>de</strong> jogar em casapor motivos financeiros. A equipa partehoje, quinta-feira, para a Polónia,on<strong>de</strong> vai disputar as duas mãos da segundaronda da Taça dos Vencedoresdas Taças, frente ao SPR Lublin SportowaSpólka Akcyjna, um emblemacom história na modalida<strong>de</strong> e que em2000/1 venceu a Taça EHF. A tarefacomplica-se, mas numa altura <strong>de</strong>crise poupar 3 mil euros não permitediscussão.“É um pouco frustrante”, diz PauloFélix, o treinador do Colégio João<strong>de</strong> Barros. “No entanto, numa altura<strong>de</strong>stas, temos <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r que émuito vantajoso fazer os dois jogos naPolónia. É óbvio que gostaríamos <strong>de</strong>fazer uma partida no nosso pavilhãonovo, on<strong>de</strong> ainda não jogámos para ascompetições europeias, mas financeiramenteseria muito difícil <strong>de</strong> suportar.”Segundo as regras da Fe<strong>de</strong>ração Europeia<strong>de</strong> An<strong>de</strong>bol (EHF), é o clube anfitriãoo responsável por todas as<strong>de</strong>spesas com árbitros, <strong>de</strong>legados eequipa adversária. É também a equipada casa que tem <strong>de</strong> ir buscar e levaras comitivas ao aeroporto, sendoainda responsável pela alimentação,transporte e alojamento <strong>de</strong> todas estaspessoas enquanto estiverem sobsua alçada. Depois <strong>de</strong> negociar com oclube polaco, o clube <strong>de</strong> Meirinhas,Pombal, que vai para a sua participaçãoconsecutivas nas competiçõeseuropeias, resolveu fazer as duaspartidas a três mil quilómetros <strong>de</strong>casa.E <strong>de</strong>sportivamente, como vaiser? “Temos pouco conhecimentosdo adversário, mas será uma equipaforte”, frisa Paulo Félix. “Temosnoção que será difícil ultrapassar aeliminatória, mas queremos fazerdois bons jogos para melhorar <strong>de</strong>forma. A Supertaça foi uma <strong>de</strong>silusão,não atingimos os nossos objectivos,mas no campeonato temos<strong>de</strong> estar fortes.” Os jogos estãomarcados para sábado e domingo,chegando a comitiva a Portugalna terça-feira. MSProjecto para 2012 apresentado na sexta-feiraGarrett McNamara quer onda<strong>de</strong> 30 metros ainda este anoRICARDO GRAÇA/ARQUIVO❚ O havaiano Garrett McNamara,que fez história, o ano passado, aosurfar a maior onda <strong>de</strong> sempre, está<strong>de</strong> volta à Praia do Norte, na Nazaré,on<strong>de</strong> durante os meses <strong>de</strong> Outubroe Novembro continuará a busca<strong>de</strong> ondas gran<strong>de</strong>s, no âmbito doprojeto Zon North Canyon Show2012. Na cerimónia <strong>de</strong> apresentaçãoda edição <strong>de</strong>ste ano, o extreme watermandisse acreditar que, <strong>de</strong>poisdo recor<strong>de</strong> batido o ano passado,conseguirá este ano surfar na Nazaréuma onda com mais <strong>de</strong> cem pés <strong>de</strong>altura (30,48 metros).“Acredito que irei bater o recor<strong>de</strong>e encontrar finalmente a ondaque procuro”, disse Garrett McNamara,que admitiu que o seu seusonho é “surfar uma onda acimados 100 pés”. Os amantes do surfpo<strong>de</strong>m ver as sessões <strong>de</strong> surf emdirecto, a partir <strong>de</strong> hoje, na página<strong>de</strong> facebook do Zon North Canyon,na qual vão sendo tambémanunciados os períodos em que osurfista entrará no mar. Este é umprojecto <strong>de</strong> três anos, iniciado em2010, <strong>de</strong>senvolvido pela NazaréQualifica, em parceria com a CâmaraMunicipal da Nazaré, inclui aprática <strong>de</strong> surf, tow-in e stand uppaddle, com o objectivo <strong>de</strong> promoveraquela vila como <strong>de</strong>stino turístico<strong>de</strong> excelência para a práticados <strong>de</strong>sportos <strong>de</strong> ondas gran<strong>de</strong>s.


Desporto<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 31São Pedro <strong>de</strong> Moel recebe Nacional <strong>de</strong> BodyboardÉ já a partir <strong>de</strong> amanhã, sexta-feira que São Pedro <strong>de</strong>Moel recebe a 3.ª etapa do Circuito Nacional <strong>de</strong>Bodyboard Open, prova com o apoio do JORNAL DELEIRIA. Os melhores bodyboar<strong>de</strong>rs nacionais vãoestar presentes, <strong>de</strong> resto como Madalena Vilela, quevai entrar na água para “ganhar experiência”.Aos 18 anos, Madalena Vilela <strong>de</strong>staca-se nas ondas portuguesasEntre vitórias, a fuga à tartaruga e o resgate ao banhistaMiguel Sampaiomiguel.sampaio@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Quem vê muitos filmes fica assim.“Episódios engraçados? Tenho vários,mas talvez uma surfada no Brasil emque ao sentir na água a presença <strong>de</strong>um animal, assumi que era um tubarãoe saí da agua a correr. Foi a risadatotal dos locais ao ver uma rapariga afugir <strong>de</strong> uma tartaruga inofensiva!”Senhoras e senhores, eis Madalena Vilela,a bodyboar<strong>de</strong>r portuguesa queestá quase, mas mesmo quase, a sagrar-secampeã nacional <strong>de</strong> esperanças.Aos 18 anos, é, já, uma das melhoresatletas nacionais, mas para elaestar no mar é muito, muito mais doque competição. É, acima <strong>de</strong> tudo, umestado <strong>de</strong> espírito.Quando falta uma etapa para terminaro Circuito Nacional <strong>de</strong> BodyboardEsperanças, Madalena Vilela comandaa classificação com uma margemconfortável, <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 500pontos, sobre a segunda classificada.No primeiro fim-<strong>de</strong>-semana <strong>de</strong> Novembro,as <strong>de</strong>cisões serão tomadasnas vagas da Nazaré, mas o título jánão <strong>de</strong>verá fugir à bodyboar<strong>de</strong>r, estudantedo primeiro ano <strong>de</strong> EngenhariaCivil no Instituto Superior Técnico,em Lisboa.Se vencer, repetirá o título <strong>de</strong> 2009,ela que se sagrou vice-campeã nosdois últimos anos, além <strong>de</strong> ter sidocampeã júnior da Taça <strong>de</strong> Portugal em2009, 2011 e 2012, e segunda no Eurojúnior<strong>de</strong>ste ano, competição emque <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u as cores <strong>de</strong> Portugal.E tudo começou quando tinha apenas11 anos. As férias e os fins-<strong>de</strong>--semana sempre foram passados emSão Pedro <strong>de</strong> Moel. Naquele mar,on<strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong> viria a fazer um salvamentoa um banhista, resolveu copiaros primos e começou a apanharumas ondas. As boas sensações foramtais que não mais parou. No fundo, obodyboard é, para Madalena Vilela,Madalena Vilela compete a partir <strong>de</strong> amanhã em São Pedro <strong>de</strong> Moel“simultaneamente libertador e <strong>de</strong>safiante”.A opção por esta modalida<strong>de</strong>em <strong>de</strong>trimento do surf “não foi racional”,mas por haver maior tradiçãonaquela praia do concelho da MarinhaGran<strong>de</strong>. “Por vezes, questionei-me epensei mudar, mas o bodyboard pareceusempre mais divertido e hojeem dia não me arrependo nada!”O mar da “sua” praia é motivo <strong>de</strong>DRorgulho. “Tem imenso potencial”,diz. “São Pedro <strong>de</strong> Moel tem provadoque além <strong>de</strong> ser um óptimo spot parao surf e bodyboard, em termos <strong>de</strong> organizaçãoestá muito acima da média.Todos adoram e o feedback tem sidofantástico.”Por isso, é altura <strong>de</strong> apontar bateriaspara o cluster do mar. “Achoque há potencial para organizar maise melhores provas, que po<strong>de</strong>m trazerpessoas e negócio à região. Asempresas locais <strong>de</strong>viam investir.Veja-se o que está a ser feito noutraszonas do País com óptimos resultados.”Portugal, <strong>de</strong> resto, <strong>de</strong>veriaolhar para o mar com os olhos <strong>de</strong> Madalena.“Tendo o País quilómetros<strong>de</strong> uma costa fantástica, os <strong>de</strong>sportos<strong>de</strong> ondas po<strong>de</strong>m, num contexto<strong>de</strong> crise, ser mais uma oportunida<strong>de</strong>para os jovens e também para asregiões e empresas. A verda<strong>de</strong> é quevêm muitos estrangeiros a Portugalsurfar e não vêm para jogar à bola.”PUBLICIDADE


32 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012ViverHá música, multidão,alegria e festana cida<strong>de</strong>Milhares <strong>de</strong> pessoas O centro histórico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> acolheuuma verda<strong>de</strong>ira multidão no passado sábado para assistiràs <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> espectáculos que o Há Música na Cida<strong>de</strong>proporcionouPaula Lagoalagoa.jornal<strong>de</strong>leiria@gmail.com❚ André e Rodrigo, irmãos, <strong>de</strong> 8 e 11 anos assistem concentradosao concerto dos Nice Weather for Ducks, noMercado Santana, em <strong>Leiria</strong>. Vieram para a frente da régiepara assistir na primeira fila à actuação daquelabanda <strong>de</strong> que tanto gostam. Pouco falam mas vão trocandoolhares entusiasmados e <strong>de</strong> admiração. Entre tímidaspalavras contam ao JORNAL DE LEIRIA que tocambateria e guitarra. Lá por casa, o pai e o tio vão dandoumas dicas e até já tiveram algumas aulas <strong>de</strong> música. “Umdia” também gostavam <strong>de</strong> actuar assim para muitas pessoas.Quem sabe se o sonho não se realizará?Estes irmãos são apenas dois meninos entre muitascentenas <strong>de</strong> crianças que assistiram e participaram no Hámúsica na cida<strong>de</strong>, no passado sábado. O evento encheuas ruas do centro histórico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, por on<strong>de</strong> se distribuíram20 palcos e actuaram mais <strong>de</strong> 700 artistas.Com as crianças, vieram os pais e os avós, os tios e osprimos que <strong>de</strong>ram ao evento um estatuto <strong>de</strong> cultura emfamília sem prece<strong>de</strong>ntes e que já vinha sendo fomentadonas edições anteriores da iniciativa do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.