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Plano Nacional de Acção para a Inclusão 2006-2008 - Instituto ...

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<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte I<strong>de</strong> <strong>2006</strong>), a <strong>de</strong>saceleração do crescimento das importações (3,5% emvolume no 1º trimestre e – 0,3% no 2º trimestre) e a sua tradução numelevado contributo da procura externa líquida <strong>para</strong> o crescimento do PIB(2,6 pontos percentuais no 2º trimestre <strong>de</strong> <strong>2006</strong>), são no entanto sinaispositivos da melhoria da competitivida<strong>de</strong> da economia portuguesa nocontexto globalizado.Portugal confronta-se também com um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios ligados àevolução recente do mercado <strong>de</strong> trabalho e da economia portuguesa,associados a aspectos <strong>de</strong> natureza estrutural (estrutura empresariale qualificacional com sérios défices e vulnerabilida<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong>crescimento sustentado, competitivida<strong>de</strong> e emprego), que por seuturno dificultam a superação da situação vivida nos últimos anos. Estecontexto tem sido <strong>de</strong>sfavorável ao mercado <strong>de</strong> emprego, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002tem vindo a registar um comportamento menos positivo, ainda quecom crescimentos contínuos da população activa. Isto é particularmenterelevante se se pensar que a participação no mercado <strong>de</strong> trabalhoconstitui um dos principais mecanismos <strong>de</strong> inclusão social, embora arelação não seja directa entre níveis <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong>semprego, por umlado, e pobreza, por outro.Em termos <strong>de</strong> emprego a situação revela alguma estabilida<strong>de</strong> com astaxas globais <strong>de</strong> emprego acima das metas fixadas <strong>para</strong> a UE, muitoembora se tenha assistido a uma estagnação do emprego e crescimentodo <strong>de</strong>semprego. Em 2005, ainda que a população activa tenha crescido1%, o emprego estacionou (0%) e a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego passou <strong>de</strong> 6,7%em 2004 (5,9% homens; 7,6% mulheres) <strong>para</strong> 7,6% em 2005 (6,7%homens; 8,6% mulheres) e a dos jovens aumentou <strong>de</strong> 15,3% <strong>para</strong> 16,1%,sendo 13,6% <strong>de</strong> rapazes em 2004 e 2005 e 17,7% e 19,1% <strong>de</strong> raparigasem 2004 e 2005, respectivamente. A taxa <strong>de</strong> emprego global (67,5%)assumiu um valor inferior ao do ano <strong>de</strong> 2004 (-0,3 p.p.) 32 , situandose,ainda assim, acima da meta estabelecida pela Cimeira <strong>de</strong> Estocolmo<strong>para</strong> 2005 (67%) e da Europa comunitária (63,8%). De salientar, que ogap existente entre a taxa <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego entre homens emulheres se mantém e, em alguns casos até se agravou.A taxa <strong>de</strong> emprego feminina (61,7%) manteve-se estável relativamenteao ano anterior e a dos trabalhadores dos 55 a 64 anos (50,5%)aumentou ligeiramente face a 2004 (0,2 p.p.), ambas superiores àsmetas estabelecidas <strong>para</strong> 2010, pelas Cimeiras <strong>de</strong> Lisboa e Estocolmo,respectivamente, (60% mulheres; 50% <strong>para</strong> os trabalhadores dos 55 a64 anos). O emprego dos jovens <strong>de</strong> 15 a 24 anos foi o que sofreu maiorredução (-1,0 p.p.) em relação a 2004, contrariamente à taxa registada naUE25 que se manteve estável (36,8%).A dispersão das taxas regionais <strong>de</strong> emprego (15-64 anos), assume valoresbastante mais baixos (3,5 em 2004) relativamente aos da UE25 (12,2),o que significa, à partida, que existe em Portugal uma maior coesãoregional, em termos <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> emprego.A taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duração (DLD) em 2005 (3,7%) registouum valor superior ao <strong>de</strong> 2004 (0,7 p.p.), representando o DLD 48,2% do<strong>de</strong>semprego total (44,3% em 2004) 33 . A taxa feminina (4,2%) aumentou0,8 p.p. relativamente ao ano anterior e o DLD das mulheres representou48,8% do <strong>de</strong>semprego total (44,9% em 2004).De registar, ainda, que em 2005, 4,3% da população portuguesa atéaos 17 anos e 5,5% entre os 18 e os 59 anos faziam parte <strong>de</strong> agregadosfamiliares on<strong>de</strong> um dos seus membros se encontrava <strong>de</strong>sempregado,com um ligeiro aumento no segundo grupo etário (0,2%) face a 2004,mantendo o 1.º grupo o mesmo valor. As estimativas relativas à UE25apontam <strong>para</strong> valores bastante superiores (cerca dos 10%) 34 .Importa também salientar a existência <strong>de</strong> segmentos da população comvulnerabilida<strong>de</strong>s específicas, que em matéria <strong>de</strong> emprego se confrontamcom as maiores dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participação no mercado <strong>de</strong> trabalho.Fazem parte <strong>de</strong>ste grupo: os jovens dos 15 aos 24 anos, cuja taxa <strong>de</strong>32 INE, Inquérito ao Emprego.33 I<strong>de</strong>m.34 LFS, Eurostat.2223

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