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Plano Nacional de Acção para a Inclusão 2006-2008 - Instituto ...

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<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Ficha TécnicaÍndicePublicaçãoMinistério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> SocialComissão <strong>de</strong> AcompanhamentoMinistério da Administração InternaMinistério dos Negócios EstrangeirosMinistério das Finanças e Administração PúblicaMinistério da JustiçaMinistério do Ambiente, do Or<strong>de</strong>namento do Território e do Desenvolvimento RegionalMinistério da Economia e InovaçãoMinistério das Obras Públicas, Transportes e ComunicaçõesMinistério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> SocialMinistério da Saú<strong>de</strong>Ministério da EducaçãoMinistério da Ciência, Tecnologia e Ensino SuperiorMinistério da CulturaPresidência do Conselho <strong>de</strong> MinistrosSecretaria <strong>de</strong> Estado da Presidência do Conselho <strong>de</strong> MinistrosGoverno Regional dos AçoresGoverno Regional da Ma<strong>de</strong>iraFórum Não Governamental <strong>para</strong> a Inclusão Social - ObservadorGrupo <strong>de</strong> Trabalho do Ministério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> SocialMinistério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> SocialGabinete do Secretário <strong>de</strong> Estado da Segurança SocialGabinete do Secretário <strong>de</strong> Estado do Emprego e Formação ProfissionalGabinete da Secretaria <strong>de</strong> Estado Adjunta e da ReabilitaçãoDirecção Geral <strong>de</strong> Estudos, Estatística e Planeamento<strong>Instituto</strong> da Segurança Social, I. P.<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> Informática e Estatística da Segurança Social, I. P.Direcção Geral da Segurança SocialSecretariado <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> a Reabilitação e Inserção <strong>de</strong> Pessoas com DeficiênciaComissão <strong>para</strong> a Igualda<strong>de</strong> no Trabalho e no Emprego<strong>Instituto</strong> do Emprego e Formação Profissional, I. P.Comissão <strong>para</strong> a Igualda<strong>de</strong> e <strong>para</strong> os Direitos das MulheresAlto Comissariado <strong>para</strong> a Imigração e as Minorias ÉtnicasRepresentação <strong>Nacional</strong> do Comité <strong>de</strong> EmpregoRepresentação <strong>Nacional</strong> do Comité <strong>de</strong> Protecção SocialCoor<strong>de</strong>nação <strong>Nacional</strong> do PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Professora Doutora Fernanda RodriguesEquipa TécnicaAlda Gonçalves (<strong>Instituto</strong> da Segurança Social, I.P.)Alexandra Amorim (<strong>Instituto</strong> da Segurança Social, I.P.)Ana Cristina Ferreira (<strong>Instituto</strong> da Segurança Social, I.P.)Florbela Guerra (Direcção Geral <strong>de</strong> Estudos, Estatística e Planeamento)Gisela Matos (<strong>Instituto</strong> da Segurança Social, I.P.)Rita Fernan<strong>de</strong>s (Direcção Geral <strong>de</strong> Estudos, Estatística e Planeamento)Outubro <strong>2006</strong>Enquadramento 5PARTE IPrincipais Tendências e Desafios 13PARTE II 42Estratégia <strong>de</strong> Inclusão Social 43Priorida<strong>de</strong>s Políticas 50Priorida<strong>de</strong> 1Combater a pobreza das crianças e dos idosos, através <strong>de</strong>medidas que assegurem os seus direitos básicos <strong>de</strong> cidadania 50Priorida<strong>de</strong> 2Corrigir as <strong>de</strong>svantagens na educação e formação/qualificação 61Priorida<strong>de</strong> 3Ultrapassar as discriminações, reforçando a integração daspessoas com <strong>de</strong>ficiência e dos imigrantes 67PARTE III 79Boa Governação 81PARTE IV 90Boas Práticas 91Centro <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Apoio ao Imigrante 91Metodologia <strong>de</strong> Atendimento Integrado 94Activar a Participação 97ANEXO I 99Listagem <strong>de</strong> Medidas, Indicadores e Recursos Financeiros 104ANEXO II8Portfolio <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Inclusão Social 139


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>EnquadramentoEnquadramentoDo Processo Europeu ao Processo <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> InclusãoSocial no Quadro do Método Aberto <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>naçãoRacionalizadoAs socieda<strong>de</strong>s actuais encontram-se em constantes mutações, comtraços característicos diversos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as alterações <strong>de</strong>mográficas,familiares, sociais e económicas aos crescentes progressos tecnológicose à intensificação da concorrência internacional. Contudo, nelasse continuam a inscrever problemas estruturais que <strong>de</strong>monstram aimportância <strong>de</strong> reforçar o papel da inclusão social no programa estratégicoda União Europeia e <strong>de</strong> cada um dos respectivos Estados-Membros.A Cimeira <strong>de</strong> Lisboa (Março <strong>de</strong> 2000) constituiu um marco fundamentalno qual os Chefes <strong>de</strong> Estado e <strong>de</strong> Governo dos Estados-Membrosassumiram o objectivo estratégico <strong>de</strong> tornar a Europa comunitária noespaço baseado na economia do conhecimento mais competitiva domundo, promovendo mais e melhores empregos e mais coesão social.Neste contexto, foi assumido o compromisso <strong>de</strong> produzir um impacto<strong>de</strong>cisivo na erradicação da pobreza e da exclusão social.O principal vector político <strong>de</strong>ste objectivo estratégico e <strong>de</strong>sta estratégia <strong>de</strong>cooperação na promoção <strong>de</strong> políticas inclusivas e <strong>de</strong> combate à pobreza eà exclusão social assentou no Método Aberto <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação (MAC) no domínio da protecção e inclusão social.No início <strong>de</strong> 2005, as dificulda<strong>de</strong>s reveladas pela conjuntura económicainternacional e comunitária, levaram à revisão das metas fixadas no O MAC assenta em: objectivos comuns e metas; pre<strong>para</strong>ção do PNAI, nos quais os Estados-Membrosapresentam as políticas que se propõem implementar; Indicadores comuns; Relatórios Conjuntos <strong>de</strong>avaliação dos <strong>Plano</strong>s, elaborados pela Comissão Europeia.


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Enquadramentoâmbito da Estratégia <strong>de</strong> Lisboa, recentrando-a na importância docrescimento económico e no emprego, reforçando algumas dimensõesda sua governação e propondo maior simplificação e transparência <strong>de</strong>procedimentos. Neste contexto foram também revistos a Agenda SocialEuropeia e o MAC.A Agenda Social Europeia revista reforça a importância da confiançados cidadãos <strong>para</strong>, <strong>de</strong> forma mais eficaz, enfrentar os gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safiosque se colocam ao nível do <strong>de</strong>semprego, da persistência da pobreza e das<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, através da mo<strong>de</strong>rnização das políticas sociais.Por seu lado a revisão do Método Aberto <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação conduziuà sua racionalização e surgiu em resposta aos sucessivos apelos doConselho Europeu no sentido <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>r uma maior simplificação,integração e coerência dos processos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação existentes – inclusãosocial, pensões, cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e cuidados <strong>de</strong> longa duração oucontinuados.A sua revisão baseou-se na constatação da existência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sfasamentoentre os objectivos comuns europeus e a concretização das políticas,o que significa que o reforço do processo <strong>de</strong>ve avançar <strong>para</strong> além dai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s princípios e objectivos e concentrar-se na eficáciadas políticas. Por outro lado, veio reclamar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprofundara dimensão social na Estratégia <strong>de</strong> Lisboa revista, garantindo a coerênciae o reforço mútuo entre os objectivos <strong>de</strong> crescimento e emprego e os dacoesão social.Este processo <strong>de</strong> racionalização propôs um conjunto <strong>de</strong> novos ObjectivosComuns, adoptados no Concelho Europeu da Primavera <strong>de</strong> <strong>2006</strong>, emmatéria <strong>de</strong> protecção social e inclusão social:In L’Agenda Sociale 2005-2010 – Une Europe Sociale dans l’économie mondiale; Des emplois et <strong>de</strong>nouvelles chances pour tous, Emploi & Affaires Sociales, Commission Européenne. Apresentado na Comunicação da Comissão “Trabalhar em conjunto, trabalhar melhor: Um novo enquadramento<strong>para</strong> o método aberto <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação aplicado às políticas <strong>de</strong> protecção social e inclusãosocial na União Europeia, Bruxelas, COM (2005) 706 final <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2005(a) Promover a coesão social e a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> todos,através <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> inclusão social e sistemas <strong>de</strong> protecção sociala<strong>de</strong>quados, acessíveis, financeiramente viáveis, adaptáveis e eficientes.(b) Interagir <strong>de</strong> perto com os objectivos <strong>de</strong> maior crescimento económicoe mais e melhores empregos fixados em Lisboa e com a estratégia <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável da UE.(c) Reforçar a governação, a transparência e a participação dos agentesrelevantes na concepção, aplicação e acompanhamento das políticas.Além dos três objectivos abrangentes referidos que enquadramglobalmente as três vertentes do MAC - inclusão social, pensões,cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e cuidados <strong>de</strong> longa duração ou continuados - foramainda <strong>de</strong>finidos três objectivos específicos <strong>para</strong> cada uma <strong>de</strong>stas vertentese que constituem a base dos Relatórios Nacionais <strong>de</strong> Estratégia <strong>para</strong> aProtecção Social e a Inclusão Social (<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>).Explicitam-se, em seguida, os objectivos comuns <strong>de</strong> inclusão social, aosquais os PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> <strong>de</strong>vem respon<strong>de</strong>r:(d) Garantir o acesso <strong>de</strong> todos aos recursos, direitos e serviços sociaisbásicos, necessários à participação na socieda<strong>de</strong>, ao mesmo tempo quese encontram respostas <strong>para</strong> formas extremas <strong>de</strong> exclusão e se combatemtodas as discriminações conducentes à exclusão.(e) Garantir a inclusão social activa <strong>de</strong> todos, através da promoção daparticipação no mercado <strong>de</strong> trabalho e do combate à pobreza e à exclusãodas pessoas e dos grupos mais marginalizados.(f) Garantir que as políticas <strong>de</strong> inclusão social são bem coor<strong>de</strong>nadase contam com o envolvimento <strong>de</strong> todos os níveis do governo e agentespertinentes (incluindo as pessoas que vivem na pobreza), que são eficientese integradas em todas as políticas públicas relevantes, <strong>de</strong>signadamenteas políticas económicas e orçamentais, <strong>de</strong> educação e formação e osprogramas dos fundos estruturais (nomeadamente o FSE), e que têm emconta a perspectiva da igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres.


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>EnquadramentoA concepção e elaboração do PNAI português teve em consi<strong>de</strong>raçãoquer este novo enquadramento global, quer as recomendações efectuadaspela Comissão Europeia na sequência da avaliação dos anteriores <strong>Plano</strong>sno sentido <strong>de</strong> promover uma maior focalização estratégica e coerência;<strong>de</strong> reforçar o sistema <strong>de</strong> informação, monitorização e avaliação daspolíticas e medidas; <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar compromisso político ao nível domainstreaming da inclusão social em todas as políticas relevantes eassegurar e reforçar a continuida<strong>de</strong> do trabalho em parceria, com clara<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s, em todas as fases do processo (concepção,implementação, monitorização e avaliação). Foi ainda salientada anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reforçar o programa Re<strong>de</strong> Social, investindo nas suaspotencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação concertada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> política aonível local e <strong>de</strong> articulação entre os níveis nacional e local .O <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>, apresenta umaestratégia nacional <strong>de</strong> inclusão social, assente numa análise do contextosócio-económico e os seus reflexos sobre a pobreza e a exclusão social,o que conduziu à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> um conjunto restrito <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>spolíticas <strong>de</strong> intervenção com vista à concretização dos objectivos comunseuropeus através <strong>de</strong> uma intervenção <strong>de</strong> base local, nomeadamente:• O diagnóstico da situação portuguesa aponta <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>investimento em medidas que permitam combater o défice históricono domínio da pobreza persistente, cuja dimensão é particularmenteevi<strong>de</strong>nte entre as crianças e as pessoas idosas;• No combate à persistência da pobreza (ruptura dos ciclos <strong>de</strong> pobreza), aelevação dos níveis <strong>de</strong> qualificação constitui um factor <strong>de</strong>terminante,embora não exclusivo, uma vez que potenciam a limitação <strong>de</strong> processos<strong>de</strong> exclusão, <strong>de</strong>signadamente os que se associam à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>entrar e permanecer no mercado <strong>de</strong> trabalho;• Entre os grupos vulneráveis a fenómenos <strong>de</strong> pobreza e exclusão, apopulação com <strong>de</strong>ficiência constitui o grupo cuja multiplicida<strong>de</strong><strong>de</strong> problemas e défice histórico <strong>de</strong> respostas, torna necessário umaaposta premente e reforçada;• A dimensão dos fluxos migratórios associada a difíceis condições<strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> parte significativa dos imigrantes, coloca este grupocomo um dos que necessita <strong>de</strong> uma forte intervenção no combateà pobreza e exclusão, constituindo-se também como uma medidapreventiva do crescimento <strong>de</strong> fenómenos discriminatórios.Deste modo, o Governo Português assume as seguintes priorida<strong>de</strong>spolíticas :i) Combater a pobreza das crianças e dos idosos, através <strong>de</strong> medidasque assegurem os seus direitos básicos <strong>de</strong> cidadania;ii) Corrigir as <strong>de</strong>svantagens na educação e formação/qualificação;iii) Ultrapassar as discriminações, reforçando a integração daspessoas com <strong>de</strong>ficiência e dos imigrantes.Em torno <strong>de</strong>stas priorida<strong>de</strong>s e em resposta ao conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>safiosi<strong>de</strong>ntificados no âmbito da estratégia <strong>de</strong> inclusão, organizaram-se asmedidas <strong>de</strong> política mais relevantes, tendo em atenção quer as questõesrelativas à igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, à conciliação entre a vida familiare a vida profissional, quer a dimensão da territorialização.Por fim, são <strong>de</strong> referir as principais dimensões a ter em consi<strong>de</strong>ração noâmbito <strong>de</strong> uma Boa Governação <strong>para</strong> uma implementação coor<strong>de</strong>nadae eficaz da estratégia <strong>de</strong> inclusão social, nomeadamente prosseguindo osesforços <strong>de</strong> mobilização e participação <strong>de</strong> todos os actores, incluindo as Cf. Implementation and Update Reports on 2003-2005 NAPS/Inclusion and Update Reports on2004-<strong>2006</strong> NAPS/Inclusion, COM (<strong>2006</strong>) 62 final, Bruxelas, 23.3.<strong>2006</strong>. O primeiro passo no sentido <strong>de</strong>ste reforço surgiu com a publicação do D-L nº15/<strong>2006</strong>. Estas priorida<strong>de</strong>s encontram-se também em consonância com as consi<strong>de</strong>radas como mais relevantes aonível da União Europeia, que são as seguintes: 1. Aumentar a participação no mercado <strong>de</strong> trabalho; 2.Mo<strong>de</strong>rnizar os sistemas <strong>de</strong> protecção social; 3. Corrigir as <strong>de</strong>svantagens na educação e na formação; 4.Reforçar e <strong>de</strong>senvolver instrumentos específicos <strong>de</strong> combate à pobreza e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> na distribuiçãodos rendimentos; 5. Garantir condições <strong>de</strong> habitação dignas; 6. Melhorar o acesso a serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>;7. Ultrapassar as discriminações e reforçar a integração das pessoas com <strong>de</strong>ficiência, das minoriasétnicas e dos imigrantes.


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Ipessoas e grupos sociais mais vulneráveis à pobreza e à exclusão, assimcomo garantindo a continuida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> acompanhamento,monitorização e avaliação das medidas inscritas neste <strong>Plano</strong>.Parte IAssim, o PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> constitui um documento <strong>de</strong> referênciaorientador da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenções requeridas no processonacional <strong>de</strong> inclusão social <strong>para</strong> políticos, técnicos e cidadãos em geral.Preten<strong>de</strong>-se que constitua um instrumento capaz <strong>de</strong> contribuir <strong>para</strong> quea pobreza e a exclusão social, fenómenos do passado e ainda do presentepossam, com maior eficácia, reverter-se no futuro, a caminho <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong> portuguesa mais justa, socialmente mais coesa e com maior<strong>de</strong>senvolvimento sustentável.1011


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IPrincipais Tendências e DesafiosPobreza e Protecção SocialA pobreza, entendida como um fenómeno resultante da escassez <strong>de</strong>recursos <strong>para</strong> fazer face às necessida<strong>de</strong>s básicas e padrão <strong>de</strong> vida dasocieda<strong>de</strong> actual, manifesta-se em Portugal como um fenómeno que temorigens no <strong>de</strong>senvolvimento do País e na adaptação ao rápido processo<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização registado nas últimas décadas.Em 2004, cerca <strong>de</strong> 21% da população portuguesa vivia abaixo do limiar<strong>de</strong> pobreza (face a 16% na UE25) . Foi visível uma ligeira melhoria aolongo do período 1995-2001, à qual não é alheia a introdução <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> novas medidas e metodologias <strong>de</strong> intervenção com um papelsignificativo na articulação e no reforço das dinâmicas <strong>de</strong> inclusão.O risco <strong>de</strong> pobreza varia entre sexos. A maior incidência <strong>de</strong> baixosrendimentos nas mulheres conduz, em Portugal, à semelhança dageneralida<strong>de</strong> dos países, ao fenómeno <strong>de</strong> feminização da pobreza. Em2004, 22% das mulheres estavam em situação <strong>de</strong> pobreza, contra 20%dos homens, sendo as mulheres a apresentar sistematicamente um risco<strong>de</strong> pobreza mais elevado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995 .O carácter persistente das situações <strong>de</strong> pobreza é igualmente evi<strong>de</strong>nte.Cerca <strong>de</strong> 15% da população vivia abaixo do limiar <strong>de</strong> pobreza em 2001 eem pelo menos dois dos três anos prece<strong>de</strong>ntes . Este valor diminuiu cerca<strong>de</strong> 4 p.p. <strong>para</strong> os indivíduos em ida<strong>de</strong> activa. Eurostat, SILC. Eurostat, SILC. Eurostat, ECHP.1213


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IO carácter persistente da situação <strong>de</strong> pobreza que o País apresenta parecenão resultar <strong>de</strong> condicionalismos conjunturais, mas sim da existência<strong>de</strong> uma correlação significativa entre o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ea <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>. De facto, o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> na distribuição dosrendimentos continua a apresentar-se como o mais elevado da UE.Em 2004, a proporção do rendimento recebida pelos 20% <strong>de</strong> maioresrendimentos da população era 7.2 vezes superior à recebida pelos 20%<strong>de</strong> menores rendimentos (face a 4.8 na UE) 10 . Existiam em 2003 cerca<strong>de</strong> 11.4% trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem que estavam abaixo dalinha <strong>de</strong> baixo salário, ou seja, 2/3 do ganho ilíquido mensal mediano.Cerca <strong>de</strong> 16% eram mulheres e apenas 7.5% <strong>de</strong> homens estavam nessasituação 11 .No entanto, é <strong>de</strong> salientar que os rendimentos das famílias portuguesastêm vindo a registar uma evolução positiva, sobretudo ao longo dasegunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 90. Esta melhoria é particularmentevisível ao nível da componente monetária das condições <strong>de</strong> vida dapopulação, contribuindo <strong>de</strong> forma relevante <strong>para</strong> um <strong>de</strong>sagravamentoda <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>. O índice <strong>de</strong> Gini traduz essa melhoria, emboracom oscilações no período em análise. Importa salientar ainda, que adistribuição do rendimento continua a apresentar níveis muito dísparesentre indivíduos.Para avaliar as condições <strong>de</strong> vida da sua população, Portugal, ao contrário<strong>de</strong> outros países da Europa, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> também da componente nãomonetária do rendimento. Em 2000, 13.5% do rendimento total dasfamílias era proveniente <strong>de</strong> rendimentos não monetários. Tal repercuteseno risco <strong>de</strong> pobreza, ou seja, 17.9% viviam em situação <strong>de</strong> pobreza em2000 face a 19.2% caso se consi<strong>de</strong>re apenas o rendimento monetário 12 .A pobreza, enquanto fenómeno <strong>de</strong> natureza multidimensional, requeruma observação além do rendimento das famílias. Para esse efeito,uma abordagem multidimensional da pobreza (privação) é crucial10 Eurostat, SILC.11 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base nos Quadros <strong>de</strong> Pessoal do MTSS.12 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base no IOF do INE.<strong>para</strong> conhecer os múltiplos aspectos do bem-estar dos indivíduos e dasfamílias. Enten<strong>de</strong>ndo a privação como a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a um nívelmínimo <strong>de</strong> bem-estar 13 , cerca <strong>de</strong> 18.7% das famílias portuguesas estavaem situação <strong>de</strong> privação em 2001. As condições internas do alojamento,a posse <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> conforto, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> satisfação das necessida<strong>de</strong>sbásicas e as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> são os aspectos que maior peso têmna explicação do grau <strong>de</strong> privação <strong>para</strong> as famílias em risco <strong>de</strong> privação.São as famílias com crianças, as famílias numerosas e as famílias <strong>de</strong> umaúnica pessoa idosa, que revelam o maior risco <strong>de</strong> privação. 14Numa perspectiva complementar, é possível observar a situação emque se verifica simultaneamente pobreza monetária e privação (pobrezaconsistente). Com efeito, existiam 9% <strong>de</strong> agregados em risco <strong>de</strong> pobrezaconsistente (cerca <strong>de</strong> 305 mil agregados) em 2001, verificando-se umaredução <strong>de</strong> 1.1 p.p. face a 1995 15 .A incidência da pobreza monetária revela que as crianças e as pessoasidosas são dois dos grupos mais vulneráveis a situações <strong>de</strong> pobreza,respectivamente 23% e 29% eram pobres, em 2004 16 . A incidência dapobreza nas crianças conheceu um ligeiro agravamento ao longo doperíodo 1995-2001 17 , enquanto as pessoas idosas viram a sua situaçãomelhorar significativamente. Também a persistência das situações <strong>de</strong>pobreza afecta sobretudo as extremida<strong>de</strong>s do ciclo <strong>de</strong> vida, isto é, ascrianças (22%) e as pessoas idosas (24%).Noutra perspectiva, a incidência por tipologia familiar revelava a situação<strong>de</strong> maior vulnerabilida<strong>de</strong> das crianças: 25% das famílias constituídaspor dois adultos e duas crianças, 30% das famílias monoparentais com13 Esse nível mínimo <strong>de</strong> bem-estar diz respeito a um conjunto <strong>de</strong> aspectos que se relacionam com ascondições <strong>de</strong> alojamento, bens <strong>de</strong> conforto, necessida<strong>de</strong>s básicas, capacida<strong>de</strong> financeira, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong>,mercado <strong>de</strong> trabalho, educação e formação.14 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base no PEADP do INE.15 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base no PEADP do INE.16 Eurostat, SILC.17 Apesar dos novos dados disponibilizados pelo SILC evi<strong>de</strong>nciarem em 2004 um valor <strong>de</strong> 5 p.p. abaixodo observado em 2001, isto po<strong>de</strong> não reflectir uma diminuição nos valores reais da pobreza infantil, namedida em que houve uma quebra <strong>de</strong> série.1415


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Ipelo menos uma criança e 34% das famílias com dois adultos e três oumais crianças estavam em situação <strong>de</strong> pobreza monetária em 2004 18 .Numa análise multidimensional da pobreza, é possível reforçar a i<strong>de</strong>ia<strong>de</strong> que são as famílias com crianças, em particular as mais numerosas,que têm uma maior incidência <strong>de</strong> privação (em 2001, cerca <strong>de</strong> 16%das famílias com um ou dois adultos com crianças estão em risco <strong>de</strong>privação face a 19% das famílias em geral) 19 , sendo precisamente estasas que constituem os principais beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong>Inserção.Prevalecem ainda outros riscos que colocam em causa o pleno<strong>de</strong>senvolvimento das crianças e a sua própria segurança. Por exemplo,situações <strong>de</strong> abandono e <strong>de</strong> negligência, maus-tratos, exposição a mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>sviante, trabalho infantil, bem como outro tipo <strong>de</strong>situações ou activida<strong>de</strong>s que sujeitam as crianças a comportamentos queafectam a sua segurança, saú<strong>de</strong>, educação e formação.A protecção social às famílias tem assumido um papel essencial namelhoria do bem-estar das crianças. Contudo, as famílias, nomeadamenteas mais jovens, enfrentam actualmente novos <strong>de</strong>safios resultantes,sobretudo, da dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliar a activida<strong>de</strong> profissional dos paiscom o cuidados dos filhos, da multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> vida familiarexistentes e das novas exigências do novo estatuto da criança, pelo quese torna fundamental dinamizar serviços e respostas sociais que lhesassegurem o bem-estar.A população idosa é o grupo populacional que vive em maior risco <strong>de</strong>pobreza. Em 2004, 29% viviam em risco <strong>de</strong> pobreza (30% <strong>de</strong> mulheres,29% <strong>de</strong> homens) face a 21% da população total 20 . A composição doagregado familiar permite verificar que as famílias com idosos constituemas situações mais vulneráveis: em 2004, as famílias constituídas porum idoso isolado (41%) e as famílias com dois adultos em que pelomenos um tem 65 ou mais anos (31%) constituíam as situações maispreocupantes 21 .A condição <strong>de</strong> reformado revela um risco <strong>de</strong> pobreza bastante maiselevado por relação aos indivíduos que estão a trabalhar, respectivamente26% contra 13%, em 2004. Em 2001, a distribuição do rendimentomonetário equivalente médio dos mesmos apresentava níveis inferioresaos da população portuguesa, ainda que se tenha sentido, entre 1995 e2001, uma melhoria da situação monetária das pessoas idosas <strong>de</strong> maisbaixos rendimentos e dos <strong>de</strong> classe média <strong>de</strong> rendimentos. Cerca <strong>de</strong> 66%tinham rendimentos mensais inferiores à média nacional 22 . Apesar damelhoria sustentada assegurada pelo sistema <strong>de</strong> segurança social, emparticular, do sistema <strong>de</strong> pensões, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong>90, prevalecem situações extremamente vulneráveis <strong>de</strong> idosos que vivem<strong>de</strong> pensões com valores muito baixos.A perda <strong>de</strong> autonomia, o isolamento social, as más condições habitacionaise o difícil acesso a serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e/ou <strong>de</strong> apoio social, reforça asvulnerabilida<strong>de</strong>s dos mais velhos.A pobreza e a exclusão social não se distribuem uniformementepelo território nacional. Em 2000, eram as regiões autónomas queevi<strong>de</strong>nciavam uma maior incidência <strong>de</strong> pobreza monetária (cerca <strong>de</strong> 33%)enquanto no continente, a incidência era mais elevada <strong>de</strong>signadamenteno Algarve (25%) e no Alentejo (22%). Por outro lado, eram as zonasmais rurais que estavam sujeitas a um maior risco <strong>de</strong> pobreza, 33% facea 16% no meio urbano em 2000 23 .A dimensão espacial revela-se, pois, fundamental na abordagem dosfenómenos <strong>de</strong> exclusão social, no sentido <strong>de</strong> percepcionar o efeito dasconfigurações dos territórios na ocultação, produção e reprodução <strong>de</strong>situações <strong>de</strong> pobreza. A distribuição dos factores <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> noespaço ocupado pelos diferentes grupos sociais, associa-se a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s18 Eurostat, SILC.19 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base no PEADP do INE.20 Eurostat, SILC.21 Eurostat, SILC.22 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base no PEADP do INE.23 Cálculos efectuados pela DGEEP/MTSS com base no Inquérito aos Orçamentos Familiares do <strong>Instituto</strong><strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Estatística no âmbito do projecto ‘Medidas <strong>de</strong> Pobreza e Exclusão Social’.1617


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte I<strong>de</strong> acesso às esferas em que se geram e distribuem as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>participação social, cultural, política e económica, <strong>de</strong>signadamenteaos mercados <strong>de</strong> trabalho, educação, formação, níveis <strong>de</strong> rendimento erecursos disponíveis. Enquanto palco <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> exclusão social, aunida<strong>de</strong> territorial é simultaneamente, pelo seu carácter dinâmico, espaço<strong>de</strong> referência <strong>para</strong> introdução <strong>de</strong> recursos e potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inversão<strong>de</strong> processos geradores <strong>de</strong> pobreza. Nesta lógica, importa contrariarmodalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> respostas que estando inscritas territorialmente, nãotêm sido orientadas por abordagens e práticas integradas, <strong>de</strong> esforçoconcentrado quer nos objectivos quer nos meios e que não têm acauteladoa sustentabilida<strong>de</strong> das suas iniciativas e públicos.Em Portugal, as iniciativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento ten<strong>de</strong>ram a acentuarclivagens entre as regiões rurais periféricas e o litoral, com reflexosnuma gran<strong>de</strong> concentração populacional no litoral, com especialenfoque nas Áreas Metropolitanas e uma consequente <strong>de</strong>sertificação<strong>de</strong>mográfica no interior rural. As iniciativas <strong>de</strong> inovação e mo<strong>de</strong>rnizaçãodos diversos sectores concentraram-se sobretudo nas cida<strong>de</strong>s e vilas<strong>de</strong> média dimensão, fragilizando os territórios marcadamente ruraisvotados a um maior isolamento, rarefacção <strong>de</strong> investimentos produtivos,envelhecimento populacional e condições <strong>de</strong> precarieda<strong>de</strong>.Os meios rurais mais pobres congregam uma população mais idosa,composta por camponeses e antigos assalariados rurais com pensõesreduzidas, mantendo uma linha <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> entre a pobreza e aenvolvente sub<strong>de</strong>senvolvida. Em contrapartida, a visibilida<strong>de</strong> da pobrezanas áreas urbanas e periurbanas contrasta fortemente com o meio, pelaconcentração <strong>de</strong> territórios <strong>de</strong> exclusão estigmatizados e reprodutores<strong>de</strong> situações <strong>de</strong> pobreza persistente. Tratam-se geralmente <strong>de</strong> bairrosclan<strong>de</strong>stinos e <strong>de</strong> casas abarracadas, <strong>de</strong> bairros <strong>de</strong> habitação social oubairros antigos e <strong>de</strong>gradados das cida<strong>de</strong>s que incluem uma gran<strong>de</strong>multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> situações e <strong>de</strong> problemáticas – limitações <strong>de</strong> recursoseconómicos, baixas qualificações escolares e profissionais, precarieda<strong>de</strong><strong>de</strong> emprego, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> marginalida<strong>de</strong>, mercados <strong>para</strong>lelos, <strong>de</strong>pendênciasaditivas, entre outros – conducentes a diversos mecanismos <strong>de</strong> reprodução<strong>de</strong> condições <strong>de</strong> pobreza persistente pela dificulda<strong>de</strong> em romper com asteias da exclusão.O esforço realizado no sentido <strong>de</strong> reforço do sistema <strong>de</strong> protecção socialnacional e uma maior aproximação aos níveis dos restantes membrosda União Europeia (UE) reflectem uma melhoria a vários níveis. A pardo crescimento gradual das <strong>de</strong>spesas com a protecção social regista-seum aumento das situações e riscos cobertos, dos níveis <strong>de</strong> protecçãoconferidos e alterações nos critérios <strong>de</strong> elegibilida<strong>de</strong>, permitindo queum maior número <strong>de</strong> pessoas aceda às prestações, aos serviços e aosequipamentos sociais. A <strong>de</strong>spesa total em protecção social traduz esseesforço <strong>de</strong> convergência <strong>para</strong> a média da UE. Portugal <strong>de</strong>spendia emprotecção social 22.6% em 2003 (face a 19.3% em 1995).Existem, no entanto alguns factores, como é o caso da estrutura<strong>de</strong>mográfica da população (por via da ida<strong>de</strong>) e do nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego,que influenciam essa <strong>de</strong>spesa. A <strong>de</strong>spesa com velhice é a que representaa maior fatia no conjunto das <strong>de</strong>spesas em protecção social, seguindo-sea <strong>de</strong>spesa com a doença e cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (respectivamente 8.9% e6.5% do PIB em 2003) 24 .Este esforço tem, inevitavelmente, efeitos positivos nas taxas <strong>de</strong> pobreza.Sem o efeito das transferências sociais (excluindo também as pensões), apercentagem da população em risco <strong>de</strong> pobreza monetária teria sido <strong>de</strong>27% em 2004 (face a 26% na UE25). Particularizando, o risco <strong>de</strong> pobrezadas crianças e dos idosos será <strong>de</strong>, respectivamente, 32% e 34% 25 .Para que sejam eficazes no combate à pobreza, as transferências sociaismonetárias <strong>de</strong>vem ser acompanhadas <strong>de</strong> serviços e equipamentos queconsigam dar resposta às necessida<strong>de</strong>s dos indivíduos e famílias. Apesardos esforços que se têm vindo a realizar, as respostas existentes aindanão são satisfatórias, constituindo uma das maiores fragilida<strong>de</strong>s dosistema <strong>de</strong> protecção social e, simultaneamente, uma das áreas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e crescimento com impactes múltiplos24 SESPROS, Eurostat.25 Eurostat, SILC.1819