“Há música na cida<strong>de</strong> quando um <strong>Jornal</strong> se escreve narua, se corporiza numa festa on<strong>de</strong> todos têm lugar, setransfiguram as ruas e praças para acolher as gentes quenela passam diariamente apressadas e por um dia seaquietam a escutar mil sons. Quando um <strong>Jornal</strong> se tornanotícia porque dá voz aos sons <strong>de</strong> cada um, os interpretadose as interpretações que cada um faz do que escutae <strong>de</strong>pois diz – e quero lá saber se <strong>de</strong> música apenassei que se torna maiúscula quando é pretexto parareencontrar amigos”, reflectiu João Lázaro, do grupo <strong>de</strong>teatro Te-Ato.Vox popA diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneros musicais e artísticos é pormuitos apontada como o que <strong>de</strong> melhor tem o Há Músicana Cida<strong>de</strong> e foi essa mesma abrangência que trouxeà rua e fez circular milhares <strong>de</strong> pessoas numa tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>festa que se prolongou durante a noite.Entre o público, essencialmente leiriense, fala-se na capacida<strong>de</strong>que o evento tem <strong>de</strong> transpor as portas da cida<strong>de</strong>e até <strong>de</strong> ser um exemplo para outros municípios.Depois do sucesso alcançado este ano muito se falatambém do potencial que tem o certame em posicionar--se no cartaz dos eventos culturais a nível nacional. A organização,<strong>de</strong> resto, nunca escon<strong>de</strong>u essa vonta<strong>de</strong> e a Câmara<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, que tem apoiado o evento, faz votos paraque assim seja. “O balanço é extremamente positivo e exce<strong>de</strong>utodas as expectativas. Numa lógica <strong>de</strong> associativismo,conseguiu-se <strong>de</strong>monstrar que a união faz a força,tornando este no evento musical <strong>de</strong> maior projecçãoem <strong>Leiria</strong> e que merece ser projectado a nível nacional”,disse Gonçalo Lopes, vereador da cultura da CML, em jeito<strong>de</strong> balanço.Música para todos os gostos e todas as ida<strong>de</strong>sSe alguns traziam o cartaz estudado e o itinerário feito<strong>de</strong> acordo com as suas preferências musicais, muitos simplesmentepassearam pela cida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ixaram levar-sepelo ouvido. Com actuações em simultâneo nos 20 palcos,difícil foi seleccionar o que ver e o que <strong>de</strong>ixar parauma próxima vez.No Há música houve coros, pop, rock, blues, músicaclássica, <strong>de</strong> câmara, electrónica, hip-hop, houve tambémfilarmónicas, orquestras, instalações sonoras, melodiaspara bebés, dança e teatro. Uma oferta alargada e ecléctica,conseguida através da participação conjunta <strong>de</strong> diferentesentida<strong>de</strong>s culturais da cida<strong>de</strong>.Sobre essa união, Carlos Matos, da associação Fa<strong>de</strong> In>>>LUÍS MENDESMaria daConceiçãoO cartaz é muito rico e oambiente é óptimo. Tenho pena<strong>de</strong> não conseguir estar em váriospalcos ao mesmo tempo. Talvezfosse interessante ser mais queum dia. Há muito movimentonas ruas e já encontrei uma série<strong>de</strong> pessoas que não via há anos.Esta festa é também uma óptimamostra dos projectos leiriensesque muitas vezes estãoescondidos.GustavoVieiraToda a gente <strong>de</strong>via sair à rua e virassistir e apoiar o evento com a suapresença. Uma boa assistênciaajuda a provar a importância <strong>de</strong>stetipo <strong>de</strong> iniciativas, a mostrar que acultura nunca é <strong>de</strong>mais. Vejo esteevento como um gran<strong>de</strong>impulsionador da música que cá sefaz e incentivo a todas as estruturaspor trás dos artistas, como asassociações, bandas, grupos,formadores e professores.RicardoSantosO evento está muito bem estruturado e bemorganizado, na medida em que é muito ecléctico,chegando a vários públicos. Há oferta para todosos gostos o que faz com que tudo possa estar aacontecer ao mesmo tempo. Faz falta à cida<strong>de</strong> e fazas pessoas gostarem da cida<strong>de</strong> e aproximarem-semais <strong>de</strong>la. Era interessante que <strong>Leiria</strong> fosseexemplo para outros municípios criarem tambémo seu dia Há Música na Cida<strong>de</strong>.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 33FOTOS: RICARDO GRAÇA“O crescimentodoevento nota--se <strong>de</strong> ediçãopara edição eeste ano comespectáculostambém <strong>de</strong>noite foi umaóptima i<strong>de</strong>ia euma maisvalia nocartaz. Notoque já se falado Há Músicana Cida<strong>de</strong> fora<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e secontinuar atendência <strong>de</strong>evoluçãoacredito quecom mais umaou duasedições estejaprojectado anívelnacional. Temtudo paracrescer, aspessoas <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> e daregião jáconhecem,falta agoratrazer os <strong>de</strong>fora”Clara Leão,professora<strong>de</strong> dançaFoto-galeriaem:www.jornal<strong>de</strong>leiria.pt ehttp://hamusicanacida<strong>de</strong>2012.tumblr.comJoão PauloEsta é a melhor festa da cida<strong>de</strong>. Dá um prazerimenso ter música por todo o lado. Neste dia revejopessoas que há muito não via e divirto-me muito.Noto que as pessoas gostam muito do Há Músicana Cida<strong>de</strong> e se <strong>de</strong>ixam levar pelo ambiente <strong>de</strong>festa. Talvez fazê-lo no mês <strong>de</strong> Outubro sejaarriscado porque o tempo po<strong>de</strong> pregar partidas etambém há pormenores técnicos que <strong>de</strong>vem sercorrigidos, mas no geral este é um gran<strong>de</strong> evento.JoaquimJerónimoLá em casa é só artistas, já aqui[Mercado Santana] tinhaparticipado num <strong>de</strong>sfileetnográfico da Bajouca e agoravenho cá ver os meus filhos aactuar no mesmo lugar. Eles têmtocado por muitos sítios mas<strong>Leiria</strong> é sempre especial. Deviahaver mais festas <strong>de</strong>stas paraeles po<strong>de</strong>rem mostrar a suamúsica. Isto é bom para eles epara quem vem ver.Sara FabiãoParece-me que este ano o cartazestá mais diversificado. É muitobom ver três gerações <strong>de</strong> umafamília no mesmo evento e tantagente a trazer vida à cida<strong>de</strong>. Poroutro lado, <strong>Leiria</strong> atravessa umperíodo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> produçãocultural, há imensas bandas novasno cenário da música alternativa,por exemplo, e o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>soube ir ao encontro <strong>de</strong>ssesprojectos e trazê-los à rua.


34 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Viverdiz que “esta foi mais uma prova da dinâmica dosagentes culturais <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e uma montra, por excelência,<strong>de</strong> alguns dos valores artísticos da região”. “Numacida<strong>de</strong> que, por vezes, é moribunda, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser surpreen<strong>de</strong>nteque se transforme num cal<strong>de</strong>irão fervilhante<strong>de</strong> vida. A cida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>u-se, renasceu, agigantou--se e, na verda<strong>de</strong>, não parecia a tímida <strong>Leiria</strong>”, acrescentaÁlvaro Romão, do colectivo a9)))), que refere ainda “o mérito<strong>de</strong> quem se associou” e “das pessoas que saíram dassuas zonas <strong>de</strong> conforto e predispuseram-se a <strong>de</strong>scobriras inúmeras propostas culturais que trouxeram, às ruasda cida<strong>de</strong>, um (quase) mundo”.Um quase mundo subjacente também nas palavras <strong>de</strong>Henrique Pinto, director do Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – Conservatório<strong>de</strong> Artes que comparou mesmo <strong>Leiria</strong> a “váriascida<strong>de</strong>s muitíssimo evoluídas” que tem conhecido na sua“itinerância pelo mundo” e cujo “estatuto” sempre almejoupara <strong>Leiria</strong>, por saber que “existem os recursospara o fazer”.A satisfação <strong>de</strong> quem se associou à iniciativa fica tambémregistada nas palavras <strong>de</strong> Paulo Lameiro, director artísticoda SAMP – Socieda<strong>de</strong> Artística Musical dos Pousos:“A música e os músicos saíram à rua e, com eles, acida<strong>de</strong>. Flautas e clarinetes numa viela cortejavam violinose oboés saídos <strong>de</strong> um café, enquanto orquestras eoutros seres sonoros experimentavam palcos solarengos.Espreitavam instrumentos em cada esquina. Ouviamsevozes felizes com guitarras eléctricas e pianos <strong>de</strong> acompanhamento.Os bebés levaram seus pais aos jardins, enquantoos avós se <strong>de</strong>liciaram ouvindo modas <strong>de</strong> outrostempos. Ali mesmo no pátio dos Ataí<strong>de</strong>s. Pela noite <strong>de</strong>sceramninfas às fontes. Eu cantei Schumann, Mozart e Verdinuma a<strong>de</strong>ga, on<strong>de</strong> hoje se pisam e fermentam i<strong>de</strong>ias”.FOTOS: RICARDO GRAÇAImpacto no negócioComerciantes satisfeitosPara os comerciantes da zona histórica o Há Música naCida<strong>de</strong> foi “uma lufada <strong>de</strong> ar fresco”, que se traduziunum impacto positivo em caixa, nomeadamente narestauração. Abel Gregório, sócio-gerente do restaurantePorto Artur, confirma um aumento <strong>de</strong> clientes.“Foi bom para toda a gente. Precisamos <strong>de</strong> maiseventos <strong>de</strong>stes para aumentar as receitas.” “Foiextremamente positivo. Servimos acima do habitual”,constata Zito Camacho, sócio-gerente do Praça Caffè,que também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a realização <strong>de</strong> mais eventosidênticos. “Quando é bem organizado funciona e ébom para todos.” Graça Bastos, da loja Twiggy, diz que“nada paga a alegria que se vê no rosto das pessoas e avida que a cida<strong>de</strong> ganhou neste dia”. Apesar domovimento não se ter reflectido em vendas, ficou feliz“porque <strong>Leiria</strong> não foi a cida<strong>de</strong> fantasma que temsido”. Francisco Silva, da loja Tucha, comenta: “Oambiente que este evento proporciona é agradável,saudável e muito bonito. A arte faz muita falta aopovo. A zona histórica ganhou vida”. Mas tambémhouve críticas, “construtivas”. Filipe Oliveira, do barOs Filipes, <strong>de</strong>ixa uma sugestão: questionem oscomerciantes sobre o que po<strong>de</strong>m fazer paraenriquecer ainda mais a iniciativa. Por exemplo,teríamos todo o gosto em colocar bandas a tocar .”LUÍS MENDESOs participantesMarciano,vocalista <strong>de</strong>Homem <strong>de</strong>Marte e osInvasoresEste ano tive a sensação <strong>de</strong> havermais gente do que na últimaedição. Como músico e tambémapreciador <strong>de</strong> música consi<strong>de</strong>ro oHá Música na Cida<strong>de</strong> uma portapara o conhecimento ereconhecimento da culturaleiriense. Neste dia a zonahistórica fica ainda mais bonita etodos temos a ganhar com esteevento, os músicos, o público, asinstituições e acima <strong>de</strong> tudo acida<strong>de</strong>.CatarinaRibeiro,vocalista MissCat e o RapazCãoO que me salta a vista nesteevento é a diversida<strong>de</strong>. <strong>Leiria</strong> éuma cida<strong>de</strong> muito ecléctica eadorei participar e po<strong>de</strong>rconhecer muitas outras bandas,mesmo sendo um <strong>de</strong>safio tocarnuma esquina <strong>de</strong> rua com osmeios mínimos. Todo o evento éfora do comum e é notável aefervescência cultural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.Teremos todo o prazer em voltar efazemos votos para que estainiciativa se repita.Joana Pinto,saxofonistaEste sábado no Há Música na Cida<strong>de</strong> mais uma vezconstatei que é possível unir as pessoas,emocioná-las, <strong>de</strong>volver-lhes o sorriso e oentusiasmo da vida. Coisas aparentementesimples mas que ficam para sempre <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nóse nos transformam... Pessoas, sorrisos, música,dança, olhares, um rodopiar <strong>de</strong> coisas simples quenos unem e nos fazem felizes. É bom perceber quecausas nobres, como a arte, também unem pessoastão diferentes.


