In Focus 3 - Unimar
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Érica Flávia Motta e Patrícia MalheirosSegundo Esteves (2009), indivíduos com excesso de peso,em função de sua conduta impulsiva diante da comida, apresentamdiferentes maneiras de fazer contato com a realidade devidoàs dificuldades de obter insight 5 reais e mecanismos de defesa especiaise, por isso, podem ser incluídos dentro das psicopatias.Para Berg (2008), do ponto de vista psicológico, a obesidadeé uma expressão física de um desajustamento emocional. Pessoasobesas podem utilizar a alimentação compulsiva como meiopara lidar com seus problemas internos. Um perfil psicológicocomum presente em muitos casos de obesidade inclui característicascomo: autoestima baixa, carência afetiva, insegurança, autopiedade,ausência de autocontrole, vergonha, não aceitação doproblema, temor de não ser aceito ou amado, culpa, desamparo,intolerância, passividade e submissão, o que a pessoa pensa sobresi mesma e como internaliza a opinião alheia, dentre outros.Para Dalgalarrondo (2008), o obeso é descrito classicamente,do ponto de vista emocional, como uma pessoa imatura emuito sensível à frustração, ou seja, um indivíduo que recorreà comida como forma de compensação do afeto de que carece eque sente que nunca recebe o afeto da maneira que merece.Outro aspecto que o autor defende é que o obeso é alguémque tem sua sexualidade fortemente reprimida, ou que utilizaobesidade como defesa de seus impulsos sexuais, ou ainda um indivíduoque utiliza a obesidade como defesa contra a frustração5 Para Menninger; Holzman, (1982, p. 149), o insight consiste em não apenas “verque algo na situação analítica é igual a algo na infância”, ou “ver que algo na infânciaestá refletido na situação atual”, ou ainda “ver que algo na situação atual é reflexo dealgo na situação analítica”. Mas é a identificação simultânea do padrão de comportamentocaracterístico nessas situações, somadas à compreensão dos motivos por queforam e são usados do modo que foram e são.226 |In Focus 3 - Unimar
Obesidade: o excesso de peso como sintomae contra a exposição aos relacionamentos sociais. De um modogeral, os obesos têm a auto-estima muito baixa e sentem que asoutras pessoas os desprezam.Um ponto relevante para esta pesquisa é o fato de que osobesos têm dificuldade em gerenciar a fome e a distingui-la desensações desagradáveis como desconforto, ansiedade. De ummodo geral, classifica qualquer mal-estar falsamente como fome,talvez por fazer a ligação da comida com o objeto que nutri e,logo, conforta as sensações desagradáveis, ao mesmo tempo emque remete, inconscientemente, ao amparo materno.Seixas (2009) descreve que a pessoa gorda não é simplesmentealguém que nasceu com apetite enorme e só pensa emcomer. Pensar assim decorre em uma visão superficial dos fatos,que descreve o aparente, mas não descreve o que está implícitonas atitudes das pessoas. É preciso perceber que a obesidadecria uma enorme carga psicológica e que essa carga pode ser omaior efeito adverso da obesidade, visto que a literatura mostraque a obesidade está relacionada a fatores psicológicos como ocontrole, a percepção de si, a ansiedade e o desenvolvimentoemocional.A obesidade deve ser pensada como consequência de severasperturbações no comportamento alimentar e ser caracterizadacomo um transtorno alimentar que constitui uma manifestaçãobiopsicossocial, influenciada por diversos aspectos em que o serhumano é envolvido. Dentre esses aspectos cita: a genética, oestresse, a baixa autoestima, a pressão cultural para uma formacorporal magra, a exposição a comportamentos disfuncionais relativosà alimentação, as dificuldades nas relações interpessoais,e ressalta que esses aspectos conjugados a outros aspectos parti-In Focus 3 - Unimar | 227
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Obesidade: o excesso de peso como sintomae contra a exposição aos relacionamentos sociais. De um modogeral, os obesos têm a auto-estima muito baixa e sentem que asoutras pessoas os desprezam.Um ponto relevante para esta pesquisa é o fato de que osobesos têm dificuldade em gerenciar a fome e a distingui-la desensações desagradáveis como desconforto, ansiedade. De ummodo geral, classifica qualquer mal-estar falsamente como fome,talvez por fazer a ligação da comida com o objeto que nutri e,logo, conforta as sensações desagradáveis, ao mesmo tempo emque remete, inconscientemente, ao amparo materno.Seixas (2009) descreve que a pessoa gorda não é simplesmentealguém que nasceu com apetite enorme e só pensa emcomer. Pensar assim decorre em uma visão superficial dos fatos,que descreve o aparente, mas não descreve o que está implícitonas atitudes das pessoas. É preciso perceber que a obesidadecria uma enorme carga psicológica e que essa carga pode ser omaior efeito adverso da obesidade, visto que a literatura mostraque a obesidade está relacionada a fatores psicológicos como ocontrole, a percepção de si, a ansiedade e o desenvolvimentoemocional.A obesidade deve ser pensada como consequência de severasperturbações no comportamento alimentar e ser caracterizadacomo um transtorno alimentar que constitui uma manifestaçãobiopsicossocial, influenciada por diversos aspectos em que o serhumano é envolvido. Dentre esses aspectos cita: a genética, oestresse, a baixa autoestima, a pressão cultural para uma formacorporal magra, a exposição a comportamentos disfuncionais relativosà alimentação, as dificuldades nas relações interpessoais,e ressalta que esses aspectos conjugados a outros aspectos parti-<strong>In</strong> <strong>Focus</strong> 3 - <strong>Unimar</strong> | 227