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Ina qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos cidadãos e na conciliação do trabalho com avida familiar.O reforço das respostas sociais traduz-se no aumento <strong>de</strong> equipamentose serviços e da capacida<strong>de</strong> instalada do número <strong>de</strong> beneficiários 26 . Oinvestimento total realizado neste domínio, entre 1998-2004, foino valor <strong>de</strong> 295 milhões <strong>de</strong> euros, período no qual se observam asseguintes flutuações: até 2001, registou-se um crescimento significativoda componente financeira nacional, com ligeira inflexão em 2000 e apartir <strong>de</strong> 2002, constata-se um <strong>de</strong>créscimo significativo – 61,2 milhões<strong>de</strong> euros (2001) <strong>para</strong> os 25,7 milhões <strong>de</strong> euros (2003) 27 .Entre 1998-2004, o número <strong>de</strong> equipamentos sociais em funcionamentoaumentou 31,1%, correspon<strong>de</strong>ndo a cerca <strong>de</strong> 300 equipamentos/ano 28 .A área <strong>de</strong> intervenção com maior crescimento foi a da população idosa(41%), seguindo-se a da reabilitação e integração das pessoas com<strong>de</strong>ficiência (29,4%), família e comunida<strong>de</strong> (28,8%) e infância e juventu<strong>de</strong>(26,5%) 29 . Deste modo, existiam, em 2004, 4 245 equipamentos comcapacida<strong>de</strong> <strong>para</strong> 196 266 crianças e jovens, 474 equipamentos com oferta<strong>de</strong> lugares <strong>para</strong> 14 634 pessoas com <strong>de</strong>ficiência e 5 420 com vagas <strong>para</strong>187 856 pessoas idosas 30 .Quanto às taxas <strong>de</strong> utilização dos serviços e equipamento sociais,verificava-se que nas áreas: infância e juventu<strong>de</strong>, entre 1998-2004,têm rondado os 100%, apontando <strong>para</strong> uma persistente ocupação,particularmente nas Creches; reabilitação e integração <strong>de</strong> pessoas com<strong>de</strong>ficiência, os valores encontram-se acima dos 100%; população idosa,a taxa <strong>de</strong> ocupação encontra-se entre os 90 e os 100%, salvo no caso doscentros <strong>de</strong> dia que fica ligeiramente abaixo <strong>de</strong>stes valores. Em 2004, asrespostas sociais na área da Infância e Juventu<strong>de</strong> eram ocupadas por 18626 Domínio on<strong>de</strong> a ausência <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> acesso é particularmente evi<strong>de</strong>nte, restando indicadoresbastante indirectos, como sejam a taxa <strong>de</strong> utilização das respostas sociais e a taxa bruta <strong>de</strong> cobertura.27 DGEEP, Carta Social, Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços e Equipamentos Sociais, 2003, 2004.28 DGEEP, Carta Social, Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços e Equipamentos Sociais, 2004.29 I<strong>de</strong>m.30 I<strong>de</strong>m.259 crianças e jovens, por 13 758 pessoas com <strong>de</strong>ficiência e por 162 132pessoas idosas 31 .Refira-se que a concentração dos equipamentos tem acompanhadoo padrão <strong>de</strong> distribuição da população no território continental,observando-se uma maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> nas áreas metropolitanas <strong>de</strong> Lisboae Porto e em toda a faixa litoral a norte da Península <strong>de</strong> Setúbal, bemcomo nos concelhos se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Distrito. As respostas direccionadas àscrianças e aos jovens apresentam uma concentração na área envolventedos gran<strong>de</strong>s núcleos urbanos, com especial relevo <strong>para</strong> as capitais <strong>de</strong>Distrito, enquanto as respostas dirigidas à população idosa estãodisseminadas pelo território.Caracterizar o perfil e características da pobreza e exclusão social nocontexto do país, significa ainda olhar <strong>para</strong> a situação e tendênciasinscritas no domínio económico e na relação com o mercado <strong>de</strong> trabalho.O <strong>de</strong>vir no campo económico conta não só por si, mas também pelasmais ou menos restritas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inclusão social da populaçãoem geral e, com acrescida acuida<strong>de</strong>, dos colectivos mais <strong>de</strong>sfavorecidos.Contexto económico e mercado <strong>de</strong> trabalhoA situação nacional dos fenómenos <strong>de</strong> pobreza e exclusão social enquadrasehoje num contexto algo <strong>de</strong>sfavorável das condições macroeconómicasglobais. Apesar do crescimento da economia portuguesa entre 1998 e2000, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 que é visível a sua <strong>de</strong>saceleração. Entre 2004 e 2005registou-se um abrandamento em termos do crescimento económico, coma taxa <strong>de</strong> crescimento do PIB a passar <strong>de</strong> 1,2% em 2004 <strong>para</strong> 0,4% em2005. Apesar dos dados do crescimento económico do 1º semestre <strong>de</strong>steano, publicados pelo INE, apontarem <strong>para</strong> a confirmação das previsõesdo Governo que indicam uma recuperação da activida<strong>de</strong> económica em<strong>2006</strong>-2007 (1,1% e 1,8% respectivamente), Portugal está ainda a sentir,em termos da sua situação social, o impacto do prolongado abrandamentoeconómico. O dinamismo das exportações no início <strong>de</strong>ste ano (8,5% e7,6% <strong>de</strong> crescimento homólogo em volume nos dois primeiros trimestres31 I<strong>de</strong>m.2021


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte I<strong>de</strong> <strong>2006</strong>), a <strong>de</strong>saceleração do crescimento das importações (3,5% emvolume no 1º trimestre e – 0,3% no 2º trimestre) e a sua tradução numelevado contributo da procura externa líquida <strong>para</strong> o crescimento do PIB(2,6 pontos percentuais no 2º trimestre <strong>de</strong> <strong>2006</strong>), são no entanto sinaispositivos da melhoria da competitivida<strong>de</strong> da economia portuguesa nocontexto globalizado.Portugal confronta-se também com um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios ligados àevolução recente do mercado <strong>de</strong> trabalho e da economia portuguesa,associados a aspectos <strong>de</strong> natureza estrutural (estrutura empresariale qualificacional com sérios défices e vulnerabilida<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong>crescimento sustentado, competitivida<strong>de</strong> e emprego), que por seuturno dificultam a superação da situação vivida nos últimos anos. Estecontexto tem sido <strong>de</strong>sfavorável ao mercado <strong>de</strong> emprego, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002tem vindo a registar um comportamento menos positivo, ainda quecom crescimentos contínuos da população activa. Isto é particularmenterelevante se se pensar que a participação no mercado <strong>de</strong> trabalhoconstitui um dos principais mecanismos <strong>de</strong> inclusão social, embora arelação não seja directa entre níveis <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong>semprego, por umlado, e pobreza, por outro.Em termos <strong>de</strong> emprego a situação revela alguma estabilida<strong>de</strong> com astaxas globais <strong>de</strong> emprego acima das metas fixadas <strong>para</strong> a UE, muitoembora se tenha assistido a uma estagnação do emprego e crescimentodo <strong>de</strong>semprego. Em 2005, ainda que a população activa tenha crescido1%, o emprego estacionou (0%) e a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego passou <strong>de</strong> 6,7%em 2004 (5,9% homens; 7,6% mulheres) <strong>para</strong> 7,6% em 2005 (6,7%homens; 8,6% mulheres) e a dos jovens aumentou <strong>de</strong> 15,3% <strong>para</strong> 16,1%,sendo 13,6% <strong>de</strong> rapazes em 2004 e 2005 e 17,7% e 19,1% <strong>de</strong> raparigasem 2004 e 2005, respectivamente. A taxa <strong>de</strong> emprego global (67,5%)assumiu um valor inferior ao do ano <strong>de</strong> 2004 (-0,3 p.p.) 32 , situandose,ainda assim, acima da meta estabelecida pela Cimeira <strong>de</strong> Estocolmo<strong>para</strong> 2005 (67%) e da Europa comunitária (63,8%). De salientar, que ogap existente entre a taxa <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego entre homens emulheres se mantém e, em alguns casos até se agravou.A taxa <strong>de</strong> emprego feminina (61,7%) manteve-se estável relativamenteao ano anterior e a dos trabalhadores dos 55 a 64 anos (50,5%)aumentou ligeiramente face a 2004 (0,2 p.p.), ambas superiores àsmetas estabelecidas <strong>para</strong> 2010, pelas Cimeiras <strong>de</strong> Lisboa e Estocolmo,respectivamente, (60% mulheres; 50% <strong>para</strong> os trabalhadores dos 55 a64 anos). O emprego dos jovens <strong>de</strong> 15 a 24 anos foi o que sofreu maiorredução (-1,0 p.p.) em relação a 2004, contrariamente à taxa registada naUE25 que se manteve estável (36,8%).A dispersão das taxas regionais <strong>de</strong> emprego (15-64 anos), assume valoresbastante mais baixos (3,5 em 2004) relativamente aos da UE25 (12,2),o que significa, à partida, que existe em Portugal uma maior coesãoregional, em termos <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> emprego.A taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duração (DLD) em 2005 (3,7%) registouum valor superior ao <strong>de</strong> 2004 (0,7 p.p.), representando o DLD 48,2% do<strong>de</strong>semprego total (44,3% em 2004) 33 . A taxa feminina (4,2%) aumentou0,8 p.p. relativamente ao ano anterior e o DLD das mulheres representou48,8% do <strong>de</strong>semprego total (44,9% em 2004).De registar, ainda, que em 2005, 4,3% da população portuguesa atéaos 17 anos e 5,5% entre os 18 e os 59 anos faziam parte <strong>de</strong> agregadosfamiliares on<strong>de</strong> um dos seus membros se encontrava <strong>de</strong>sempregado,com um ligeiro aumento no segundo grupo etário (0,2%) face a 2004,mantendo o 1.º grupo o mesmo valor. As estimativas relativas à UE25apontam <strong>para</strong> valores bastante superiores (cerca dos 10%) 34 .Importa também salientar a existência <strong>de</strong> segmentos da população comvulnerabilida<strong>de</strong>s específicas, que em matéria <strong>de</strong> emprego se confrontamcom as maiores dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participação no mercado <strong>de</strong> trabalho.Fazem parte <strong>de</strong>ste grupo: os jovens dos 15 aos 24 anos, cuja taxa <strong>de</strong>32 INE, Inquérito ao Emprego.33 I<strong>de</strong>m.34 LFS, Eurostat.2223


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte I<strong>de</strong>semprego tem vindo a aumentar progressivamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, <strong>de</strong> 9,4%<strong>para</strong> 16,1% em 2005 35 e os trabalhadores mais idosos (55 aos 64 anos),com 3,2% em 2001 e 6,2% em 2005 36 , ambos com baixas habilitações equalificações profissionais; os <strong>de</strong>sempregados <strong>de</strong> longa duração, muitos<strong>de</strong>les transversais aos dois grupos anteriores, que mostram dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> reinserção no mercado <strong>de</strong> trabalho, com especial relevo <strong>para</strong> o grupo<strong>de</strong>sempregado há 25 e + meses que representa 65,9% do total <strong>de</strong> DLD 37e as mulheres que, <strong>de</strong> igual modo, se vêem confrontadas com maioresdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho.As pessoas com <strong>de</strong>ficiência confrontam-se, também, com dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> participação no mercado <strong>de</strong> trabalho. Em 1999, o rácio entre aspessoas <strong>de</strong>sempregadas sem <strong>de</strong>ficiência e as pessoas com <strong>de</strong>ficiênciaera <strong>de</strong> 51%. Apesar <strong>de</strong> Portugal apresentar uma menor assimetria emtermos <strong>de</strong> acesso ao emprego por parte <strong>de</strong>ste grupo por com<strong>para</strong>çãocom outros países europeus, o valor apresentado era mais baixo que overificado nalguns <strong>de</strong>sses países (52%, 66% e 81%, em Espanha, Françae Holanda, respectivamente) 38 .Educação e FormaçãoA escolarização e as qualificações da população em geral, são elementosestruturantes fundamentais <strong>para</strong> a compreensão <strong>de</strong> fenómenos <strong>de</strong> pobrezae exclusão social e <strong>para</strong> a inclusão dos grupos sociais mais vulneráveis,nomeadamente no que se refere à sua participação no mercado <strong>de</strong>trabalho.A educação formal constitui condição fundamental <strong>de</strong> partida <strong>para</strong> ainclusão social dos indivíduos, <strong>de</strong>vendo começar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeirosanos <strong>de</strong> vida. A escola constitui, assim, um espaço privilegiado, apartir do qual se po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>tectar precocemente, prevenir e combateras situações <strong>de</strong> pobreza e <strong>de</strong> exclusão social. Porém, a escola ten<strong>de</strong> areproduzir as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s económicas e sociais que a envolvem, sendoreflexo tradicional da incidência <strong>de</strong> níveis mais elevados <strong>de</strong> insucessoe abandono escolar precoce junto das crianças e jovens originárias <strong>de</strong>grupos sociais mais <strong>de</strong>sfavorecidos.Nas últimas três décadas registou-se uma progressiva expansão dosistema educativo e do alargamento da escolarida<strong>de</strong> obrigatória, tendoseassistido a um aumento generalizado da oferta <strong>de</strong> equipamentos eserviços, embora a cobertura varie consoante os níveis <strong>de</strong> educação eformação.É no ensino pré-escolar que se têm registado as maiores mudanças,pois em 2004, 79,9% das crianças <strong>de</strong> 4 anos frequentavam a educaçãopré-escolar (com<strong>para</strong>tivamente a 85,8% na UE), representando umcrescimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 47% face a 1995 39 .Também as taxas <strong>de</strong> escolarização subiram <strong>de</strong> forma significativa,observando-se que a percentagem <strong>de</strong> jovens com 18 anos integrados nosistema educativo mais do que duplicou, passando <strong>de</strong> 30% <strong>para</strong> 62%entre 1991 e 2001 40 . No entanto, Portugal mantém-se a uma distânciaconsi<strong>de</strong>rável da média dos países da UE.Mais progressos são observáveis especialmente nos jovens <strong>de</strong> 20-24 anosque completaram pelo menos o nível <strong>de</strong> ensino secundário (ISCED 3)que passou <strong>de</strong> 44,2%, em 2002, <strong>para</strong> 49%, em 2004, embora aindadistantes dos 76,7% da UE25 na mesma data. Observou-se, igualmente,uma redução da taxa <strong>de</strong> saída escolar precoce <strong>de</strong> 45,1%, em 2002 <strong>para</strong>39,4%, em 2004 41 e <strong>para</strong> 38,6%, em 2005 42 . Contudo, estes valoressão, ainda, elevados se com<strong>para</strong>dos com a média da UE25 (15,7% em2004 e 15,2% em 2005). Registou-se, também, um aumento da taxa<strong>de</strong> frequência do ensino superior (29,9% em 2003). Esta evoluçãopermite <strong>de</strong>tectar uma fractura geracional com a população mais velha35 INE, Inquérito ao Emprego.36 I<strong>de</strong>m.37 I<strong>de</strong>m.38 Cf. ZUMA, European System of Social Indicators citado em GUERRA, Isabel (Coor<strong>de</strong>nação), SOA-RES, Luís (2005), Relatório Provisório, Observatório da Coesão Social, PNAI, pp. 31.39 Eurostat, Education Statistics.40 INE, Censos.41 Com registo <strong>de</strong> um maior peso <strong>para</strong> os rapazes (47,9%) do que <strong>para</strong> as raparigas (30,6%).42 LFS, Eurostat.2425


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Ia apresentar baixos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e a mais jovem a aproximar-seprogressivamente das médias da UE.Em 2005, 38,6% <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> 18-24 anos abandonaram o ensino coma escolarida<strong>de</strong> obrigatória (ISCED 2) ou menos e não frequentaramqualquer acção <strong>de</strong> educação ou formação (46,7% rapazes e 30,1%raparigas). Na UE25 eram 15,2% (17,3% rapazes e 13,1% raparigas) 43 ,situando-se Portugal numa posição ainda <strong>de</strong>sfavorável face aos restantesEstados-Membros.Analisando as taxas <strong>de</strong> conclusão/transição do ensino básico no anolectivo 2002/2003 é possível constatar 44 que: no 1.º ciclo situava-se em92,4%, ligeiramente superior ao ano lectivo <strong>de</strong> 1994/95; no 2º ciclo era<strong>de</strong> 85,2%; e no 3.º ciclo representava 80,9%, A visibilida<strong>de</strong> do insucessoé mais expressiva no ensino secundário, na medida em que a taxa <strong>de</strong>transição/conclusão foi <strong>de</strong> 66,2% em 2003/2004.Importa, contudo, salientar o reforço efectuado em termos <strong>de</strong> vagas emcursos <strong>de</strong> natureza profissionalizante no sentido <strong>de</strong> inverter a situaçãoactual <strong>de</strong> baixos níveis <strong>de</strong> escolarização. O aumento do número <strong>de</strong> vagasé visível nos cursos <strong>de</strong> educação e formação, pois nos dois últimos anoslectivos (2004/05 e 2005/06) o número <strong>de</strong> cursos aumentou <strong>de</strong> 235 <strong>para</strong>470 45 na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas do Ministério da Educação.A este acréscimo correspon<strong>de</strong>, por sua vez, um forte aumento donúmero <strong>de</strong> alunos/ formandos que têm procurado este tipo <strong>de</strong> percursoprofissionalizante (14 957 alunos em cursos <strong>de</strong> educação e formação noano lectivo <strong>de</strong> 2005/06 face a 7 508 alunos no ano lectivo anterior) nasescolas sob coor<strong>de</strong>nação do Ministério da Educação, ao qual se juntamprevisivelmente ainda 15 471 jovens abrangidos por esses cursos nare<strong>de</strong> sob a coor<strong>de</strong>nação do Ministério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong>Social, correspon<strong>de</strong>ndo a uma variação superior a 100% no número <strong>de</strong>formandos abrangidos por esta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formação face ao anoanterior 46 .Outro aspecto relevante relaciona-se com as alterações verificadas aonível dos cursos profissionalizantes. A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta, constituída quasena totalida<strong>de</strong> por escolas profissionais privadas, foi fortemente alargadaàs escolas secundárias públicas em 2005/06, evi<strong>de</strong>nciando o esforço <strong>de</strong>colocar a re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> ensino ao serviço <strong>de</strong>stetipo <strong>de</strong> cursos. Têm-se mantido também o esforço <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> jovensatravés do Sistema <strong>de</strong> Aprendizagem, que envolveu 26 247 formandosem 2004 47 .A par da educação básica, a componente <strong>de</strong> educação/formaçãoconsubstanciada na aquisição <strong>de</strong> qualificações profissionais iniciaisreveste-se <strong>de</strong> um valor acrescido <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trajectóriasinclusivas e <strong>de</strong> acesso e permanência no mercado <strong>de</strong> trabalho, comtodas as consequências que esse facto acarreta em termos <strong>de</strong> melhoria <strong>de</strong>condições <strong>de</strong> vida das populações.Porém, a situação actual evi<strong>de</strong>ncia que parte <strong>de</strong>stes jovens continuam a<strong>de</strong>ixar o sistema <strong>de</strong> ensino com baixos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e/ou semqualquer tipo <strong>de</strong> formação, partindo <strong>para</strong> o mercado <strong>de</strong> trabalho emposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>svantagem. Potenciam o risco <strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> geraçõespouco qualificadas, com baixos salários provenientes <strong>de</strong> empregos<strong>de</strong>squalificados e com acrescidas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reinserção no mercado<strong>de</strong> trabalho perante situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego. Saliente-se que, em 2005, ataxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego era <strong>de</strong> 7,6% e a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duração(12 e mais meses) era <strong>de</strong> 3,7% 48 .Neste contexto, constatam-se riscos <strong>de</strong> clivagens entre quem tem equem não tem acesso à educação / formação e aprendizagem ao longoda vida, com repercussões no acesso e/ou adaptabilida<strong>de</strong> ao emprego,43 LFS, Eurostat.44 GIASE/ME, Séries Cronológicas.45 ME/DGFV e IEFP.46 ME/DGFV e IEFP.47 IEFP.48 Eurostat, LFS.2627


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Inomeadamente resultantes da globalização dos mercados e da socieda<strong>de</strong>do conhecimento.Em 2005, 73,8% da população <strong>de</strong>sempregada com ida<strong>de</strong>s entre os 15-64 anos (77,9% <strong>de</strong> homens e 70,0% <strong>de</strong> mulheres), possuía níveis <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong> até ao ensino básico (3.º ciclo) e 15,4% o ensino secundário.Quanto aos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> dos DLD, em 2005, verificava-se que:4% não possuía qualquer nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>; 31.7% tinha o 1.º CicloEB; 21.1% o 2.º Ciclo EB e 22.1% o 3.º Ciclo EB 49 .Os níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> da população empregada (15-64 anos), emboraglobalmente baixos, são um pouco mais elevados quando com<strong>para</strong>doscom os da população <strong>de</strong>sempregada. Em 2005, 72,1% possuíam umnível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> até ao 3º Ciclo EB (76,2% <strong>de</strong> homens e 67,3% <strong>de</strong>mulheres) 50 .Por conseguinte, coloca-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimular e sensibilizar osempregadores <strong>para</strong> as vantagens da formação dos trabalhadores, sobpena <strong>de</strong> comprometer quer as condições <strong>de</strong> vida associadas ao trabalho,quer a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Portugal <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r às solicitações do mercadoem termos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e competitivida<strong>de</strong>.Relativamente à frequência <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação ao longo da vida (ALV),a proporção <strong>de</strong> indivíduos entre os 25-64 anos, correspon<strong>de</strong> a 4,8%contra 9,9% na UE25 e 10,6% na UE15, em 2004. No entanto, 44%das pessoas entre os 25-64 anos partici<strong>para</strong>m em algumas activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> ALV durante 2003, enquanto a média da UE <strong>para</strong> a mesma data sesituava nos 42%.Os dados <strong>de</strong>monstram ainda que o investimento em educação e formaçãotem reflexos em termos salariais. Portugal é um dos países em que oprémio salarial resultante do investimento em educação e formação ésuperior, nomeadamente ao nível do ensino secundário, apresentando49 INE, Inquérito ao Emprego.50 INE, Inquérito ao Emprego.o maior diferencial salarial com<strong>para</strong>tivamente a todos os países daOCDE 51 .Face ao exposto, conclui-se, por um lado, que o investimento nasqualificações, <strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong> educação e formação, são cruciais <strong>para</strong>a diminuição do risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e, por outro, permitirá respon<strong>de</strong>raos <strong>de</strong>safios da socieda<strong>de</strong> da informação e do conhecimento, os quaiscontribuem <strong>de</strong> forma sólida <strong>para</strong> a produtivida<strong>de</strong> e competitivida<strong>de</strong> dopaís. Tal facto implicará que a população portuguesa aumente as suascompetências específicas no domínio das tecnologias <strong>de</strong> informação ecomunicação.Também nesta área, Portugal se encontra em <strong>de</strong>svantagemcom<strong>para</strong>tivamente com a Europa comunitária. Em 2005, cerca <strong>de</strong> 31%<strong>de</strong> agregados familiares tinham acesso à internet em sua casa (48% naUE25) 52 52. Nesse mesmo ano, cerca <strong>de</strong> 20% do total <strong>de</strong> agregados cominternet tinham ligação em banda larga, contra 23% na UE 53 .Os baixos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> qualificações e a fraca participaçãoem formação, por parte <strong>de</strong> um grupo significativo <strong>de</strong> jovens portuguesese <strong>de</strong> um elevado número <strong>de</strong> adultos activos, conduzem à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>utilização das novas tecnologias.Por outro lado, é ainda visível um contacto reduzido com os serviçospúblicos por via electrónica e a fraca utilização do comércio electrónico:3% contra 21% na UE25 em 2005 54 .Interessa, no entanto, salientar que a escola representa um excelenteespaço facilitador do acesso a computador e internet. No ano lectivo <strong>de</strong>2005/<strong>2006</strong> existia um computador com ligação à internet <strong>para</strong> quinzealunos melhorando-se a situação verificada no ano lectivo 2001/2002(um computador com ligação à internet <strong>para</strong> 39 alunos) 55 .51 OCDE, Employment Outlook 2004 citado em Iniciativa Novas Oportunida<strong>de</strong>s.52 Eurostat, Information Society Computers and the Internet.53 Eurostat, Information Society Computers and the Internet.54 European Information Technology Obervatory 2005.55 ME/GIASE.2829


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IPor esta via, as novas gerações terão uma relação <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> comas novas tecnologias, a partir <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> ensino cada vez mais baixos e,por consequência, um acesso generalizado, à socieda<strong>de</strong> da informação edo conhecimento.Tendências <strong>de</strong>mográficasO processo <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>mográfica caracteriza-se por uma quedaacentuada dos níveis <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong>, por uma evolução positiva dos níveisda esperança <strong>de</strong> vida à nascença, <strong>de</strong>corrente quer do <strong>de</strong>créscimo naestrutura <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> quer <strong>de</strong> melhorias significativas das condições<strong>de</strong> vida da população portuguesa (elevação dos níveis <strong>de</strong> saneamento,saú<strong>de</strong> e bem estar, etc.). À evolução das componentes do crescimentonatural, há que agregar o efeito <strong>de</strong>mográfico, actualmente positivo, dosmovimentos migratórios externos.Nos últimos 40 anos, a população com 65 ou mais anos mais queduplicou, representando actualmente cerca <strong>de</strong> 17% 56 do total dapopulação e assumindo uma proporção superior à da população jovem.As projecções conhecidas relativamente à evolução da população emPortugal nas próximas décadas apontam <strong>para</strong> uma duplicação do pesoda população com ida<strong>de</strong> superior, ou seja, em 2050, este grupo etáriorepresentará cerca <strong>de</strong> 32% 57 do total da população.Também o número das pessoas com 80 ou mais anos tem vindo aaumentar <strong>de</strong> forma acentuada como consequência da actual longevida<strong>de</strong>que a população portuguesa apresenta. Entre 1960 e 2004 a percentagem<strong>de</strong>sta população mais idosa face ao total da população aumentou <strong>de</strong> 1,2%<strong>para</strong> 3,8%. Em 2004, existiam 401 008 pessoas muito idosas, prevendoseque este grupo corresponda, em 2050, a cerca <strong>de</strong> 950 mil pessoas, ouseja, 10,2% da população portuguesa terá 80 ou mais anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> 58 .Concomitantemente, prevê-se que o índice <strong>de</strong> envelhecimento 59 evolua<strong>de</strong> 108 idosos por cada 100 jovens, em 2005, <strong>para</strong> 243 idosos por cada100 jovens em 2050.Este processo <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>mográfica conduz a alterações estruturantesna socieda<strong>de</strong>, em particular nas estruturas familiares.Em Portugal, as tendências em termos da evolução do padrão familiarconfirmam, em traços gerais, as da UE. As pessoas casam menos e maistar<strong>de</strong>, as rupturas são mais frequentes. Persiste ainda a tendência <strong>para</strong>agregados familiares mais pequenos, com mais pessoas a viverem sós,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da faixa etária. Verifica-se também um aumentosignificativo do número <strong>de</strong> crianças a viver com um só adulto e umaqueda do número <strong>de</strong> casais com filhos.De acordo com os últimos Censos, as famílias constituídas por um oudois indivíduos têm registado um claro aumento (17,3 e 28,4%, em2001, respectivamente, do total) ao passo que as famílias com mais <strong>de</strong>cinco pessoas evi<strong>de</strong>nciam uma quebra permanente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 40.Estas representam, em 2001, 3,3% do total. As famílias compostas portrês, quatro ou cinco indivíduos têm mantido o seu peso dominante(51%). Por outro lado, o número <strong>de</strong> divórcios em Portugal tem registadoum forte aumento ao longo dos últimos 30 anos 60 .Saú<strong>de</strong>A evolução positiva das condições <strong>de</strong> vida em Portugal nas últimasdécadas, <strong>de</strong>ve-se também aos assinaláveis progressos registados no campoda saú<strong>de</strong>, tal como os indicadores gerais o comprovam.A taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil <strong>de</strong>cresceu <strong>de</strong> valores superiores a 20‰,em 1980, <strong>para</strong> 4‰ em 2004 61 .56 Dados INE, Estatísticas Demográficas.57 Eurostat, Comissão Europeia – Ageing Working Group EPC/AWG.58 Eurostat, Comissão Europeia – Ageing Working Group EPC/AWG.59 Índice <strong>de</strong> envelhecimento é a relação existente entre o número <strong>de</strong> idosos (população com 65 e mais anos)e o <strong>de</strong> jovens (população com menos <strong>de</strong> 15 anos), por cada 100 individuos.60 Dados no INE, Censos 2001.61 EUROSTAT, 2004.3031


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IA esperança <strong>de</strong> vida (74,2 anos <strong>para</strong> os homens e 80,5 <strong>para</strong> as mulheresem 2003) 62 e a esperança <strong>de</strong> vida saudável (59,8 anos <strong>para</strong> os homens e60,8 <strong>para</strong> as mulheres em 2003) 63 tem apresentado uma evolução muitopositiva, tanto no sexo masculino, como no feminino.Verificou-se também uma evolução favorável em termos do número<strong>de</strong> médicos: em 2003, registou-se cerca <strong>de</strong> 3.1 médicos por cada 1 000habitantes 64 .Em 2003, a <strong>de</strong>spesa com doença/cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> representava 6,5%do PIB 65 .Não obstante a constatação <strong>de</strong>stes progressos qualitativos e quantitativos,que reflectem o esforço que tem vindo a ser realizado no sentido dauniversalização do sistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, continuam a subsistiralgumas fragilida<strong>de</strong>s com implicações negativas sobre a população, asquais facilitam o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> exclusão.De facto, persistem carências relevantes quanto à garantia do acesso aoscuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, particularmente por parte dos grupos sociais mais<strong>de</strong>sfavorecidos, que não po<strong>de</strong>ndo recorrer a soluções alternativas, se vêemconfrontados com um sistema <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços com algumasdificulda<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong> acesso e qualida<strong>de</strong>.HabitaçãoPortugal tem assistido nos últimos anos a uma crescente dinâmica <strong>de</strong>expansão do seu parque habitacional, traduzida no aumento do rácio dosalojamentos por habitante e no crescimento das residências secundárias,registando-se também uma consi<strong>de</strong>rável melhoria das condições <strong>de</strong>habitabilida<strong>de</strong>.Tal melhoria das condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve-se essencialmente auma generalização das infra-estruturas básicas a todas as regiões do Paíse a um aumento da oferta <strong>de</strong> habitação social (71 583 fogos entre 2000e 2002 66 ), esforço assinalável no sentido <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>shabitacionais das pessoas e grupos sociais <strong>de</strong>sfavorecidos e <strong>de</strong> mais baixosrendimentos.No entanto, a análise dos dados disponíveis <strong>para</strong> Portugal em com<strong>para</strong>çãocom as médias europeias, permite <strong>de</strong>tectar algumas fragilida<strong>de</strong>squalitativas, quer em termos <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> conforto, quer em termosda expressão da satisfação dos portugueses relativamente à sua casa emcom<strong>para</strong>ção com os seus congéneres europeus 67 .Não obstante o esforço efectuado, mantêm-se indícios <strong>de</strong> exclusãohabitacional por parte <strong>de</strong> alguns grupos sociais mais vulneráveis. Istoé, continuava a persistir um défice qualitativo em termos <strong>de</strong> habitação,visível sobretudo na sobre-ocupação dos fogos (16% dos fogos registavamsobre-ocupação em 2001, uma percentagem que se situava em cerca <strong>de</strong>23% no caso <strong>de</strong> famílias com menores rendimentos) 68 .A sobre-ocupação atingia sobretudo os que <strong>de</strong>tinham menoresrendimentos observando-se que, em 2001, 22,8% dos agregados comum rendimento inferior a 60% do rendimento mediano nacionalestavam nessa situação, uma proporção que diminuiu <strong>para</strong> 8,7% no casodaqueles cujo rendimento superava os 140% do rendimento mediano.Esta discrepância era mais acentuada que a verificada na UE15 (15,7%contra 4,1%, na mesma data) 69 .Relativamente à aquisição <strong>de</strong> habitação, os dados disponíveis indicavamque Portugal era o país da zona euro com maior percentagem <strong>de</strong>endividamento do PIB em matéria <strong>de</strong> habitação (49%, em 2003) 70 . O62 EUROSTAT 2003.63 EUROSTAT 2003.64 OCDE, 2003.65 EUROSTAT, 2003.66 A partir <strong>de</strong> dados fornecidos pelo INH.67 Fundação Europeia <strong>para</strong> a Melhoria das Condições <strong>de</strong> Vida e <strong>de</strong> Trabalho, 2004, Quality of Life inEurope. First European Quality of Life Survey 2003, Luxemburgo.68 INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001.69 Eurostat – Datasets.70 Banco <strong>de</strong> Portugal.3233