O JORNAL DE LEIRIA agra<strong>de</strong>ceO Há Música na Cida<strong>de</strong>, que no passado sábado atraiu ao centro histórico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> milhares <strong>de</strong>pessoas, só foi possível acontecer com a colaboração e o apoio <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> instituiçõese <strong>de</strong> músicos. Assim, o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> tem o maior prazer em agra<strong>de</strong>cer a todos os quetornaram possível o êxito da terceira edição do Há Música na Cida<strong>de</strong>, com especial realce para:O Instituto Politécnico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e a FundaçãoCaixa Agrícola <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> pelo patrocínio queajudou o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> a suportar os custos dainiciativa;À Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> por todo o apoiologístico que nos prestou na montagem doevento;À Soaluga pelo empréstimo do empilhadortelescópico que permitiu a intervenção <strong>de</strong> arteurbana na Rua do Comércio;À Mr. Pizza, ao Mata Bicho e à Heineken peloapoio na comida e bebidas que foram servidasaos participantes;À Tucha, Porto Artur, Tribos Urbanas e EstofosFerreira por terem facilitado a ligação dossistemas <strong>de</strong> som nos seus estabelecimentos;Ao Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, SAMP, Fa<strong>de</strong> In, a9)))),Metamorfose, Te-Ato e Fábrica das Emoções,parceiros da iniciativa, que contribuíram aonível da organização e dinamização <strong>de</strong> algunspalcos.E como os artistas são a alma do Há Música naCida<strong>de</strong>, um agra<strong>de</strong>cimento muito especial a:Orquestra Jazz <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Orquestra Filarmoniadas Beiras, Paulo Lameiro, Yumiko Ishizuka,Cluster, First Breath After Coma, Rockschool,Homem <strong>de</strong> Marte e os Invasores, RodrigoCavalheiro e as Folhas Secas, Os Índios da MeiaPraia, Moustache, André Castela, Johnny, PedroCosta, Miss Cat e o Rapaz Cão, Master Yoda,AqueStick, Backwater and the ScreamingFantasy, The Hellben<strong>de</strong>rs On, Nuno Rancho,Tertúlia Quartet, These Are My Thombs, NiceWeather for Ducks, Urban Dance Fusion, Escola<strong>de</strong> Dança Clara Leão, Studio K, Escola <strong>de</strong> DançaOrfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Annarella Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Dançae Ballet, Roman Bodusenko, Associação <strong>de</strong>Dança <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Stacatto Escola <strong>de</strong> Dança,Handdanças – Zumba Fitness, Gonçalo Pereira,José António Lopes, Rodrigo Queirós, OxanaKhur<strong>de</strong>nko, DJ Trek, DJ Oliver, DJ Johnny Dylan,DL Victor L, Coro Sénior do Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,Grupo Coral da Casa do Pessoal do HospitalSanto André, Grupo Coral Cantabilis, GrupoCoral das Obras Sociais do Pessoal da CâmaraMunicipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Grupo Coral Ninfas do Lis,sr. Ferreira, Casulo Projecto, Ginga Camará, JoséSoeiro, Amarlis Felizes, Sara Shuh, DJ JoãoCurvêlo, Alternativamusic.com, Ship&Smile,Luís Casalinho, A. Casal, J. Braco, Pedro Rocha,Bruno Cruz, Daniel Marques, Andreia Marques,Marco Ferreira, David Ferreira, Bruno Homem,Alberto Roque, Nuno Gonçalves, Sara Llano,Susana Saraiva, Rogério Me<strong>de</strong>iros, CarlaAntunes, Sérgio Ventura, Fre<strong>de</strong>rico Fernan<strong>de</strong>s,Rute Martins, Marco Helenom, Tocándar,Farratuga, Bailadouro, Grupo <strong>de</strong> concertinas doInstituto <strong>de</strong> Jovens Músicos, Banda Filarmónicadas Corets, Banda Filarmónica do Arrabal,Trisax da Filarmónica Pombalense, AlfredoLopes, António Casal, Salomé Matos, João PedroFonseca


36 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012CurtasPatrimónio “Encontrado” foral <strong>de</strong> Figueiródos Vinhos❚ É raro, eleva Figueiró dos Vinhos a vila, data <strong>de</strong> 1514 e foireencontrado, nos Açores. O investigador Miguel Portela <strong>de</strong>scobriuum exemplar original, em pergaminho, do Foral Manuelinodaquela vila no Fundo Ernesto do Canto do Arquivo Distrital <strong>de</strong> PontaDelgada. A localização aconteceu no seguimento <strong>de</strong>uma referência <strong>de</strong> José Manuel Garcia, numa obra<strong>de</strong>dicada aos forais manuelinos da colecção doBanco <strong>de</strong> Portugal, em 2010. Até agora apenasse sabia da existência <strong>de</strong> uma versão reduzidado foral, na Torre do Tombo, em Lisboa. Odocumento é um volume enca<strong>de</strong>rnado emcouro, com ferragens <strong>de</strong> cobre on<strong>de</strong> se vêem obrasão régio e esferas armilares nas capas eescrito em pergaminho.Curtas Alunos da ESAD.CRno Doclisboa'12❚ Quatro filmes <strong>de</strong> alunos do Curso <strong>de</strong> Som eImagem da Escola Superior <strong>de</strong> Arte e Design, <strong>de</strong>Caldas da Rainha (ESAD.CR) vão estar presentes naedição <strong>de</strong>ste ano do Festival Doclisboa’12, que serealiza entre 18 e 28 <strong>de</strong> Outubro. As curtasmetragens Aqui e Agora, <strong>de</strong> Carla Fonseca, eSagittarius, <strong>de</strong> Samuel Marques serão exibidas noâmbito da sessão Ver<strong>de</strong>s Anos 2, no dia 20 <strong>de</strong>Outubro, na sala 3 do Cinema São Jorge, às 19horas. Diagnóstico, <strong>de</strong> Alexandra <strong>de</strong> Matos, e Ahh!,<strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Almeida, passam no âmbito da sessãoVer<strong>de</strong>s Anos 4, no dia 22 <strong>de</strong> Outubro, também nasala 3 do Cinema São Jorge, às 19 horas. Esta será a10.ª edição <strong>de</strong>ste festival internacional <strong>de</strong> cinema.Cinema João Seiça ganha prémiono Freenetworld International❚ O filme Hair do cineasta João Seiça, natural daMarinha Gran<strong>de</strong>, venceu o prémio para melhor filmeexperimental do festival <strong>de</strong> cinema FreenetworldInternational que <strong>de</strong>correu entre quinta-feira edomingo em Nis, na República da Sérvia. EmSetembro, a película esteve nomeada para os Van d'OrIn<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt Film Awards e para o ShortCutz London efoi <strong>de</strong>stacado na publicação The reel. A selecção oficialdo certame contou ainda com Your Shoe (O teu sapato),uma história surreal sobre o amor, a morte e pés,também <strong>de</strong> João Seiça, 35 anos, que, actualmente, vivee trabalha na capital do Reino Unido e é o autor dovi<strong>de</strong>oclip The Day That Never Came, da banda britânicaCinnamon Chasers.DRPolifonia sonorachega a PortugalNomeados recentemente na categoria <strong>de</strong>Pop/rock/reggae/hip-hop/funk para o Prémio da MúsicaBrasileira, a banda <strong>de</strong> Belo Horizonte, Graveola e o LixoPolifônico regressa a Portugal para promover o seu maisrecente trabalho, o CD intitulado Eu Preciso <strong>de</strong> umLiquidificador, e para um concerto na Fábrica do Braço <strong>de</strong>Prata, em Lisboa, esta sexta-feira, dia 12. É com acolaboração <strong>de</strong> um natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, João Brilhante, que oconjunto volta ao nosso País, apostado em “conquistar” opúblico nacional, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter colhido boas críticas naimprensa especializada brasileira. Os Graveola e o LixoPolifônico assinaram contrato com a prestigiada Mais UmDiscos, editora sediada no Reino Unido, que aposta nosnovos talentos brasileiros e que já <strong>de</strong>u a conhecer naEuropa artistas como Lucas Santtana. Des<strong>de</strong> o surgimentodo grupo em meados <strong>de</strong> 2004, que a banda aposta naquiloa que apelida <strong>de</strong> uma “mistura (<strong>de</strong>s)pretensiosa entre oerudito, o lixo cultural, o lirismo político e aexperimentação <strong>de</strong> amabilida<strong>de</strong>s sonoras”. Dito isto,estamos perante um disco que recusa classificações <strong>de</strong>género nas prateleiras das lojas e on<strong>de</strong> cabe a MúsicaPopular Brasileira, o pop-rock e o feijão com arroz. Massem nunca per<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.DRRomance Maria Teresa Horta vencePrémio Máxima <strong>de</strong> Literatura❚ As Luzes <strong>de</strong> Leonor, livro publicado em Maio <strong>de</strong>2011 pela Dom Quixote, valeu à jornalista eescritora Maria Teresa Horta o Prémio Máxima <strong>de</strong>Literatura. O romance também conquistou oPrémio Dom Dinis, que a autora recusou receber dasmãos do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho,em Setembro. Em 2010, Maria Teresa Horta tinha jásido galardoada com o Prémio Máxima VidaLiterária pela obra Poesia Reunida. As Luzes <strong>de</strong>Leonor, já na 5.ª edição, foi inspirado na figura <strong>de</strong>Leonor <strong>de</strong> Almeida Portugal, 4.ª marquesa <strong>de</strong>Alorna e antepassada da autora. O romance é umdos finalistas do Prémio PEN e do Gran<strong>de</strong> Prémio <strong>de</strong>Romance e Novela da Associação Portuguesa <strong>de</strong>Escritores.DREscrita criativacom João TordoO escritor João Tordo vai estar em <strong>Leiria</strong> para orientar umaoficina <strong>de</strong> Escrita Criativa, dirigida à escrita <strong>de</strong> romance, na ArquivoLivraria, nos dias 27 e 28 <strong>de</strong>ste mês. O autor explicará noções comoplot/enredo e <strong>de</strong>senvolvimento do plot, a diferença entre storyline eplotline, importância dos pontos <strong>de</strong> viragem, o parágrafo inicial e osplot points ao longo do enredo e ainda as armadilhas, ganchos,flashbacks e outras técnicas próprias da escrita <strong>de</strong> romance. Estaoficina é <strong>de</strong>stinada a estudantes, professores, profissionais daárea da escrita, romancistas e aspirantes a romancistas e temum limite <strong>de</strong> 16 inscrições que <strong>de</strong>vem ser feitas até dia 22,na Arquivo Livraria. Tordo, <strong>de</strong> 36 anos, é o únicoescritor português presente entre os finalistas da6.