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Plano Nacional de Acção para a Inclusão 2006-2008 - Instituto ...

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<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IA esperança <strong>de</strong> vida (74,2 anos <strong>para</strong> os homens e 80,5 <strong>para</strong> as mulheresem 2003) 62 e a esperança <strong>de</strong> vida saudável (59,8 anos <strong>para</strong> os homens e60,8 <strong>para</strong> as mulheres em 2003) 63 tem apresentado uma evolução muitopositiva, tanto no sexo masculino, como no feminino.Verificou-se também uma evolução favorável em termos do número<strong>de</strong> médicos: em 2003, registou-se cerca <strong>de</strong> 3.1 médicos por cada 1 000habitantes 64 .Em 2003, a <strong>de</strong>spesa com doença/cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> representava 6,5%do PIB 65 .Não obstante a constatação <strong>de</strong>stes progressos qualitativos e quantitativos,que reflectem o esforço que tem vindo a ser realizado no sentido dauniversalização do sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, continuam a subsistiralgumas fragilida<strong>de</strong>s com implicações negativas sobre a população, asquais facilitam o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> exclusão.De facto, persistem carências relevantes quanto à garantia do acesso aoscuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, particularmente por parte dos grupos sociais mais<strong>de</strong>sfavorecidos, que não po<strong>de</strong>ndo recorrer a soluções alternativas, se vêemconfrontados com um sistema <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços com algumasdificulda<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong> acesso e qualida<strong>de</strong>.HabitaçãoPortugal tem assistido nos últimos anos a uma crescente dinâmica <strong>de</strong>expansão do seu parque habitacional, traduzida no aumento do rácio dosalojamentos por habitante e no crescimento das residências secundárias,registando-se também uma consi<strong>de</strong>rável melhoria das condições <strong>de</strong>habitabilida<strong>de</strong>.Tal melhoria das condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se essencialmente auma generalização das infra-estruturas básicas a todas as regiões do Paíse a um aumento da oferta <strong>de</strong> habitação social (71 583 fogos entre 2000e 2002 66 ), esforço assinalável no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>shabitacionais das pessoas e grupos sociais <strong>de</strong>sfavorecidos e <strong>de</strong> mais baixosrendimentos.No entanto, a análise dos dados disponíveis <strong>para</strong> Portugal em com<strong>para</strong>çãocom as médias europeias, permite <strong>de</strong>tectar algumas fragilida<strong>de</strong>squalitativas, quer em termos <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> conforto, quer em termosda expressão da satisfação dos portugueses relativamente à sua casa emcom<strong>para</strong>ção com os seus congéneres europeus 67 .Não obstante o esforço efectuado, mantêm-se indícios <strong>de</strong> exclusãohabitacional por parte <strong>de</strong> alguns grupos sociais mais vulneráveis. Istoé, continuava a persistir um défice qualitativo em termos <strong>de</strong> habitação,visível sobretudo na sobre-ocupação dos fogos (16% dos fogos registavamsobre-ocupação em 2001, uma percentagem que se situava em cerca <strong>de</strong>23% no caso <strong>de</strong> famílias com menores rendimentos) 68 .A sobre-ocupação atingia sobretudo os que <strong>de</strong>tinham menoresrendimentos observando-se que, em 2001, 22,8% dos agregados comum rendimento inferior a 60% do rendimento mediano nacionalestavam nessa situação, uma proporção que diminuiu <strong>para</strong> 8,7% no casodaqueles cujo rendimento superava os 140% do rendimento mediano.Esta discrepância era mais acentuada que a verificada na UE15 (15,7%contra 4,1%, na mesma data) 69 .Relativamente à aquisição <strong>de</strong> habitação, os dados disponíveis indicavamque Portugal era o país da zona euro com maior percentagem <strong>de</strong>endividamento do PIB em matéria <strong>de</strong> habitação (49%, em 2003) 70 . O62 EUROSTAT 2003.63 EUROSTAT 2003.64 OCDE, 2003.65 EUROSTAT, 2003.66 A partir <strong>de</strong> dados fornecidos pelo INH.67 Fundação Europeia <strong>para</strong> a Melhoria das Condições <strong>de</strong> Vida e <strong>de</strong> Trabalho, 2004, Quality of Life inEurope. First European Quality of Life Survey 2003, Luxemburgo.68 INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.69 Eurostat – Datasets.70 Banco <strong>de</strong> Portugal.3233

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