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Irecurso ao crédito assumia-se como a forma cada vez mais viável <strong>de</strong>acesso a uma habitação própria e representava 78% do endividamentodos particulares, em 2004 71 , essencialmente <strong>de</strong>vido à fraca atractivida<strong>de</strong>do mercado <strong>de</strong> arrendamento.As condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> acesso à habitação <strong>de</strong>vem ser tambémanalisadas na óptica da sua a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> e adaptabilida<strong>de</strong> a diversospúblicos, nomeadamente às pessoas em situação <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>pendência.Por exemplo, em Portugal, 37% das pessoas com <strong>de</strong>ficiência viviam, em2001 72 ainda em habitações sem rampas.Em síntese, po<strong>de</strong> dizer-se que três dos principais riscos relativos ao acessoà habitação se colocam aos seguintes níveis: exclusão habitacional porparte <strong>de</strong> alguns grupos sociais mais vulneráveis; endividamento dasfamílias <strong>para</strong> aquisição <strong>de</strong> casa própria e dificulda<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong>acessibilida<strong>de</strong>/ adaptabilida<strong>de</strong> do edificado.Outros Grupos VulneráveisA extensão e a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> situações particularmente graves <strong>de</strong>pobreza persistente evi<strong>de</strong>ncia contornos diversificados, coexistindosituações tradicionais <strong>de</strong> pobreza raramente colocadas à margem dasestruturas e instituições da vida social, a par <strong>de</strong> novas configurações,resultantes <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong>siguais, particularmentemais problemáticas pela sua <strong>de</strong>sinserção e exclusão social.Existem regularida<strong>de</strong>s e semelhanças que permitem a i<strong>de</strong>ntificaçãoe a classificação <strong>de</strong> situações típicas <strong>de</strong> conjugação <strong>de</strong> factores queimpe<strong>de</strong>m a participação social e que confluem na formação <strong>de</strong> grupossociais vulneráveis, nomeadamente, as pessoas com <strong>de</strong>ficiência, ascrianças e os jovens em risco, as vítimas <strong>de</strong> violência doméstica, osimigrantes, as minorias étnicas, as vítimas <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> seres humanos,os toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, os reclusos, os ex-reclusos e as pessoas sem-abrigo,entre outros.Em Portugal, <strong>de</strong>sconhece-se o número global <strong>de</strong> pessoas sem-abrigo.Sabe-se, contudo, que são sobretudo homens em ida<strong>de</strong> activa (30 aos49 anos), solteiros e divorciados, <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> portuguesa, comescolarida<strong>de</strong> básica, distribuídos essencialmente pelas gran<strong>de</strong>s áreasmetropolitanas (Lisboa e Porto), seguindo-se as cida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong>Setúbal, Faro e Braga. Já não são somente os marginalizados clássicos,sendo visível a emergência <strong>de</strong> uma nova geração <strong>de</strong> pessoas com pesocrescente <strong>de</strong> doentes mentais, toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, alcoólicos, ex-reclusose outras <strong>de</strong> pessoas que se encontram em situação <strong>de</strong> ruptura com asnormas e instituições vigentes – quebra <strong>de</strong> laços sócio-familiares,instabilida<strong>de</strong> profissional, inacessibilida<strong>de</strong> à habitação, dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>acesso ao emprego, baixos rendimentos, ausência <strong>de</strong> regras e rotinas,auto-marginalização, diluição <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> trabalho, regressãonas capacida<strong>de</strong>s cognitivas – e sem qualquer tipo <strong>de</strong> suporte social,psicológico e económico. Mencione-se, ainda, o aparecimento <strong>de</strong> “novossem-abrigo”, caracterizados por possuírem níveis <strong>de</strong> qualificação maiselevados (ensino secundário e curso médio/superior), que por motivos <strong>de</strong>rupturas profissionais são excluídos <strong>de</strong> participarem socialmente 73 .A violência doméstica é um problema que afecta hoje transversalmentetodos os grupos sociais, expondo as respectivas vítimas a uma gran<strong>de</strong>diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> problemas específicos. Nas situações <strong>de</strong> menor autonomia,auto-estima <strong>de</strong>svalorizada, escassez <strong>de</strong> recursos na família, qualificaçõesescolares baixas, falta <strong>de</strong> aptidões e recursos pessoais e relacionais, ficaparticularmente condicionado o acesso a direitos básicos e a condições<strong>de</strong> vida aceitáveis. Em 2002, as diversas fontes <strong>de</strong> informação estatística,apontavam que as vítimas <strong>de</strong> violência familiar eram sobretudo mulheres(85%), sendo os suspeitos na sua maioria do sexo masculino (82%),particularmente cônjuge ou companheiro (89%) 74 .O fenómeno da droga constitui uma das principais preocupaçõesdos cidadãos europeus e nacionais e uma ameaça grave em termos <strong>de</strong>segurança e saú<strong>de</strong> <strong>para</strong> a socieda<strong>de</strong>. A toxico<strong>de</strong>pendência é um dosfactores <strong>de</strong> exclusão social dos indivíduos e, cada vez mais, encontra-se71 Banco <strong>de</strong> Portugal.72 INE - Censos.73 ISS, I.P., Relatório Final sobre os Sem-abrigo: “Os sem-tecto: realida<strong>de</strong>s (in) visíveis”, 2005.74 PSP e GNR, Ocorrências Criminais no contexto da violência doméstica, 2002.3435


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte Iassociado à incidência <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> contracção do vírus do HIV/SIDA.Em Portugal, as taxas <strong>de</strong> prevalência do consumo problemático, em2002, variavam entre os 6,1 e os 8,6 consumidores por mil habitantes,o que representa entre 41 720 e 58 980 indivíduos com ida<strong>de</strong>s entreos 15-64 anos 75 . São os indivíduos com ida<strong>de</strong>s inferiores aos 35 anosos principais consumidores 76 . Neste grupo constatam-se as seguintesregularida<strong>de</strong>s conducentes à situação <strong>de</strong> pobreza e exclusão social: baixosníveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego muito elevadas (47,4%)quando com<strong>para</strong>das com a da população em geral (8,2%), precarieda<strong>de</strong>no mercado <strong>de</strong> trabalho e instabilida<strong>de</strong> profissional, rupturas sóciofamiliares,ausência <strong>de</strong> regras e rotinas, auto-marginalização, problemas<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 77 .No sistema prisional português integram-se perfis muito distintos <strong>de</strong>reclusos. A presença expressiva <strong>de</strong> consumidores <strong>de</strong> droga no universoprisional caracteriza-se por serem jovens pouco escolarizados, comempregos <strong>de</strong>squalificados, trajectórias <strong>de</strong> <strong>de</strong>linquência e <strong>de</strong> reincidênciaprisional. A esmagadora maioria dos reclusos cometeram crimes directose indirectamente relacionados com drogas. Muitos dos crimes contrao património (32%) e contra as pessoas (27,1%) 78 têm origem nanecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> meios <strong>para</strong> a aquisição <strong>de</strong> estupefacientes. Em2005, existiam no território nacional 12 889 reclusos, particularmentedo sexo masculino (92,9%), com ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 34 anos 79 , expostos aprocessos <strong>de</strong> exclusão social, <strong>de</strong>signadamente precoce: elevados níveis<strong>de</strong> analfabetismo 80 (10,87%); baixos níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, (60,4%não tinham o 2º ciclo do ensino básico 81 ); fraca formação e experiênciaprofissional; marginalização sócio-familiar. Apresentavam tambémvários problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> causados pelo consumo <strong>de</strong> drogas e pelaspatologias a ele associados (doenças infecciosas e mentais). Face a estes75 IDT - Estimativa da prevalência e padrões <strong>de</strong> consumo problemático <strong>de</strong> drogas em Portugal, 2002.76 I<strong>de</strong>m.77 I<strong>de</strong>m.78 DGSP, Estatísticas prisionais da Direcção Geral <strong>de</strong> Serviços e Planeamento, 2005.79 DGSP, Estatística prisionais da Direcção Geral <strong>de</strong> Serviços e Planeamento, 2005.80 Indivíduos sem grau <strong>de</strong> ensino.81 DGSP, Estatísticas prisionais da direcção Geral <strong>de</strong> Serviços e Planeamento, 2005.problemas em meio prisional, o Governo Português, preocupado com suasconsequências, teceu em <strong>2006</strong> um <strong>Plano</strong> 82 <strong>de</strong> actuação, particularmentedireccionado <strong>para</strong> a propagação <strong>de</strong> doenças infecciosas, sustentado emprincípios preventivos e re<strong>para</strong>dores das situações.As pessoas com <strong>de</strong>ficiência, sujeitas a discriminações e preconceitosvários, que as impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> ace<strong>de</strong>rem aos direitos, nomeadamente <strong>de</strong>participarem social e profissional, contam-se entre as categorias maisvulneráveis à exclusão social em Portugal.Em 2001, residiam em Portugal 6,14% <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência (636059), particularmente em ida<strong>de</strong>s adultas avançadas 83 , já que parte dasincapacida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ficiências são adquiridas ao longo da vida e os progressosao nível da <strong>de</strong>tecção e intervenção precoce ten<strong>de</strong>m a condicionar adiminuição dos nascimentos <strong>de</strong> crianças com <strong>de</strong>ficiências congénitas. Aincidência da <strong>de</strong>ficiência é superior entre os homens, apesar <strong>de</strong>, a partirdos 65 anos, a maior percentagem incidir no sexo feminino 84 .As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e vulnerabilida<strong>de</strong> vivenciadas pelaspessoas com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>correm <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias erradas e <strong>de</strong>preconceitos muito negativos relativos às suas capacida<strong>de</strong>s, bem comoda existência <strong>de</strong> barreiras <strong>de</strong> vária or<strong>de</strong>m, condicionantes do percursoeducativo e formativo, do acesso ao mercado <strong>de</strong> trabalho, da mobilida<strong>de</strong>,e da participação na socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação e <strong>de</strong> comunicação.À semelhança da generalida<strong>de</strong> da população portuguesa, as pessoascom <strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>s apresentam, em média, baixos níveis<strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. A gran<strong>de</strong> maioria distribui-se pelos níveis 1º ciclo doensino básico, grau <strong>de</strong> ensino completo prevalecente e ‘não sabe ler nemescrever’, categoria na qual se <strong>de</strong>stacam claramente as mulheres. Em2001, a taxa <strong>de</strong> analfabetismo entre a população com <strong>de</strong>ficiência é maisacentuada que no total da população (respectivamente 23% e 8,9%) 85 .82 <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> Combate à Propagação <strong>de</strong> Doenças Infecciosas em Meio Prisional,<strong>2006</strong>.83 INE, Censos.84 CIDM.85 INE, Censos.3637


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IO <strong>de</strong>semprego afecta também <strong>de</strong> modo <strong>de</strong>sigual nacionais e nãonacionais. A disparida<strong>de</strong> da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego entre nacionais eexteriores à UE é <strong>de</strong> 5.4 pontos percentuais em 2005 (face a 8.1 pontospercentuais na UE) 94 .As dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> apoio, a ausência das re<strong>de</strong>s familiares, asdificulda<strong>de</strong>s no acesso à habitação, as dificulda<strong>de</strong>s na língua, são outrosfactores que, em Portugal, ten<strong>de</strong>m a colocar os imigrantes em situação<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> exclusão social.A imigração ocorre, por vezes, no quadro <strong>de</strong> processos controladospor re<strong>de</strong>s clan<strong>de</strong>stinas que encaminham os trabalhadores <strong>para</strong> sectoresinformais e <strong>de</strong>sprotegidos da economia. À falta <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> geral dotrabalho associa-se uma dificulda<strong>de</strong> acrescida no acesso a serviços edireitos diversos, <strong>para</strong> além das inibições culturais e dos processos <strong>de</strong>segregação <strong>de</strong> que são frequentemente vítimas. No quadro do tráfico<strong>de</strong> seres humanos, Portugal, vê-se confrontado com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>encontrar respostas integradas com vista a promover a prevenção, ocombate e o apoio às vítimas <strong>de</strong> tráfico <strong>para</strong> fins <strong>de</strong> exploração.referidos. São, porém, priorida<strong>de</strong> no âmbito <strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong> a focalização <strong>de</strong>medidas <strong>para</strong> as pessoas com <strong>de</strong>ficiência e os imigrantes.A população com <strong>de</strong>ficiência porque constitui o grupo que, tendo emconta a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> problemas e o défice histórico <strong>de</strong> resposta,evi<strong>de</strong>ncia uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aposta premente e reforçada. Por outrolado, a dimensão dos fluxos migratórios <strong>para</strong> Portugal, associada adifíceis condições na sua inserção e integração e à sua concentraçãoterritorial, exige uma intervenção forte no sentido <strong>de</strong> combater e preveniro crescimento das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e discriminações.A pertença a um grupo étnico e cultural minoritário não constitui porsi um indicador <strong>de</strong> exclusão social. Todavia, os indivíduos pertencentesa minorias são também alvo <strong>de</strong> discriminação no acesso aos direitos,bens e serviços, o que gera situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> exclusão social.Regularmente estão expostos a uma inserção profissional precária,à imposição da cultura dominante, sem o respeito pela diferença, aprocessos <strong>de</strong> segregação e isolamento face a re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio familiar esocial, bem como são muitas vezes apontados como os principais autores<strong>de</strong> <strong>de</strong>litos na comunida<strong>de</strong>. No país, o peso crescente <strong>de</strong>stes grupos,pren<strong>de</strong>-se com a entrada <strong>de</strong> novos contingentes <strong>de</strong> imigração provenientesdo leste europeu, a par <strong>de</strong> minorias mais tradicionais como os ciganos, osafricanos e brasileiros.Face ao exposto, Portugal prosseguirá o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversasmedidas no sentido <strong>de</strong> reforçar a inclusão social dos diversos grupos94 Eurostat, Labour Force Survey.4041


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIParte IIEstratégia <strong>de</strong> Inclusão SocialA realida<strong>de</strong> anteriormente <strong>de</strong>scrita indica não só os extensos ediversificados campos <strong>de</strong> investimento que a estratégia <strong>de</strong> inclusãosocial terá <strong>de</strong> abranger, mas também a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agentes e recursosa mobilizar. Trata-se <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> cujos <strong>de</strong>safios justificamintervenções persistentes <strong>de</strong> médio e longo prazo, com propósitos quese reconfiguram à medida das dinâmicas <strong>de</strong> mudança que os fenómenos<strong>de</strong> pobreza e exclusão social vêm comportando. Constata-se, hoje, quecom base numa nova geração <strong>de</strong> políticas sociais a inclusão tem sidoconcebida como um processo duplo <strong>de</strong> transformação das estruturase das instituições sociais, económicas, políticas e culturais, no sentido<strong>de</strong> as tornar capazes <strong>de</strong> acolher todas as pessoas, em função das suasnecessida<strong>de</strong>s específicas e <strong>de</strong> permitir a realização dos seus direitos.O equilíbrio entre intervenções <strong>de</strong> pendor mais imediato e intervenções<strong>de</strong> mais longo alcance é um dos maiores <strong>de</strong>safios, <strong>de</strong>signadamente pelaexigência que faz <strong>de</strong> articulação entre estratégias <strong>de</strong> tipo diferenciado,embora <strong>de</strong> esperada convergência. Nesta perspectiva, importa adoptaruma estratégia mais a<strong>de</strong>quada i) quanto ao arco temporal em que o<strong>Plano</strong> se dispõe, ii) estabelecendo-se num espaço que prioriza medidaschave, que tenham um maior impacto na melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vidados públicos a que se <strong>de</strong>stinam, sem se preten<strong>de</strong>r que sejam as únicasintervenções neste campo.Subscreve-se uma lógica <strong>de</strong> intervenção integrada com resultados esperadosdurante o arco temporal <strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong>, pese embora o facto <strong>de</strong> que, intervirno campo da pobreza e da exclusão social justifica a continuação <strong>de</strong>compromissos a mais longo prazo e <strong>de</strong> natureza transversal aos váriosdomínios que interferem na promoção da coesão social.4243


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte II- A responsabilização e a mobilização do conjunto da socieda<strong>de</strong> e<strong>de</strong> cada pessoa no esforço <strong>de</strong> erradicação das situações <strong>de</strong> pobreza eexclusão, com particular enfoque na contratualização das respostas<strong>de</strong> protecção social.- A integração e multidimensionalida<strong>de</strong> entendidas comoconvergência das medidas económicas, sociais e ambientais com vistaao <strong>de</strong>senvolvimento e promoção das comunida<strong>de</strong>s locais, apelando àconvergência <strong>de</strong> sinergias e à congregação dos recursos;- A combinação a<strong>de</strong>quada entre a universalida<strong>de</strong> e a diferenciaçãopositiva, ou seja, a garantia <strong>de</strong> que, no cumprimento dos objectivos<strong>de</strong> inclusão social, todos os cidadãos e cidadãs são efectivamentetratados como iguais na base da diversida<strong>de</strong> das suas situações enecessida<strong>de</strong>s e em relação com os recursos e as oportunida<strong>de</strong>s;- A territorialização das intervenções como aproximação e a<strong>de</strong>quaçãoàs especificida<strong>de</strong>s locais, aí criando dinâmicas <strong>de</strong> potenciação dosrecursos e das competências;- O reconhecimento da importância da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>se da perspectiva <strong>de</strong> género, como forma <strong>de</strong> garantia do exercício dosdireitos tanto na esfera pública como na esfera privada.Priorida<strong>de</strong>s Nacionais e Objectivos Comuns EuropeusNo quadro <strong>de</strong>stes princípios orientadores, e <strong>de</strong> acordo com as principaistendências e <strong>de</strong>safios i<strong>de</strong>ntificados anteriormente, a estratégia nacional<strong>de</strong> inclusão social <strong>para</strong> o período <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> assume como gran<strong>de</strong>spriorida<strong>de</strong>s:1. Combater a pobreza das crianças e dos idosos, através <strong>de</strong>medidas que assegurem os seus direitos básicos <strong>de</strong> cidadania;2. Corrigir as <strong>de</strong>svantagens na educação e formação/qualificação;3. Ultrapassar as discriminações, reforçando nomeadamente aintegração das pessoas com <strong>de</strong>ficiência e dos imigrantes.Com a primeira priorida<strong>de</strong>, procura-se consolidar e reforçar um corpo<strong>de</strong> direitos básicos <strong>de</strong> cidadania, entendido enquanto patamar <strong>de</strong>suporte, garantia e promoção <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> bem-estar satisfatóriose compatíveis com a dignida<strong>de</strong> humana. Singularizar o grupo dascrianças e dos idosos <strong>de</strong>sfavorecidos significa reconhecer, <strong>para</strong> po<strong>de</strong>r sercontrariada, a situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>svantagem vivida por ambos os grupos. Auniversalida<strong>de</strong> dos apoios é combinada aqui com a sua diferenciaçãopositiva, com vista à eficácia das políticas implementadas. Por outrolado, o princípio da contratualização e territorialização das respostasestá bem presente nesta priorida<strong>de</strong>, porquanto se <strong>de</strong>senvolverão váriasmedidas <strong>de</strong> carácter transversal, focalizadas no combate à pobreza <strong>de</strong>conjuntos alargados <strong>de</strong> famílias, <strong>de</strong> cidadãos, cuja situação impacta<strong>de</strong> forma particular sobre estes grupos mais vulneráveis – crianças eidosos. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> respostas sociais dirigidas a estes gruposterá igualmente impactes <strong>de</strong>cisivos na prossecução <strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong>iraigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, nomeadamente na perspectiva <strong>de</strong> género,tendo em conta as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s que subsistem na conciliação da vidafamiliar e profissional, particularmente reforçadas no que respeita aoapoio a membros do agregado familiar, sejam eles crianças ou idosos.No que respeita à segunda priorida<strong>de</strong>, o propósito <strong>de</strong> corrigir as<strong>de</strong>svantagens educativas e formativas comporta uma pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>investimentos que vão das intervenções <strong>de</strong> pendor mais re<strong>para</strong>dor àsiniciativas <strong>de</strong> orientação mais promocional e preventiva. Esta priorida<strong>de</strong>assume um carácter estratégico no médio e longo prazo, porquantofalar <strong>de</strong> direitos básicos <strong>de</strong> cidadania é falar <strong>de</strong> políticas integradas emultidimensionais, no combate ao défice histórico <strong>de</strong> qualificações dapopulação portuguesa. Neste quadro, preten<strong>de</strong>-se não só promovera interrupção da continuida<strong>de</strong> dos défices <strong>de</strong> qualificações das novasgerações, como contribuir activamente <strong>para</strong> a melhoria das condições<strong>de</strong> vida e <strong>para</strong> o combate à pobreza entre a população activa, atravésdo reforço das suas qualificações <strong>de</strong> base, melhorando portanto as suascompetências e mobilida<strong>de</strong> profissional.4647


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIDe entre os grupos atingidos hoje por formas mais explícitas e severas<strong>de</strong> exclusões sociais, as pessoas com <strong>de</strong>ficiência e os imigrantes têm umlugar significativo, seja pelo carácter mais ancestral do <strong>de</strong>sfavorecimentomúltiplo (no primeiro caso), seja pela ocorrência <strong>de</strong> riscos mais recentesneste mesmo campo da exclusão e afastamento dos padrões aceitáveis<strong>de</strong> vida (como é o caso dos imigrantes e das minorias étnicas). Importa,pois, responsabilizar e mobilizar toda a socieda<strong>de</strong> <strong>para</strong> o combate àexclusão <strong>de</strong>stes cidadãos, mas também activar um conjunto <strong>de</strong> políticasintegradas, que possam contribuir <strong>para</strong> a sua inclusão social, <strong>para</strong> que auniversalida<strong>de</strong> dos direitos e cidadania seja cada vez mais uma realida<strong>de</strong>extensível a todos os cidadãos.Implícita nestas priorida<strong>de</strong>s encontra-se uma múltipla orientação <strong>para</strong> ocombate à pobreza e a todas as formas <strong>de</strong> exclusão, enquanto promoçãodo <strong>de</strong>senvolvimento socio-económico, dando particular atenção aocombate às formas <strong>de</strong> pobreza tradicional ainda existentes em Portugal,actuação <strong>de</strong> prevenção dos riscos que enfrentam os grupos e categoriassociais mais vulneráveis à pobreza e à exclusão social e actuação comvista à inclusão dos grupos e categorias sociais em situação <strong>de</strong> exclusão.No âmbito das priorida<strong>de</strong>s estabelecidas, a atenção às questões relativasà igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s encontra-se, portanto, inscrita <strong>de</strong> umaforma transversal e multidimensional. Quer as iniciativas no âmbitodos rendimentos directos e esquemas <strong>de</strong> bonificação das alocaçõesfamiliares, quer <strong>de</strong> forma indirecta, mas também influente, pela via dosinvestimentos em equipamentos sociais e apoios dirigidos aos idosos e<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, promoverão o combate à pobreza monetária e as condiçõesque viabilizem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhor conciliação entre a vida familiare a vida profissional, com particulares e positivas repercussões sobre adimensão <strong>de</strong> género da exclusão social.a. Garantir o acesso <strong>de</strong> todos aos recursos, direitos e serviços sociaisbásicos, necessários à participação na socieda<strong>de</strong>, ao mesmo tempo quese encontram respostas <strong>para</strong> formas extremas <strong>de</strong> exclusão e se combatemtodas as discriminações conducentes à exclusão.b. Garantir a inclusão social activa <strong>de</strong> todos, através da promoção daparticipação no mercado <strong>de</strong> trabalho e do combate à pobreza e à exclusãodas pessoas e dos grupos mais marginalizados.c. Garantir que as políticas <strong>de</strong> inclusão social são bem coor<strong>de</strong>nadase contam com o envolvimento <strong>de</strong> todos os níveis do governo e agentespertinentes (incluindo as pessoas que vivem na pobreza), que são eficientese integradas em todas as políticas públicas relevantes, <strong>de</strong>signadamenteas políticas económicas e orçamentais, <strong>de</strong> educação e formação e osprogramas dos fundos estruturais (nomeadamente o FSE), e que têm emconta a perspectiva da igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres.Com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong> espera-se po<strong>de</strong>r alcançar não sóum padrão <strong>de</strong> intervenções pautado pelo efectivo impacte na qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida das pessoas, seus contextos <strong>de</strong> vida e da socieda<strong>de</strong> em geral, mascom base na experiência a <strong>de</strong>senvolver (e nalguns casos já em curso), serátambém possível fazer repercutir e generalizar o que <strong>de</strong> mais a<strong>de</strong>quado ebem sucedido se vier a configurar.O <strong>de</strong>senvolvimento do PNAI permitirá, assim, articular as políticaspertinentes e os actores responsáveis na concretização <strong>de</strong>stas trêspriorida<strong>de</strong>s estratégicas, tendo bem presentes os Objectivos Comuns <strong>de</strong>Inclusão Social <strong>de</strong>finidos ao nível da União Europeia, que visam produzirum impacto <strong>de</strong>cisivo na erradicação da pobreza e da exclusão social:4849


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIPriorida<strong>de</strong>s PolíticasPriorida<strong>de</strong> 1Combater a pobreza das crianças e dos idosos, através<strong>de</strong> medidas que assegurem os seus direitos básicos <strong>de</strong>cidadaniaGarantir a realização dos direitos das crianças e dos idosos, no que serefere ao acesso a bens e serviços com qualida<strong>de</strong>, constitui um dos pilaresfundamentais na construção da cidadania social em Portugal. O conjunto<strong>de</strong> metas e medidas propostas procura articular uma dupla estratégia <strong>de</strong>resposta ao objectivo <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong> protecção social dascrianças e dos idosos. Partindo do princípio que as problemáticas queestes grupos enfrentam não po<strong>de</strong>m ser isoladas do contexto em que seinserem, as medidas centram-se nos níveis preventivo e reactivo.Existem medidas transversais que se referem sobretudo: à consolidação ereforço do objectivo <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> um rendimento básico <strong>de</strong> inserção em<strong>para</strong>lelo com o reforço das medidas <strong>de</strong> inserção profissional; à intervençãono mercado da habitação com vista à reabilitação, requalificação,realojamento habitacional, melhorando o acesso à habitação a preçoscompatíveis com os rendimentos das famílias; à intervenção territorial<strong>para</strong> promover a inclusão <strong>de</strong> áreas marginalizadas e <strong>de</strong>gradadas,combatendo a <strong>de</strong>sertificação e o isolamento e favorecendo a integraçãosocial <strong>de</strong> populações específicas; à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informar e aconselharos cidadãos em diversas situações financeiras problemática <strong>de</strong> que éexemplo a realida<strong>de</strong> crescente do sobreendividamento das famílias.O combate à pobreza infantil, enquanto priorida<strong>de</strong> fundamental <strong>para</strong>lutar contra a reprodução intergeracional <strong>de</strong> pobreza e o compromisso<strong>de</strong> redução do risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos, implicam <strong>para</strong> Portugal umesforço significativo na promoção da inclusão social.Nas crianças, as medidas traduzem-se no reforço da protecção social,por um lado, através da componente monetária, nomeadamente por viadas prestações familiares, em que ocorre a discriminação positiva dasfamílias com menos recursos e, em particular, das famílias monoparentais.Por outro lado, reforça-se o investimento e qualificação das respostasexistentes ao nível <strong>de</strong> equipamentos e serviços através <strong>de</strong> um particularreforço das vagas em creche permitindo, por um lado um maior apoioàs famílias mais carenciadas e, por outro, uma resposta direccionada àsnecessida<strong>de</strong>s das famílias <strong>de</strong>signadamente as mais jovens, promovendoa conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional das mulherese dos homens. Estas incluem ainda, as respostas institucionais que têmcomo objectivo promover o interesse superior da criança, com especialenfoque na criação <strong>de</strong> alternativas que garantam a prevalência na famíliae no apoio aos jovens no seu processo <strong>de</strong> autonomia. As políticas activas<strong>de</strong> emprego reforçam o apoio às famílias e consequentemente às criançasinseridas nestes agregados.No combate à pobreza nas crianças assumem ainda especial <strong>de</strong>staque asmedidas promovidas no âmbito do sistema educativo, <strong>de</strong>signadamenteao nível do pré-escolar e das condições <strong>de</strong> cumprimento da escolarida<strong>de</strong>obrigatória. Por outro lado, as intervenções <strong>de</strong>senvolvidas no sentido <strong>de</strong>promover a inserção profissional <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong>sfavorecidos, no quadrodas políticas activas <strong>de</strong> emprego e formação profissional, contribuemtambém <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong> enquadramentofamiliar das crianças em situação <strong>de</strong> pobreza.Tendo sido i<strong>de</strong>ntificado como principal factor <strong>de</strong> pobreza dos idososos baixos recursos financeiros e, sendo, em muitos casos, os agregadosfamiliares constituídos apenas por idosos, limitando o impacte dasmedidas transversais <strong>de</strong> apoio à inserção profissional dos cidadãos<strong>de</strong>sfavorecidos, as medidas apresentadas procuram dar resposta a estasituação através <strong>de</strong> uma prestação extraordinária monetária com vista aaumentar os rendimentos <strong>de</strong>stes indivíduos <strong>para</strong> um patamar mínimo <strong>de</strong>4200 euros anuais (a preços <strong>de</strong> <strong>2006</strong>). Além disso, procura-se reforçar econsolidar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos e serviços no sentido <strong>de</strong> dar respostaàs necessida<strong>de</strong>s actuais, privilegiando-se, sempre que possível, as soluçõesque permitam às pessoas idosas permanecer no seu meio natural <strong>de</strong> vidamas também dando atenção e resposta particular às crescentes situações<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência. É <strong>de</strong>dicada particular atenção à situação habitacional5051