ª edição do Prémio Literário Europeu.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 37AlmanaqueDREstilhaçosCatarina Mame<strong>de</strong> vogal da Associação ecOGostava <strong>de</strong> ver o edifício da Moagemtransformado em centro cultural❚ Se fosse artista, o que seria?Seria bailarina clássica.O projecto que mais gosto lhe <strong>de</strong>u fazerTodos os projectos da ecO são pensados erealizados com o mesmo empenho e motivação,mas normalmente, os que exigem mais <strong>de</strong> mim,dão-me mais gozo. No último ano, o ANALOGIKAe o ESTILHAÇOS foram dois projectos, nos quaisme orgulho muito <strong>de</strong> ter participado.O espectáculo, concerto ou exposição que maislhe ficou na memóriaO meu primeiro concerto <strong>de</strong> Sonic Youth, na AulaMagna, em 1999O livro da sua vidaEntre outros, O Velho que lia Romances <strong>de</strong> Amor,<strong>de</strong> Luís Sepúlveda, o Cemitério <strong>de</strong> Pianos, <strong>de</strong> JoséLuís Peixoto e Kyoto, <strong>de</strong> Yasunari Kawabata.Um filme inesquecívelÉ impossível escolher só um, mas <strong>de</strong>staco oOndas <strong>de</strong> Paixão, <strong>de</strong> Lars von Trier, maisrecentemente, A Árvore da Vida, <strong>de</strong> TerrenceMalick, e Moonrise Kingdom, <strong>de</strong> Wes An<strong>de</strong>rson.Se tivesse <strong>de</strong> escolher uma banda sonora para si,qual seria?A maioria das músicas <strong>de</strong> Bob Dylan.Um artista que gostaria <strong>de</strong> ter visto no Teatro JoséLúcio da SilvaOs Spiritualized, <strong>de</strong> Jason Pierce. Já tiveoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os ver duas vezes ao vivo emfestivais e adorei. Tenho a certeza que a magiaseria outra numa sala como a do Teatro José Lúcioda Silva.Uma viagem inevitávelNova Iorque. Sem conhecer, já acho que é amelhor cida<strong>de</strong> do Mundo.Um vício que gostava <strong>de</strong> não terEssa é fácil: fumar.Uma personalida<strong>de</strong> que admiraBrigitte Bardot, porque <strong>de</strong>dicou a vida a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rcom “unhas e <strong>de</strong>ntes” os direitos dosanimais, causa que merece a minhamelhor atenção.Um actor que gostasse <strong>de</strong> levar ajantarUm realizador, po<strong>de</strong> ser? WesAn<strong>de</strong>rson. Seria uma boaoportunida<strong>de</strong> para tentarcompreen<strong>de</strong>r melhor a criação <strong>de</strong>um universo, que já se tornou a suaimagem <strong>de</strong> marca.Um restaurante da regiãoO Pipo Velho, em Marrazes. Acomida é <strong>de</strong>liciosa e as pessoas sãomuito simpáticas.Um prato <strong>de</strong> eleiçãoBacalhau com natasUm refúgio (no distrito)A vila <strong>de</strong> Óbidos, tem cores e recantosmaravilhosos.Um sonho para <strong>Leiria</strong>Ver o edifício da Moagem transformado num centrocultural.Os Spiritualized, <strong>de</strong> Jason PierceMesa <strong>de</strong>CabeceiraCarlosMartinsAÁrvoreda Vida, <strong>de</strong>TerrenceMalickBrigitte Bardot❚ 2012 foi o ano zero para oEstilhaços, uma parceria entre asassociações Fa<strong>de</strong> In e ecO que<strong>de</strong>correu no Teatro José Lúcioda Silva e que é mais do queuma mostra <strong>de</strong> curtas metragensmas também é isso. Eu fui aoterceiro e último round mas<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a manhã do dia 30passado que os trabalhos játinham começado. Fiqueiimpressionado com o que vi.Muita gente, <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s(uns entravam em algumas dascurtas e por isso a excitação eravisível) a assistir cinemain<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Em conversa como Hugo Ferreira da Fa<strong>de</strong> In,visivelmente <strong>de</strong>sgastado mascom um sorriso <strong>de</strong> orelha aorelha a transpirar <strong>de</strong> orgulho,fiquei a saber que não estavam àespera <strong>de</strong> tanta a<strong>de</strong>são e queeste primeiro Estilhaços foicomo que a experimentar aságuas. Para mim foi provasuperada apesar do cinemaassim mais dark não ser uma dasminhas preferências. Gostei <strong>de</strong>alguns trabalhos como o Utopiae o Bonsai e <strong>de</strong>staca-se otrabalho do leiriense Luís <strong>de</strong>Lacerda que apresentou o seuAmor = Morte. Fiquei também asaber que a manhã foi <strong>de</strong>dicadaàs animações e que durante atar<strong>de</strong> houve showcases dasbandas Miss Cat e o Rapaz Cão e<strong>de</strong> First breath After Coma bemcomo curtas metragens, uma<strong>de</strong>las com a Lana <strong>de</strong>l Rey comum orçamento <strong>de</strong> 400 dólares,talvez a miúda <strong>de</strong>vesse terficado por essa área e por essesnúmeros. A seguir às curtas <strong>de</strong>cinema houve uma curta <strong>de</strong>dança no telhado do Teatroapresentada pela Eliana Mota eLuís Sousa. À nossa esperaestava uma varanda com vistapara a avenida, para o castelo epara dois vultos encobertos <strong>de</strong>um manto negro que, quandolhes pareceu estar toda a gentepresente, se <strong>de</strong>scobriram edançaram para nós. Foi bonito.A <strong>de</strong>stacar há também o senhorda fila <strong>de</strong> trás que fez o favor <strong>de</strong>não se calar durante todo oevento e que tornou aexperiência um exercício <strong>de</strong>multitasking entre ignorar o queele dizia e absorver o queacontecia na tela. Fiquei a saberque só sou capaz às vezes. Nogeral há que dar os parabéns aambas associações por estainiciativa e também pelo facto<strong>de</strong> se juntarem para esteprojecto, não há razões para queisto não aconteça e cada vezmais é importante fundirmos osnossos umbigos para novosresultados, mesmo que estaimagem seja mais ou menosnojenta. Fa<strong>de</strong> In e ecO – boa!"músico


38 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012ObrigatórioTeatro Um dia <strong>de</strong> raiva e Brechtpassam pelo AcasoDRJazz Laginha estreia-senos Concertos para BebésDR❚ O 17.º Festival <strong>de</strong> Teatro Acaso apresenta hoje, dia11, pelas 22 horas, Um dia <strong>de</strong> raiva, pelo ColectivoGentes, com direcção <strong>de</strong> Nuno Pino Custódio, no TeatroMiguel Franco, em <strong>Leiria</strong>. Amanhã, sexta, pelamesma hora, o Teatro da Rainha apresenta a peça KabaretKeuner e Outras Histórias <strong>de</strong> Bertolt Brecht, noEspaço O Nariz, no Pátio do Jordão, em <strong>Leiria</strong>. O localacolhe, no domingo, as actuações <strong>de</strong> Pedro Salvadore do projecto Miss Cat e o Rapaz Cão, tambémpelas 22 horas. O primeiro é um uninominal projecto<strong>de</strong> New-Folk que evoluiu para Rock N´Roll alternativo/avant-gar<strong>de</strong>,e o segundo assenta em tons suaves,doces, quentes e tranquilos que aumentam <strong>de</strong>intensida<strong>de</strong> a pouco e pouco.❚ No domingo, dia 14, o pianista Mário Laginha vaiestrear-se como solista convidado em dois concertospara Concertos para Bebés, projecto <strong>de</strong> produçãomusical para crianças até aos três anos, no TeatroMiguel Franco. As sessões estão marcadas para as10:30 e 11:45 horas.O repertório adoptado e que será alvo <strong>de</strong> exploraçãopor pais e filhos terá, como não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser,uma forte componente <strong>de</strong> jazz. A estreia acontecequando os Concertos para Bebés regressam <strong>de</strong> umpériplo europeu, com 11 concertos na Philharmoniedo Luxemburgo e uma residência artística emBarcelona. No próximo mês, os Concertos para Bebésvão estar em Barcelona e em Girona, nos festivaisMercat <strong>de</strong> les Flors e Temporada Alta.Fádo com Almaem concerto noCastelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>DREste dia 13 <strong>de</strong> Outubro, sábado, o fado e algumas dasmais conhecidas canções portuguesas <strong>de</strong> todostempos vão ter um palco privilegiado no Castelo <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, pelas 21:30 horas. As honras da casa cabem aoProjecto Fádo com Alma, cujos seis músicosinterpretarão melodias <strong>de</strong> artistas como AmáliaRodrigues, Carlos Men<strong>de</strong>s, Mariza, Carlos Paião ouAna Moura. No espectáculo do Castelo, a banda, queestá presentemente a gravar o seu primeiro registodiscográfico, contará com a participação dosaxofonista Mário Dias e com a voz <strong>de</strong> Liliana Gaspar.O Fádo com Alma preten<strong>de</strong> fazer chegar ao público ofado e as suas melodias mais conhecidas, através <strong>de</strong>outra perspectiva, em termos <strong>de</strong> sonorida<strong>de</strong> earranjos musicais. “Irreverência, ousadia econtemporaneida<strong>de</strong>” são as característicasprocuradas por este grupo, que coloca,propositadamente, um acento na primeira sílaba <strong>de</strong>fado, para marcar a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Apesar da aindacurta existência, <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> dois anos, esteprojecto <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> já