In Focus 3 - Unimar

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12.07.2015 Views

Sandra Maria Luciano Pozzoli et al.ação de soropositividade, conforme o indivíduo envelheça contaminadopelo HIV ou adquira a infecção ou a doença propriamentedita numa fase mais avançada de sua vida. Esse último,quando se depara com esta situação, tem uma tendência natural– dependendo de toda uma complexidade psicológica, familiar esocial – a ter mais medo da morte. Nessa situação, sua adesão aotratamento é melhor, e ele passa a ter mais cuidados com alimentaçãoe exercícios, o que resulta num sucesso terapêutico maior.Os idosos raramente são incluídos em experimentações clínicasde terapia de drogas, e existem poucos dados disponíveispara analisar a eficácia das drogas antirretrovirais nessa população(PEIXOTO, 2008).BRITO (2001) descreve em sua dissertação de mestradoque, em se tratando de mortalidade da AIDS, as pessoas maisvelhas que adquirem a doença têm taxas maiores que as maisjovens, e, assim como elas possuem uma sobrevida menor, têmtambém um período mais curto entre o início da infecção peloHIV e o diagnóstico da AIDS. Vários fatores são determinantespara a maior ou menor progressão da doença, entre os quais, odiagnóstico tardio, a conveniência da terapia antirretroviral, osfatores socioeconômicos, o déficit de função dos órgãos, a funçãoimune, o estado nutricional e o estado mental.A falta de consciência dos profissionais de saúde é uma barreiraà educação dos idosos sobre os riscos do HIV (PRILIP,2004). Para o autor, outra estratégia importante para prevenir oHIV está em aumentar o número de pessoas que realizam o testeanti-HIV, pois é importante ressaltar que mais da metade dasinfecções é transmitida por indivíduos que não sabem que estãoinfectados. Além disso, quando as pessoas se tornam conscientes56 |In Focus 3 - Unimar

Envelhecimento populacional e a epidemiologia da AIDSde sua infecção, normalmente querem tomar medidas para protegeros seus parceiros.Considerações finaisA experiência ao longo desta pesquisa possibilitou compreenderas possíveis causas do aumento da contaminação do vírusHIV na terceira idade, questão que envolve valores morais e culturaisainda muito presente na vida dos brasileiros.Pesquisas revelam que os profissionais não estão bem preparadospara lidar com esta nova situação, devido a esses valoresque os impedem de imaginar que o idoso pode ter relacionamentosexual ativo e ainda com múltiplos parceiros.Encontramos, durante nossa pesquisa, que, em vários artigos,os autores descrevem em suas pesquisas que os médicos e ouenfermeiros (as) tem dificuldade em abordar os pacientes dessafaixa etária quanto aos seus hábitos sexuais, pois os idosos podemsentir-se constrangidos. Nesse aspecto, o idoso é segregado, nãosendo prestado o atendimento correto.O estudo apresenta um novo quadro, que demonstra, emdiversos artigos publicados, que os idosos estão falando maisabertamente sobre sua sexualidade, achando até natural, fatoesse devido ao incentivo na qualidade de vida desse segmento dapopulação. Investimentos em tratamentos hormonais, próteses eoutros medicamentos com a intenção de prolongar a vida sexualcontinuam sendo feitos, mas o uso do preservativo é dispensado,devido à implícita interferência na resposta sexual e a valores culturaise sociais trazidos pelos idosos no decorrer de suas vidas.In Focus 3 - Unimar | 57

Sandra Maria Luciano Pozzoli et al.ação de soropositividade, conforme o indivíduo envelheça contaminadopelo HIV ou adquira a infecção ou a doença propriamentedita numa fase mais avançada de sua vida. Esse último,quando se depara com esta situação, tem uma tendência natural– dependendo de toda uma complexidade psicológica, familiar esocial – a ter mais medo da morte. Nessa situação, sua adesão aotratamento é melhor, e ele passa a ter mais cuidados com alimentaçãoe exercícios, o que resulta num sucesso terapêutico maior.Os idosos raramente são incluídos em experimentações clínicasde terapia de drogas, e existem poucos dados disponíveispara analisar a eficácia das drogas antirretrovirais nessa população(PEIXOTO, 2008).BRITO (2001) descreve em sua dissertação de mestradoque, em se tratando de mortalidade da AIDS, as pessoas maisvelhas que adquirem a doença têm taxas maiores que as maisjovens, e, assim como elas possuem uma sobrevida menor, têmtambém um período mais curto entre o início da infecção peloHIV e o diagnóstico da AIDS. Vários fatores são determinantespara a maior ou menor progressão da doença, entre os quais, odiagnóstico tardio, a conveniência da terapia antirretroviral, osfatores socioeconômicos, o déficit de função dos órgãos, a funçãoimune, o estado nutricional e o estado mental.A falta de consciência dos profissionais de saúde é uma barreiraà educação dos idosos sobre os riscos do HIV (PRILIP,2004). Para o autor, outra estratégia importante para prevenir oHIV está em aumentar o número de pessoas que realizam o testeanti-HIV, pois é importante ressaltar que mais da metade dasinfecções é transmitida por indivíduos que não sabem que estãoinfectados. Além disso, quando as pessoas se tornam conscientes56 |<strong>In</strong> <strong>Focus</strong> 3 - <strong>Unimar</strong>

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