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIdos idosos, prosseguindo uma política <strong>de</strong> requalificação habitacional, noquadro da protecção da autonomia <strong>de</strong>stes cidadãos.• Disponibilizar cerca <strong>de</strong> 6 000 lugares em equipamentos dare<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidados continuados integrados até <strong>2008</strong>.METAS• Garantir que 90% dos agregados beneficiários do rendimentosocial <strong>de</strong> inserção estabeleçam acordos <strong>de</strong> inserção, até <strong>2008</strong>.• Intervir no mercado da habitação com vista à reabilitação,requalificação, realojamento habitacional através dacontratualização <strong>de</strong> mais 13 400 fogos, até <strong>2008</strong>.• Garantir o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> intervençãoterritorial em 100 concelhos do país orientados <strong>para</strong> grupos eterritórios em risco <strong>de</strong> exclusão.• Abranger 153 000 pessoas com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção nomercado <strong>de</strong> trabalho em acções <strong>de</strong> formação, qualificação eapoio técnico, até <strong>2008</strong>.• Reforçar a protecção às famílias monoparentais, abrangendo200 000 titulares do abono <strong>de</strong> família a partir <strong>de</strong> 2007.• Aumentar em 50% a capacida<strong>de</strong> instalada em creches, até2009 (atingir o compromisso <strong>de</strong> Barcelona: 33%).• Promover a <strong>de</strong>sinstitucionalização <strong>de</strong> 25% das crianças ejovens institucionalizadas, até 2009.• Garantir a todos os idosos, com 65 e mais anos e com baixosrecursos, uma prestação monetária extraordinária com vistaa aumentar os seus rendimentos globais <strong>para</strong> um patamarmínimo <strong>de</strong> 4 200€/ ano (a preços <strong>de</strong> <strong>2006</strong>).• Reforçar os equipamentos sociais <strong>para</strong> Idosos, criando 19 000novas vagas até 2009.Medidas <strong>de</strong> Política 95Medidas TransversaisMedidas Descrição Meta(s)RendimentoSocial <strong>de</strong> Inserção– RSI (MTSS)Benefícios fiscais àcriação <strong>de</strong> emprego<strong>para</strong> jovens e<strong>de</strong>sempregados <strong>de</strong>longa duração(MF)Gabinetes<strong>de</strong> apoio aosobreendividamentodos consumidores(MEI)Gabinete <strong>de</strong>Aconselhamentofinanceiro(MEI) √Consiste numa prestação dosubsistema <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, queinclui um programa <strong>de</strong> inserção.Esta medida visa contribuir <strong>para</strong>a satisfação das necessida<strong>de</strong>sbásicas dos agregados e favorecera progressiva inserção laborale social dos seus elementos.Procura <strong>de</strong>senvolver o potencialda criação <strong>de</strong> emprego, através<strong>de</strong> benefícios fiscais às empresas,com vista à criação <strong>de</strong> postos<strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> trabalhadorescom contrato sem termo eida<strong>de</strong> inferior a 30 anos ou<strong>de</strong>sempregados <strong>de</strong> longa duração.Serviços <strong>de</strong> Informação eapoio aos consumidoressobreendividados, compossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediaçãojunto das entida<strong>de</strong>s credoras.Serviços <strong>de</strong> Informação eapoio aos consumidores dosencargos e riscos do crédito.Garantir que 90% dosbeneficiários do RSIestabeleçam acordos <strong>de</strong>inserção, até <strong>2008</strong>.Reduzir, até <strong>2008</strong>, oscustos não salariaissobre remunerações <strong>de</strong>trabalhadores jovensadmitidos pelas empresasou <strong>de</strong>sempregados<strong>de</strong> longa duração.Apoiar e informar osconsumidores em situação<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> face aoendividamento sobre osencargos do crédito aoconsumo e outros créditos<strong>de</strong> recorrência habitualpelo consumidor.Aconselhar e informaros consumidores sobrequestões relacionadascom a responsabilida<strong>de</strong>financeira <strong>de</strong>correntes daconcessão <strong>de</strong> crédito.95 √ Medida <strong>de</strong> política nova ou a criar.5253


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIMedidas Descrição Meta(s)Medidas Descrição Meta(s)Novo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>Cooperação(MTSS) √Programas <strong>de</strong>apoio à Construção<strong>de</strong> Habitação aCustos Controlados– PCHCC(MAOTDR)Programa Especial<strong>de</strong> Realojamento– PER(MAOTDR)Subsídios <strong>de</strong> Renda,criados no âmbitodo Novo Regime<strong>de</strong> ArrendamentoUrbano – NRAU(MAOTDR) √Programa <strong>para</strong> aInclusão e <strong>para</strong> oDesenvolvimento– PROGRIDE(MTSS)O Novo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Cooperaçãovisa o enquadramento dascrianças e dos idosos nasrespostas sociais, alterandoparticularmente o apoio doEstado, modulando-o em funçãodos rendimentos das famílias.Medida que visa:a) Criar e requalificar osbairros sociais, dotando-os<strong>de</strong> infra-estruturas sociais,<strong>para</strong> melhor integração<strong>de</strong>stes no tecido urbano;b) Impulsionar a promoção<strong>de</strong> habitação a preçoscompatíveis com osrendimentos das famílias,proporcionando alternativano acesso à habitação.Programa <strong>de</strong> habitação emarrendamento ou aquisição,<strong>de</strong>stinados a famílias comgraves carências habitacionais.Visa assegurar a protecção socialdos arrendatários <strong>de</strong> fracosrecursos, face à actualização <strong>de</strong>rendas prevista no NRAU.Medida que visa:1 - Promover a inclusão socialem áreas marginalizadas e<strong>de</strong>gradadas, combatendo oisolamento, a <strong>de</strong>sertificação e aexclusão em zonas <strong>de</strong>primidas.2 - Intervir junto <strong>de</strong> gruposconfrontados com situações<strong>de</strong> exclusão, marginalida<strong>de</strong>e pobreza persistentes.Concretiza-se através do apoioa projectos que respon<strong>de</strong>ma problemas <strong>de</strong> naturezamultidimensional <strong>de</strong> umterritório ou grupo.Construir e aplicaro Novo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>Cooperação, até 2007,com base no princípio dadiferenciação positiva.Abranger anualmente,até <strong>2008</strong>, 3200agregados familiares.Concluir anualmente,até <strong>2008</strong>, 3500 fogos,abrangendo 3500agregados familiares.Abranger 10 000arrendatários, até <strong>2008</strong>.Desenvolver 73projectos, até <strong>2008</strong>.Contratos <strong>de</strong>DesenvolvimentoSocial – CDS(MTSS) √Projecto piloto“IniciativaBairros Críticos”(MAOTDR) √Programa <strong>de</strong>IntervençãoMercado <strong>de</strong>Trabalho Inclusivo(MTSS)Vi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 2Micro-crédito(MTSS)Porta 65 – GestãoHabitacional eArrendamento doParque Público(MAOTDR) √Tem como objectivo tornaros territórios mais inclusivos,melhorar as condições <strong>de</strong> vidados seus habitantes e promovera coesão social. Os CDSsão planos <strong>de</strong> intervenção,acordados entre um conjunto<strong>de</strong> parceiros locais restrito, queinventariam um conjunto <strong>de</strong>acções/ projectos a <strong>de</strong>senvolvernum território durante um<strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo.Promove a integração sóciourbanística<strong>de</strong> territóriosque apresentam factores <strong>de</strong>vulnerabilida<strong>de</strong> crítica, através<strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> intervenção,que permitam consolidarboas práticas passíveis <strong>de</strong>transferibilida<strong>de</strong> no quadroda política <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que ogoverno preten<strong>de</strong> promover.Promove acções <strong>de</strong> apoio àcriação <strong>de</strong> emprego, formação,qualificação e apoio técnico efinanceiro junto <strong>de</strong> pessoas comparticulares dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho.Promove o apoio técnico efinanceiro <strong>para</strong> a criação doauto-emprego, junto <strong>de</strong> pessoascom particulares dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho.Programa <strong>de</strong>stinado a apoiar asfamílias no acesso à habitação emregime <strong>de</strong> arrendamento social.Estabelecer 30 Contratos<strong>de</strong> DesenvolvimentoSocial, até <strong>2008</strong>.Desenvolver <strong>Plano</strong>s<strong>de</strong> Intervenção em 3Bairros (Lagarteiro,Cova da Moura e Valeda Amoreira), até 2009.Favorecer a integração <strong>de</strong>153 000 pessoas<strong>de</strong>sempregadas emacções <strong>de</strong> formação eemprego, até <strong>2008</strong>.− Alargar as medidas<strong>de</strong> micro-crédito aoterritório nacional,até 2007.− Abranger 5000 pessoasem iniciativas <strong>de</strong> microcrédito,até <strong>2008</strong>.− Apoio no acesso àhabitação e melhoriadas condições <strong>de</strong>habitação <strong>de</strong> 1000famílias/ano.5455


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIMedida Descrição Meta(s)Medida Descrição Meta(s)Agência <strong>para</strong>a <strong>de</strong>fesa e<strong>de</strong>senvolvimentoda criança e dojovem em risco naRA Açores (GRAçores) √Destina-se à criação <strong>de</strong> umsistema <strong>de</strong> intervenção globalque promova a integraçãosócio-familiar e um sistema <strong>de</strong>aprendizagens global <strong>para</strong> areintegração familiar e educativae a empregabilida<strong>de</strong>.- Promove a criação <strong>de</strong> umespaço <strong>de</strong> reforço da articulaçãointer-serviços e interinstitucional,<strong>de</strong>sburocratizandoprocedimentos e contribuindo<strong>para</strong> uma visão global esistémica do contexto familiare comunitário da criança e dojovem;- Intervem, <strong>de</strong> forma integrada,nos domínios da educação<strong>para</strong> o direito e da promoção eprotecção <strong>de</strong> crianças e jovens;- Cria respostas no domínio doapoio à família e alternativas <strong>de</strong>acolhimento, da formação e daorientação educativa e da saú<strong>de</strong>.Criar e implementar umconjunto <strong>de</strong> respostase serviços interinstitucionaisdirigidosà <strong>de</strong>fesa das criançase jovens em risco erespectivas famílias naRegião Autónoma dosAçores, até <strong>2008</strong>.Projecto <strong>de</strong>Intervenção Precocee CompetênciasParentais (GRMa<strong>de</strong>ira) √Previne situações <strong>de</strong> risco socialatravés da intervenção precoceintegrada <strong>de</strong> crianças até aos 6anos, apoio a crianças <strong>de</strong> rua emelhoria das respostas sociais dosistema <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> infância ejuventu<strong>de</strong>.Efectuar a IntervençãoPrecoce e CompetênciasParentais (PIP/CP) em50% dos concelhos daRAM, até <strong>2008</strong>.Formar a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>famílias <strong>de</strong> acolhimentoaté <strong>2008</strong>.Criar um centro <strong>de</strong> apoioa crianças e a jovens,abrangendo 50% dosjovens i<strong>de</strong>ntificados, afuncionar a partir <strong>de</strong><strong>2006</strong>.Definir e implementarplanos integrados <strong>de</strong>educação e formação(PIEF) abrangendo 80%das crianças e jovensinstitucionalizados emIPSS, até <strong>2008</strong>.Comissões <strong>de</strong>Protecção <strong>de</strong>Crianças e Jovens– CPCJ(MTSS)São instituições oficiais nãojudiciárias, com autonomiafuncional, que visam promover osdireitos da criança e do jovem eprevenir ou pôr termo a situaçõessusceptíveis <strong>de</strong> afectar a suasegurança, saú<strong>de</strong>, formação,educação ou <strong>de</strong>senvolvimentointegral.− Reforçar, até <strong>2006</strong>,os Recursos Humanosdas CPCJ: 128 técnicosa tempo inteiro; 340professores a tempoparcial.− Constituir mais 40CPCJ, até <strong>2008</strong>.Programa <strong>de</strong>Generalização doFornecimento <strong>de</strong>Refeições Escolaresaos Alunos do 1.ºCiclo do EnsinoBásico (ME) √Disponibilizar refeiçõesequilibradas às crianças quefrequentam o 1.º ciclo doensino básico, <strong>para</strong> corrigir a<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> no acesso <strong>de</strong>stesalunos a refeições escolarescom<strong>para</strong>tivamente aos <strong>de</strong> outrosciclos/níveis <strong>de</strong> ensino.Garantir que 100%das Escolas do 1º Ciclodisponibilizem a todasas crianças uma refeiçãoescolar equilibrada, até<strong>2008</strong>.5859


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIMedida Descrição Meta(s)Medida Descrição Meta(s)Programa <strong>de</strong>Alargamentoda Re<strong>de</strong> <strong>de</strong>EquipamentosSociais – PARES(MTSS) √Apoiar o alargamento,<strong>de</strong>senvolvimento e a consolidaçãoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos sociaisem Portugal Continental,apostando nomeadamente nacriação <strong>de</strong> novos lugares emrespostas sociais nas áreas dainfância, idosos e pessoas com<strong>de</strong>ficiência.Aumentar em 50% acapacida<strong>de</strong> instaladaem creches (atingiro compromisso <strong>de</strong>Barcelona: 33%), criando37 000 novas vagas, até2009.Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> CuidadosContinuadosIntegrados (MS/MTSS) √Promover a oferta <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>:− Internamento <strong>de</strong> curta duraçãoalternativo ao hospital;− Internamento <strong>de</strong> longo prazo<strong>para</strong> idosos e pessoas com<strong>de</strong>pendência;− Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dia, promovendouma vida autónoma nacomunida<strong>de</strong>.Criar até <strong>2008</strong>:(a) 997 camas <strong>de</strong>convalescença emunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> aprestação <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> curta duração;(b) 1 139 camas emunida<strong>de</strong>s com vista aprestação <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> média duraçãoe <strong>de</strong> reabilitação;(c) 2 720 camas emunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> aprestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>apoio e internamento <strong>de</strong>longo prazo;(d) 814 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> área<strong>de</strong> dia/promoção daautonomia;(e) 326 <strong>de</strong> camas <strong>para</strong>cuidados paliativos.Pessoas IdosasMedida Descrição Meta(s)ComplementoSolidário <strong>para</strong>Idosos – CSI(MTSS) √Prestação do subsistema <strong>de</strong>solidarieda<strong>de</strong> <strong>para</strong> pensionistascom 65 e mais anos. Assumeum perfil <strong>de</strong> complemento aosrendimentos preexistentes. Ovalor é <strong>de</strong>finido por referência aum limiar fixado anualmente e aatribuição é diferenciada segundoa situação concreta do pensionistaque requer.Garantir a todos os idosos,com 65 e mais anos ecom baixos recursos,uma prestação monetáriaextraordinária comvista a aumentar os seusrendimentos globais <strong>para</strong>um patamar mínimo <strong>de</strong>4200€/ ano (a preços <strong>de</strong><strong>2006</strong>).Voluntariado(MTSS) √Criar uma Re<strong>de</strong> <strong>Nacional</strong><strong>de</strong> voluntariado através <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> promoção local, naárea do apoio às pessoas idosas.Garantir a intervençãoorganizada em pelo menosmeta<strong>de</strong> dos concelhos dopaís, até <strong>2008</strong>.Projecto-piloto<strong>de</strong> requalificaçãohabitacional dapopulação idosa(MTSS) √Programa <strong>de</strong>Alargamentoda Re<strong>de</strong> <strong>de</strong>EquipamentosSociais – PARES(MTSS)√Melhorar as condições básicas<strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> e mobilida<strong>de</strong>das pessoas idosas utentes <strong>de</strong>apoio domiciliário, prevenindo ainstitucionalização e situações <strong>de</strong><strong>de</strong>pendência.Apoiar o alargamento,<strong>de</strong>senvolvimento e a consolidaçãoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos sociaisem Portugal Continental,apostando nomeadamente nacriação <strong>de</strong> novos lugares emrespostas sociais nas áreas dainfância, idosos e pessoas com<strong>de</strong>ficiência.Financiar 570 intervençõesem habitações <strong>de</strong> pessoasidosas com apoiodomiciliário em 3 Distritosdo interior do país.Criar 19 000 vagasem Lares <strong>para</strong> Idosose Serviços <strong>de</strong> ApoioDomiciliário e centro <strong>de</strong>dia, até 2009.6061


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIPriorida<strong>de</strong> 2Corrigir as <strong>de</strong>svantagens na educação e formação/qualificaçãoAs medidas <strong>de</strong> política <strong>para</strong> esta priorida<strong>de</strong> específica traduzem anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma acção concreta <strong>de</strong> correcção <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>vulnerabilida<strong>de</strong> estrutural em termos das qualificações formais dosdiferentes grupos alvo, nomeadamente através do seu reforço, mastambém da promoção do reconhecimento e validação <strong>de</strong> um conjunto<strong>de</strong> qualificações informais adquiridas pelos cidadãos.O esforço <strong>para</strong> garantir o acesso generalizado das crianças entre os 3 eos 5 anos à educação pré-escolar, constitui uma priorida<strong>de</strong> fundamentaltanto ao nível da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> direitos como ao nível das repercussõespositivas que terá, quer <strong>para</strong> as próprias crianças quer <strong>para</strong> as suasfamílias. A aprendizagem básica e o consequente <strong>de</strong>senvolvimento dascapacida<strong>de</strong>s individuais proporcionadas por um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>sdiversificadas <strong>de</strong> enriquecimento pessoal e curricular já implementadase outras que virão a fazer parte do primeiro ciclo do ensino básicorepresentam uma mais valia indispensável <strong>para</strong> o prosseguimento, combases mais sólidas, dos níveis <strong>de</strong> ensino subsequentes, aumentando asprobabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucesso.Por outro lado, o reforço do número <strong>de</strong> vagas em cursos profissionalizantese da oferta <strong>de</strong> alternativas curriculares capazes <strong>de</strong> (re)aproximar da escolaos alunos com maiores dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem, aumentandolhesa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> concluir o ensino secundário ou até mesmo aescolarida<strong>de</strong> obrigatória, reveste-se da maior importância por colocarà disposição dos jovens opções diversificadas <strong>de</strong> educação/formação,aumentando-lhes as competências e, por consequência, facilitando atransição <strong>para</strong> a vida activa.O processo <strong>de</strong> qualificação <strong>de</strong> adultos em ida<strong>de</strong> activa, consubstanciadono “Programa Novas Oportunida<strong>de</strong>s”, quer através <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong>educação/formação quer do reconhecimento e certificação <strong>de</strong>competências adquiridas ao longo da vida representa um <strong>de</strong>safiosobretudo <strong>para</strong> aqueles que <strong>de</strong>têm baixas qualificações e que po<strong>de</strong>rãoatravés do conjunto dos instrumentos enunciados, em particular através<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> reconhecimento, validação e certificação <strong>de</strong> competênciase da frequência <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> educação e formação <strong>de</strong> adultos, aumentara sua empregabilida<strong>de</strong>.O acesso generalizado às novas tecnologias constitui um <strong>de</strong>safiofundamental a que urge respon<strong>de</strong>r no sentido da actuação e prevençãodos riscos da info-exclusão da população portuguesa. Assim, as medidas<strong>de</strong> politica consagradas neste <strong>Plano</strong> direccionam-se <strong>para</strong> a criação, emtodo o território, das infra-estruturas necessárias <strong>para</strong> a generalização doserviço <strong>de</strong> banda larga e respectiva utilização.No quadro <strong>de</strong>sta priorida<strong>de</strong> importa <strong>de</strong>stacar a importância da suaarticulação com as medidas inscritas no <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong>o Crescimento e o Emprego (PNACE), que engloba <strong>de</strong> forma coerente oPrograma <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> e Crescimento, o <strong>Plano</strong> Tecnológico e o <strong>Plano</strong><strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Emprego.METAS• Abranger no ensino pré-escolar 100% das crianças com 5anos e 90% com 3 e 4 anos até 2009.• Reduzir a saída escolar precoce das pessoas entre os 18 e os 24anos <strong>para</strong> 30% em <strong>2008</strong> e 25% em 2009.• Reduzir <strong>para</strong> meta<strong>de</strong> o insucesso escolar no Ensino Básico em2009 (em 2004/2005 era <strong>de</strong> 19,7%).• Qualificar 1 milhão <strong>de</strong> adultos em ida<strong>de</strong> activa até 2010.• Generalizar o acesso à Internet e às tecnologias <strong>de</strong> informaçãoe comunicação através, entre outros, do alargamento a todo oterritório do serviço <strong>de</strong> banda larga e da disponibilização <strong>de</strong>espaços públicos gratuitos <strong>de</strong> acesso à Internet, até <strong>2008</strong>.6263


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIMedidas <strong>de</strong> Política 96Medida Descrição Meta(s)Crianças e JovensMedida Descrição Meta(s)Re<strong>de</strong> <strong>de</strong>equipamentospré-escolar(ME)Escola aTempo Inteiro– Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>enriquecimentocurricular (1º ciclodo Ensino Básico)(ME)√Aumentar o número <strong>de</strong> vagasem pré-escolar <strong>para</strong> as criançasdos 3 aos 5 anos, reforçandoas condições <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> no<strong>de</strong>senvolvimento sócio-educativodas crianças e <strong>para</strong> a conciliaçãoda vida pessoal, familiar eprofissional das famílias jovens.Adaptar os tempos <strong>de</strong>permanência das criançasnos estabelecimentos <strong>de</strong>ensino às necessida<strong>de</strong>s dasfamílias, garantindo que ostempos são pedagogicamentericos e complementares dasaprendizagens associadas àaquisição das competênciasbásicas. Das diversas activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> enriquecimento curricular,<strong>de</strong>senvolvidas, pelo menos, atéàs 17,30h, são obrigatórias oinglês <strong>para</strong> os 3.º e 4.º anos <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong> e o apoio ao estudo.Alargar e racionalizar are<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentospré-escolar, até <strong>2008</strong>,aumentando as taxas <strong>de</strong>cobertura <strong>para</strong>: 95% - 5anos; 85% - 4 anos; e 85%- 3 anos.- Alargar o horário escolaraté às 17:30h em 100%das escolas do 1º Ciclodo Ensino Básico comoferta <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>enriquecimento curricular,até <strong>2008</strong>.- Generalizar o inglês eo estudo apoiado no 3º e4º anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>a todas as crianças, até<strong>2008</strong>.TerritóriosEducativos <strong>de</strong>IntervençãoPrioritária(ME) √Programa Escolhas(PCM)Vi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 3Flexibilizar dispositivos <strong>de</strong>organização e gestão dos recursose currículo <strong>para</strong> alunos <strong>de</strong> escolascom elevadas taxas <strong>de</strong> insucesso.Programa que visa promovera inclusão social <strong>de</strong> criançase jovens provenientes <strong>de</strong>contextos sócio-económicos maisvulneráveis, particularmente dos<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> imigrantes eminorias étnicas, tendo em vistaa igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e oreforço da coesão social.Desenvolver, até<strong>2008</strong>, 30 contratosprograma<strong>de</strong> carácterinovador que visem amelhoria da qualida<strong>de</strong>educativa e a promoçãodo sucesso escolar edo <strong>de</strong>senvolvimentocomunitário.Financiar, até <strong>2008</strong>,110 projectos <strong>de</strong> apoio àeducação, formação (TIC,…), ocupação <strong>de</strong> temposlivres da populaçãoinfantil e jovem <strong>de</strong> bairroscarenciados.PercursosCurricularesAlternativos(ME)Formar professores <strong>de</strong> Inglês <strong>para</strong>o 1º Ciclo do Ensino Básico.Garantir e flexibilizar dispositivos<strong>de</strong> organização e gestão docurrículo <strong>de</strong>stinados a alunos querevelem insucesso escolar repetidoou problemas <strong>de</strong> integração nacomunida<strong>de</strong> educativa.Formar 500 professores <strong>de</strong>Inglês <strong>para</strong> leccionar no 1ºCiclo do Ensino Básico,até 2007.Assegurar o cumprimentoda escolarida<strong>de</strong> obrigatóriaa alunos até aos 15 anos<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (inclusive) cominsucesso escolar repetidoou risco <strong>de</strong> abandonoescolar, até <strong>2008</strong>.96 √ Medida <strong>de</strong> política nova ou a criar6465


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIJovens e Adultos em ida<strong>de</strong> activaMedida Descrição Meta(s)Medida Descrição Meta(s)Iniciativa NovasOportunida<strong>de</strong>s(ME/MTSS) √Preten<strong>de</strong> acelerar aqualificação dos portugueses,tendo o nível secundário<strong>de</strong> educação e formaçãocomo objectivo <strong>de</strong> referência<strong>para</strong> todos. Visa superar oprofundo défice estruturaldo país neste domínio,apostando em dois eixos <strong>de</strong>intervenção:- Combater o insucesso e oabandono escolar precocepor parte dos jovens eque constitui um dosfactores fundamentais<strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong>situações <strong>de</strong> pobreza eexclusão social, atravésda diversificação dasvias <strong>de</strong> educação eformação, pelo reforçodas vagas <strong>de</strong> naturezaprofissionalizante e daexigência <strong>de</strong> maiorestaxas <strong>de</strong> aproveitamentoescolar;- Promover a elevação dosníveis <strong>de</strong> qualificação<strong>de</strong> base da populaçãoadulta, através da criação<strong>de</strong> um sistema efectivo<strong>de</strong> formação <strong>de</strong>ssapopulação, que mobilize,adapte e reforce osinstrumentos disponíveis,<strong>de</strong>signadamente naperspectiva dos grupos<strong>de</strong>sfavorecidos.− Aumentar <strong>para</strong> 50% aimportância das viasprofissionalizantes no total<strong>de</strong> jovens a frequentar cursos<strong>de</strong> nível secundário até 2010,através das seguintes metas:o Alargar a oferta formativa<strong>de</strong> cariz vocacional nasescolas profissionais esecundárias públicasabrangendo, até 2007,52 500 jovens (≥ 15anos) e, até 2010, cerca <strong>de</strong>127 500.o Abranger, até <strong>2008</strong>, cerca<strong>de</strong> 475 000 jovens e, até2010, cerca <strong>de</strong> 650 000 emformação profissionalizante<strong>de</strong> nível secundário.− Garantir que até 2010 seráproporcionado a todosos jovens em risco <strong>de</strong>abandono sem cumpriremcom sucesso a escolarida<strong>de</strong>obrigatória a integração emvias profissionalizantes quepermitam concluírem o 9º ano<strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> abrangendo<strong>para</strong> o efeito cerca <strong>de</strong> 75 000jovens até <strong>2008</strong> e mais <strong>de</strong>125 000 até 2010.− Reforçar a oferta <strong>de</strong> cursosprofissionalizantes abrangendo152 000 adultos ao nível do 9ºe 12º ano, até <strong>2008</strong>.− Expandir a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong>Reconhecimento, Validação eCertificação <strong>de</strong> Competências(CRVCC), <strong>de</strong> modo a atingir300 Centros em <strong>2008</strong>.Programa <strong>de</strong>intervençãoMercado <strong>de</strong>TrabalhoInclusivo(MTSS)Vi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 1TICFormar e certificar escolare profissionalmente pessoasadultas em ida<strong>de</strong> activacom baixa escolarida<strong>de</strong>e qualificações, nosentido da promoção daempregabilida<strong>de</strong>.Abranger 153 000 pessoasem ida<strong>de</strong> activa em acções<strong>de</strong> formação e integraçãoprofissional, até <strong>2008</strong>.Medida Descrição Meta(s)Ligar Portugalem banda larga(MOPTC /MCTES) √Espaços Internetnos Concelhos(MCTES)Criar infra-estrutura <strong>de</strong>telecomunicações quepossibilitam o acesso aserviços <strong>de</strong> banda larga.Promove igualmente autilização <strong>de</strong> novos serviçossem fios.Promover em todos osConcelhos do Continenteo acesso público gratuitoà Internet, aberto emhorário alargado e comapoio <strong>de</strong> monitores, <strong>para</strong>familiarização dos cidadãosem TIC.− Disponibilizar a todo oterritório o serviço <strong>de</strong> bandalarga, até <strong>2006</strong> (MOPTC).− Aumentar <strong>para</strong> mais 50% o n.º<strong>de</strong> agregados familiares comacesso à Internet em bandalarga, até 2010 (MCTES).Duplicar, até <strong>2008</strong>, os espaçospúblicos <strong>de</strong> acesso à Internetnos municípios, com apoio <strong>de</strong>monitores, garantindo pelomenos um espaço públicogratuito em cada concelho dopaís.− Garantir que até <strong>2008</strong>cerca <strong>de</strong> 160 000 pessoasobtenham uma certificação<strong>de</strong> competências, através <strong>de</strong>processos RVCC.6667


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIPriorida<strong>de</strong> 3Ultrapassar as discriminações, reforçando a integraçãodas pessoas com <strong>de</strong>ficiência e dos imigrantesGarantir a efectivação dos direitos das pessoas sujeitas a discriminaçãoconstitui uma condição fundamental <strong>para</strong> a concretização <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática, baseada na dignida<strong>de</strong> das pessoas, o que justificaa atenção à população com <strong>de</strong>ficiência, aos imigrantes, às minoriasétnicas e às vítimas <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> seres humanos, entre outros gruposon<strong>de</strong> pesa também a discriminação.As pessoas sujeitas a discriminação ficam impedidas <strong>de</strong> participar sociale profissionalmente, pelo que importa <strong>de</strong>senvolver competências <strong>para</strong> oexercício da cidadania quer junto <strong>de</strong> agentes estratégicos <strong>de</strong> intervençãosocial, quer junto da população em geral. Importa ainda, introduzirnas estruturas sociais e organizacionais as alterações necessárias <strong>para</strong> oreforço do acesso a serviços e oportunida<strong>de</strong>s essenciais, com a aplicaçãoda legislação anti discriminação e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> abordagensdireccionadas <strong>para</strong> situações específicas. A prossecução <strong>de</strong>stes objectivosimplica ainda, direccionar intervenções <strong>de</strong> sensibilização e mobilização<strong>para</strong> a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> inclusiva alicerçada na igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s.As medidas <strong>de</strong> política activas, com carácter preventivo e re<strong>para</strong>dor,<strong>de</strong>senhadas <strong>para</strong> as pessoas com <strong>de</strong>ficiência ou incapacida<strong>de</strong> centramsenas seguintes dimensões-chave <strong>de</strong> intervenção: acessibilida<strong>de</strong>s;educação, qualificação e emprego; protecção social; equipamentos eserviços. Traduzem-se, pois, no reforço do investimento no acesso a bense serviços, através da a<strong>de</strong>quação do sistema escolar às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stetipo <strong>de</strong> população. Por outro lado, reforça-se o investimento na protecçãosocial, através da revisão e a<strong>de</strong>quação das prestações familiares e doaumento <strong>de</strong> lugares em equipamentos e serviços sociais <strong>para</strong> o apoio aosindivíduos e às famílias. Continua-se a investir em acções <strong>de</strong> formaçãoe integração no mercado <strong>de</strong> trabalho, <strong>para</strong> que estas pessoas participemsocial e profissionalmente e sejam economicamente autónomas.Quanto às medidas <strong>de</strong> política dirigidas aos imigrantes e minorias étnicas,bem como às vítimas <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> seres humanos, com carácter preventivoe/ou re<strong>para</strong>dor procuram garantir direitos e facilitar o acolhimento eintegração <strong>de</strong>sta população. Estas centram-se nos domínios da(os):informação, formação e sensibilização <strong>para</strong> o combate à discriminação;educação, qualificação e emprego; equipamentos, serviços e legislativo.Traduzem-se, portanto, num reforço do investimento nos sistemas esuportes <strong>de</strong> informação úteis a esta população, facultados em diferenteslínguas, no ensino da língua e cultura portuguesa, em acções <strong>de</strong> formaçãoe integração profissional, e na criação <strong>de</strong> interfaces <strong>de</strong> resposta e suporteintegrado entre a população imigrante e a administração pública centrale local. Numa política <strong>de</strong> imigração ajustada ao novo contexto, Portugal,a<strong>de</strong>qua a legislação nacional às recentes directivas comunitárias,procurando <strong>de</strong>ste modo, entre outros, atribuir um estatuto jurídico aosestrangeiros igual ao do cidadão português, simplificar e tornar maistransparente o processo <strong>de</strong> legalização e aumentar a protecção <strong>de</strong> vítimascontra o tráfico <strong>de</strong> seres humanos.METAS• Afectar 4 000 professores <strong>de</strong> Educação especial nosagrupamentos <strong>de</strong> escolas, abrangendo 26 000 crianças e jovenscom <strong>de</strong>ficiência, até <strong>2008</strong>.• Abranger 46 000 pessoas com <strong>de</strong>ficiência em acções <strong>de</strong>formação, qualificação e apoio técnico, com vista à integraçãoprofissional, até <strong>2008</strong>.• Abranger 140 000 beneficiários no novo sistema <strong>de</strong> prestaçõesna eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, até 2009.• Aumentar 1 850 vagas em equipamentos sociais <strong>para</strong> pessoascom <strong>de</strong>ficiência, até 2009.• Dotar as escolas <strong>de</strong> autonomia <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamentea 80 000 alunos estrangeiros, cuja língua materna não é oPortuguês, reforçando as condições <strong>de</strong> prossecução dosestudos no sistema educativo nacional, até <strong>2008</strong>.6869