actuou no Casino da Figueira daFoz, Teatro José Lúcio da Silva e fez vários showcasesnas lojas Fnac nacionais.LeiturasdasemanaNão é meia noite quem querAntónio Lobo AntunesEditora: D. QuixoteO anjo EsmeraldaDon DeLilloEditora: SextanteO enredo do livro <strong>de</strong>senvolve-se em três dias,sexta-feira, sábado e domingo. Uma mulher comperto <strong>de</strong> cinquenta anos vai passar um fim-<strong>de</strong>semanana casa <strong>de</strong> férias da família, numa praianão i<strong>de</strong>ntificada. A casa, mo<strong>de</strong>sta, foi vendida e elaquer <strong>de</strong>spedir-se da casa, mas também relembrartudo o que se passou ali, com os seus pais e irmãos.O falhanço que é a sua vida reflecte-se na casa hámuito <strong>de</strong>sabitada e nos sonhos <strong>de</strong> todos eles, aliirremediavelmente enterrados. A <strong>de</strong>spedida dacasa po<strong>de</strong> levá-la a imitar o irmão mais velho e, nodomingo, atirar-se das arribas e encerrar ali umavida sem futuro.De um dos maiores escritores do nosso tempo, a suaprimeira coletânea <strong>de</strong> contos, escritos entre os anos1979 e 2011, histórias <strong>de</strong> três décadas da vida norteamericana.Situadas na Grécia, nas Caraíbas, emManhattan, numa prisão para criminosos <strong>de</strong> colarinhobranco ou no espaço si<strong>de</strong>ral, estas nove histórias sãouma inolvidável introdução à voz icónica <strong>de</strong> DonDeLillo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os ricos e marcados ritmos jazzísticosdos seus primeiros escritos até à linguagem frugal,<strong>de</strong>purada e monástica das suas histórias mais recentes.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 39OlharRICARDO GRAÇATema Antetítulo para título <strong>de</strong> notícia“O rio Lis continua indo”Pedro Cor<strong>de</strong>iropedrolcor<strong>de</strong>iro@hotmail.com❚ Gosto da expressão do israelita Amos Oz quandoafirma que “a corrente <strong>de</strong> um rio escon<strong>de</strong> o murmúriodo outro”. Diria que o problema da aplicação <strong>de</strong>stafrase à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> é não termos a corrente<strong>de</strong> um rio mas apenas o seu murmúrio, o qual, mansinho,não escon<strong>de</strong> o mau trato continuado, quer pelosub nível do leito, quer pela cor, e quantas vezes pelocheiro que dizem ser da irresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes edaqueles – mas se continua é porque ninguém tem culpae está <strong>de</strong>ntro da legalida<strong>de</strong> nacional – lembra-mea musica que diz que “a culpa é da vonta<strong>de</strong>…”Actualmente, ao contrário <strong>de</strong> outrora, a proximida<strong>de</strong>do rio é um valor na urbanida<strong>de</strong> leiriense. Seria óptimopo<strong>de</strong>rmos contemplá-lo mais limpo e fora do gran<strong>de</strong>tubo <strong>de</strong> esgoto como é naturalmente sugerido entreas árvores mais a jusante do mar-<strong>de</strong>-chão – esse largopasseio público ao longo do Lis capaz <strong>de</strong> na sua aparênciacontrariar a tese <strong>de</strong>ssa passada má relação entreos leirienses e o rio, ou será apenas o exemplo daexcepção que confirma a regra?Acredito também que a realida<strong>de</strong> do passado e do presente,entre os leirienses e o rio, é bastante mais complexae contraditória. Assim, enquanto se procurava dominaro curso do rio que tantas vezes inundava o vale, ainda agrícolae já urbanizado, insurge a inspiração lúdica para umMarachão, como uma oportunida<strong>de</strong> civilizacional, em quese estabelece ambiente para uma or<strong>de</strong>m urbana pretensamentemais evoluída, domesticando a paisagem e<strong>de</strong>mocratizando o lazer.É também sobre uma perspectiva do lazer e da evoluçãocivilizacional que a recuperação do rio, na suaelementar qualida<strong>de</strong> da água, viria agora beneficiar osleirienses, visitantes e todos. Penso que alguns cidadãosainda retêm na memória a experiência <strong>de</strong> umasbelas banhocas no rio. Eu, recordo-me <strong>de</strong> uma pequenapraia fluvial, nas Olhalvas, cheia <strong>de</strong> garotos eda sua sequente inibição face à porcaria que se ia constatando.Subindo o rio, ainda aproveitei o açu<strong>de</strong> juntoà quinta <strong>de</strong> S. Venâncio ou mesmo as mais “frescas”águas da nascente, nas Fontes.Não se pense pois, porque temos praias por perto,Por que não, epor exemplo,ambicionaruma praiafluvial ou atéuma piscina <strong>de</strong>água corrente –não é o rio asua melhoroportunida<strong>de</strong>?que o rio se baseia e basta num valor complementarà paisagem. A sua utilida<strong>de</strong>/possibilida<strong>de</strong> para a cida<strong>de</strong>está muito para além da contemplação ou mesmo doregadio. Em re<strong>de</strong>, está todo um sistema <strong>de</strong> biodiversida<strong>de</strong><strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, com capacida<strong>de</strong>s animadoras, dinâmicas,que se po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem incluir na urbanida<strong>de</strong><strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> contemporânea.Por que não, e por exemplo, ambicionar uma praiafluvial ou até uma piscina <strong>de</strong> água corrente – não é orio a sua melhor oportunida<strong>de</strong>? Compreendo a cida<strong>de</strong>como um lugar que aspira ao conforto no trabalhoe no lazer, como um lugar privilegiado para a troca <strong>de</strong>experiências assim como para a concentração da diversida<strong>de</strong>.Para tal, temos <strong>de</strong> aproveitar as suas melhoresenergias na construção do futuro.Faz <strong>de</strong>masiado tempo que o rio Lis está dominado poruma cultura artificiosa para a cida<strong>de</strong>, esse domínio exageradocon<strong>de</strong>nou-o a este limbo, entre a vida e a morte,e á sua aparente inutilida<strong>de</strong>. Acredito que um futuro maisluminoso passará por diversificar os seus usos assim comoo respeito pelo mesmo passará por uma consciência generalizada<strong>de</strong>ssa mesma oportunida<strong>de</strong>, utilida<strong>de</strong>.


40 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012AgendaArtesVestígios, exposição <strong>de</strong> fotografia<strong>de</strong> Laura Arana (vencedora da 1ªMaratona Fotográfica do Metro <strong>de</strong>Lisboa) e Nuria Cubas (ví<strong>de</strong>o), nase<strong>de</strong> do a9)))), <strong>Leiria</strong>, até dia 31,com curadoria <strong>de</strong> VanessaBadagliaccaCerâmica reflexo <strong>de</strong> uma Cultura,em exposição no MIMO – Museuda Imagem em Movimento,<strong>Leiria</strong>, até dia 23 <strong>de</strong> NovembroExposição Natureza c/ e s/cor,fotografias <strong>de</strong> Flávio Ruivo, naSala Jaime Salazar Sampaio do TE-ATO Grupo-Teatro <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>O Forte <strong>de</strong> S. Miguel Arcanjo, noSítio da Nazaré, acolhe exposiçõespara evento North Canyon Show: OGuardião da Memória(documental) e Nazaré – Raízes <strong>de</strong>Mar (fotografia), até dia 2 <strong>de</strong>DezembroExposição <strong>de</strong> pintura Do clássicoao contemporâneo, <strong>de</strong> ArmandoRamos, até dia 31, na BibliotecaMunicipal <strong>de</strong> OurémEra uma vez…Presépios <strong>de</strong> todosos lugares e cores, exposiçãopatente na Casa do Tempo,Castanheira <strong>de</strong> Pera, até dia 23Concerto pelos The Ramblers,amanhã, a partir das 23:30 horas,no Texas Bar, <strong>Leiria</strong>. Formada em2007, esta banda lisboeta <strong>de</strong> bluese rock actua também dia 13,sábado, pelas 17 horas, na Fnac<strong>Leiria</strong>. Entrada livreSam Alone & The Gravediggersem Concerto Fora <strong>de</strong> Ci_clo,sábado, 13, às 23:30 horas, no BeatClub, <strong>Leiria</strong>. Uma organização daMetamorfoseMúsica experimental no XVIIAcaso - Festival <strong>de</strong> Teatro, comPedro Salvador, ao vivo, sábado,13, pelas 22 horas, no espaço <strong>de</strong> ONariz-Teatro <strong>de</strong> Grupo AssociaçãoCultural, <strong>Leiria</strong>Social Chaos (trash/punk) emconcerto sábado, 13, às 22 horas,na BlackBox, no Centro daJuventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caldas da Rainha.Também ao vivo neste espaço ehora, estará o grupo Simbiose(metal/punk/grindcore)EventosVestígios,exposição <strong>de</strong>Fotografia <strong>de</strong>Laura Arana eví<strong>de</strong>o <strong>de</strong>Nuria, na se<strong>de</strong>do a9)))),<strong>Leiria</strong>O Teatro José Lúcio da Silva(TJLS), <strong>Leiria</strong>, mostra a exposiçãoRitmos <strong>de</strong> cor e composição, <strong>de</strong>Manuel Gorjão Henriques, até 11<strong>de</strong> NovembroUma réplica do templo egípcio <strong>de</strong>Abu Simbel está em exposição nacerca do castelo <strong>de</strong> Óbidos, até dia31Exposição documental OMovimento Rotário, até dia 21, noTeatro Miguel Franco (TMF),<strong>Leiria</strong>Viagem ao país <strong>de</strong> 1900 visto porBeneliel, exposição comemorativada implantação da República, atédia 15, na Biblioteca MunicipalAfonso Lopes Vieira, <strong>Leiria</strong>Mielo e farelo no Moinho <strong>de</strong>Papel, exposição <strong>de</strong> pintura <strong>de</strong>Tânia Bailão, até dia 31, no Moinhodo Papel, <strong>Leiria</strong>As exposições Korrodi e oRestauro do Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> eHabitantes e Habitats-Pré e Proto-História na Bacia do Lis po<strong>de</strong>m servistas no interior do Palácio (PaçosNovos), no castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Alarga o espaço da tua tenda,exposição missionária noConvivium <strong>de</strong> Santo Agostinho –Igreja da Santíssima Trinda<strong>de</strong>,Fátima, até dia 31Caras em Gran<strong>de</strong>, exposição <strong>de</strong>pintura <strong>de</strong> Varatojo, no MuseuJoaquim Correia, Marinha Gran<strong>de</strong>,até dia 27Exposição <strong>de</strong> pintura Stand By(mistura <strong>de</strong> estiloscontemporâneos), <strong>de</strong> CatarinaCar<strong>de</strong>ira, até domingo, 14, naBiblioteca Municipal da NazaréCriançasMúsicaO pianista Mário Laginha(embalos azuis e algum swing)actua em <strong>Leiria</strong>, domingo, 14, às10:30 e 11:45 horas, no TMF, noâmbito do evento Concertos paraBebés (crianças até aos três anos)Animação da história infantil Asopa Queima, <strong>de</strong> Pablo Albo &André Letria, sábado, às 16:30horas, na Livraria Arquivo, <strong>Leiria</strong>O cantautor Mazgani revela otítulo do seu segundo álbum,Song of Distance, que se encontraem fase <strong>de</strong> misturas e que seguiráo aclamado <strong>de</strong>but <strong>de</strong> MazganiSong of the New Heart, numconcerto a ter lugar amanhã, 12,pelas 21:30 horas, no TeatroMiguel Franco (TMF), <strong>Leiria</strong>.Shahryar Mazgani (voz e guitarra)é acompanhada ao vivo por SérgioMen<strong>de</strong>s (guitarra), Rui Luis(bateria) e Victor CoimbraSong ofDistance é osegundoálbum <strong>de</strong>Mazgani,cantautor quese apresentaem concertoamanhã, 12,no TeatroMiguelFranco, <strong>Leiria</strong>Surrealistic Discussion é oprojecto, na área <strong>de</strong> jazz/blues,que Sérgio Carolino (tuba) e JoãoBarradas (acor<strong>de</strong>ão) apresentamdomingo, 14, pelas 17:30 horas, noCCC, Caldas da RainhaO músico <strong>de</strong> Santarém PedroSalvador (1ª parte), Miss Cat e oRapaz Cão (2ª parte), em concertono Espaço O Nariz, <strong>Leiria</strong>, sábado,13, às 22 horasNoite do Fado, amanhã, 12, pelas20:30 horas, nas instalações daCercilei, em Pinheiros, <strong>Leiria</strong>. Oevento preten<strong>de</strong> angariar fundospara a instituiçãoViagem <strong>de</strong> som, concertomeditativo com taças tibetanas,<strong>de</strong> cristal e gongos, domingo, 14,pelas 16 horas, no castelo <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, com organização <strong>de</strong>Ricardo BrancoConcerto pelo Projecto Fádo ComAlma, sábado, 13, às 21:30 horas,no castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Encontro <strong>de</strong> tunas <strong>Leiria</strong>´12, hoje,11, pelas 21 horas, no Jardim Luís<strong>de</strong> Camões, <strong>Leiria</strong>. Com entradalivre, a organização é daAssociação <strong>de</strong> Estudantes daEscola Superior <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>Concerto no interior das grutas <strong>de</strong>Mira <strong>de</strong> Aire, Porto <strong>de</strong> Mós,amanhã, 12, pelas 21:30 horas,com a participação do CoralGaudia Vitae, recital <strong>de</strong> piano comMafalda Camarrinha e fado porClara SevivasCinema


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 41Colóquio/atelier <strong>de</strong>dicado à Capelados Sousas do Mosteiro da Batalha,sábado e domingo, 13, e 14, a partirdas 9 horas, no Mosteiro da Batalha,numa iniciativa da Direção-Geral doPatrimónio Cultural. Entre osoradores convidados, <strong>de</strong>stque parao historiador Saul António GomesRota dos Escritores em <strong>Leiria</strong>regressa sábado, 13,com partidapelas 16 horas do Centro Cívico <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>Novo Mercadinho <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,sábado, 13, a partir das 16 horas, noMercado <strong>de</strong> Sant’Ana, <strong>Leiria</strong>Caminhada da água realiza-sesábado, 13, às 14:30 horas, a partirda Ponte Nova, São Pedro <strong>de</strong> Moel,Marinha Gran<strong>de</strong>, numaorganização da SIMLIS e CâmaraMunicipalII Festival Nacional da Codorniz, apartir <strong>de</strong> amanhã, 12, até domingo,14, em Landal, Caldas da Rainha.Além das aves confeccionadas <strong>de</strong>inúmeras formas, não faltam omúsica e o famoso Pão <strong>de</strong> Ló doLandal, as Peras Bêbadas e a águapé novaO Centro <strong>de</strong> Convívio e Recreio doTelheiro, <strong>Leiria</strong>, realiza sábado, 13, apartir das 19 horas, o 1.º Festival doPetisco (pézinhos <strong>de</strong> coentrada,pipis, favas, alheiras, punheta <strong>de</strong>bacalhau, moelas ou pica pau),sopas caseiras e doces variadosRealizado por James Colquhoun eCarlo La<strong>de</strong>sma, o documentárioFood Matters (2008) é apresentadodia 17, pelas 21:30 horas, no TMF,<strong>Leiria</strong>. O filme, que contémentrevistas, animações e filmagens<strong>de</strong> várias terapias e práticas,apresenta a tese <strong>de</strong> que uma dietaselectiva po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar umpapel chave no tratamento <strong>de</strong> umasérie <strong>de</strong> doenças, como diabetes,cancro, doenças do coração e<strong>de</strong>pressão, muitas vezes semnecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento médico.Além disso, ten<strong>de</strong> a rotular aindústria médica e farmacêuticacomo "indústrias da doença", aoponto <strong>de</strong> as acusar <strong>de</strong> algumaconspiração, para perpetuar adoença, e, assim, maximizar o seulucro.CALDAS DA RAINHAVivacine Tel. 262 840 197De quinta a quarta-feiraLinhas <strong>de</strong> WellingtonSala 1. 15:10, 18:10, 21:15 e 00:10horas; Para Roma, com AmorSala 2. 13:20, 15:50, 18:25, 21:25 e23:50 horas; Looper – ReflexoAssassino Sala 3. 13:30, 16:00,18:40 21:20 e 23:55 horas;Taken – A Vingança Sala 4. 13:45,15:55, 18:10, 21:30 e 23:40 horas;Paranorman 2DSala 5. 13:25 e 15:35 horas; Patrulha<strong>de</strong> Bairro Sala 5. 18:15, 21:20 e 23:45horas;LEIRIATeatro Miguel FrancoTel: 244839680Quarta-feiraFood Matters 21:30 horasCastello Lopes CinemasTel: 244845870De quinta a quarta-feiraLooper - Reflexo Assassino Sala 1.13:10, 16:00, 18:40, 21:40 e 00:10horas; Dredd 3D Sala 1. 00:20horas; Linhas <strong>de</strong> Wellington Sala 2.12:40, 15:30, 18:20 e 21:20 horas;ParaNorman VP - 3D Sala 3. 13:00,15:00, 17:00 e 19:00 horas;Balas&Bolinhos - O ÚltimoCapítulo Sala 3. 13:00, 15:50, 18:30,21:15 e 24:00 horas; BraveIndomável VP Sala 4. 12:50 e 15:10horas; Patrulha <strong>de</strong> BairroSala 4. 12:50, 15:10, 18:00, 21:00 e23:30 horas; Madagáscar 3 VP Sala5. 12:55 e 15:20 horas; Para Romacom Amor Sala 5. 12:55, 15:20, 18:1521:10 e 23:40 horas; Terapia a DoisSala 6. 13:20, 15:40, 18:10, 21:30 e23:50 horas; Taken - A VingançaSala7. 13:30, 16:10, 18:50, 21:50 e00:15 horas;Cinema CityTel. 244845071Taken - A Vingança Sala 1. 13:30,15:30, 17:30, 19:30, 21:55 e 23:55horas; Morangos Com Açúcar - OFilme Sala 2-K. 11:40 e 15:40 horas;Curta "Devil May Cry" + Resi<strong>de</strong>ntEvil Sala 2-K. 13:40, 15:40, 17:50,19:50 e 00:05 horas; Curta "DevilMay Cry" + Resi<strong>de</strong>nt EvilRetaliação 3D Sala 2-K. 21:50horas; Madagáscar 3 Vp Sala 3.11:50 e 18:20 horas; Curta "UmLongo Dia Na Creche" + Ida<strong>de</strong> DoGelo 4 Vp Sala 3. 14:00 horas; ParaRoma Com Amor Sala 3. 16h00,18h40, 21h30 e 23h50 horas;Looper - Reflexo Assassino Sala 4.13:35, 15:50, 18:30, 21:40 e 24:00horas; Curta"La Luna" + Brave -Indomável Vp Sala 5-L. 11:25, 15:35e 17:40 horas; Terapia A Dois Sala5-L. 13:35 e 21:45 horas; PatrulhaDe Bairro Sala 5-L. 15:35, 17:40 e19:45 horas; Desafio Total Sala 5-L.00:20 horas; Paranorman Vp Sala6-S. 11:30, 13:30, 15:35, 17:35 e 19:35horas; Balas e Bolinhos 3 Sala 6-S.21:35 e 00:15 horas; EncomendaArmadilhada Sala 7. 13:50, 15:45,17:35, 22:00 e 00:10 horas; Dredd3d Sala 7. 19:25 horas; Looper -Reflexo Assassino Sala VIP 4.13:35, 15:50, 18:30, 21:40 e 24:00horas;LetrasManuel Cintralê poemas doseu maisrecente livro,Caruma,assim como <strong>de</strong>outros seustítulosanteriores. Ésábado, naLivrariaArquivo,<strong>Leiria</strong>TeatroPoesia: Manuel Cintra por ManuelCintra, sábado, 13, pelas 18 horas,na Livraria Arquivo, <strong>Leiria</strong>. ManuelCintra lê poemas <strong>de</strong> Caruma, o seumais recente livro, assim como <strong>de</strong>títulos anterioresO livro e CD O menino dos <strong>de</strong>dostristes, da autoria <strong>de</strong> JoséliaNeves, é o primeiro livro emdiferentes formatos do catálogoeditorial da Alfarroba, a apresentaramanhã, 12, pelas 21 horas, naBiblioteca José Saramago (IPL),<strong>Leiria</strong>Apresentação do livro Alguma dorcura a alma, do jornalista CarlosFerreira, sábado, 13, pelas 17 horas,no Chico Lobo Bar, PraçaRodrigues Lobo, <strong>Leiria</strong>. AntónioJosé Laranjeira é o oradorconvidadoLançamento do livro infantojuvenilPlif Plaf Plof! Que banhono oceano!, <strong>de</strong> Haridasi RitaRaimundo (Chiado Editora), comilustrações <strong>de</strong> João Ramos,sábado, 13, às 16 horas, noauditório da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>Renascer, livro da autoria <strong>de</strong> CarlaPais, será lançado sábado, 13, às 16horas, na Biblioteca Municipal <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>. A apresentação será feitapor Cristina FerreiraSerões literários, sábado, 13, às21:30 horas, na Casa-Museu JoãoSoares, <strong>Leiria</strong>, com entrada livreO Colectivo Gentes, numaprodução <strong>de</strong> Nuno Pino Custódio,Hél<strong>de</strong>r Wasterlain e TEUC,apresenta Um dia <strong>de</strong> raiva(maiores <strong>de</strong> 12 anos), hoje, 11, às 22horas, no TMF, <strong>Leiria</strong>. No âmbitodo XVII Acaso – Festival <strong>de</strong> Teatro.O certame continua amanhã, 12,às 