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In Focus 3 - Unimar

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Obesidade: o excesso de peso como sintomacom base em estudos de Freud sobre a histeria, uma vez que asideias se tornam patológicas, após persistirem com muito vigoremocional, sendo-lhes negados os processos de desgaste normais.Assim como esclareceu Gondar (2001, p.28), para Freuda compulsão remete diretamente à neurose obsessiva como resultante“[...] de um conflito psíquico e de uma luta subjetivaentre duas injunções opostas, estando o sujeito impossibilitadode escolher qualquer uma delas.”É como se a comida ajudasse a suportar a ansiedade, comerpara não pensar, pois pensar gera ansiedade; quando se estácomendo, se esquece de todo o resto. Para Dowling (1988), oindíduo que sofre com a obsessão alimentar tem consciência deque esse comportamento coloca a sua vida em risco e o impedede alcançar o seu desenvolvimento, e também de equilibrar oseu amor próprio; por isso, encontra-se constantemente tomadopor perturbadoras mudanças de humor. Se a rotina habitual sedesequilibra, o indivíduo sente que perde contato com seus sentimentose essas alterações na sensação de bem-estar se repetemna relação que mantém com o alimento.Pode-se dizer, então, que se concretiza-se, assim, uma lutaentre momentos diferentes da relação com o alimento. Ora oindivíduo se alimenta em um padrão natural de consumo, ouseja, come para sobreviver; ora, estando totalmente controladopelo impulso, sente a violenta necessidade de comer sem sabero porquê ou o que aconteceu nesse momento, como se tal fatofizesse parte dele.Os momentos livres da compulsão alimentar são rígidos,seguem um padrão pré-determinado pelo próprio indivíduo<strong>In</strong> <strong>Focus</strong> 3 - <strong>Unimar</strong> | 237

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