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte II• Abranger 38 500 imigrantes em acções <strong>de</strong> formação,qualificação e apoio técnico, até <strong>2008</strong>.Medidas <strong>de</strong> Política 97Pessoas com <strong>de</strong>ficiênciaMedida Descrição Meta(s)Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços<strong>de</strong> informação emediação <strong>para</strong>pessoas com<strong>de</strong>ficiências - SIM-PD(MTSS) √Nova lei dasacessibilida<strong>de</strong>s(MTSS)√A Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> informaçãoe mediação <strong>para</strong> pessoas com<strong>de</strong>ficiências, visa proporcionarlocalmente um atendimento eapoio qualificado às pessoas com<strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>. Éuma Re<strong>de</strong> que se localiza nasautarquias.Definição <strong>de</strong> normativostécnicos a aplicar no âmbito dasacessibilida<strong>de</strong>s no edificado.− Criar, até 2007, umaBase <strong>de</strong> Dados cominformação sobrelegislação, recursose serviços existentesdirigidos a pessoascom <strong>de</strong>ficiências ouincapacida<strong>de</strong>.− Criar e implementarnos 18 Distritos umServiço <strong>de</strong> Informação eMediação, até 2009.− Assegurar ofuncionamento <strong>de</strong>uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Coor<strong>de</strong>nação <strong>Nacional</strong>dos SIM-PD, até <strong>2008</strong>.− Alargar normastécnicas sobre asacessibilida<strong>de</strong>s aosedifícios habitacionaisao longo <strong>de</strong> um período<strong>de</strong> 8 anos na razão <strong>de</strong>12,5% ano. (% <strong>de</strong> fogosadaptados por edifício).− Incentivar ocumprimento dosnormativos, atravésdo reforço <strong>de</strong> normassancionatórias.Medida Descrição Meta(s)Reduções Tarifárias<strong>para</strong> Pessoas comDeficiência(MTSS)Inclusão digital nostransportes públicos(MOPTC) √Produção do LivroBraille e Sonoro(MC)Reduções Tarifárias nostransportes ferroviários a pessoascom <strong>de</strong>ficiência e respectivosacompanhantes, nas modalida<strong>de</strong>s:- “Acordo <strong>de</strong> Descontos <strong>para</strong> Pessoascom Deficiência” - <strong>de</strong>sconto nocusto dos bilhetes às pessoascom incapacida<strong>de</strong> ≥ 60% e sobcondição <strong>de</strong> recursos;- Acordo Tarifário “Dois porUm” – isenção <strong>de</strong> bilheteao acompanhante da pessoacom <strong>de</strong>ficiência com grau <strong>de</strong>incapacida<strong>de</strong> ≥80%.Os Objectivos do ProjectoMIMO são: a) o acessopermanente dos cidadãos àinformação dos transportespúblicos, nomeadamente doscom necessida<strong>de</strong>s especiais; b)potenciar o uso generalizado dasnovas tecnologias.Implica a existência <strong>de</strong> umsistema multicanal, que permitaao cidadão realizar perguntas eobter respostas sobre percursos,condições do percurso e custos.O projecto envolve operadores<strong>de</strong> transporte públicos e privadose associações <strong>de</strong> cidadãos comnecessida<strong>de</strong>s especiais.Produzir livros Braille e audiolivros<strong>de</strong> colecções bibliográficasnacionais, com vista à valorizaçãoeducacional, profissionale cultural dos utilizadores<strong>de</strong>ficientes visuais e invisuais.− Aumentar, até <strong>2008</strong>,o nº <strong>de</strong> pessoascom <strong>de</strong>ficiênciae seus familiaresabrangidos pelosAcordos Tarifários nostransportes ferroviários,nomeadamente:em 10% o nº <strong>de</strong>acompanhantes <strong>de</strong>pessoas com <strong>de</strong>ficiênciae em 5% o nº <strong>de</strong> pessoascom <strong>de</strong>ficiência (face a2005).− Implementar , até<strong>2008</strong>, o AcordoTarifário “Doispor Um”, na Re<strong>de</strong>Expressos.− Construir, até <strong>2008</strong>,uma Base <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>transportes públicos daRegião do Mon<strong>de</strong>go,extensível às <strong>de</strong>maisRegiões.− Implementar na Regiãodo Mon<strong>de</strong>go, até <strong>2008</strong>,o sistema multicanal,acessível, entre outrosmeios electrónicos, pelaInternet , extensível às<strong>de</strong>mais Regiões do País.Disponibilizar anualmentetítulos em Braille eaudio-livros <strong>de</strong> colecçõesbibliográficas nacionais,até <strong>2008</strong>.97 √ Medida <strong>de</strong> Política nova ou a criar.7071


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIIMedida Descrição Meta(s)Medida Descrição Meta(s)Programa <strong>de</strong>Alargamentoda Re<strong>de</strong> <strong>de</strong>EquipamentosSociais (PARES)(MTSS) √Apoiar o alargamento,<strong>de</strong>senvolvimento e a consolidaçãoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos sociaisem Portugal Continental,apostando nomeadamente nacriação <strong>de</strong> novos lugares emrespostas sociais nas áreas dainfância, idosos e pessoas com<strong>de</strong>ficiência.Aumentar o n.º <strong>de</strong> lugaresem equipamentos <strong>para</strong>pessoas com <strong>de</strong>ficiência:1850 em 2009 .Centro <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong>Apoio ao Imigrante(PCM)Centros Locais <strong>de</strong>Apoio ao Imigrante(PCM)Instituição prestadora serviçosintegrados localizada nas áreas <strong>de</strong>Lisboa e Porto.Espaços <strong>de</strong> informação<strong>de</strong>scentralizados que nascem <strong>de</strong>parcerias com a socieda<strong>de</strong> civil ecom as autarquias.Realizar, até <strong>2008</strong>, 700000 atendimentos noCNAI <strong>de</strong> Lisboa e 200000 no CNAI do Porto.Abrir 20 novos CNAI, até<strong>2008</strong>.ImigrantesMedida Descrição Meta(s)Serviço SOSImigrante(PCM)Site CNAI(PCM)√Linha telefónica informativasobre a temática da imigração,disponibilizada em 6 línguas.Promove o acesso à informaçãodisponível e permitirá ainteractivida<strong>de</strong> nos váriosGabinetes e Instituições presentesnos CNAI, por exemplo amarcação do atendimentopresencial.Respon<strong>de</strong>r a 90.000chamadas SOS, até <strong>2008</strong>,disponibilizando o serviçoem 6 línguas diferentes.Criar o Site CNAI,estimando-se 850 000visitas, até <strong>2008</strong>.Programa <strong>de</strong>Intervenção <strong>para</strong><strong>de</strong>sempregadosimigrantes(MTSS)Programa Escolhas(PCM)Vi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 2Medida que visa facilitar ainserção social, cultural eprofissional do Imigrantes,através: do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>competências básicas no domínioda língua portuguesa e emcidadania; <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação;e <strong>de</strong> apoios à criação <strong>de</strong> emprego.Programa que visa promovera inclusão social <strong>de</strong> criançase jovens provenientes <strong>de</strong>contextos sócio-económicos maisvulneráveis, particularmente dos<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> imigrantes eminorias étnicas, tendo em vistaa igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e oreforço da coesão social.Abranger 38 500imigrantes <strong>de</strong>sempregadosem acções <strong>de</strong> formação einserção profissional, até<strong>2008</strong>.Financiar, até <strong>2008</strong>,110 projectos <strong>de</strong> apoio àeducação, formação (TIC,…), ocupação <strong>de</strong> temposlivres da populaçãoinfantil e jovem <strong>de</strong> bairroscarenciados.Bolsa <strong>de</strong>Formadores(PCM) √Gabinete <strong>de</strong>Educação eFormaçãoIntercultural(PCM)Constituir uma bolsa <strong>de</strong>formadores nas áreas daimigração e minorias étnicas einterculturalida<strong>de</strong>.Gabinete especializadoque promove a EducaçãoIntercultural.Realizar 350 acções<strong>de</strong> formação nasáreas da imigração,minorias étnicas einterculturalida<strong>de</strong>aos colaboradores <strong>de</strong>Escolas, Instituições daAdministração Publica ePrivada e Associações <strong>de</strong>Imigrantes, até <strong>2008</strong>.Prestar 200 acções <strong>de</strong>formação no domínio daEducação Intercultural,até <strong>2008</strong>.7475


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIIMedida Descrição Meta(s)Lei da<strong>Nacional</strong>ida<strong>de</strong>(PCM) √Reconhece um direitofundamental <strong>de</strong> cidadania eretoma a tradição portuguesa<strong>de</strong> valorização do critério do iussoli, que se reflecte na concessão<strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> origináriaà 3ª Geração, bem como nadiminuição das exigências legaisimpostas <strong>para</strong> a 2ª Geração.Deste modo, vem possibilitar que:- A 3ª geração <strong>de</strong> imigrantes,constituída por filhos<strong>de</strong> estrangeiros nascidosem Portugal, acedamà nacionalida<strong>de</strong>,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dalegalida<strong>de</strong> da permanênciado(s) progenitor(es) nomomento do nascimento;- A 2ª geração <strong>de</strong> imigrantes,prevê-se a atribuição danacionalida<strong>de</strong> origináriaaos indivíduos nascidosem Portugal, filhos <strong>de</strong>estrangeiros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, nomomento do nascimento, umdos progenitores aqui residalegalmente há, pelo menos, 5anos.Parte III7879


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIIBoa GovernaçãoPara que seja possível produzir um impacto <strong>de</strong>cisivo na erradicação dapobreza e da exclusão social é necessário garantir como o propõe o terceiroobjectivo comum “que as políticas <strong>de</strong> inclusão social são bem coor<strong>de</strong>nadase contam com o envolvimento <strong>de</strong> todos os níveis do governo e agentespertinentes (incluindo as pessoas que vivem na pobreza), que são eficientese integradas em todas as políticas públicas relevantes, <strong>de</strong>signadamente aspolíticas económicas e orçamentais, <strong>de</strong> educação e formação e os programasdos fundos estruturais (nomeadamente o FSE)”.Assim, a promoção <strong>de</strong> uma boa governação, assenta em quatro vectoreschave: 1) melhorar a coor<strong>de</strong>nação política entre os diferentes Ministériose estruturas do Estado envolvidas na concepção, implementação emonitorização das políticas com impacte na Inclusão Social; 2) simplificaras políticas e medidas existentes e promover a sua articulação coerentee eficaz; 3) reforçar a mobilização e participação <strong>de</strong> todos os actoresaos diferentes níveis <strong>de</strong> intervenção 4) melhorar o acesso à informaçãopor parte <strong>de</strong> todos os cidadãos sobre este processo e as medidas neleconsubstanciadas.No caso do PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> estão previstos instrumentos <strong>de</strong>governação <strong>para</strong>: i) garantir a presença e intervenção do nível nacional,<strong>de</strong>signadamente através <strong>de</strong> pontos focais junto <strong>de</strong> instâncias e entida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> relação próxima com a promoção da inclusão, ii) promover a influênciada dimensão local, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os níveis mais micro aos <strong>de</strong> médio alcance iii) earticular em permanência com a socieda<strong>de</strong> civil, quer através das ONG,quer por via <strong>de</strong> peritos e investigadores no campo da exclusão sociale pobreza. Trata-se, assim, <strong>de</strong> uma lógica que se preten<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampla e8081


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIIdiversificada interlocução, <strong>de</strong>bate e influência ao longo implementaçãodo plano.Processo <strong>de</strong> concepçãoConceber a estratégia <strong>de</strong> inclusão social, consubstanciada no <strong>Plano</strong><strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão, implicou a concertação eresponsabilização partilhada entre o Estado, através dos seus organismos<strong>de</strong> âmbito central, regional e local, e os diversos intervenientes, como asentida<strong>de</strong>s privadas com e sem fins lucrativos.A coor<strong>de</strong>nação da elaboração do PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> foi cometida aoMinistério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> Social (MTSS), tendo sidoconstituída, por Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros nº 40/<strong>2006</strong>, umaComissão Interministerial <strong>de</strong> Acompanhamento, com representação <strong>de</strong>diversos Ministérios, dos Governos Regionais dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira,e do Fórum Não Governamental <strong>para</strong> a Inclusão Social enquantoobservador. Dadas as funções <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação do MTSS e a suamissão no âmbito da protecção e da solidarieda<strong>de</strong> sociais, foi tambémconstituído um Grupo <strong>de</strong> Trabalho <strong>de</strong>ste Ministério, que engloba os<strong>de</strong>partamentos com competências e contributos nas áreas abrangidas.Tratam-se <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância nas diversas fases doprocesso: concepção, implementação, monitorização e avaliação.O Fórum Não Governamental <strong>para</strong> a Inclusão Social (FNGIS), que foiconstituído em resposta a um convite da Coor<strong>de</strong>nação nacional do PNAI2003-2005 <strong>para</strong> concretizar o 4º Objectivo Comum (Nice) do ProcessoEuropeu <strong>de</strong> Inclusão Social – “Mobilizar o conjunto dos intervenientes”.Este Fórum <strong>de</strong>u importantes contributos <strong>para</strong> a concepção do PNAI<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> e continuará a empenhar-se <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e críticana sua implementação.Potenciando as reuniões Inter-CLAS (i.e. reuniões que englobaramentida<strong>de</strong>s que integram os Conselhos Locais <strong>de</strong> Acção Social, <strong>de</strong> váriasre<strong>de</strong>s sociais), realizadas em todo o País, foi possível a sensibilizaçãoe explicitação das orientações do Método Aberto <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>naçãoracionalizado, que enquadram quer a concepção do PNAI, quer a suaintegração num Relatório <strong>de</strong> Estratégia <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> a Protecção Sociale a Inclusão Social (composto pelos três pilares relevantes – ProtecçãoSocial, Inclusão Social e Saú<strong>de</strong> e Cuidados Continuados). Neste âmbitofoi ainda possível recolher alguns contributos <strong>para</strong> o PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>,principalmente quanto aos objectivos prioritários.Implementação, mobilização e participação dos principaisactoresMais uma vez os dispositivos institucionais, nomeadamente aCoor<strong>de</strong>nação do PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>, a Comissão Interministerial <strong>de</strong>Acompanhamento que, no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> governação a implementar, darálugar a “Pontos Focais” <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada Ministério, os Parceiros Sociaise o Fórum (FNGIS), possuem responsabilida<strong>de</strong>s fundamentais quer napromoção da implementação da estratégia <strong>de</strong> inclusão social, quer namobilização e participação do conjunto dos intervenientes, <strong>de</strong>correntesda coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> políticas nacionais.O Fórum Não Governamental <strong>para</strong> a Inclusão Social constitui uminterlocutor privilegiado nos esforços <strong>de</strong> mobilização e participação,nomeadamente das pessoas e grupos sociais <strong>de</strong>sfavorecidos e naimplementação da estratégia <strong>de</strong> inclusão social que os <strong>de</strong>ve implicar.As parcerias locais da Re<strong>de</strong> Social pela abrangência <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s quepossui, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>sconcentrados do Estado, às organizações <strong>de</strong>solidarieda<strong>de</strong>, outras organizações privadas e cidadãos, contribuemtambém <strong>para</strong> uma mais efectiva mobilização e envolvimento <strong>de</strong> todos osactores, aos diversos níveis locais, incluindo as populações.Ao nível da implementação, cabe a estas re<strong>de</strong>s sociais locais, emconsonância com os respectivos diagnósticos e PDS (nos quais se <strong>de</strong>vempriorizar os territórios mais excluídos), a<strong>de</strong>quar as medidas <strong>de</strong> políticanacionais às especificida<strong>de</strong>s locais, aplicando-se eficazmente o princípio“pensar global, agir local”.Como exemplo, po<strong>de</strong> referir-se a importância do reforço da promoçãodo voluntariado ao nível do apoio a pessoas idosas, sobretudo as isoladas8283


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IIIe as situações já diagnosticadas pelas re<strong>de</strong>s locais, facilitarão o trabalhodo voluntariado, garantindo a agilização das intervenções no sentido <strong>de</strong>concretização do objectivo <strong>de</strong> melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das pessoasidosas.Um outro exemplo, é o da importância do reconhecimento e certificação<strong>de</strong> competências (RVCC) adquiridas em contextos não formais einformais, nomeadamente <strong>para</strong> pessoas e/ ou grupos sociais com baixasqualificações académicas. Se este tipo <strong>de</strong> situações estiver <strong>de</strong>tectadanos diagnósticos concelhios, a agilização da sua implementação estaráfacilitada, até porque quer os Centros <strong>de</strong> Formação Profissional (IEFP),quer as se<strong>de</strong>s dos Agrupamentos <strong>de</strong> Escolas, fazem parte das re<strong>de</strong>s sociaisem boa parte dos Concelhos do Continente 98 .A criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> investigadores e peritos, <strong>de</strong>partamentosda Administração Pública e centros <strong>de</strong> investigação universitária,<strong>de</strong>signada “Re<strong>de</strong> Conhecimento Pobreza e Exclusão Social”, permitirá<strong>de</strong>senvolver uma plataforma que contribua <strong>para</strong> a construção <strong>de</strong>conhecimento, sua disseminação e <strong>de</strong>bate. Esta re<strong>de</strong> visa ainda garantir oacesso imediato e actualizado por parte <strong>de</strong> todos os cidadãos ao conjuntoda informação produzida e ou divulgada no domínio da protecção sociale da inclusão social.Coor<strong>de</strong>nação das políticasUm dos aspectos fundamentais da boa governação é o <strong>de</strong> melhorar acoor<strong>de</strong>nação política entre os diferentes Ministérios e estruturas doEstado envolvidas na concepção, implementação e monitorização daspolíticas sociais.É fundamental que os dispositivos institucionais, nomeadamente aCoor<strong>de</strong>nação do PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>, a Comissão Interministerial <strong>de</strong>Acompanhamento, os Parceiros Sociais e o Fórum 99 , congreguemsinergias em torno do objectivo comum <strong>de</strong> produzir um impacto98 Estas são as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> base <strong>para</strong> a ampliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> centros (RVCC). Trata-se <strong>de</strong> uma medidaproposta no PNE 2005, Cf. P. 88.99 O Fórum possui um representante na Comissão Interministerial <strong>de</strong> Acompanhamento.<strong>de</strong>cisivo na erradicação da pobreza e da exclusão social, assegurandoa articulação do PNAI com outros planos, programas e estratégiasnacionais, nomeadamente o <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> a Acção, Crescimento eEmprego (PNACE), que integra o <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Emprego (PNE), o<strong>Plano</strong> Tecnológico (PT), o <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PNS), o Programa<strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Políticas <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>namento do Território (PNPOT), o <strong>Plano</strong><strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Integração <strong>de</strong> Pessoas com Deficiência e Incapacida<strong>de</strong>s(PAIPDI), o <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> a Igualda<strong>de</strong> (PNI), o <strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong>Contra a Violência Doméstica, o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>Nacional</strong> <strong>para</strong> Combateà Propagação <strong>de</strong> Doenças Infecciosas em Meio Prisional, o <strong>Plano</strong> contraa Droga e Toxico<strong>de</strong>pendência 2005-2012 e a Estratégia <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong>Desenvolvimento Sustentável.A recente legislação sobre a Re<strong>de</strong> Social (D-L nº115/<strong>2006</strong>) <strong>de</strong>screve as re<strong>de</strong>ssociais locais como o instrumento por excelência <strong>de</strong> “operacionalizaçãodo PNAI”, consi<strong>de</strong>rando que po<strong>de</strong>rão contribuir <strong>para</strong> uma melhorcoor<strong>de</strong>nação das políticas <strong>de</strong> inclusão social aos diversos níveis locais,prevendo-se também a constituição <strong>de</strong> uma plataforma supra-concelhia,<strong>para</strong> melhorar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interlocução com a administração central,incluindo a Comissão Interministerial <strong>de</strong> Acompanhamento do PNAI.As re<strong>de</strong>s sociais locais são parcerias entre autarquias, serviços públicos<strong>de</strong>sconcentrados e entida<strong>de</strong>s privadas sem fins lucrativos, IPSS’s, ADL’s,ONG’s, Associações Desportivas, Culturais e Recreativas e Fundações,po<strong>de</strong>ndo ainda integrar a re<strong>de</strong> individualida<strong>de</strong>s que tragam mais valiasà parceria pela sua intervenção na comunida<strong>de</strong> ou pelo seu know howe entida<strong>de</strong>s com fins lucrativos, actuando nos mesmos territórios,visando a concertação das políticas e das acções <strong>de</strong>senvolvidas pelosdiferentes agentes locais, <strong>para</strong> promover o <strong>de</strong>senvolvimento sociallocal, cuja intervenção se encontra sistematizada nos respectivos <strong>Plano</strong>s<strong>de</strong> Desenvolvimento Sociais. A partir <strong>de</strong> 2007, po<strong>de</strong>rão contar com aparticipação <strong>de</strong> um(a) Conselheiro(a) <strong>para</strong> a Igualda<strong>de</strong> com o objectivo<strong>de</strong> promover o mainstreaming <strong>de</strong> género.As re<strong>de</strong>s sociais locais, através do diagnóstico realizado ao níveldo concelho e/ou freguesia, i<strong>de</strong>ntificam os problemas geradores <strong>de</strong>8485


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IVpobreza e <strong>de</strong> exclusão social que afectam <strong>de</strong>terminado segmento dapopulação ou grupo específico permitindo, através da rentabilização dosrecursos existentes na comunida<strong>de</strong>, organizar respostas direccionadasàs necessida<strong>de</strong>s concretas previamente diagnosticadas, e em or<strong>de</strong>m àimplementação no local das gran<strong>de</strong>s linhas da estratégia nacional <strong>de</strong>inclusão, aplicando-se assim, eficazmente, o princípio “pensar global,agir local”.Tal como na i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> segmentos da população e/ou gruposcom necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> intervenção, também os territórios emmaior risco <strong>de</strong> pobreza e <strong>de</strong> exclusão po<strong>de</strong>m ser alvo <strong>de</strong> uma intervençãoconstruída à medida das suas necessida<strong>de</strong>s diagnosticadas localmente,através <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> intervenção comunitária consubstanciados nosContratos <strong>de</strong> Desenvolvimento Social, a implementar ainda em <strong>2006</strong>,enquanto instrumentos territoriais <strong>de</strong> intervenção que coor<strong>de</strong>nam aspolíticas e recursos provenientes <strong>de</strong> diferentes áreas <strong>de</strong> intervenção (acçãosocial, saú<strong>de</strong>, habitação, emprego, justiça, educação).Divulgação da informaçãoA divulgação do <strong>Plano</strong> <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> a todas as entida<strong>de</strong>s públicas e privadascom intervenção nas acções <strong>para</strong> a inclusão e aos cidadãos interessadosassume a maior importância no sentido <strong>de</strong> uma consciencializaçãocolectiva relativamente à responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos na luta contraa pobreza e na implementação do próprio PNAI. A Coor<strong>de</strong>nação doPNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> e a Comissão Interministerial <strong>de</strong> Acompanhamentoassumirão um papel fundamental neste esforço global.Neste sentido, encontram-se já agendadas várias acções <strong>de</strong> informação edivulgação do PNAI, entre as quais se <strong>de</strong>staca a realização <strong>de</strong> semináriostemáticos <strong>de</strong>scentralizados, em todo o país. A primeira <strong>de</strong>stas iniciativasfoi agendada por ocasião do Dia Mundial da Erradicação da Pobreza.Também as parcerias locais da Re<strong>de</strong> Social em articulação com osdispositivos institucionais nacionais, constituem plataformas a<strong>de</strong>quadas<strong>para</strong> a promoção <strong>de</strong> iniciativas locais <strong>de</strong> informação e divulgação aosparceiros e à população em geral.MainstreamingConsi<strong>de</strong>rando a natureza multidimensional e transversal da exclusãosocial em relação a um vasto conjunto <strong>de</strong> domínios <strong>de</strong> política e ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> alguns aspectos a melhorar em termos da eficáciada estratégia nacional <strong>de</strong> inclusão social, em matéria do processo <strong>de</strong>integração da luta contra a pobreza e a promoção da inclusão social noconjunto das políticas públicas e no cerne da acção política – ou seja,do “Mainstreaming da Inclusão Social” – serão criadas novas estruturasinstitucionais em cada ministério, <strong>de</strong>signadas por “Pontos Focais”.Com a criação <strong>de</strong>sta nova instância institucional em cada ministériopreten<strong>de</strong>-se promover o mainstreaming da inclusão social contribuindo,<strong>de</strong>sta forma, <strong>para</strong> integrar nas políticas sectoriais como uma dimensãoimportante a eliminação e prevenção das causas da pobreza e exclusãosocial. Assim, esta estrutura <strong>para</strong> além <strong>de</strong> avaliar a contribuição dorespectivo Ministério <strong>para</strong> a inclusão social, terá como missão proce<strong>de</strong>r aum trabalho <strong>de</strong> sensibilização e formação <strong>de</strong> diferentes actores institucionaisgovernamentais <strong>para</strong> a importância do mainstreaming da inclusão social.A integração da dimensão da inclusão social na acção governativapo<strong>de</strong>rá, assim, ser reforçada através <strong>de</strong>stas novas estruturas institucionaisque acompanharão a fase <strong>de</strong> configuração e reformulação das políticas,a fim <strong>de</strong> avaliar o seu impacto nas pessoas e grupos que vivem situações<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> e privação, <strong>para</strong> se po<strong>de</strong>r aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>vidamente às suasnecessida<strong>de</strong>s e introduzir eventuais melhorias.Esta nova instância/ estrutura institucional com carácter permanenteserá assegurada por técnicos dos respectivos Ministérios, por exemplo,ao nível dos Departamentos <strong>de</strong> Planeamento.Processo <strong>de</strong> monitorização e avaliaçãoÀ semelhança dos <strong>Plano</strong>s anteriores, o processo <strong>de</strong> monitorização doPNAI <strong>2006</strong>-08 tem por base um Sistema <strong>de</strong> Acompanhamento 100100 Compete à Equipa Técnica <strong>de</strong> Apoio à Coor<strong>de</strong>nação do PNAI a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> monitorizaçãopermanente da implementação do PNAI.8687


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IVsuportado por: (i) indicadores estruturais <strong>de</strong> coesão social e indicadores<strong>de</strong> Laken (primários e secundários) que asseguram a com<strong>para</strong>bilida<strong>de</strong>com os outros Estados-Membros; (ii) indicadores <strong>de</strong> resultados emrelação a cada uma das três priorida<strong>de</strong>s e metas fixadas no <strong>Plano</strong> e(iii) indicadores <strong>de</strong> acompanhamento da implementação das medidas<strong>de</strong> política, utilizados <strong>para</strong> medir os progressos <strong>de</strong> concretização dasmesmas.No âmbito da monitorização do PNAI <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> <strong>de</strong>senvolver-se-á umnovo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> articulação entre os sistemas <strong>de</strong> informação existentesao nível nacional e local, rentabilizando e potenciando estrategicamenteas estruturas locais já existentes – Re<strong>de</strong>s Sociais - e o trabalho <strong>de</strong> parceriae planeamento já <strong>de</strong>senvolvido por estas.objectivo Inclusão Social. O <strong>de</strong>senvolvimento do <strong>Plano</strong> exige a adopção<strong>de</strong> diversas medidas, algumas das quais coor<strong>de</strong>nadas com outros <strong>Plano</strong>sEstratégicos. A implementação <strong>de</strong>stas medidas pressupõe um esforçonacional <strong>de</strong> investimento, bem como o apoio da UE através dos diferentesprogramas do novo Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico <strong>Nacional</strong> (QREN)<strong>para</strong> o período 2007-2013.A articulação eficaz entre os financiamentos provenientes do Orçamentodo Estado e do QREN constitui um factor fundamental que favorece o<strong>de</strong>senvolvimento do <strong>Plano</strong>. Além disso, o quadro <strong>de</strong> acção que o PNAIrepresenta, constitui uma forma <strong>de</strong> evitar a dispersão das intervençõesnacionais e comunitárias e <strong>de</strong> as racionalizar, através da concentraçãodos meios e da especialização dos instrumentos.Assim, é importante que os sistemas <strong>de</strong> informação e as bases <strong>de</strong> dadosdas re<strong>de</strong>s sociais possuam (recolham e actualizem) a informação relativaàs medidas inscritas no PNAI e que se encontrem em implementaçãonos diferentes Concelhos do País. Por outro lado, uma base <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>âmbito distrital po<strong>de</strong>ria reunir estes dados, disponibilizando informaçãomais agregada (ao nível nacional e ao nível local). Este tipo <strong>de</strong> informaçãonão só constituirá a base <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> monitorização mais integrado,como permitirá a realização <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> avaliação aos diversos níveis<strong>de</strong> intervenção (local, distrital e nacional).Por outro lado, a avaliação dos progressos realizados no âmbito daimplementação do PNAI, em função das priorida<strong>de</strong>s enunciadas e dosobjectivos comuns é essencial <strong>para</strong> a eficácia e eficiência da estratégia <strong>de</strong>inclusão, sobretudo porque esta <strong>de</strong>ve ter um impacto real no aumento daqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> todos, nomeadamente das pessoas e grupos sociais<strong>de</strong>sfavorecidos.Importa referir, <strong>para</strong> finalizar, que a monitorização financeira das metas<strong>de</strong>finidas neste <strong>Plano</strong>, constituiu objecto <strong>de</strong> análise no âmbito do sistema<strong>de</strong> acompanhamento.O PNAI <strong>2006</strong>-08 envolve recursos dispersos por várias fontes e se<strong>de</strong>sinstitucionais, tendo em conta o carácter transversal e intersectorial do8889


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IVParte IVBoas PráticasBoa Prática 1Centro <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Apoio ao ImigranteIntroduçãoOs Centros Nacionais <strong>de</strong> Apoio ao Imigrante (CNAI) são daresponsabilida<strong>de</strong> do Alto Comissariado <strong>para</strong> a Imigração e MinoriasÉtnicas. Têm uma abrangência <strong>Nacional</strong> e encontram-se localizados nasduas principais àreas metropolitanas do país – Lisboa e Porto.São serviços integrados que visam apoiar a população imigrante/refugiados, procurando respon<strong>de</strong>r com eficácia, eficiência e humanida<strong>de</strong>aos problemas e necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração dos imigrantes que escolheramPortugal como país <strong>de</strong> acolhimento. São igualmente <strong>de</strong>stinatários <strong>de</strong>stesserviços as minorias étnicas.Os cidadãos imigrantes que procuram os CNAI tem encontrado umespaço especializado <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r aos seus problemas e necessida<strong>de</strong>s,conferindo uma maior eficácia e eficiência dos serviços facultados. Apartilha <strong>de</strong> informação e conhecimentos entre as diferentes instituiçõespúblicas presentes no CNAI, tem permitido alcançar um patamar<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e fiabilida<strong>de</strong> muito superior ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atendimentotradicional.ContextoNos últimos <strong>de</strong>z anos, Portugal tem tido um crescimento acentuadodo número <strong>de</strong> cidadãos imigrantes que o procuram como país <strong>de</strong>acolhimento. Esta evolução não tem sido acompanhada por medidas <strong>de</strong>política vocacionada <strong>para</strong> a resolução dos seus problemas e necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>sta população. Ao nível dos serviços, sentiram-se dificulda<strong>de</strong>sacrescidas já que os mesmos não acompanharam em meios este aumento<strong>de</strong> cidadãos imigrantes.9091


