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Plano Nacional de Acção para a Inclusão 2006-2008 - Instituto ...

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<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Iassociado à incidência <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> contracção do vírus do HIV/SIDA.Em Portugal, as taxas <strong>de</strong> prevalência do consumo problemático, em2002, variavam entre os 6,1 e os 8,6 consumidores por mil habitantes,o que representa entre 41 720 e 58 980 indivíduos com ida<strong>de</strong>s entreos 15-64 anos 75 . São os indivíduos com ida<strong>de</strong>s inferiores aos 35 anosos principais consumidores 76 . Neste grupo constatam-se as seguintesregularida<strong>de</strong>s conducentes à situação <strong>de</strong> pobreza e exclusão social: baixosníveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego muito elevadas (47,4%)quando com<strong>para</strong>das com a da população em geral (8,2%), precarieda<strong>de</strong>no mercado <strong>de</strong> trabalho e instabilida<strong>de</strong> profissional, rupturas sóciofamiliares,ausência <strong>de</strong> regras e rotinas, auto-marginalização, problemas<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 77 .No sistema prisional português integram-se perfis muito distintos <strong>de</strong>reclusos. A presença expressiva <strong>de</strong> consumidores <strong>de</strong> droga no universoprisional caracteriza-se por serem jovens pouco escolarizados, comempregos <strong>de</strong>squalificados, trajectórias <strong>de</strong> <strong>de</strong>linquência e <strong>de</strong> reincidênciaprisional. A esmagadora maioria dos reclusos cometeram crimes directose indirectamente relacionados com drogas. Muitos dos crimes contrao património (32%) e contra as pessoas (27,1%) 78 têm origem nanecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> meios <strong>para</strong> a aquisição <strong>de</strong> estupefacientes. Em2005, existiam no território nacional 12 889 reclusos, particularmentedo sexo masculino (92,9%), com ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 34 anos 79 , expostos aprocessos <strong>de</strong> exclusão social, <strong>de</strong>signadamente precoce: elevados níveis<strong>de</strong> analfabetismo 80 (10,87%); baixos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, (60,4%não tinham o 2º ciclo do ensino básico 81 ); fraca formação e experiênciaprofissional; marginalização sócio-familiar. Apresentavam tambémvários problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> causados pelo consumo <strong>de</strong> drogas e pelaspatologias a ele associados (doenças infecciosas e mentais). Face a estes75 IDT - Estimativa da prevalência e padrões <strong>de</strong> consumo problemático <strong>de</strong> drogas em Portugal, 2002.76 I<strong>de</strong>m.77 I<strong>de</strong>m.78 DGSP, Estatísticas prisionais da Direcção Geral <strong>de</strong> Serviços e Planeamento, 2005.79 DGSP, Estatística prisionais da Direcção Geral <strong>de</strong> Serviços e Planeamento, 2005.80 Indivíduos sem grau <strong>de</strong> ensino.81 DGSP, Estatísticas prisionais da direcção Geral <strong>de</strong> Serviços e Planeamento, 2005.problemas em meio prisional, o Governo Português, preocupado com suasconsequências, teceu em <strong>2006</strong> um <strong>Plano</strong> 82 <strong>de</strong> actuação, particularmentedireccionado <strong>para</strong> a propagação <strong>de</strong> doenças infecciosas, sustentado emprincípios preventivos e re<strong>para</strong>dores das situações.As pessoas com <strong>de</strong>ficiência, sujeitas a discriminações e preconceitosvários, que as impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ace<strong>de</strong>rem aos direitos, nomeadamente <strong>de</strong>participarem social e profissional, contam-se entre as categorias maisvulneráveis à exclusão social em Portugal.Em 2001, residiam em Portugal 6,14% <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência (636059), particularmente em ida<strong>de</strong>s adultas avançadas 83 , já que parte dasincapacida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ficiências são adquiridas ao longo da vida e os progressosao nível da <strong>de</strong>tecção e intervenção precoce ten<strong>de</strong>m a condicionar adiminuição dos nascimentos <strong>de</strong> crianças com <strong>de</strong>ficiências congénitas. Aincidência da <strong>de</strong>ficiência é superior entre os homens, apesar <strong>de</strong>, a partirdos 65 anos, a maior percentagem incidir no sexo feminino 84 .As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e vulnerabilida<strong>de</strong> vivenciadas pelaspessoas com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias erradas e <strong>de</strong>preconceitos muito negativos relativos às suas capacida<strong>de</strong>s, bem comoda existência <strong>de</strong> barreiras <strong>de</strong> vária or<strong>de</strong>m, condicionantes do percursoeducativo e formativo, do acesso ao mercado <strong>de</strong> trabalho, da mobilida<strong>de</strong>,e da participação na socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e <strong>de</strong> comunicação.À semelhança da generalida<strong>de</strong> da população portuguesa, as pessoascom <strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>s apresentam, em média, baixos níveis<strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. A gran<strong>de</strong> maioria distribui-se pelos níveis 1º ciclo doensino básico, grau <strong>de</strong> ensino completo prevalecente e ‘não sabe ler nemescrever’, categoria na qual se <strong>de</strong>stacam claramente as mulheres. Em2001, a taxa <strong>de</strong> analfabetismo entre a população com <strong>de</strong>ficiência é maisacentuada que no total da população (respectivamente 23% e 8,9%) 85 .82 <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> Combate à Propagação <strong>de</strong> Doenças Infecciosas em Meio Prisional,<strong>2006</strong>.83 INE, Censos.84 CIDM.85 INE, Censos.3637

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