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In Focus 3 - Unimar

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Obesidade: o excesso de peso como sintomarecorre sempre ao ato de comer. O sujeito transforma a comidano objeto que o liberta do sentimento da falta e, consequentemente,da frustração.Conclui-se, então, neste ponto da pesquisa, que o alimentopara o obeso é ligado de tal forma ao objeto de sua satisfaçãoque essa satisfação é sempre parcial. Pois, como ressaltou Seixas(2009), é a ligação a um campo de objetalidade que torna a satisfaçãoparcial, pois, ao mesmo tempo, faz com que algo do objetobuscado se torne, paradoxalmente, um objeto perdido.Simplificando os argumentos da autora, é nessa parcialidadeda satisfação pulsional que o objeto passa a ter consistênciaimaginaria, na qual o sujeito fica fixado. E como na obesidadea demanda do desejo se dá na instauração do objeto perdido, épossível que o obeso encontre um único recurso, que é o de buscarcontinuamente, na sua concretização de objeto, a satisfaçãode que tanto sente falta.O que se pode concluir é que o sujeito permanece como seestivesse amarrado à continua demanda do objeto primordial, esó consegue suportar esses intervalos de vazio que sente, recorrendoao sintoma alimentar, ou seja, à ingestão de alimentos.Necessário também ressaltar a relação entre obesidade e autoestima.De acordo com Berg (2008), o ato de comer pode servisto como uma luta entre o que é socialmente exigido e a buscapor satisfação e preenchimento de vazio. Ao mesmo tempo emque comer evita o sentimento de aniquilação (pois se come parasobreviver), também impede o estabelecimento de limites entreo Eu e o mundo externo.Enfatiza, ainda, a autora que Freud, em sua obra <strong>In</strong>ibições,sintomas e ansiedade, de 1925, defende que a autoestima é rema-<strong>In</strong> <strong>Focus</strong> 3 - <strong>Unimar</strong> | 249

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