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IVA dispersão dos serviços a que os cidadãos imigrantes tinham que ace<strong>de</strong>rno seu processo <strong>de</strong> legalização e integração, as recorrentes dificulda<strong>de</strong>slinguísticas e culturais e a não existência <strong>de</strong> respostas a<strong>de</strong>quadas a váriasquestões colocadas pela imigração, constituíram os principais problemasque justificaram a criação dos Centros Nacionais <strong>de</strong> Apoio ao Imigrante.Descrição da IniciativaOs CNAI têm como principais objectivos: resolver a dispersão dosserviços públicos que lidam com as questões da imigração; melhorara comunicação entre serviços facilitando o processo <strong>de</strong> legalização dosimigrantes; criar respostas a<strong>de</strong>quadas a algumas questões específicas doscidadãos imigrantes; e resolver e/ou atenuar as dificulda<strong>de</strong>s linguísticoculturaisnos serviços <strong>de</strong> atendimento das instituições públicas.Neste sentido, criou-se uma plataforma <strong>de</strong> atendimento on<strong>de</strong> estãorepresentadas várias instituições e serviços públicos com responsabilida<strong>de</strong>na imigração, apostando-se fortemente no seu funcionamento integrado,centrado no cliente. Criaram-se, assim, vários serviços específicos <strong>para</strong>este público, nomeadamente no âmbito do emprego, reagrupamentofamiliar, apoio jurídico e social. Formaram-se equipas <strong>de</strong> atendimentoconstituídas por mediadores sócio-culturais provenientes, na sua gran<strong>de</strong>maioria, <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s imigrantes, <strong>para</strong> garantir uma maior confiançae proximida<strong>de</strong> aos cidadãos.O Centro <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Apoio ao Imigrante foi inaugurado em Março <strong>de</strong>2004. Demorou cerca <strong>de</strong> dois anos entre a concepção da medida e a suaimplementação, a saber: a construção do edificado iniciou-se em 2002; oprocesso organizativo da constituição das parcerias dos sectores públicose a selecção e formação das equipas <strong>de</strong> mediadores sócio culturais ocorreuentre 2002/03.Em <strong>2006</strong>, foi concluída pela Organização Internacional das Migraçõesuma avaliação externa ao projecto em Lisboa e no Porto.ResultadosEsta medida tem solucionado a dispersão <strong>de</strong> serviços, permitindo aosimigrantes a resolução dos seus problemas, <strong>de</strong>signadamente ao nível <strong>de</strong>documentação legal e jurídica <strong>de</strong> forma integrada. Em 2005, garantiramo atendimento e a prestação <strong>de</strong> respostas integradas a mais <strong>de</strong> 300 000imigrantes.Os CNAI são dinâmicos na promoção <strong>de</strong> novos serviços <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>ra problemas e necessida<strong>de</strong>s dos imigrantes, são exemplo disso oserviço telefónico SOS imigrante, os gabinetes <strong>de</strong> apoio jurídico,ao reagrupamento familiar, ao reconhecimento <strong>de</strong> habilitações e <strong>de</strong>competências.Para atenuar as dificulda<strong>de</strong>s linguístico-culturais, todos estes serviçossão disponibilizados em várias línguas estrangeiras, particularmenteCrioulo, Russo e Inglês, assim como o atendimento <strong>de</strong> primeira linhaé efectuado por mediadores sócio-culturais provenientes, na sua gran<strong>de</strong>maioria, <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s imigrantes.Os principais obstáculos associados à implementação <strong>de</strong>sta medidaestão associados: à restrição orçamental e a alguma <strong>de</strong>sconfiança inicialquanto às características inovadoras do projecto. Para fazer face a estesconstrangimentos, foi reduzido o investimento inicial e reforçada aparticipação das instituições intervenientes e <strong>de</strong> toda equipa no processo<strong>de</strong> construção do CNAI.Monitorização e AvaliaçãoOs CNAI possuem um sistema <strong>de</strong> monitorização, que permite saberquantos atendimentos são feitos por serviços disponibilizados, assimcomo o tempo <strong>de</strong> espera dos mesmos.9293


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IVBoa Prática 2Metodologia <strong>de</strong> Atendimento IntegradoIntroduçãoA implementação <strong>de</strong> uma Metodologia <strong>de</strong> Atendimento Integrado, ao nívellocal, visa superar as sobreposições no atendimento/acompanhamento <strong>de</strong>indivíduos e famílias com problemas sociais (pobreza; saú<strong>de</strong>; habitação;etc.), <strong>de</strong>corrente da existência <strong>de</strong> diferentes entida<strong>de</strong>s públicas e privadascom intervenções <strong>de</strong>sarticuladas nos mesmos territórios e <strong>para</strong> os mesmospúblicos.Esta Metodologia tem permitido: i) a melhoria do funcionamento earticulação entre as organizações com responsabilida<strong>de</strong>s no atendimento;ii) o aumento significativo da capacida<strong>de</strong> no atendimento às famílias,<strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>scentralização e <strong>de</strong>sburocratização; iii) uma maior eficáciae eficiência no atendimento e respostas aos problemas das famíliase iv) a melhoria dos níveis <strong>de</strong> satisfação dos beneficiários quanto aosatendimentos e serviços prestados.ContextoNa generalida<strong>de</strong> dos concelhos do país, diversas entida<strong>de</strong>s fazem oatendimento / acompanhamento às famílias <strong>de</strong> forma sobreposta, o queimplica o persistente <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos. Os critérios <strong>de</strong> avaliaçãodas situações sendo diferenciados e divergentes, nem sempre promovemsoluções a<strong>de</strong>quadas às especificida<strong>de</strong>s dos problemas.As entida<strong>de</strong>s locais, prestadoras <strong>de</strong> atendimentos sectoriais, encontramsena sua maioria representadas na Re<strong>de</strong> Social, o que facilita eviabiliza a organização <strong>de</strong> uma intervenção racionalizada, integrada emultidisciplinar dirigida às famílias. Esta metodologia ganha especialrelevância face ao actual contexto <strong>de</strong> aumento do <strong>de</strong>semprego e dosproblemas <strong>de</strong> pobreza e <strong>de</strong> exclusão.Descrição da IniciativaOs principais objectivos específicos <strong>de</strong>sta metodologia são: optimizaros recursos das entida<strong>de</strong>s ao nível do atendimento e acompanhamento;diminuir o número <strong>de</strong> famílias que cada técnico acompanha; i<strong>de</strong>ntificare implementar um gestor <strong>de</strong> caso por família e uniformizar osprocedimentos organizativos e critérios <strong>de</strong> avaliação.Neste sentido, foi constituído um grupo <strong>de</strong> trabalho no âmbito dare<strong>de</strong> social local, que integrou representantes dos parceiros comresponsabilida<strong>de</strong>s no atendimento social local. Formalizaram-se, assim,protocolos <strong>de</strong> cooperação entre as entida<strong>de</strong>s parceiras locais, tendo-seiniciado o atendimento integrado em áreas chave da intervenção social.Constituíram-se, ainda, equipas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação e equipasmultidisciplinares <strong>de</strong> atendimento com formação específica, às quaisse atribuíram territórios <strong>de</strong> actuação <strong>de</strong>finidos. Por outro lado, a cadafamília foi atribuído um gestor <strong>de</strong> caso, acção sustentada no princípio<strong>de</strong> que cada família <strong>de</strong>ve ser alvo <strong>de</strong> um atendimento personalizado eintegrado.A iniciativa em curso teve início em 2002. A fase pre<strong>para</strong>tória àimplementação da metodologia, durou cerca <strong>de</strong> um ano e incluiu arealização <strong>de</strong> um protocolo entre as várias entida<strong>de</strong>s, a formação dostécnicos e organização das equipas.Monitorização e AvaliaçãoA implementação do atendimento integrado encontra-se em faseexperimental, pelo que se realiza apenas uma monitorização em tornodas acções dos gestores <strong>de</strong> família, do número <strong>de</strong> atendimentos, porgestor e a satisfação das famílias.Estima-se a médio prazo a realização <strong>de</strong> uma avaliação externa doconjunto dos projectos <strong>de</strong> atendimento integrado existentes no país, comvista a uma generalização <strong>de</strong>sta experiência pelo país.9495


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Parte IVResultadosDe acordo com a monitorização em curso, constata-se que: diminuiu-seo número <strong>de</strong> famílias que cada técnico acompanha e, simultaneamente,aumentou significativamente a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento social por cadatécnico; melhorou a qualida<strong>de</strong> do atendimento e do acompanhamentodos processos familiares ou dos cidadãos e tornou mais fácil o acesso doscidadãos aos serviços.Os principais obstáculos/ riscos na implementação da metodologia <strong>de</strong>atendimento integrada formam a: persistência <strong>de</strong> culturas organizacionaisfechadas, o que conduz a dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algumas entida<strong>de</strong>s em a<strong>de</strong>rir aesta metodologia, resistindo à adopção novos procedimentos e critérios<strong>de</strong> avaliação uniformizados. Por exemplo, instrumentos <strong>de</strong> trabalhocomuns; existência <strong>de</strong> diferentes concepções sobre acompanhamento dasfamílias e inserção social.Estes obstáculos foram ultrapassados, através <strong>de</strong>: <strong>de</strong>bates sobre asdificulda<strong>de</strong>s e os riscos <strong>de</strong>sta metodologia - Re<strong>de</strong> Social local e dogrupo <strong>de</strong> trabalho criado, da equipa <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação e das equipasmultidisciplinares; formação/qualificação dos técnicos e outros agenteslocais; pressão dos técnicos mais abertos às práticas inovadoras <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>cada organização e sobre alguns dirigentes mais renitentes a formas <strong>de</strong>cooperação sistemáticas. Por outro lado, além dos benefícios já referidos,<strong>de</strong>staca-se o facto da Segurança Social ter acelerado a informatizaçãodas fichas <strong>de</strong> processo familiar e estar a equacionar uma forma <strong>de</strong>garantir o acesso generalizado às mesmas pelos técnicos que participamem processos <strong>de</strong> atendimento integrado.No campo das fraquezas constata-se que, face à multiplicida<strong>de</strong> dosproblemas (<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>semprego, crianças em risco, etc.), fica dificultadaa <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> um técnico que reuna as melhores condições <strong>para</strong> sergestor <strong>de</strong> caso.Boa Prática 3 - Activar a ParticipaçãoIntroduçãoO Projecto Activar a Participação, da responsabilida<strong>de</strong> da Re<strong>de</strong> EuropeiaAnti-Pobreza/Portugal (REAPN), visa <strong>de</strong>senvolver e implementar aonível local uma “cultura <strong>de</strong> participação” nas Instituições Particulares<strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social, <strong>de</strong>signadamente junto das pessoas em situação<strong>de</strong> pobreza e exclusão social, garantindo expressão sobre as suas vivênciase a participação relativamente às medidas <strong>de</strong> política e acções <strong>de</strong> âmbitonacional e local a si dirigidas.A sua implementação permitiu: a participação da população em situação<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> sobretudo ao nível das organizações envolvidas nasmicro-acções do projecto; constituição <strong>de</strong> quatro observatórios locais<strong>para</strong> a participação da população em situação <strong>de</strong> pobreza e exclusãosocial, compostos globalmente por 50 instituições; conhecimentoaprofundado <strong>de</strong> conceitos e metodologias em torno da temática daparticipação das pessoas em situação <strong>de</strong> exclusão nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoe mudança relativos às medidas <strong>de</strong> políticas e acções a estes dirigidos;<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diagnósticos participativos, como metodologia <strong>de</strong>intervenção social junto <strong>de</strong> públicos <strong>de</strong>sfavorecidos; multiplicação <strong>de</strong>micro-acções <strong>de</strong>senhadas e <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito do projecto noutroscontextos e com outros públicos; divulgação e difusão das experiências<strong>de</strong>senvolvidas, através da publicação: ”Pequenas Experiências: Gran<strong>de</strong>sEsperanças”.ContextoO projecto surge a partir <strong>de</strong> uma proposta do <strong>Instituto</strong> da SegurançaSocial, I.P 101 , em sequência dos Encontros Regionais com beneficiáriose ex-beneficiários do Rendimento Mínimo Garantido, iniciativaimpulsionada e organizada pela REAPN entre 2001-2002.101 Então <strong>de</strong>signado por <strong>Instituto</strong> da Solidarieda<strong>de</strong> e Segurança Social (ISSS).9697


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IEstes Encontros Regionais, <strong>de</strong>senvolvidos em Ovar, Amares, Coimbra,Évora, Lisboa e Porto e sustentados numa metodologia participativa,visavam o <strong>de</strong>bate sobre a implementação da Medida do RendimentoMínimo Garantido com os beneficiários e ex-beneficiários. Permitiramcomprovar a exequibilida<strong>de</strong> do envolvimento e a importância daparticipação dos <strong>de</strong>stinatários na <strong>de</strong>finição e avaliação das medidas <strong>de</strong>política, <strong>para</strong> que as mesmas possam ser apropriadas pelos próprios e,assim, tenham um maior impacto.A difusão dos resultados culminou num Encontro <strong>Nacional</strong> (2002),cujo objectivo principal era criar seguidamente uma Plataforma <strong>de</strong>consulta, negociação e coor<strong>de</strong>nação das políticas sociais. Diversosconstrangimentos inviabilizaram o alcance do objectivo, mas em resultadoabriu-se espaço <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, forma sustentada, continuar apromover a participação dos <strong>de</strong>stinatários das medidas no seu <strong>de</strong>senho eavaliação. Partindo dos conhecimentos adquiridos, a REAPN <strong>de</strong>senhoue <strong>de</strong>senvolveu o Projecto Activar a Participação, que se constituiu comoum instrumento do PNAI 2003-05 no âmbito do 4º Objectivo Comum–“Mobilização <strong>de</strong> Todos os Intervenientes”, directriz a) “promover, <strong>de</strong>acordo com as práticas nacionais, a participação e expressão das pessoasem situação <strong>de</strong> exclusão, nomeadamente sobre a sua situação e sobre aspolíticas e acções <strong>de</strong>senvolvidas em sua intenção, este projecto tem comofinalida<strong>de</strong> promover uma “cultura <strong>de</strong> participação” nas instituiçõesparticulares <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social”.Descrição da IniciativaOs objectivos específicos do projecto são: incentivar as pessoas emsituação <strong>de</strong> pobreza e exclusão social a participar nos processos <strong>de</strong>elaboração, <strong>de</strong>cisão e implementação das medidas <strong>de</strong> política e acções aestes dirigidos, particularmente ao nível local, assentes numa lógica <strong>de</strong>negociação permanente; <strong>de</strong>senvolver metodologias e práticas mo<strong>de</strong>lares<strong>de</strong> envolvimento, participação e <strong>de</strong> capacitação com os indivíduos e osgrupos em situação e/ou risco <strong>de</strong> exclusão; e promover o surgimentoe <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> organizações e/ou associações a integrarem apopulação <strong>de</strong> pobreza e exclusão social nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong>mudança, assentes numa lógica <strong>de</strong> negociação permanente.Neste sentido, um conjunto significativo <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s do Sector NãoLucrativo e Público locais partici<strong>para</strong>m <strong>de</strong> forma integrada nas várias microacções<strong>de</strong>senvolidas, sendo implicados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu inicio e envolvendo osseus publicos-alvo das medidas. Foram constituídos e consolidados quatroobservatórios locais, enquanto dispositivos locais <strong>de</strong> observação. Diversostipos <strong>de</strong> diagnósticos foram elaborados, a saber: das metodologias <strong>de</strong>activação da participação, partindo <strong>de</strong> uma análise bibliográfica e <strong>de</strong> boaspráticas ao nível nacional e europeu; dos quatro locais <strong>de</strong> intervenção doProjecto- Porto, Braga, Coimbra e Évora. Um número significativo <strong>de</strong>pessoas em situação <strong>de</strong> pobreza e exclusão social foram envolvidos nasdiferentes micro-acções.O projecto em curso, aprovado em Maio <strong>de</strong> 2003, período a partir doqual iniciou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s / acções,foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong> acordo com as seguintes fases:I Fase (2003-04) - diagnóstico e implementação dos dispositivos locais<strong>de</strong> observação (observatórios do Porto, Braga, Coimbra e Évora);II Fase (2003-05) - organização <strong>de</strong> encontros temáticos <strong>de</strong> discussãoacerca dos princípios, métodos e práticas <strong>de</strong> participação;III Fase (2004-05) – experimentação, através espaços formais <strong>de</strong>participação (micro-acções);IV fase (2005-06) – redacção e difusão dos resultados.Monitorização e AvaliaçãoA informação recolhida ao longo do projecto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mo<strong>de</strong>los e asexperiências <strong>de</strong> participação recolhidas, a nível nacional e europeu,passando pelos conteúdos programáticos e experiências relatadas aolongo dos Encontros Temáticos e pelas experiências <strong>de</strong>senvolvidas pelasentida<strong>de</strong>s participantes nos Observatórios Locais (as micro-acções)9899


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo Iforam sendo recolhidas, sistematizadas e alvo <strong>de</strong> reflexão pelos técnicos,sob o acompanhamento <strong>de</strong> perito externo.Estima-se, ainda, a realização <strong>de</strong> uma avaliação <strong>de</strong> impacto e follow-updo projecto em <strong>2006</strong>.instituições participantes; forte mobilização e a motivação dos públicosque integraram as diferentes iniciativas.ResultadosOs objectivos propostos foram globalmente concretizados, apesar dapromoção da participação das pessoas em situação <strong>de</strong> pobreza e exclusãosocial exigir um esforço contínuo. É, assim, indispensável a implementação<strong>de</strong> uma estratégia follow-up nos observatórios constituídos, <strong>para</strong> garantira continuida<strong>de</strong> das acções e envolver o maior número possível <strong>de</strong> novasinstituições na reflexão e aprofundamento do conhecimento nestedomínio.I<strong>de</strong>ntificaram-se os seguintes obstáculos/ riscos na implementaçãodo projecto: fraca mobilização /motivação dos <strong>de</strong>stinatários <strong>para</strong> aparticipação; criação <strong>de</strong> falsas expectativas nos <strong>de</strong>stinatários das acções;heterogeneida<strong>de</strong> cultural/interesses; rivalida<strong>de</strong>s institucionais; apropriação<strong>de</strong>sa<strong>de</strong>quada da acção; rigi<strong>de</strong>z burocrática e administrativa.As Estratégias <strong>de</strong>senvolvidas <strong>para</strong> evitar/ ultrapassar os obstáculos / riscosenunciados foram a: divulgação das boas práticas existentes; avaliação etransmissão <strong>de</strong> conhecimento das reais potencialida<strong>de</strong>s e constrangimentos;divulgação dos princípios e benefícios do trabalho em re<strong>de</strong>; informação/esclarecimento sobre as metodologias da participação; sensibilizaçãodos dirigentes e <strong>de</strong>cisores <strong>para</strong> a importância da participação <strong>de</strong> todosos actores sociais; planeamento e monitorização das acções <strong>de</strong> forma agarantir a participação <strong>de</strong> todos; promoção <strong>de</strong> consensos entre as partes;reorganização dos serviços/re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s; encaminhar <strong>para</strong>as acções os técnicos em condições <strong>de</strong> actuar como agentes <strong>de</strong> mudança<strong>de</strong>ntro das instituições.Além dos benefícios anteriormente enunciados, surgiram os seguintesbeneficios inesperados: dinâmicas criadas em torno das micro-acções,que permitem antever o efeito multiplicador das mesmas no seio das100101


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IAnexo I102103


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IListagem <strong>de</strong> Medidas, Indicadores e Recursos AfectosPriorida<strong>de</strong> 1Combater a pobreza das crianças e dos idosos, através <strong>de</strong> medidas que assegu rem os seus direitos básicos <strong>de</strong> cidadaniaObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosMelhorar orendimento dasfamílias maisfragilizadasRendimentoSocial <strong>de</strong> Inserção- RSIMTSSConsiste numa prestação do subsistema<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e num programa <strong>de</strong>inserção. Esta medida visa contribuir<strong>para</strong> a satisfação das necessida<strong>de</strong>sbásicas dos agregados e favorecer aprogressiva inserção laboral e social dosseus elementos.Pessoas em situação<strong>de</strong> carência económicaGarantir que 90% dos beneficiáriosdo RSI estabeleçamacordos <strong>de</strong> inserção, até<strong>2008</strong>.− Nº <strong>de</strong> agregados beneficiários.− Nº <strong>de</strong> acordos <strong>de</strong> inserçãoassinados.1 001 500 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Benefícios fiscaisà criação <strong>de</strong> emprego<strong>para</strong> jovense <strong>de</strong>sempregados<strong>de</strong> longa duraçãoMFDesenvolver o potencial da criação <strong>de</strong>emprego, através <strong>de</strong> benefícios fiscais àsempresas, com vista à criação <strong>de</strong> postos<strong>de</strong> trabalho <strong>para</strong> trabalhadores comcontrato sem termo e ida<strong>de</strong> inferior a30 anos ou <strong>de</strong>sempregados <strong>de</strong> longaduração.Traduz uma majoração em 50% dosencargos anuais com esses trabalhadores.Jovens à procura doprimeiro emprego e<strong>de</strong>sempregados <strong>de</strong>longa duraçãoReduzir, até <strong>2008</strong>, oscustos não salariais sobreremunerações <strong>de</strong> trabalhadoresjovens admitidos pelasempresas ou <strong>de</strong>sempregados<strong>de</strong> longa duração.− N.º <strong>de</strong> empresas abrangidas.− N.º <strong>de</strong> trabalhadores jovensabrangidos.− N.º <strong>de</strong> trabalhadores com<strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duraçãoabrangidos.297 000 000 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Gabinetes <strong>de</strong>apoio ao sobreendividamentodosconsumidoresMEIInformar e apoia os consumidoressobreendividados, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mediação junto das entida<strong>de</strong>s credoras.Consumidores em situação<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>face ao endividamentoApoiar e informar os consumidoresem situação <strong>de</strong>dificulda<strong>de</strong> face ao endividamentosobre os encargos docrédito ao consumo e outroscréditos <strong>de</strong> recorrência habitualpelo consumidor.− N.º <strong>de</strong> consumidores querecorrem ao apoio prestadopelo gabinete, por tipologias<strong>de</strong> crédito e região.229 912€ (<strong>2006</strong>)229 912€ (2007)229 912€ (<strong>2008</strong>)Apoio financeiro do<strong>Instituto</strong> do Consumidor:30 000€/ anoGabinete <strong>de</strong>AconselhamentoFinanceiroMEIInforma e apoia os consumidores dosencargos e riscos do crédito.√População em GeralAconselhar e informaros consumidores sobrequestões relacionadas com aresponsabilida<strong>de</strong> financeira<strong>de</strong>correntes da concessão <strong>de</strong>crédito.− N.º <strong>de</strong> pessoas que recorremao aconselhamento prestadopelo gabinete, por tipologias<strong>de</strong> crédito e região.15 730€ (<strong>2006</strong>)54 450€ (2007)54 450€ (<strong>2008</strong>)Novo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>CooperaçãoMTSSO Novo Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Cooperação visao enquadramento das crianças e dosidosos nas respostas sociais, através<strong>de</strong> apoio do Estado em função dosrendimentos das famílias.√Construir e aplicar o NovoMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Cooperação, até2007, com base no princípioda diferenciação positiva.Nº utentes <strong>de</strong> equipamentos eserviços abrangidos pelo novomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento.102Ministério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong> Social | MTSS; Ministério da Administração Interna |MAI; Ministério das Finanças e Administração Pública | MF; Ministério dos Negócios Estrangeiros| MNE; Ministério da Justiça | MJ; Ministério do Ambiente, do Or<strong>de</strong>namento do Território e doDesenvolvimento Regional | MAOTDR; Ministério da Economia e da Inovação | MEI; Ministériodas Obras Públicas, Transportes e Comunicações | MOPTC; Ministério da Saú<strong>de</strong> | MS; Ministério daEducação | ME; Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior | MCTES; Ministério da Cultura| MC; Presidência do Conselho <strong>de</strong> Ministros | PCM; Secretaria <strong>de</strong> Estado da Presidência do Conselho<strong>de</strong> Ministros | PCM; Governo Regional dos Açores | GR Açores; Governo Regional da Ma<strong>de</strong>ira | GRMa<strong>de</strong>ira103O conjunto <strong>de</strong> indicadores será produzido por sexo, sempre que aplicável104105


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosPromover a melhoriado acessoe as condições<strong>de</strong> habitação dasfamíliasProgramas <strong>de</strong>apoio à Construção<strong>de</strong> Habitaçãoa Custos Controlados– PCHCCMAOTDRFinalida<strong>de</strong>:a) Criar e requalificar os bairros sociais,dotando-os <strong>de</strong> infra-estruturassociais, <strong>para</strong> melhor integração <strong>de</strong>stesno tecido urbano;b) Impulsionar a promoção <strong>de</strong>habitação a preços compatíveiscom os rendimentos das famílias,proporcionando alternativa no acessoà habitação.População em geralAbranger anualmente,até <strong>2008</strong>, 3200 agregadosfamiliares.− N.º <strong>de</strong> fogos contratados.− N.º <strong>de</strong> agregados familiaresabrangidos.250 000 000€ /ano(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)ProgramaEspecial <strong>de</strong> Realojamento– PERMAOTDRPrograma <strong>de</strong> habitação em arrendamentoou aquisição, <strong>de</strong>stinados a famíliascom graves carências habitacionais.Famílias com gravescarências habitacionaisConcluir anualmente,até <strong>2008</strong>, 3.500 fogos,abrangendo 3 500 agregadosfamiliares.− N.º <strong>de</strong> fogos contratados.− N.º <strong>de</strong> agregados familiaresabrangidos.150 000 000€ /ano(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Subsídios <strong>de</strong>Renda, criados noâmbito do NovoRegime <strong>de</strong> ArrendamentoUrbano- NRAUMAOTDRAssegurar a protecção social dosarrendatários <strong>de</strong> fracos recursos, faceà actualização <strong>de</strong> rendas prevista noNRAU√Arrendatários comarrendamentos habitacionaisanteriores a1990Abranger 10 000 arrendatários,até <strong>2008</strong>.N.º <strong>de</strong> beneficiários, por sexo.18 000 000€ /ano(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Porta 65 – GestãoHabitacional eArrendamento doParque Publico(MAOTDR)MAOTDRPrograma <strong>de</strong>stinado a apoiar as famíliasno acesso à habitação em regime <strong>de</strong>arrendamento social.√Famílias com dificulda<strong>de</strong>sno acesso àhabitação através dofuncionamento domercado.Apoio no acesso à habitaçãoe melhoria das condições<strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> 1000 famílias/ano.N.º <strong>de</strong> famílias apoiadas. 15 000 000 €PROHABITA MAOTDR Programas <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong>stinadosa famílias com graves carênciashabitacionais. Reforço da reabilitação,da incorporação da construção sustentávele da acessibilida<strong>de</strong> na criação <strong>de</strong>respostas habitacionais. Construção ouadaptação <strong>de</strong> edifícios <strong>para</strong> equipamentossociais em bairros sociais.Apoio financeiro directo a agregadosfamiliares <strong>para</strong> assegurar realojamentosem situações <strong>de</strong> catástrofe ou <strong>de</strong>sastresnaturais e <strong>de</strong> emergência.Famílias com gravescarências habitacionaisProsseguir as acções tendoem vista a resolução dascarências habitacionais dasfamílias, com a contratação<strong>de</strong> 1000 fogos/ano.- Nº <strong>de</strong> fogos contratados. 42 000 000 €106107


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosPromover iniciativas<strong>de</strong> enfoqueterritorial dirigidasa grupose territórios emrisco e/ou situação<strong>de</strong> exclusãoPrograma <strong>para</strong> aInclusão e <strong>para</strong> oDesenvolvimento- PROGRIDEMTSSFinalida<strong>de</strong>:1 - Promover a inclusão social em áreasmarginalizadas e <strong>de</strong>gradadas, combatendoo isolamento, a <strong>de</strong>sertificação ea exclusão em zonas <strong>de</strong>primidas.2- Intervir junto <strong>de</strong> grupos confrontadoscom situações <strong>de</strong> exclusão,marginalida<strong>de</strong> e pobreza persistentes.Concretiza-se através do apoio aprojectos que respon<strong>de</strong>m a problemas<strong>de</strong> natureza multidimensional <strong>de</strong> umterritório ou grupo.Territórios (Medida1)Crianças e jovens emriscoPessoas vítimas <strong>de</strong>violênciaDomésticaSem-abrigo(Medida 2)Desenvolver 73 projectos,até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> Projectos em execução.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidas,por medida.13 648 204€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Promover iniciativas<strong>de</strong> enfoqueterritorial dirigidasa grupose territórios emrisco e/ou situação<strong>de</strong> exclusãoContratos <strong>de</strong>DesenvolvimentoSocial - CDSMTSSTem como objectivo tornar os territóriosmais inclusivos, melhorar ascondições <strong>de</strong> vida dos seus habitantese promover a coesão social. Os CDSsão planos <strong>de</strong> intervenção, acordadosentre um conjunto <strong>de</strong> parceiros locaisrestrito, que inventariam um conjunto<strong>de</strong> acções/ projectos a <strong>de</strong>senvolver numterritório durante um <strong>de</strong>terminadoperíodo <strong>de</strong> tempo.√População <strong>de</strong> áreascríticas metropolitanase territórioseconomicamente<strong>de</strong>primidos e <strong>de</strong>sertificadosEstabelecer 30 Contratos<strong>de</strong> Desenvolvimento Social,até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> contratos firmados.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidas.24 000 000€(2007-<strong>2008</strong>)Projecto piloto“Iniciativa BairrosCríticos”MAOTDRPromove a integração sócio-urbanística<strong>de</strong> territórios que apresentam factores<strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> crítica, através <strong>de</strong><strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> intervenção assentes em metodologiase mo<strong>de</strong>los complexos <strong>para</strong>consolidarem a referenciação <strong>de</strong> boaspráticas passíveis <strong>de</strong> transferabilida<strong>de</strong>no quadro da política <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s que ogoverno preten<strong>de</strong> promover.√População resi<strong>de</strong>nteem bairros cítricosDesenvolver <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong>Intervenção em 3 Bairros(Lagarteiro, Cova da Mourae Vale da Amoreira), até2009.− % População a viver emhabitações com muito mau emau estado <strong>de</strong> conservação .− Indicadores <strong>de</strong> execução dosPA’s .9 410 000€(<strong>2006</strong>-2009)Facilitar oacesso àsoportunida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> qualificação eempregoPrograma <strong>de</strong>Intervenção Mercado<strong>de</strong> TrabalhoInclusivo(Vi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong>2)MTSSPromover acções <strong>de</strong> apoio à criação<strong>de</strong> emprego, formação, qualificaçãoe apoio técnico e financeiro junto <strong>de</strong>pessoas com particulares dificulda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho.DesempregadosFavorecer a integração <strong>de</strong>153 000 pessoas <strong>de</strong>sempregadasem acções <strong>de</strong> formaçãoe emprego, até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> pessoas inseridas nomercado <strong>de</strong> trabalho, porsexo.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidasem acções <strong>de</strong> formação, porsexo.459 426 864€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Micro-crédito MTSS Promove o apoio técnico e financeiro<strong>para</strong> a criação do auto-emprego,junto <strong>de</strong> pessoas com particularesdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção no mercado<strong>de</strong> trabalho.Desempregados− Alargar as medidas <strong>de</strong>micro-crédito ao territórionacional, até 2007.− Abranger 5000 pessoasem iniciativas <strong>de</strong> microcrédito,até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> beneficiários abrangidos,por sexo.15 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)108109


