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Heron Fernando de Souza Gonzaga et al.Toda vida filosófica, escreveu Cícero, é uma preparaçãopara morte. Vinte séculos depois, Santayana disse que ‘’uma boamaneira de provar o valor de uma filosofia é perguntar o que elapensa a respeito da morte’’. Uma filosofia não se reveste de umatotal seriedade enquanto não se defrontar com a questão da morte;pode-se pensar, inclusive, que, sem a morte, o homem talvezjamais tivesse começado a filosofar. Ela seria o verdadeiro gênioinspirador, o substrato fundante de todo o pensamento filosófico(MARANHÃO, 1985).De acordo com Kardec (1975), os pensadores da humanidadedesenvolveram, ao longo do tempo, três concepções demundo: materialista, idealista e religiosa. De acordo com essasconcepções, construíram as diversas doutrinas. As mais importantesdizem respeito ao Niilismo, ao Panteísmo, ao DogmatismoReligioso e ao Espiritismo.Para o Niilismo, a matéria é a única fonte do ser, e a morteé considerada o fim de tudo. Para o Panteísmo, o Espírito, aoencarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cadaser durante a vida e volta, por efeito da morte, à massa comum.Para o Dogmatismo Religioso, a alma, independente da matéria,é criada por ocasião do nascimento do ser. Sobrevive e conservaa individualidade após a morte. A sua sorte já está determinada:os que morreram em “pecado” irão para o fogo eterno; os justos,para o céu, gozar as delícias do paraíso. Para o Espiritismo, o Espírito,independente da matéria, foi criado simples e ignorante.Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos à lei do progresso.Aqueles que praticam o bem evoluem mais rapidamente e fazemparte da legião dos “anjos”, dos “arcanjos” e dos “querubins”. Os190 |In Focus 3 - Unimar
Reflexões sobre a morte e seus vários significadosque praticam o mal recebem novas oportunidades de melhoria,através das inúmeras encarnações (Kardec, 1975, p. 193 a 200).Por milhares de anos, as pessoas têm buscado o sentido ea verdade de sua própria natureza e do universo. As religiões, quelidam com a totalidade da vida e morte humanas, resultam dessabusca. Mesmo as ciências naturais eram originalmente religiosas;somente nos últimos trezentos anos, religião e ciência se separaramcomo caminhos de conhecimento (MARTINS, 2008).Originalmente, não havia qualquer crença em uma vidasignificativa após a morte. Quando muito, as pessoas acreditavamque uma sombra imprecisa continuaria a existir, mantidaviva na memória de outros e dos descendentes. A crença que haveráalguma espécie de continuidade após a morte foi desenvolvidapor nossos ancestrais através de suas descobertas no longoprocesso da exploração religiosa (MARTINS, 2008).A visão da morte das principais religiões, sumarizada porMartins (2008) é apresentada a seguir:Egípcios - Acreditavam que os faraós eram como reis divinose não poderiam ser destruídos, nem mesmo pela morte. Aasserção de que eram imortais foi reforçada quando os egípciosdescobriram como mumificar corpos mortos. Posteriormente(1567 aC), aqueles que pudessem observar e pagar pelos arranjosfunerários adequados poderiam estar certos da imortalidade.Hinduismo - Os cultos se baseiam na devoção a três divindades:Shiva (destruídor), Vishnu (mantenedor) e Brahma (criador).Buscam o Moksha, ou liberação do ciclo de renascimento(samsara) em mundos inferiores. A oração resume a busca: “Doirreal, leva-me ao real. Da escuridão, leva-me à luz; da morte,leva-me à imortalidade”.In Focus 3 - Unimar | 191
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