22 horas, no Espaço O Nariz,<strong>Leiria</strong>, com Kabaret Keuner eOutras Histórias <strong>de</strong> Bertolt Brecht(maiores <strong>de</strong> 16 anos) pelo Teatroda Rainha, com encenação <strong>de</strong>Fernando Mora Ramos einterpretação <strong>de</strong> José Carlos Faria(na foto)O Teatro da Rainha continua aapresentar o espectáculo <strong>de</strong>estreia O estranho corpo da obra,Dançado autor inglês Martin Crimp, comencenação <strong>de</strong> Fernando MoraRamos, hoje e sábado, 11 e 13, às21:30 horas, no CCC, Caldas daRainhaNuma produção do TE-ATO,<strong>Leiria</strong>, com texto <strong>de</strong> Sandra José, éapresentado amanhã e sábado, 12e 13, pelas 22 horas, a peçaC10H14N2 – nicotina. Paramaiores <strong>de</strong> 13 anos, a encenação é<strong>de</strong> Ana Rita Santos e ainterpretação <strong>de</strong> João LázaroThe Elements, a nova criação <strong>de</strong>Daniel Cardoso para o QuorumBallet, é apresentado hoje, 11,pelas 21:30 horas, no Teatro JoséLúcio da Silva TJLS. Levar oespectador numa viagem àessência <strong>de</strong> cada um,<strong>de</strong>monstrando que terra, ar, fogoe água são imprescindíveis para aharmonia e equilíbrio do nossoser, é o tema abordado nesteespectáculo com direcção artísticae coreografia <strong>de</strong> Daniel CardosoCom coreografias <strong>de</strong> AnaMargarida Costa e Rui LopesGraça, o grupo GED apresenta-seamanhã, 12, pelas 21:30 horas, noCCC, Caldas da RainhaPUBLICIDADE


42 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012Gente&lustreBeleza Jovem <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> representaPortugalDesporto JoséTuna lança livrona LuzMúsica Paulo Lameirocontinua a projectarconcertosJustiça Rui MouraRamos regressa aCoimbraPermacultura EuniceNeves associa-se aprojecto em Sintra❚ Belisa Ferreira, estudante <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, vai representar Portugal nafinal internacional do Elite ModaLook 2012, que se realizará emDezembro, na China. A jovem <strong>de</strong>18 anos, que está a frequentar o12º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>,conquistou o passaporte para oconcurso internacional ao alcançaro primeiro lugar na edição <strong>de</strong>steano do Elite Mo<strong>de</strong>l Look Portugal,realizada em Setembro.❚ José Manuel Tuna Caranguejeiroapresentou, dia 4, no Estádio daLuz, Lisboa, o livro Chutos na Bolacom Humor à Camisola que narraas suas memórias <strong>de</strong> 50 anos, nãosó como jogador <strong>de</strong> futebol mastambém como treinador ejornalista <strong>de</strong>sportivo. Entre outros,formou jogadores nos clubesIndustrial Desportivo Vieirense,Arcuda, União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> eMarrazes.❚ Actualmente, são realizadosmais Concertos para Bebés fora<strong>de</strong> Portugal do que cá <strong>de</strong>ntro, dizo seu mentor, Paulo Lameiro.Este projecto educativo<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, em Novembro, marcapresença em Espanha emfestivais <strong>de</strong> arte contemporânea:Barcelona e Girona,no Mercat <strong>de</strong> les Flors eTemporada Alta,respectivamente.❚ Ex-presi<strong>de</strong>nte do TribunalConstitucional (agora substituídopelo juiz conselheiro JoaquimSousa Ribeiro), Rui MouraRamos, da Batalha, regressa àdocência da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito<strong>de</strong> Coimbra. A actual composiçãodo TC integra, entre outrosnomes, Catarina TeresaSarmento e Castro, filha do ex<strong>de</strong>putadoda Marinha Gran<strong>de</strong>,Osvaldo Castro.❚ Eunice Neves, <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, associou-seao projecto da Quinta doLuzio, Sintra, ligado à Permaculturae respectivo ensino,começando a leccionar cursos eoficinas no próximo sábado.Licenciada em ArquitecturaPaisagista, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciênciasda Universida<strong>de</strong> do Porto,estagiou em Roterdão, fez voluntariadono Nepal e tirou um curso<strong>de</strong> Permacultura na Tailândia.História<strong>de</strong>Vida Lourença VieiraDo mundo <strong>de</strong> Lacroix para as medicinas alternativasGraça Menitragraca.menitra@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Simples, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser sofisticada e muitoelegante, Lourença Vieira, 47 anos, nasceu em Paris,para on<strong>de</strong> os seus pais, naturais <strong>de</strong> Espite, Ourém,emigraram há várias décadas. Foi na cida<strong>de</strong>-luz queestudou e se formou em estilismo (Ecole Duperré -Paris Institute of Art and Design) e se licenciou emModa e Estilismo (École d'Art Jeoffrin Byrs e École<strong>de</strong>s Arts <strong>de</strong> le Mo<strong>de</strong> et du Stylisme). Também compós-graduação na Chambre Syndicale <strong>de</strong> la HauteCouture, trabalhou na Caroll, no pret-a-porter, eparticipou em colecções <strong>de</strong> casas como Yves SaintLaurent (a primeira on<strong>de</strong> trabalhou), Nina Ricci,Emanuel Ungaro, Kenzo e Christian Lacroix, durantesete anos. Lacroix é mesmo o costureiro com quemdiz mais se i<strong>de</strong>ntificar, pela mistura <strong>de</strong> cores ematérias e por ser tão criativo (para um só fato usava15 matérias diferentes). Recorda <strong>de</strong>sse tempo ogran<strong>de</strong> profissionalismo e competição mas tambémo fascínio pela criativida<strong>de</strong> e perfeição, on<strong>de</strong>apren<strong>de</strong>u a ser cada vez melhor.A alta costura era um sonho que tinha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aadolescência. Ainda pequena já <strong>de</strong>senhava as suasroupas, que a mãe <strong>de</strong>pois costurava, assim como adas irmãs. Lourença reconhece hoje que o mundo damoda também atravessa uma certa crise: antes havia<strong>de</strong>sfiles e colecções para as quatro estações do ano e,neste momento, há duas ou até só uma. Por outrolado, as colecções antes eram <strong>de</strong> quase 200 mo<strong>de</strong>los,sendo nos últimos anos <strong>de</strong> apenas 60. Depois para oscerca <strong>de</strong> 400 clientes <strong>de</strong> alta costura que há nomundo, a concorrência e a competição são cada vezmaiores.A elegância <strong>de</strong> Lourença não passa <strong>de</strong>spercebida etalvez por isso, embora sem o procurar, Lourença foisolicitada a fazer passagens <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, posar para“Passei docultivo daimagem para ocultivo do ser,ou seja doparecer ao ser,o que mefascina”GRAÇA MENITRArevistas e fazer figuração em dois filmes,curiosamente rodados no castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>: Rostos daEuropa e Inês <strong>de</strong> Portugal (transmitido na RTP), on<strong>de</strong>fez o papel <strong>de</strong> aia da actiz Cristina Homem <strong>de</strong> Melo.De repente ou não, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 10 anos no mundoda moda, Lourença <strong>de</strong>dicou-se às medicinasalternativas, embora continue a <strong>de</strong>senhar a suaprópria roupa. Entre outras formações, cursou emLisboa (Medicina Tradicional Chinesa na AssociaçãoPortuguesa <strong>de</strong> Acupunctura e DisciplinasAssociadas, Homeopatia no Instituto <strong>de</strong> FormaçãoSuperior em Bioterapias e curso Sacro-Craniana noUpledger Institute Portugal). Frequentou também aEscola Superior <strong>de</strong> Biologia e Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa e aEscola SHEN Paris, ao abrigo da qual estagiou nohospital <strong>de</strong> Pequim, China. É nas medicinasalternativas que trabalha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há 12 anos, 11 dosquais em diversas clinicas na região e actualmenteem consultório próprio, em <strong>Leiria</strong>.A noção do ser holístico que é a pessoa, essa diztê-la adquirido na infância, por influência da mãeque sempre tratou a família com produtos <strong>de</strong>homeopatia que, em França, se ven<strong>de</strong>m emqualquer farmácia. Neste país, as medicinasalternativas são igualmente reconhecidas ecolaboram, amiú<strong>de</strong>, com a medicina tradicional(mesmo em meio hospitalar) e vice-versa. EmPortugal, lamenta que se confunda ainda muitoesoterismo com medicinas alternativas, talvez por<strong>de</strong>sconhecimento.Porque o organismo humano funciona muitoatravés emoções, Lourença, através da acupunctura,tenta sempre harmonizar a mente, trabalhando omerediano e assim <strong>de</strong>ixar a energia fluir e obtermelhores resultados com os doentes. É procuradasobretudo por pessoas com dor: ciática, herniasdiscais, <strong>de</strong>pressões ou tendinites.“Para mim, mentee físico são um só”, reforça Lourença que gosta <strong>de</strong>orientar os seus doentes para a importância <strong>de</strong> umaboa higiene <strong>de</strong> vida. E para po<strong>de</strong>r ela própria estarenergicamente em forma, faz, entre outrosexercícios, meditação e pratica ioga e chi kung.Apesar <strong>de</strong> fascinada por Paris (on<strong>de</strong> vai comfrequência) e pelo Oriente e até <strong>de</strong> ter tido umconvite para trabalhar num hospital <strong>de</strong> Pequm, aqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e o contacto com a natureza quediz ter em <strong>Leiria</strong> falaram mais alto: o sol, menostrânsito e o estar perto do mar e do pinhal. Adoraabraçar as árvores, pela ligação à terra e àenergia que elas emanam e não <strong>de</strong>scura o seu jardimzen. “Passei do cultivo da imagem para o cultivodo ser, ou seja do parecer ao ser, o queme fascina”, conclui.