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosMelhorar o rendimentofamiliar<strong>de</strong> agregadosmonoparentais<strong>de</strong> particularvulnerabilida<strong>de</strong>on<strong>de</strong> se inseremcrianças, atravésda bonificaçãodo abono <strong>de</strong>famíliaBonificação doabono <strong>de</strong> famíliaconcedido aostitulares inseridosem agregadosfamiliares monoparentaisMTSSRegulamenta a bonificação do abono<strong>de</strong> família, tendo em conta o reforço daprotecção às famílias monoparentais.Numa óptica <strong>de</strong> diferenciação positivao valor da prestação será objecto <strong>de</strong>majoração percentual.√Famílias monoparentais− Majorar cerca <strong>de</strong> 200 000titulares <strong>de</strong> prestaçõesfamiliares.− Abranger cerca <strong>de</strong> 12%dos actuais titulares.− N.º <strong>de</strong> titulares abrangidospela bonificação13 000 000 €(2007-<strong>2008</strong>)Reduzir equalificar ainstitucionalização<strong>de</strong> crianças ejovens<strong>Plano</strong> DOM MTSS Implementar um plano <strong>de</strong> qualificaçãoda re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lares <strong>de</strong> Infância e Juventu<strong>de</strong>,<strong>para</strong> incentivar a melhoria contínuana promoção <strong>de</strong> direitos e protecçãodas crianças e jovens acolhidas.√Lares <strong>de</strong> Infância eJuventu<strong>de</strong> - instituiçõesparticularescom ou sem acordos<strong>de</strong> cooperação ou <strong>de</strong>gestão− Estabelecer 100 protocoloscom vista a abranger4000 famílias, até <strong>2008</strong>.− Promover a <strong>de</strong>sinstitucionalização<strong>de</strong> 25%<strong>de</strong> crianças e jovens, até2009.− Avaliar 100% da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>lares e melhorar aquelesque revelem necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> qualificação, até 2009.− Nº <strong>de</strong> protocolos estabelecidos.− Nº <strong>de</strong> famílias abrangidas.− % <strong>de</strong> Lares com <strong>Plano</strong>DOM.− % <strong>de</strong> crianças e jovens em<strong>de</strong>sinstitucionalização.4 500 000€(2007)<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> IntervençãoImediataMTSSInstrumento <strong>de</strong> diagnóstico que permitecaracterizar e analisar a evolução dosprojectos <strong>de</strong> vida das crianças e jovensque se encontram acolhidas em instituiçãoe em famílias <strong>de</strong> acolhimento.Crianças e jovensacolhidas em instituiçãoe em famílias <strong>de</strong>acolhimento− Aplicar, até <strong>2008</strong>, o<strong>Plano</strong> às crianças com operfil apropriado.− Abranger, até 2009, 25%das crianças institucionalizadascom projectos <strong>de</strong>vida <strong>de</strong>finidos e concretizados.− % <strong>de</strong> crianças e jovens cujasituação foi alvo <strong>de</strong> caracterização.− N.º <strong>de</strong> crianças e jovens àsquais foi aplicado o PII.− N.º <strong>de</strong> crianças e jovens<strong>de</strong>sinstitucionalizadas.Listas Nacionaisda AdopçãoMTSSFinalida<strong>de</strong>:a) I<strong>de</strong>ntificar os candidatos seleccionados<strong>para</strong> a adopção, com as condiçõesmais a<strong>de</strong>quadas ao perfil da criança /jovem em situação <strong>de</strong> adoptabilida<strong>de</strong>;b) I<strong>de</strong>ntificar as crianças e jovens emsituação <strong>de</strong> adoptabilida<strong>de</strong>;c) Garantir uma maior equida<strong>de</strong> etransparência no processo <strong>de</strong> confiançado adoptando ao candidatoadoptante;d) Aumentar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adopção,introduzindo maior celerida<strong>de</strong>nesse procedimento.Crianças e Jovensem situação <strong>de</strong>adoptabilida<strong>de</strong> ecandidatos à adopçãojá seleccionadosGarantir informação permanentementeactualizadasobre o n.º <strong>de</strong> crianças emsituação <strong>de</strong> adoptabilida<strong>de</strong> eo n.º <strong>de</strong> candidatos seleccionados,com vista a reduziro período <strong>de</strong> tempo que<strong>de</strong>corre entre a <strong>de</strong>finição dasituação <strong>de</strong> adoptabilida<strong>de</strong> ea adopção <strong>de</strong>cretada.− Tempo <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> adopçãodas famílias e crianças institucionalizadas.− N.º <strong>de</strong> adopções concretizadas/ano.110111


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosReforçar aprotecção <strong>de</strong>crianças e jovensem riscoPrograma <strong>de</strong>intervençãocom famílias <strong>de</strong>crianças e jovensabrangidas pormedidas <strong>de</strong>protecçãoMTSSFormar e qualificar famílias com criançase jovens abrangidas por medidas <strong>de</strong>promoção e protecção em meio natural<strong>de</strong> vida.(Lei nº 147/99, <strong>de</strong> 01-09 - Protecção <strong>de</strong>crianças e jovens em perigo)√Famílias com criançase jovens abrangidaspor medidas <strong>de</strong> promoçãoe protecção emmeio natural <strong>de</strong> vida.Abranger 3000 famílias, até<strong>2008</strong>.- Nº <strong>de</strong> famílias abrangidas. 5 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Agência <strong>para</strong>a <strong>de</strong>fesa e<strong>de</strong>senvolvimentoda criança e dojovem em risco naRA AçoresGoverno Regionaldos AçoresDestina-se à criação <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> intervenção global que promovaa integração sócio-familiare um sistema <strong>de</strong> aprendizagensglobal <strong>para</strong> a reintegração familiare educativa e a empregabilida<strong>de</strong>.‘- Promover a criação <strong>de</strong> um espaço<strong>de</strong> reforço da articulação inter-serviçose inter-institucional, <strong>de</strong>sburocratizandoprocedimentos econtribuindo <strong>para</strong> uma visão globale sistémica do contexto familiar ecomunitário da criança e do jovem;- Intervir, <strong>de</strong> forma integrada,nos domínios da educação<strong>para</strong> o direito e da promoção eprotecção <strong>de</strong> crianças e jovens;- Criar respostas no domínio do apoioà família e alternativas <strong>de</strong> acolhimento,da formação e da orientação educativae da saú<strong>de</strong>.√Crianças e jovens dos0 aos 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>em situação <strong>de</strong> risco erespectivas famílias.Criar e implementar umconjunto <strong>de</strong> respostas eserviços inter-institucionaisdirigidos à <strong>de</strong>fesa dascrianças e jovens em risco erespectivas famílias na RegiãoAutónoma dos Açores,até <strong>2008</strong>.– Nº <strong>de</strong> respostas e serviçoscriados, por sector/ áreainstitucional.− Nº <strong>de</strong> crianças, jovens efamílias abrangidos, porresposta/ serviço.2 500 000 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Projecto Regional<strong>de</strong> IntervençãoPrecoce,Qualificação daProtecção dasCrianças e Jovense das CompetênciasParentaisGoverno Regional daMa<strong>de</strong>iraPrevenir situações <strong>de</strong> risco social atravésda intervenção precoce integrada acrianças até aos 6 anos, apoio a crianças<strong>de</strong> rua e melhoria das respostas socaisdo sistema <strong>de</strong> protecção <strong>de</strong> infância ejuventu<strong>de</strong>.√Crianças em Risco eFamílias.Implementar o Projecto <strong>de</strong>Intervenção Precoce e CompetênciasParentais (PIP/CP)em 50% dos concelhos daRAM, até <strong>2008</strong>.Formação da totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>famílias <strong>de</strong> acolhimento até<strong>2008</strong>.Criação <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong>apoio a crianças e a jovens,abrangendo 50% dos jovensi<strong>de</strong>ntificados, a funcionar apartir <strong>de</strong> <strong>2006</strong>.Definição e implementação<strong>de</strong> planos integrados <strong>de</strong>educação e formação (PIEF)abrangendo 80% das criançase jovens institucionalizadosem IPSS, até <strong>2008</strong>.− Nº crianças e famílias apoiadas.− N.º <strong>de</strong> concelhos com o PIPimplementado / ano.− Nº <strong>de</strong> formações promovidas.− Nº <strong>de</strong> famílias formadasanualmente.− Centro <strong>de</strong> apoio em funcionamento.− % <strong>de</strong> PIEF implementados.− Nº Instituições abrangidasanualmente.− % <strong>de</strong> crianças institucionalizadasem IPSS até <strong>2008</strong>.6 656 545 52€(2007-<strong>2008</strong>)112113


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosReforçar aprotecção <strong>de</strong>crianças e jovensem riscoComissões <strong>de</strong>Protecção <strong>de</strong>Crianças e Jovens- CPCJMTSSSão instituições oficiais não judiciárias,com autonomia funcional, que visampromover os direitos da criança edo jovem e prevenir ou pôr termo asituações susceptíveis <strong>de</strong> afectar a suasegurança, saú<strong>de</strong>, formação, educaçãoou <strong>de</strong>senvolvimento integral.Crianças e Jovens− Reforçar, até <strong>2006</strong>, asequipas: 128 técnicos atempo inteiro; 340 professoresa tempo parcial .− Constituir mais 40CPCJ, até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> CPCJ instaladas− Nº <strong>de</strong> protocolos celebradose operacionalizados com asentida<strong>de</strong>s representadas naCNPCJR;− Nº <strong>de</strong> técnicos colocados<strong>para</strong> apoio às comissões;- Nº <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formaçãopromovidas e implementadas.9 423 128 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)120 128 € (<strong>2006</strong>)4 160 000€ (2007)4 243 000€ (<strong>2008</strong>)Aumentar acobertura equalificar osequipamentos eserviços sociais<strong>para</strong> criançase jovens,diminuindoas situações <strong>de</strong>privaçãoPrograma <strong>de</strong>Generalização doFornecimento <strong>de</strong>Refeições Escolaresaos Alunosdo 1.º Ciclo doEnsino BásicoPrograma <strong>de</strong> Alargamentoda Re<strong>de</strong><strong>de</strong> EquipamentosSociais - PARESMEMTSSDisponibilizar refeições equilibradas àscrianças que frequentam o 1.º ciclo doensino básico, <strong>para</strong> corrigir a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>no acesso <strong>de</strong>stes alunos a refeiçõesescolares com<strong>para</strong>tivamente aos <strong>de</strong>outros ciclos/níveis <strong>de</strong> ensino.Apoiar o alargamento, <strong>de</strong>senvolvimentoe a consolidação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>equipamentos sociais em PortugalContinental, apostando nomeadamentena criação <strong>de</strong> novos lugares emrespostas sociais nas áreas da infância,idosos e pessoas com <strong>de</strong>ficiência.√√Alunos 1.º Ciclo doEnsino BásicoInfância e Juventu<strong>de</strong>Garantir que 100% dasEscolas do 1º Ciclo ofereçama todas as crianças umarefeição escolar equilibrada,até <strong>2008</strong>.Aumentar em 50% a capacida<strong>de</strong>instalada em creches(atingir o compromisso <strong>de</strong>Barcelona: 33%), criando 37000 novas vagas, até 2009 e6 000 novas vagas em <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> crianças abrangidas.− Taxa <strong>de</strong> cobertura.− N.º <strong>de</strong> novos equipamentos.− N.º <strong>de</strong> Lugares criados.22 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)150 000 000€(<strong>2006</strong>-2009)Melhorar ascondições <strong>de</strong>rendimento ehabitação dosidososComplementoSolidário <strong>para</strong>Idosos - CSIMTSSPrestação do subsistema <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><strong>para</strong> pensionistas com 65 e maisanos. Assume um perfil <strong>de</strong> complementoaos rendimentos preexistentes.O valor é <strong>de</strong>finido por referência a umlimiar fixado anualmente e a atribuiçãoé diferenciada segundo a situação concretado pensionista que requer.√Pessoas IdosasGarantir a todos os idosos,com 65 e mais anos e combaixos recursos, uma prestaçãomonetária extraordináriacom vista a aumentaros seus rendimentos globais<strong>para</strong> um patamar mínimo<strong>de</strong> 4200€/ ano (a preços <strong>de</strong><strong>2006</strong>).− Nº <strong>de</strong> beneficiários, por sexo,ida<strong>de</strong> e tipologia familiar.− Montante <strong>de</strong> CSI médio.168 504 000€(<strong>2006</strong>-2007)Projecto-piloto<strong>de</strong> requalificaçãohabitacional dapopulação idosaMTSSMelhorar as condições básicas <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong>e mobilida<strong>de</strong> das pessoasidosas utentes <strong>de</strong> apoio domiciliário,prevenindo a institucionalização esituações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência.√Pessoas IdosasFinanciar 570 intervençõesem habitações <strong>de</strong> pessoasidosas com apoio domiciliárioem 3 Distritos do interiordo país.− Nº pessoas idosas abrangidas,por Distrito.− N.º <strong>de</strong> habitações abrangidas.2 000 000 €(2007-08)114115


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>Responsável 1102Descrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(es) 2103 RecursosFinanceirosAumentar acobertura equalificar asrespostas sociais<strong>para</strong> idososPrograma <strong>de</strong> Alargamentoda Re<strong>de</strong><strong>de</strong> EquipamentosSociais - PARESMTSSApoiar o alargamento, <strong>de</strong>senvolvimentoe a consolidação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>equipamentos sociais em PortugalContinental, apostando nomeadamentena criação <strong>de</strong> novos lugares emrespostas sociais nas áreas da infância,idosos e pessoas com <strong>de</strong>ficiência.√Pessoas IdosasCriar 19 000 vagas em Lares<strong>para</strong> Idosos e Serviços <strong>de</strong>Apoio Domiciliário, até2009 e 5 750, até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> Lugares criados, portipo <strong>de</strong> resposta/serviço.− N.º <strong>de</strong> pessoas idosas abrangidas,por tipo <strong>de</strong> resposta/serviço.87 000 000 €(<strong>2006</strong>-09)Promover amelhoria dascondições <strong>de</strong>vida das famíliasque integramidosos e pessoas<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesRe<strong>de</strong> <strong>de</strong> CuidadosContinuadosIntegradosMS/MTSSPromover a oferta <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>:− Internamento <strong>de</strong> curta duração alternativoao hospital, racionalizandoos recursos hospitalares;− Internamento <strong>de</strong> longo prazo <strong>para</strong>idosos e pessoas com <strong>de</strong>pendênciaracionalizando os recursos;− Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dia, estimulando aautonomia na comunida<strong>de</strong>.√Idosos e cidadãos emsituação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendênciaCriar até <strong>2008</strong>:(a) 997 camas <strong>de</strong> convalescençaem unida<strong>de</strong>s <strong>para</strong>a prestação <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> curta duração;(b) 1139 camas em unida<strong>de</strong>scom vista a prestação <strong>de</strong>cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> médiaduração e <strong>de</strong> reabilitação;(c) 2720 camas em unida<strong>de</strong>s<strong>para</strong> a prestação <strong>de</strong> serviços<strong>de</strong> apoio e internamento <strong>de</strong>longo prazo;(d) 814 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> área <strong>de</strong>dia/promoção da autonomia;(e) 326 <strong>de</strong> camas <strong>para</strong> cuidadospaliativos.− Nº camas contratualizadas.− Nº unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> área <strong>de</strong>dia/promoção da autonomiacontratualizadas.− Nº unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> camas <strong>de</strong>dicadosaos cuidados paliativoscontratualizadas.(a) 81 439 153€(b) 65 203 224€(c) 95 903 686€(d) 11 901 918€(e) 27 146 384€(<strong>2006</strong>-2015)Criar uma re<strong>de</strong><strong>de</strong> voluntariadoVoluntariado MTSS Criar uma Re<strong>de</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> voluntariadoatravés <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>promoção local, na área do apoio àspessoas idosas.√Pessoas idosasGarantir a intervençãoorganizada em pelo menosmeta<strong>de</strong> dos concelhos dopaís, até <strong>2008</strong>.- Nº <strong>de</strong> voluntários.- Nº <strong>de</strong> pessoas abrangidas pelovoluntariado, por concelho.116117


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IPriorida<strong>de</strong> 2Corrigir as <strong>de</strong>svantagens na educação e formação/ qualificaçãoObjectivos <strong>de</strong>intervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(s)RecursosFinanceirosAlargar a taxa<strong>de</strong> cobertura dopré-escolar até2009Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentospréescolarMEAumentar o número <strong>de</strong> vagas empré-escolar <strong>para</strong> as crianças dos 3 aos 5anos, contribuindo <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimentosócio-educativo das criançase <strong>para</strong> a conciliação da vida pessoal,familiar e profissional das famíliasjovens.CriançasAlargar e racionalizar a re<strong>de</strong><strong>de</strong> equipamentos pré-escolar,até <strong>2008</strong>, aumentandoas taxas <strong>de</strong> cobertura <strong>para</strong>:95% - 5 anos; 85% - 4 anos;e 85% - 3 anos.- Taxa <strong>de</strong> cobertura.Ajustar oensino e asescolas através<strong>de</strong> programasespecíficos, àsnecessida<strong>de</strong>s dasfamíliasEscola aTempo Inteiro– Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>enriquecimentocurricular (1ºCiclo do EnsinoBásico)MEAdaptar os tempos <strong>de</strong> permanênciadas crianças nos estabelecimentos <strong>de</strong>ensino às necessida<strong>de</strong>s das famílias,garantindo que os tempos são pedagogicamentericos e complementares dasaprendizagens associadas à aquisiçãodas competências básicas. Das diversasactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enriquecimento curricular,<strong>de</strong>senvolvidas, pelo menos, até às17,30h, são obrigatórias o inglês <strong>para</strong>os 3.º e 4.º anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e oapoio ao estudo.√Alunos do 1.º Ciclodo Ensino Básico- Alargar o horário escolaraté às 17:30h em 100%das escolas do 1º Ciclo doEnsino Básico com oferta <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enriquecimentocurricular, até <strong>2008</strong>.- Generalizar o inglês e oestudo apoiado no 3º e 4ºanos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> a todasas crianças, até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> escolas abrangidas,por tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>.− N.º <strong>de</strong> alunos abrangidos.− Taxa <strong>de</strong> cobertura.− N.º <strong>de</strong> alunos por tipo activida<strong>de</strong>.− N.º <strong>de</strong> concelhos abrangidos.− Nº <strong>de</strong> protocolos estabelecidos.100 000 000 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)ME Formar professores <strong>de</strong> Inglês <strong>para</strong> o 1ºCiclo do Ensino Básico.√Professores <strong>de</strong> Inglês<strong>para</strong> o 1.º CicloFormar 500 professores <strong>de</strong>Inglês <strong>para</strong> leccionar no 1ºCiclo do Ensino Básico, até2007.N.º professores abrangidos. 30 000€(<strong>2006</strong>-2007)PercursosCurricularesAlternativosMEGarantir e flexibilizar dispositivos<strong>de</strong> organização e gestão do currículo<strong>de</strong>stinados a alunos que revelem insucessoescolar repetido ou problemas <strong>de</strong>integração na comunida<strong>de</strong> educativa.Alunos até aos 15 anos<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> inclusiveAssegurar o cumprimentoda escolarida<strong>de</strong> obrigatóriaa alunos até aos 15 anos<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (inclusive) cominsucesso escolar repetido ourisco <strong>de</strong> abandono escolar,até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> alunos envolvidos porano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, sexo eida<strong>de</strong>.− N.º <strong>de</strong> escolas por tipologia.− N.º <strong>de</strong> turmas por ano <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>.− Taxa <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong>.− Taxa <strong>de</strong> abandono escolar.− Taxa <strong>de</strong> sucesso escolar.Territórios Educativos<strong>de</strong> IntervençãoPrioritáriaMEFlexibilizar dispositivos <strong>de</strong> organizaçãoe gestão dos recursos e currículo <strong>para</strong>alunos <strong>de</strong> escolas com elevadas taxas <strong>de</strong>insucesso.√Alunos da EducaçãoPré-Escolar, dos 1.º,2.º e 3. ª Ciclos doensino básico e ensinosecundárioDesenvolver, até <strong>2008</strong>,30 contratos-programa <strong>de</strong>carácter inovador que visema melhoria da qualida<strong>de</strong>educativa e a promoção dosucesso escolar e do <strong>de</strong>senvolvimentocomunitário.− N.º <strong>de</strong> alunos abrangidos.− N.º <strong>de</strong> alunos que concluema escolarida<strong>de</strong> obrigatóriacom aproveitamento.− N.º médio <strong>de</strong> parceiros porcontrato-programa.118119


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>intervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(s)RecursosFinanceirosAjustar oensino e asescolas através<strong>de</strong> programasespecíficos, àsnecessida<strong>de</strong>s dasfamíliasPrograma EscolhasVi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 3PCMPrograma que visa promover a inclusãosocial <strong>de</strong> crianças e jovens provenientes<strong>de</strong> contextos sócio-económicos maisvulneráveis, particularmente dos<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> imigrantes e minoriasétnicas, tendo em vista a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e o reforço da coesãosocial.População infantil ejovem mais carenciadaFinanciar, até <strong>2008</strong>, 110projectos <strong>de</strong> apoio à educação,formação (TIC, …),ocupação <strong>de</strong> tempos livresda população infantil e jovem<strong>de</strong> bairros carenciados.− N.º <strong>de</strong> projectos financiados,por medida.− N.º <strong>de</strong> territórios abrangidos,por medida.− N.º pessoas abrangidas, porsexo, grupo etário e nacionalida<strong>de</strong>,segundo a medida.20 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Iniciativa NovasOportunida<strong>de</strong>sME/MTSSCom esta incitava preten<strong>de</strong>-se acelerara qualificação dos portugueses, tendoo nível secundário <strong>de</strong> educação eformação como objectivo <strong>de</strong> referência<strong>para</strong> todos, visando superar o profundodéfice estrutural do país neste domínio,apostando em dois eixos <strong>de</strong> intervenção:- Combater o insucesso e o abandonoescolar precoce por parte dos jovense que constitui um dos factores fundamentais<strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> situações<strong>de</strong> pobreza e exclusão social, atravésda diversificação das vias <strong>de</strong> educaçãoe formação, pelo reforço das vagas <strong>de</strong>natureza profissionalizante e da exigência<strong>de</strong> maiores taxas <strong>de</strong> aproveitamentoescolar;- Promover a elevação dos níveis <strong>de</strong>qualificação <strong>de</strong> base da populaçãoadulta, através da criação <strong>de</strong> umsistema efectivo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>ssapopulação, que mobilize, adapte ereforce os instrumentos disponíveis,<strong>de</strong>signadamente na perspectiva dosgrupos <strong>de</strong>sfavorecidos.√Jovens com ida<strong>de</strong>igual ou superior a15 anoseAdultos, com ida<strong>de</strong>igual ou superiora 18 anos, que nãopossuam o 4.º ano,o 6.º ou o 9.º ano <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>− Aumentar <strong>para</strong> 50% aimportância das vias profissionalizantesno total <strong>de</strong>jovens a frequentar cursos<strong>de</strong> nível secundário até2010,através das seguintes metas:– Alargar a oferta formativa<strong>de</strong> cariz vocacional nas escolasprofissionais e secundáriaspúblicas abrangendo,até 2007, 52.500 jovens (≥15 anos) e, até 2010, cerca<strong>de</strong> 127.500.– Abranger, até <strong>2008</strong>, cerca<strong>de</strong> 475.000 jovens e, até2010, cerca <strong>de</strong> 650.000 emformação profissionalizante<strong>de</strong> nível secundário.− Garantir que até 2010será proporcionado atodos os jovens em risco <strong>de</strong>abandono sem cumpriremcom sucesso a escolarida<strong>de</strong>obrigatória a integração emvias profissionalizantes quepermitam concluírem o 9ºano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> abrangendo<strong>para</strong> o efeito cerca <strong>de</strong>75.000 jovens até <strong>2008</strong> emais <strong>de</strong> 125.000 até 2010.− Evolução do nº <strong>de</strong> cursosformativos <strong>de</strong> cariz vocacionalnas escolas profissionais esecundárias.− N.º <strong>de</strong> jovens ≥ 15 anos semo 9º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> quefrequentam cursos formativos<strong>de</strong> cariz vocacional.− N.º <strong>de</strong> jovens abrangidos emcursos profissionalizantes.− N.º <strong>de</strong> adultos em cursosprofissionalizantes <strong>de</strong> duplacertificação (escolar e profissional).− N.º <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Reconhecimento,Validação e Certificação<strong>de</strong> Competências emfuncionamento.− N.º <strong>de</strong> adultos certificadosatravés <strong>de</strong> processos RVCC.1 096 900 000€(2007-<strong>2008</strong>)− Reforçar a oferta <strong>de</strong> cursosprofissionalizantes abrangendo152.000 adultos aonível do 9º e 12º ano, até<strong>2008</strong>.120− Expandir a Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Centros<strong>de</strong> Reconhecimento,Validação e Certificação <strong>de</strong>Competências (CRVCC),<strong>de</strong> modo a atingir 300Centros em <strong>2008</strong>.− Garantir que até <strong>2008</strong>cerca <strong>de</strong> 160.000 pessoasobtenham uma certificação<strong>de</strong> competências, através <strong>de</strong>processos RVCC.121


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>intervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição da medidaNova√População-alvo Meta(s) <strong>de</strong> Medida Indicador(s)RecursosFinanceirosAjustar oensino e asescolas através<strong>de</strong> programasespecíficos, àsnecessida<strong>de</strong>s dasfamíliasPrograma <strong>de</strong>intervenção Mercado<strong>de</strong> TrabalhoInclusivoVi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 1MTSSFormar e certificar escolar e profissionalmentepessoas adultas emida<strong>de</strong> activa com baixa escolarida<strong>de</strong> equalificações, no sentido da promoçãoda empregabilida<strong>de</strong>.Adultos em ida<strong>de</strong>activaAbranger 153 000 pessoasem ida<strong>de</strong> activa em acções<strong>de</strong> formação e integraçãoprofissional, até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidasem acções <strong>de</strong> formação.− N.º <strong>de</strong> pessoas colocadas nomercado <strong>de</strong> trabalho.459 426 864€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Garantir o acessogeneralizadoà banda larga eInternet, promovendoa par aliteracia digitalLigar Portugal embanda largaMOPTC / MCTESCriar infra-estrutura <strong>de</strong> telecomunicaçõesque possibilitam o acessoa serviços <strong>de</strong> banda larga. Promoveigualmente a utilização <strong>de</strong> novosserviços sem fios.√População em geral− Disponibilizar a todoo território o serviço <strong>de</strong>banda larga, até <strong>2006</strong>(MOPTC).− Aumentar <strong>para</strong> mais50% o n.º <strong>de</strong> agregadosfamiliares com acesso àInternet em banda larga,até 2010 (MCTES.)− Evolução anual da taxa <strong>de</strong>cobertura do território nacionalem banda larga.− Taxa <strong>de</strong> penetração da BandaLarga.− Nº agregados com acesso àInternet em banda larga.100 000 000€ (1ºTRM <strong>2006</strong>)3 000 000€ (últimos10 anos / re<strong>de</strong> fixaADSL)Espaços Internetnos ConcelhosMCTESPromover em todos os Concelhos doContinente o acesso público gratuito àInternet, aberto em horário alargado ecom apoio <strong>de</strong> monitores, <strong>para</strong> familiarizaçãodos cidadãos em TIC.População em geralDuplicar, até <strong>2008</strong>, osespaços públicos <strong>de</strong> acessoà Internet nos municípios,com apoio <strong>de</strong> monitores,garantindo pelo menos umespaço público gratuito emcada concelho do país.− Nº <strong>de</strong> espaços Internetcriados.− Nº <strong>de</strong> Concelhos abrangidos.65 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)122123


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IPriorida<strong>de</strong> 3Ultrapassar as discriminações, reforçando a integração das pessoas com <strong>de</strong>ficiência e dos imigrantesObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosPromover amelhoria dasacessibilida<strong>de</strong>s einformaçãoRe<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços<strong>de</strong> informação emediação <strong>para</strong>pessoas com <strong>de</strong>ficiências- SIM-PDMTSSA Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> informação emediação <strong>para</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiências,visa proporcionar localmente umatendimento e apoio qualificado àspessoas com <strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>.É uma Re<strong>de</strong> que se localiza nasautarquias.√Pessoas com Deficiênciasou Incapacida<strong>de</strong> erespectivas FamíliaseProfissionais daárea da Habilitação/Reabilitação− Criar, até 2007, uma Base<strong>de</strong> Dados com informaçãosobre legislação, recursose serviços existentes dirigidosa pessoas com <strong>de</strong>ficiênciasou incapacida<strong>de</strong>.− Criar e implementar nos18 Distritos um Serviço<strong>de</strong> Informação e Mediação,até 2009.− Assegurar o funcionamento<strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong><strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>Nacional</strong>dos SIM-PD, até <strong>2008</strong>.− Criação <strong>de</strong> Base <strong>de</strong> Dadoscriada e operacionalizada.− Nº <strong>de</strong> SIM PD criados.− Nº <strong>de</strong> atendimentos efectuadospor Distrito, por sexo.− Existência <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong><strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>Nacional</strong>.889 318 €(<strong>2006</strong>-2009)Nova lei dasacessibilida<strong>de</strong>sMTSSDefinição <strong>de</strong> normativos técnicos aaplicar no âmbito das acessibilida<strong>de</strong>sno edificado.√Pessoas com Deficiênciaou incapacida<strong>de</strong>− Alargar normas técnicassobre as acessibilida<strong>de</strong>saos edifícios habitacionaisao longo <strong>de</strong> um período<strong>de</strong> 8 anos na razão <strong>de</strong>12,5% ano (% <strong>de</strong> fogosadaptados por edifício).− Incentivar o cumprimentodos normativos, atravésdo reforço <strong>de</strong> normassancionatórias .Reduções Tarifárias<strong>para</strong> Pessoascom DeficiênciaMTSSReduções Tarifárias nos transportesferroviários a pessoas com <strong>de</strong>ficiênciaou respectivos acompanhantes, nasmodalida<strong>de</strong>s:- “Acordo <strong>de</strong> Descontos <strong>para</strong> Pessoascom Deficiência” - <strong>de</strong>sconto no custodos bilhetes às pessoas com incapacida<strong>de</strong>≥ 60% e sob condição <strong>de</strong> recursos;- Acordo Tarifário “Dois por Um”– isenção <strong>de</strong> bilhete ao acompanhanteda pessoa com <strong>de</strong>ficiência com grau <strong>de</strong>incapacida<strong>de</strong> ≥80%.Pessoas com Deficiênciae familiares− Aumentar, até <strong>2008</strong>, onº <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiênciae seus familiaresabrangidos pelos Acordostarifários nos transportesferroviários (fase a 2005),nomeadamente: em 10%o nº <strong>de</strong> acompanhantes <strong>de</strong>pessoas com <strong>de</strong>ficiênciae em 5% o nº <strong>de</strong> pessoascom <strong>de</strong>ficiência .− Implementar , até <strong>2008</strong>,o Acordo Tarifário “Doispor Um”, na Re<strong>de</strong> Expressos.− Taxa <strong>de</strong> execução dos acordostarifários “Dois por Um”= nº <strong>de</strong> acompanhantes queviajam nos comboios entre<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> / nº <strong>de</strong> viagens <strong>de</strong>acompanhantes efectuadasem 2005.− Taxa <strong>de</strong> execução “Acordo<strong>de</strong> Descontos <strong>para</strong> PD” =Nº <strong>de</strong> PD abrangidas queviajaram nos comboios entre<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong> / nº <strong>de</strong> pessoasabrangidas em 2005.− Implementação do AcordoTarifário “Dois por Um” naRe<strong>de</strong> Expressos”.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidas naRe<strong>de</strong> Expressos.120 000 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)124125