<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 11 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2012 43AconteceuPontoFuga Sal NunkachovVida do Rotary Club <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> em livroRotary Club <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> – 50 anos <strong>de</strong> acção é o título dolivro apresentado em <strong>Leiria</strong>, na passada terça-feira,na presença <strong>de</strong> muitos companheiros dainstituição. O evento <strong>de</strong>correu no auditório doTeatro Miguel Franco, espaço on<strong>de</strong> também estápatente a exposição documental O MovimentoRotário. Da autoria <strong>de</strong> Acácio <strong>de</strong> Sousa, a obra foiapresentada por António Gordo, ex-dirigente <strong>de</strong>steclube, que teceu elogios à forma como o livro éelaborado, “através <strong>de</strong> uma estrutura lógica enatural: a cronológica”, com “perspectivas <strong>de</strong>enquadramento” e “não em forma <strong>de</strong> relato frio”. Aobra aborda o movimento rotário mundial, a suahistória em Portugal e, claro, a vida <strong>de</strong>ste clube <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, com referências a diversas personalida<strong>de</strong>sconhecidas e fundadores, <strong>de</strong> que são exemploHorácio Eliseu, Guilherme Correia ou Rui Filinto.BikiniPrimarkVestidoAdidas porStellaMccartneyDRCamisa GsusMaquilhageme cabelos -Rita GuerreiroMarinha comemorou Dia Mundial da MúsicaCantos e recantos artísticos da Marinha Gran<strong>de</strong> foi otema das comemorações do Dia Mundial da Músicanesta cida<strong>de</strong>. Foram muitas as pessoas quepercorreram o seu centro histórco, acompanhando omúsico Carlos Martins, o mestre-<strong>de</strong>-cerimónias dopercurso que visou promover os artistas locais e os seusprojetos, em diversos espaços públicos da cida<strong>de</strong>.DRMo<strong>de</strong>lo -cláudia gomes@ glowmo<strong>de</strong>lsFotografia -SalNunkachovGuarda-roupa- CalvitoTop AdidasVestidoReligionCâmara <strong>de</strong> Ourém recebe comitivas estrangeirasDuas comitivas estrangeiras – uma <strong>de</strong> empresáriose técnicos angolanos e outra <strong>de</strong> alunos turcos,foram recebidas na passada semana, pelopresi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> Ourém, numaestratégia assente na internacionalização. A<strong>de</strong>legação angolana recebeu formação sobresegurança e protecção contra incêndios, nosBombeiros Voluntários e o grupo <strong>de</strong> 20 estudantesturcos está a fazer um intercâmbio com a EscolaProfissional <strong>de</strong> Ourém.


O êxito é fácil <strong>de</strong> obter.O difícil é merecê-lo.Albert CamusJorlis - Edições e Publicações, Lda.Parque Movicortes2404-006 Azoia - <strong>Leiria</strong>Tel. 244 800 400 Fax 244 800 401geral@jornal<strong>de</strong>leiria.ptAlcançou também Medalha <strong>de</strong> Prata pelo re<strong>de</strong>sign gráficoJORNAL DE LEIRIA ganha prémioibérico <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign❚ O júri da edição <strong>de</strong>ste ano do concursoÑH9 Lo Mejor Diseño PeriodísticoEspaña & Portugal, organizadopela secção espanhola da Societyfor News Design, elegeu o JORNALDE LEIRIA, a par dos jornais i (Lisboa)e Ara (Barcelona), como osmeios <strong>de</strong> comunicação impressa,com o Melhor Design do ano na PenínsulaIbérica. O JORNAL DE LEI-RIA alcançou o primeiro lugar entreas publicações com uma tiragematé 15 mil exemplares e aindaa Medalha <strong>de</strong> Prata (não houveOuro) pelo novo <strong>de</strong>sign gráficoadoptado pela publicação <strong>de</strong>s<strong>de</strong>17 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong>ste ano.O semanário regional partilhaainda o título <strong>de</strong> Melhor Design,embora noutras categorias, coma Magazine do jornal El Mundo(Madrid) e as publicações onlineP3, do jornal Público (Lisboa), eo site El País.com, do jornal ElPaís (Madrid).Outro semanário regional <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>, Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, foium dos finalistas da últimafase <strong>de</strong>ste concurso, na categoria<strong>de</strong> tiragens entre os 15 e50 mil exemplares e arrecadouainda três menções honrosas.Reunido entre 3 e 5 <strong>de</strong> Outubro,na Facultad <strong>de</strong> Comunicación<strong>de</strong> Universidad <strong>de</strong> Navarra,o júri analisou um total <strong>de</strong> 2543trabalhos enviados por 60 meios<strong>de</strong> comunicação espanhóis e 17portugueses (54 publicações <strong>de</strong>imprensa escrita e 23 online).Os prémios ÑH foram criadospara impulsionar a qualida<strong>de</strong> dojornalismo gráfico em Espanha ePortugal, através da aposta daaproximação da vertente jornalísticaao <strong>de</strong>sign, fotografia, infografiae ilustração. A entrega dos prémiosserá realizada durante o congressoÑH9, nos dias 22 e 23 <strong>de</strong> Novembro,em Madrid, Espanha.No domingo em <strong>Leiria</strong>Marcelo Rebelo <strong>de</strong> Sousarecorda o Vaticano II❚ O professor Marcelo Rebelo <strong>de</strong>Sousa estará, no domingo, em <strong>Leiria</strong>para falar falar sobre o ConcílioVaticano II, evento que começou fazhoje, 11 <strong>de</strong> Outubro, 50 anos. A intervençãodo comentador aconteceráno âmbito da Assembleia Diocesana,convocada pelo bispo D.António Marto, que marcará o iníciodas activida<strong>de</strong>s pastorais <strong>de</strong> 2012-2013 da Diocese <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Fátima. Oencontro, marcado para as 15 horas,<strong>de</strong>correrá nos claustros da Sé <strong>de</strong><strong>Leiria</strong>. Marcelo Rebelo <strong>de</strong> Sousa foiconvidado para apresentar um testemunhosobre o Vaticano II, um dosmomentos marcantes da Igreja Católicano século XX.Evento na NerleiSecretário <strong>de</strong> Estadofala sobre política energética❚ Artur Trinda<strong>de</strong>, secretário <strong>de</strong> Estadoda Energia, vai estar na próximaterça-feira em <strong>Leiria</strong>, nas instalaçõesda Nerlei, on<strong>de</strong> participará num almoçocom empresários. O objetivo dainiciativa, que conta com uma intervençãodo secretário <strong>de</strong> Estado subordinadaao tema A política energéticacomo factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, éproporcionar um momento <strong>de</strong> partilhaentre os empresários e este governanteque tutela “áreas tão importantespara as empresas no actualcontexto”. “Será a ocasião i<strong>de</strong>al paratransmitir expectativas, anseios econstrangimentos”.Viagens (fora) da minha terraO <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><strong>Leiria</strong> convidaos seusleitores apartilharemi<strong>de</strong>ias para aregiãoobservadasnoutros locaisdo País ou doestrangeiro.Bastaenviaremduas ou trêsfotografias eum texto com1500caracteresparadireccao@jornal<strong>de</strong>leiria.pt❚ Viajar até à Califórnia era um sonho <strong>de</strong> teenager,senão <strong>de</strong> criança, parte que era, da minha históriafamiliar. Naquele canto do mundo esteve o avôpaterno, nos alvores do século XX, e lá vive,actualmente, o bisneto <strong>de</strong>le.Quando ao fim <strong>de</strong> 16 horas <strong>de</strong> voo aterrei em LosAngeles só <strong>de</strong>sejava pôr o sono em dia, mas a diferençahorária impunha sair para jantar. Deparei-me entãocom a maior animação na baixa <strong>de</strong> Los Angeles. Aslojas, as galerias, os cabeleireiros, na segunda quintafeira<strong>de</strong> cada mês, estão abertos até à tar<strong>de</strong>. Amplosespaços <strong>de</strong>volutos são disponibilizados para <strong>de</strong>signers,artesãos e antiquários exporem os seus produtos. Osrestaurantes presenteiam os clientes com música paraalém da simpatia e solicitu<strong>de</strong>. Foi um privilégio aquelejantar, com a melhor companhia, ao som <strong>de</strong> jazzsoberbamente executado por seis músicos.Los Angeles tem o centro histórico <strong>de</strong>vidamenterecuperado. Aqueles prédios, que vemos nos filmes daépoca dourada <strong>de</strong> Hollywood, estão limpos, cuidadosLos Angeles,CalifórniaMaria Diaspor fora. Por <strong>de</strong>ntro são apartamentos, lofts, querespon<strong>de</strong>m às exigências da vida actual. Ali nada foi<strong>de</strong>ixado ao acaso, a estética, a funcionalida<strong>de</strong>, osmateriais, os espaços, bem como mantidos, comovalor essencial, elementos da utilização anterior doedifício. As áreas comuns são amplas, elegantes, umprimor.No centro da cida<strong>de</strong>, o Grand Central Market,construção antiga, continua a oferecer diariamente aopúblico os seus produtos. Carnes, peixes, mariscos,frutas e vegetais estão à venda todo o dia. Há aindapequenas lojas (artesanato, flores, gelados), comidaasiática, mexicana… e massagens orientais. Respira-seuma certa atmosfera exótica, <strong>de</strong> cruzamento <strong>de</strong>culturas.Outro lugar emblemático é Union Station, a estação <strong>de</strong>comboios uma construção iniciada no primeiro quarteldo século passado. Notáveis os interiores em art déco.Por ali passa diariamente uma multidão apressada numclima <strong>de</strong> segurança e civismo. Da Los Angeles <strong>de</strong>famosas praias, caso <strong>de</strong> Malibu, Santa Mónica, <strong>de</strong>stacoVenice que dispõe <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong>sportivos paradiferentes ida<strong>de</strong>s e gostos. Há ainda uma ciclovia emcimento on<strong>de</strong> gente <strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s usufrue,pedalando, <strong>de</strong>sta orla do Pacífico bordada <strong>de</strong> palmeiras.A viagem <strong>de</strong> automóvel <strong>de</strong> Los Angeles para SanFrancisco foi surpreen<strong>de</strong>nte, oito horas que estiveramlonge <strong>de</strong> serem cansativas tal é o <strong>de</strong>slumbramento dapaisagem. De um lado sempre o Pacífico, as praias, dooutro as montanhas, as plantações e as famosas vinhasda Califórnia. Ainda outro privilégio, a contemplação<strong>de</strong> uma enorme colónia <strong>de</strong> leões marinhos quenaquele dia ocupou uma das suas praias – imagenssemelhantes pensava que só nos programas doNational Geographic Channel.Segui para o Nevada e o Arizona mas foi na,multiétnica, cida<strong>de</strong> dos anjos e dos óscares, on<strong>de</strong> o céué o mais azul do planeta, que inevitavelmente melembrei da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> nasceram os meus filhos –<strong>Leiria</strong>.

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