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosPromover amelhoria dasacessibilida<strong>de</strong>s einformaçãoInclusão digitalnos transportespúblicosMOPTCOs Objectivos do Projecto MIMO são:a) o acesso permanente dos cidadãos àinformação dos transportes públicos,nomeadamente dos com necessida<strong>de</strong>sespeciais; b) potenciar o uso generalizadodas novas tecnologias.Implica a existência <strong>de</strong> um sistemamulticanal, que permita ao cidadãorealizar perguntas e obter respostassobre percursos, condições do percursoe custos. O projecto envolve operadores<strong>de</strong> transporte públicos e privados e associações<strong>de</strong> cidadãos com necessida<strong>de</strong>sespeciais.√População da Regiãodo Mon<strong>de</strong>go, particularmentecom necessida<strong>de</strong>sespeciaisePopulação em geral− Construir, até <strong>2008</strong>, umabase <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> transportespúblicos da Regiãodo Mon<strong>de</strong>go, extensível às<strong>de</strong>mais Regiões.− Implementar na Regiãodo Mon<strong>de</strong>go, até <strong>2008</strong>,o sistema multicanal,acessível, entre outrosmeios electrónicos, pelaInternet, extensível às<strong>de</strong>mais Regiões do País.− Construção e <strong>de</strong>senvolvimentoda base <strong>de</strong> dados.− Nº <strong>de</strong> visitantes da base <strong>de</strong>dados.− Nº <strong>de</strong> clientes do sistema <strong>de</strong>transporte.160 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Produção doLivro Braille eSonoroMCProduzir livros Braille e audio-livros<strong>de</strong> colecções bibliográficas nacionais,com vista à valorização educacional,profissional e cultural dos utilizadores<strong>de</strong>ficientes visuais e invisuais.Pessoas com <strong>de</strong>ficiênciaou incapacida<strong>de</strong>auditiva, invisual eambliopeDisponibilizar anualmentetítulos em Braille e audiolivros<strong>de</strong> colecções bibliográficasnacionais, até <strong>2008</strong>.− Nº <strong>de</strong> espécies/volumes embraille adquiridos e disponibilizados.− Nº <strong>de</strong> audiolivros em cassetesadquiridos e disponibilizados.417 002 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Reforçar o acessoà educação,com vista àpromoção daigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>sQuadro <strong>de</strong> docência<strong>de</strong> educaçãoespecialMEPromover a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>e a inclusão sócio-educativa <strong>de</strong> criançase jovens com necessida<strong>de</strong>s educativasespeciais (NEE) <strong>de</strong> carácter prolongado,através da criação <strong>de</strong> um quadro <strong>de</strong>educação especial nas escolas públicas,com três grupos <strong>de</strong> docência.√Crianças e jovens comnecessida<strong>de</strong>s educativasespeciais <strong>de</strong> carácterprolongado daeducação pré-escolare dos ensinos básico esecundário.Fixar aos agrupamentos<strong>de</strong> escolas professoresespecializados em Educaçãoespecial, abrangendo 4 000professores e 26 000 criançase jovens, até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> professores abrangidos.− N.º <strong>de</strong> crianças /jovensabrangidos.112 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Programa <strong>de</strong>Língua GestualPortuguesaMEElaboração do Programa Disciplinar<strong>de</strong> Língua Gestual Portuguesa (LGP) aimplementar em Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Apoio àEducação <strong>de</strong> Alunos Surdos.√Crianças e jovenssurdos a frequentarestabelecimentos<strong>de</strong> educação/ensinopúblicos, da educaçãopré-escolar, dos 1º, 2ºe 3º ciclos do EnsinoBásico e Secundário− Produzir programas LGP<strong>para</strong> o ensino básico e<strong>para</strong> o ensino secundário,até 2007.− Garantir às crianças ejovens surdos o acesso àaprendizagem da línguagestual portuguesa nosestabelecimentos <strong>de</strong>educação/ensino públicos:educação pré-escolar; 1º,2º e 3º ciclos do ensinobásico e do ensino secundário,até <strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> crianças e jovensabrangidos.− % <strong>de</strong> escolas públicas comoferta <strong>de</strong> língua gestual portuguesa,por níveis e ciclos <strong>de</strong>ensino e NUTS II.6000 €(<strong>2006</strong>-2007)126127


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosReforçar o acessoà educação,com vista àpromoção daigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>sManuais escolaresadaptados <strong>para</strong>pessoas comincapacida<strong>de</strong> / <strong>de</strong>ficiênciainvisual(Braille, caracteresampliados,falados, etc.)MEProduzir manuais escolares adaptados<strong>para</strong> pessoas com limitações acentuadasno domínio sensorial e da visão.√Crianças e jovens com<strong>de</strong>ficiência invisualProduzir 11 682 manuais/ano nos diversos formatos,até 2007.− N.º manuais produzidos,por nível <strong>de</strong> ensino e tipo eformato.− N.º <strong>de</strong> crianças e jovensabrangidos.218 000€(<strong>2006</strong>-2007)Reforçar o acessoà formação eao empregoPrograma <strong>de</strong>formação Profissionale Emprego<strong>de</strong> pessoas com<strong>de</strong>ficiênciaMTSSMedida que visa facilitar a inserçãosocial e profissional das pessoas com<strong>de</strong>ficiência, através <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formaçãoe <strong>de</strong> apoios à criação <strong>de</strong> emprego.Pessoas com <strong>de</strong>ficiênciaPromover a integração <strong>de</strong> 45864 pessoas com <strong>de</strong>ficiênciaem acções <strong>de</strong> formação eintegração profissional, até<strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidasem acções <strong>de</strong> formação.− N.º <strong>de</strong> pessoas colocadas nomercado <strong>de</strong> trabalho.− N.º <strong>de</strong> pessoas que criaramauto-emprego.216 090 710 €(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Melhorar ediversificar aprotecção socialàs pessoas com<strong>de</strong>ficiência,através daa<strong>de</strong>quação dasprestações e noreforço da re<strong>de</strong><strong>de</strong> equipamentose serviçossociais <strong>de</strong> apoioMo<strong>de</strong>lo <strong>Nacional</strong><strong>de</strong> IntervençãoPrecoceMTSSIntegrar famílias e, principalmente,crianças dos 0-6 anos com <strong>de</strong>ficiênciaou em risco alto <strong>de</strong> atraso grave no<strong>de</strong>senvolvimento, potenciando <strong>para</strong>o efeito recursos, acções integradas e<strong>de</strong>scentralizadas dos serviços. Garantir,também, uma maior cobertura emelhor qualida<strong>de</strong> das respostas dacomunida<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s multidimensionaise específicas das crianças esuas famílias.Crianças dos 0-6 anoscom <strong>de</strong>ficiência ou emrisco <strong>de</strong> atraso graveno <strong>de</strong>senvolvimento esuas famílias− Aprovar os diplomaslegais, até 2007.− Criar, até 2007, uma base<strong>de</strong> dados nacional com informaçãosobre as criançase atendimento em matéria<strong>de</strong> intervenção precoce.− Aumentar, até <strong>2008</strong>, em15% o número <strong>de</strong> crianças(0 aos 3 anos) a aten<strong>de</strong>rno Sistema intervençãoprecoce, cobrindo cerca <strong>de</strong>5 000 crianças (SNRIPD).− Abranger 150 Concelhoscom o Programa integrado<strong>de</strong> Intervenção Precoce,até <strong>2008</strong> (MS).− Base <strong>de</strong> dados criada.− N.º <strong>de</strong> concelhos com Equipas<strong>de</strong> Intervenção Directa.− Nº <strong>de</strong> crianças/ famíliasapoiadas dos 0 os 3 e dos 3aos 6 anos, por sexo, em cadaconcelho.66 008€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Novo Sistema <strong>de</strong>pensões e prestaçõesfamiliares naeventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>ficiênciaMTSSReformular o actual sistema <strong>de</strong>prestações familiares na área da<strong>de</strong>ficiência com vista à: a<strong>de</strong>quação dasreais necessida<strong>de</strong>s dos <strong>de</strong>stinatários;aplicação do princípio <strong>de</strong> diferenciaçãopositiva; prevenção <strong>de</strong> situações <strong>de</strong>pobreza e <strong>de</strong> exclusão social; eficácia dosistema. A atribuição da prestação tempor base a condição <strong>de</strong> recursos e grau<strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência.√Pessoas com DeficiênciaAbranger no novo sistema<strong>de</strong> prestações na eventualida<strong>de</strong>140 000 pessoas com<strong>de</strong>ficiência, até 2009.– Aprovação do novo diploma.– Nº <strong>de</strong> beneficiários, por gruposetários, sexo e montantedas prestações atribuídas,segundo os rendimentos doagregado familiar (inferiora 300 euros e acima <strong>de</strong>ssevalor).198 292 085€(2007-2009)128129


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosMelhorar ediversificar aprotecção socialàs pessoas com<strong>de</strong>ficiência,através daa<strong>de</strong>quação dasprestações e noreforço da re<strong>de</strong><strong>de</strong> equipamentose serviçossociais <strong>de</strong> apoioSistema Descentralizado<strong>de</strong>Atribuição eFinanciamento <strong>de</strong>Ajudas Técnicas(A.T.) e Tecnologias<strong>de</strong> ApoioPrograma <strong>de</strong>Alargamento daRe<strong>de</strong> <strong>de</strong> EquipamentosSociais(PARES)MTSSMTSSConceber um mo<strong>de</strong>lo mais a<strong>de</strong>quadoe integrado <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r às reais necessida<strong>de</strong>sdas pessoas com <strong>de</strong>ficiênciasou incapacida<strong>de</strong> em matéria <strong>de</strong> ajudastécnicas e tecnologias <strong>de</strong> apoio.Apoiar o alargamento, <strong>de</strong>senvolvimentoe a consolidação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>equipamentos sociais em PortugalContinental, apostando nomeadamentena criação <strong>de</strong> novos lugares emrespostas sociais nas áreas da infância,idosos e pessoas com <strong>de</strong>ficiência.√Pessoas com <strong>de</strong>ficiênciasou incapacida<strong>de</strong>Pessoas com Deficiência− Conceber o mo<strong>de</strong>lo novo,até 2007.− Abranger 60 000 pessoascom Deficiências ouIncapacida<strong>de</strong>, até <strong>2008</strong>.Aumentar o n.º <strong>de</strong> lugaresem equipamentos <strong>para</strong> pessoascom <strong>de</strong>ficiência: 1850em 2009 e 650 em <strong>2008</strong>.− Nº <strong>de</strong> ajudas técnicasconcedidas a pessoas com<strong>de</strong>ficiências ou incapacida<strong>de</strong>,por sexo, natureza da A.T eentida<strong>de</strong> prescritora.− N.º <strong>de</strong> novos equipamentos.− N.º <strong>de</strong> Lugares criados.23 500 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)14 000 000€(<strong>2006</strong>-2009)Promover oatendimento einformação sociala<strong>de</strong>quado e<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>com a populaçãoimigranteServiço SOSImigrantePCMLinha telefónica informativa sobre atemática da imigração, disponibilizadaem 6 línguas.Site CNAI PCM Promove o acesso à informação disponívele permitirá a interactivida<strong>de</strong> nosvários Gabinetes e Instituições presentesnos CNAI, por exemplo a marcaçãodo atendimento presencial.√População imigranteProfissionais da áreaPúblico em geralPopulação imigranteInstituições públicas eprivadasAssociações <strong>de</strong> imigrantesONG’sRespon<strong>de</strong>r a 90.000chamadas SOS, até <strong>2008</strong>,disponibilizando o serviçoem 6 línguas diferentes.Criar o Site CNAI, estimando-se850 000 visitas,até <strong>2008</strong>.− N.º chamadas atendidas,segundo a língua disponibilizada.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidas.− Site criado.− N.º <strong>de</strong> visitas.270 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)2 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Bolsa <strong>de</strong> FormadoresPCMConstituir uma bolsa <strong>de</strong> formadoresnas áreas da imigração e minoriasétnicas e interculturalida<strong>de</strong>.√EscolasOutras Instituiçõesda AdministraçãoPublicaInstituições privadasAssociações <strong>de</strong> ImigrantesONG’sRealizar 350 acções <strong>de</strong>formação nas áreas daimigração, minorias étnicase interculturalida<strong>de</strong> aoscolaboradores <strong>de</strong> Escolas,Instituições da AdministraçãoPublica e Privada eAssociações <strong>de</strong> Imigrantes,até <strong>2008</strong>.− N.º acções <strong>de</strong> formaçãorealizadas.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidas.150 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Gabinete <strong>de</strong> Educaçãoe FormaçãoInterculturalPCMGabinete especializado que promove aeducação Intercultural.Prestar 200 acções <strong>de</strong>formação no domínio daEducação Intercultural, até<strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formaçãorealizadas.− N.º <strong>de</strong> pessoas abrangidas.75 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)130131


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosPromover oatendimento einformação sociala<strong>de</strong>quado e<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong>com a populaçãoimigranteCentro <strong>Nacional</strong><strong>de</strong> Apoio aoImigranteCentros Locais<strong>de</strong> Apoio aoImigrantePCMPCMInstituição prestadora serviços integradoslocalizada nas áreas <strong>de</strong> Lisboae Porto.Espaços <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>scentralizadosque nascem <strong>de</strong> parcerias com asocieda<strong>de</strong> civil e com as autarquias.População imigrante Realizar, até <strong>2008</strong>, 700 00atendimentos no CNAI <strong>de</strong>Lisboa e 200 00 no CNAIdo Porto.População imigranteAbrir 20 novos CLAI, até<strong>2008</strong>.− N.º atendimentos realizados,por CLAI.− N.º CNAI abertos ao público.2 150 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)350 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Facilitarinstrumentos <strong>de</strong>inserção sóciolaboralPrograma <strong>de</strong>Intervenção <strong>para</strong><strong>de</strong>sempregadosimigrantesMTSSMedida que visa facilitar a inserçãosocial, cultural e profissional do Imigrantes,através: do <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> competências básicas no domínioda língua portuguesa e em cidadania;<strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação; e <strong>de</strong> apoios àcriação <strong>de</strong> emprego.População imigrante<strong>de</strong>sempregadaAbranger 38 500 imigrantes<strong>de</strong>sempregados em acções <strong>de</strong>formação e inserção profissional,até <strong>2008</strong> .− Nº <strong>de</strong> imigrantes integradosnas acções, número <strong>de</strong> acções<strong>de</strong>senvolvidas.− N.º <strong>de</strong> imigrantes integradosno mercado <strong>de</strong> trabalho.34 973 897€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Programa EscolhasVi<strong>de</strong> Priorida<strong>de</strong> 2PCMPrograma que visa promover a inclusãosocial <strong>de</strong> crianças e jovens provenientes<strong>de</strong> contextos sócio-económicos maisvulneráveis, particularmente dos<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> imigrantes e minoriasétnicas, tendo em vista a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s e o reforço da coesãosocial.População infantil ejovem mais carenciadaFinanciar, até <strong>2008</strong>, 110projectos <strong>de</strong> apoio à educação,formação (TIC, …),ocupação <strong>de</strong> tempos livresda população infantil e jovem<strong>de</strong> bairros carenciados.− N.º <strong>de</strong> projectos financiados,por medida.− N.º <strong>de</strong> territórios abrangidos,por medida.− N.º pessoas abrangidas, porsexo, grupo etário e nacionalida<strong>de</strong>,segundo a medida.20 000 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)Português comoLíngua NãoMaterna no Currículo<strong>Nacional</strong>MEMedida I - Novo regime <strong>de</strong> equivalência<strong>de</strong> habilitações estrangeiras- Visa clarificar, simplificar e agilizar oprocesso <strong>de</strong> instrução dos pedidos e simultaneamentecontribuir a autonomiadas escolas.(Decreto-Lei nº 227/2005, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong>Dezembro e Portaria nº 224/<strong>2006</strong>, <strong>de</strong>8 <strong>de</strong> Março)Medida II- Promove o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio efectivoaos alunos que tenham a LínguaPortuguesa como Língua Não Maternae a prossecução dos estudos no sistemaeducativo.(Despacho-Normativo n.º 7/<strong>2006</strong>, <strong>de</strong>6 <strong>de</strong> Fevereiro)√Alunos estrangeiroscuja Língua Maternanão é o Português− Definir, até <strong>2008</strong>, o novoregime <strong>de</strong> equivalência <strong>de</strong>habilitações estrangeiras.− Dotar, até <strong>2008</strong>, asescolas <strong>de</strong> autonomia <strong>para</strong>respon<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>quadamentea 80 000 alunos estrangeiroscuja língua maternanão é o Português permitindo-lhesa prossecuçãodos estudos no sistema eusufruto <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>sque lhes garantam umdomínio suficiente dalíngua portuguesa.− Alteração no regime <strong>de</strong>equivalências <strong>de</strong> habilitaçõesestrangeiras.− N.º <strong>de</strong> equivalências atribuídasentre <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>.− N.º <strong>de</strong> alunos estrangeiros afrequentar o sistema educativo,segundo o nível <strong>de</strong> ensinoe NUTS II, por nacionalida<strong>de</strong>.30 000€(<strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>)132133


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosFacilitarinstrumentos <strong>de</strong>inserção sóciolaboralLei da Imigração MAI Novo regime <strong>de</strong> entrada e residência <strong>de</strong>estrangeiros no território nacional.√População imigrante− Regime <strong>de</strong> admissão <strong>de</strong>imigrantes mais ajustadoàs necessida<strong>de</strong>s do país.− Estatuto jurídico uniforme<strong>para</strong> os imigranteslegais, garantido-lhes osmesmos direitos, em especialno que concerne aoreagrupamento familiar.− Serviço <strong>de</strong> atendimentoao público mais próximodos imigrantes.− Protecção das vítimas <strong>de</strong>tráfico e <strong>de</strong> exploração.− Combate mais firme aotráfico <strong>de</strong> seres humanose aos que exploram aimigração ilegal.− Número <strong>de</strong> Imigrantes quepassam a beneficiar <strong>de</strong> estatuto<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes (em especialdo direito ao reagrupamentofamiliar, entre outros).− Número <strong>de</strong> vistos emitidos.− Diminuição do tempo <strong>de</strong>concessão dos títulos <strong>de</strong>autorização <strong>de</strong> residência.Lei da <strong>Nacional</strong>ida<strong>de</strong>(PCM)PCMReconhece um direito fundamental<strong>de</strong> cidadania e retoma a tradição portuguesa<strong>de</strong> valorização do critério doius soli, que se reflecte na concessão <strong>de</strong>nacionalida<strong>de</strong> originária à 3ª Geração,bem como na diminuição das exigênciaslegais impostas <strong>para</strong> a 2ª Geração.√Imigrantes <strong>de</strong> 2ª e 3ªgeração- a 3ª geração <strong>de</strong> imigrantes,constituída por filhos <strong>de</strong>estrangeiros nascidos emPortugal, acedam à nacionalida<strong>de</strong>,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementeda legalida<strong>de</strong> da permanênciado(s) progenitor(es) nomomento do nascimento.- a 2ª geração <strong>de</strong> imigrantes,prevê-se a atribuição danacionalida<strong>de</strong> origináriaaos indivíduos nascidosem Portugal, filhos <strong>de</strong>estrangeiros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, nomomento do nascimento,um dos progenitores aquiresida legalmente há, pelomenos, 5 anos.Observatório doTráfico <strong>de</strong> SeresHumanosPCMProporcionar uma análise precisa,actual e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, da evoluçãodo crime <strong>de</strong> tráfico <strong>de</strong> seres humanos,especialmente <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> fins<strong>de</strong> exploração sexual, bem como dosfenómenos associados.√Vítimas <strong>de</strong> tráfico, especialmente<strong>para</strong> fins<strong>de</strong> exploração sexual− Implementar um sistema<strong>de</strong> monitorização do tráfico<strong>de</strong> seres humanos, especialmente<strong>de</strong> mulheres,<strong>para</strong> fins <strong>de</strong> exploraçãosexual, até 2007.− Existência do sistema <strong>de</strong>monitorização.− N.º <strong>de</strong> pessoas vítimas <strong>de</strong>tráfico, por sexo, nacionalida<strong>de</strong>e distribuição geográfica.99 840,38€(<strong>2006</strong>-2007)134135


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIObjectivos <strong>de</strong>IntervençãoMedida <strong>de</strong>PolíticaEntida<strong>de</strong>ResponsávelDescrição damedidaNova√População alvoMeta(s) <strong>de</strong>MedidaIndicador(s)RecursosFinanceirosFacilitarinstrumentos <strong>de</strong>inserção sóciolaboralMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> acolhimentoe apoio àsvítimas <strong>de</strong> tráfico<strong>de</strong> seres humanosPCMPromover o apoio e acolhimento qualificadoà integração social das mulheresvítimas <strong>de</strong> tráfico.√Vítimas <strong>de</strong> tráficocom fins <strong>de</strong> exploraçãosexual− Criar um Centro <strong>de</strong> AcolhimentoTemporário <strong>para</strong>acolher mulheres vítimas<strong>de</strong> tráfico, até 2007;.− Criar uma equipa multidisciplinar<strong>de</strong> acompanhamentoàs mulheres vítimas<strong>de</strong> tráfico, até 2007.− Criar uma Comissão <strong>de</strong>Avaliação <strong>para</strong> as Vítimas<strong>de</strong> Tráfico, até 2007.− Implementação da “CasaAbrigo.− Nº <strong>de</strong> mulheres acolhidas.− N.º <strong>de</strong> membros da equipa,por área disciplinar.− N.º vitimas acompanhadas.− Existência da Comissão.− Taxa <strong>de</strong> mulheres consi<strong>de</strong>radasvítimas <strong>de</strong> trafico.45 101,08€(<strong>2006</strong>-2007)136137


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIAnexo IIPortfolio <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Inclusão SocialA) Indicadores PrimáriosSI-P1: Risco <strong>de</strong> PobrezaRisco <strong>de</strong> pobreza (total): percentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+ anos) comrendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferiorà linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza infantil: percentagem <strong>de</strong> crianças (0-15 anos) comrendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferiorà linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa: percentagem <strong>de</strong> adultosem ida<strong>de</strong> activa (16-64 anos) com rendimento monetário equivalente(após transferências sociais) inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60% dorendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos: percentagem <strong>de</strong> idosos (65+anos) comrendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferiorà linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza (total)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2003 2004Portugal 23 21 22 21 21 21 20 19 21Homens 21 20 20 19 19 19 20 - 20Mulheres 24 22 23 22 22 22 20 - 22UE25 - - - 15 16 16 16 15 16Homens - - - 14 15 15 15 14 15Mulheres - - - 16 17 17 17 16 17138139


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIRisco <strong>de</strong> pobreza infantil1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 26 23 25 26 26 26 27 23UE25 - - - 19 19 20 20 20SI-P2: Linha <strong>de</strong> Pobreza60% do rendimento equivalente mediano em PPC <strong>para</strong> dois tipos <strong>de</strong>agregados familiares: indivíduo adulto a viver sozinho; dois adultos comduas crianças <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> inferior a 14 anos1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Risco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 19 17 17 16 16 17 16 18Homens 17 16 16 16 15 16 17 18Mulheres 20 18 18 16 17 17 15 19UE25 - - - 14 14 - 13 15Homens - - - 13 13 - 13 14Mulheres - - - 15 15 - 14 16PortugalAdulto a viver sozinho 3554 3808 4026 4095 4229 4573 4889 4697Dois adultos comduas crianças <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>inferior a 14 anos7463 7997 8455 8600 8881 9603 10267 9864UE25Adulto a viver sozinho - - - 6767 6927 - 7074 7716Dois adultos comduas crianças <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>inferior a 14 anos- - - 14210 14546 - 14856 16204Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 38 36 37 35 33 33 30 29Homens 36 35 34 33 30 30 28 29Mulheres 39 36 39 37 36 35 31 30UE25 - - - 18 17 17 16 18Homens - - - 15 14 14 13 15Mulheres - - - 20 19 19 18 20Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004SI-P3: RISCO DE POBREZA PERSISTENTERisco <strong>de</strong> pobreza persistente (total): percentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+anos) com rendimento monetário equivalente (após transferências sociais)inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano)no ano civil corrente e em pelo menos dois dos três anos anteriores.Risco <strong>de</strong> pobreza persistente infantil: percentagem crianças (0-15 anos)com rendimento monetário equivalente (após transferências sociais)inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano)no ano civil corrente e em pelo menos dois dos três anos anteriores.Risco <strong>de</strong> pobreza persistente dos adultos em ida<strong>de</strong> activa: percentagem<strong>de</strong> adultos em ida<strong>de</strong> activa (16-64 anos) com rendimento monetárioequivalente (após transferências sociais) inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60%140141


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIdo rendimento equivalente mediano) no ano civil corrente e em pelomenos dois dos três anos anteriores.Risco <strong>de</strong> pobreza persistente dos idosos: percentagem idosos (65+ anos)com rendimento monetário equivalente (após transferências sociais)inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano)no ano civil corrente e em pelo menos dois dos três anos anteriores.Risco <strong>de</strong> pobreza persistente (total)1997 1998 1999 2000 2001Portugal 15 14 14 14 15Homens 14 13 13 13 14Mulheres 16 15 15 16 15UE25 9 9 9 - -Homens 9 8 8 - -Mulheres 10 10 10 - -Risco <strong>de</strong> pobreza infantil persistente1997 1998 1999 2000 2001Portugal 17 18 18 19 22UE25 12 12 12 - -Risco <strong>de</strong> pobreza persistente dos adultos em ida<strong>de</strong> activa1997 1998 1999 2000 2001Portugal 11 10 10 11 11Homens 11 10 10 11 12Mulheres 12 11 10 11 10UE25 - 8 8 - -Homens - 7 7 - -Mulheres - 8 9 - -Risco <strong>de</strong> pobreza persistente dos idosos1997 1998 1999 2000 2001Portugal 30 28 26 26 24Homens 27 25 26 23 22Mulheres 31 29 29 27 25UE25 - 11 11 12 -Homens - 9 9 10 -Mulheres - 13 13 13 -SI-P4: INTENSIDADE DE POBREZA(Relative median poverty risk gap)Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004Relative median poverty risk gap da população total: distância relativaentre o rendimento monetário equivalente mediano dos indivíduos(0+ anos) que estão abaixo da linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimentoequivalente mediano) e a própria linha <strong>de</strong> pobreza, expressa empercentagem da linha <strong>de</strong> pobreza.Relative median poverty risk gap das crianças: distância relativa entreo rendimento monetário equivalente mediano das crianças (0-15 anos)que estão abaixo da linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalentemediano) e a própria linha <strong>de</strong> pobreza, expressa em percentagem dalinha <strong>de</strong> pobreza.Relative median poverty risk gap dos adultos em ida<strong>de</strong> activa: distânciarelativa entre o rendimento monetário equivalente mediano dos adultosem ida<strong>de</strong> activa (16-64 anos) que estão abaixo da linha <strong>de</strong> pobreza(60% do rendimento equivalente mediano) e a própria linha <strong>de</strong> pobreza,expressa em percentagem da linha <strong>de</strong> pobreza.Relative median poverty risk gap dos idosos: distância relativa entreo rendimento monetário equivalente mediano dos idosos (65+ anos)que estão abaixo da linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente142143


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IImediano) e a própria linha <strong>de</strong> pobreza, expressa em percentagem dalinha <strong>de</strong> pobreza.Relative median poverty risk gap da população total1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 28 26 25 26 23 25 22 26Homens 28 26 24 26 22 24 22 25Mulheres 28 26 26 26 23 25 24 27UE25 - - - - - - 22 23Homens - - - - - - 22 -Mulheres - - - - - - 22 -Relative median poverty risk gap das crianças1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 31 31 26 28 20 25 22 29UE25 - - - - - - 23 24Relative median poverty risk gap dos adultosem ida<strong>de</strong> activa (16-64 anos)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 31 27 26 26 23 25 22 29Homens 31 27 24 26 24 24 22 29Mulheres 31 27 27 26 23 25 22 30UE25 - - - - - - 23 25Homens - - - - - - 23 25Mulheres - - - - - - 23 25Relative median poverty risk gap dos idosos (65 + anos)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 26 23 23 24 23 23 22 18Homens 25 21 20 20 20 23 22 17Mulheres 26 25 25 26 24 23 22 19UE25 - - - - - - 16 16Homens - - - - - - 17 15Mulheres - - - - - - 17 16Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004SI-P5: TAXA DE DESEMPREGO DE LONGA DURAÇÃO PORGRUPO ETÁRIOTotal da população em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duração (12meses ou mais), expresso em percentagem do total da população activa.Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> Longa Duração2000 2001 2002 2003 2004 2005Portugal 1,7 1,5 1,7 2,2 3,0 3,7Homens 1,4 1,2 1,4 1,8 2,6 3,2Mulheres 2,0 1,9 2,1 2,7 3,4 4,2UE25 3,9 3,8 3,9 4,1 4,1 3,9Homens 3,3 3,2 3,3 3,6 3,6 3,5Mulheres 4,8 4,6 4,6 4,7 4,7 4,5Fonte: LFS, EurostatSI-P6: PESSOAS A VIVER EM AGREGADOS FAMILIARESDESEMPREGADOSPercentagem <strong>de</strong> crianças (0-17 anos) e adultos(18-59 anos) que vivemem agregados on<strong>de</strong> ninguém trabalha (homens /mulheres).1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Portugal 5,9 6,3 5,9 5.1 b 4,7 4,6 4,3 4,6 5,5 5,3 5,5População em agregadosfamiliares <strong>de</strong>sempregados18-59 anos: mulheres6,8 7,3 7,0 6.1 b 5,3 5,1 4,9 5,2 6,1 5,7 5,8População em agregadosfamiliares <strong>de</strong>sempregados18-59 anos: homensCrianças em agregadosfamiliares <strong>de</strong>sempregados0-17 anos5,0 5,1 4,85,1 5,1 5,2UE25 - - - - - -4.0b4.6b4,1 4,1 3,7 3,9 4,8 5,0 5,14,5 3,9 3,6 4,2 5,0 4,3 4,310.1e10.2e10.2e10.4pFonte: LFS, Eurostat(e) Valor estimado(p) Valor provisório10.2p144145


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IISI-P7: ABANDONO ESCOLAR PRECOCEPercentagem <strong>de</strong> jovens entre os 18 e 24 anos, que completaram aescolarida<strong>de</strong> obrigatória (ISCED 2) ou menos e que não frequentamqualquer acção <strong>de</strong> educação ou <strong>de</strong> formação.1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Portugal 44,9 42,6 44,0 45,1 40,4 39,4 38,6Homens 50,8 50,1 51,2 52,6 47,7 47,9 46,7Mulheres 38,9 35,1 36,7 37,5 33,0 30,6 30,1UE25 - 17,7 17,0 16,6 16,2 15,6 15,2Homens - 19,9 19,2 18,9 18,1 18,0 17,3Mulheres - 15,5 14,8 14,4 14,2 13,1 13,1Fonte: LFS, Eurostat; Iquérito ao Emprego, INEB) Indicadores secundáriosSI-S1: RISCO DE POBREZARisco <strong>de</strong> pobreza (total): percentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+ anos) comrendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferiorà linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza infantil: percentagem crianças (0-15 anos) comrendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferiorà linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa: percentagem <strong>de</strong> adultosem ida<strong>de</strong> activa (16-64 anos) com rendimento monetário equivalente(após transferências sociais) inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60% dorendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos: percentagem idosos (65+ anos) comrendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferiorà linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).SI-P8: DISPARIDADE DA TAXA DE DESEMPREGO ENTRENACIONAIS DA UE E EXTERIORES À UEDisparida<strong>de</strong> da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego entre nacionais da UE e exteriores àUE, expressa em pontos percentuais.2001 2002 2003 2004 2005Portugal 5,1 3,5 4,8 7,4 5,4UE15 8,9 8,7 9,5 9,6 9,4UE25 - - - - 8,1Risco <strong>de</strong> pobreza persistente (total)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004Portugal 23,0 21,0 22,0 21,0 21,0 20,0 20,0 20,0 19,0 21,0Homens 21,0 20,0 20,0 19,0 19,0 19,0 20,0 - - 20,0Mulheres 24,0 22,0 23,0 22,0 22,0 22,0 20,0 - - 22,0UE25 - - - 15,0 16,0 16,0 16,0 - 15,0 16,0Homens - - - 14,0 15,0 15,0 15,0 - 14,0 15,0Mulheres - - - 16,0 17,0 17,0 17,0 - 16,0 17,0Fonte: LFS, Eurostat146147


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIRisco <strong>de</strong> pobreza infantil1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 26,0 23,0 25,0 26,0 26,0 26,0 27,0 23,0UE25 - - - 19,0 19,0 20,0 20,0 20,0SI-S2: RISCO DE POBREZA POR TIPOLOGIA FAMILIARPercentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+ anos) com rendimento monetárioequivalente (após transferências sociais) inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60%do rendimento equivalente mediano) pertencente a um tipo <strong>de</strong> agregadofamiliar.Risco <strong>de</strong> pobreza (total) dos agregados sem crianças <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesRisco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 19,0 17,0 17,0 16,0 16,0 17,0 16,0 18,0Homens 17,0 16,0 16,0 16,0 15,0 16,0 17,0 18,0Mulheres 20,0 18,0 18,0 16,0 17,0 17,0 15,0 19,0UE25 - - - 14,0 14,0 - 13,0 15,0Homens - - - 13,0 13,0 - 13,0 14,0Mulheres - - - 15,0 15,0 - 14,0 16,0Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 38,0 36,0 37,0 35,0 33,0 33,0 30,0 29,0Homens 36,0 35,0 34,0 33,0 30,0 30,0 28,0 29,0Mulheres 39,0 36,0 39,0 37,0 36,0 35,0 31,0 30,0UE25 - - - 18,0 17,0 17,0 16,0 18,0Homens - - - 15,0 14,0 14,0 13,0 15,0Mulheres - - - 20,0 19,0 19,0 18,0 20,0Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 20041995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 27,0 24,0 25,0 22,0 20,0 19,0 18,0 21,0Agregados com uma pessoaa viver sozinha48,0 48,0 45,0 45,0 45,0 42,0 39,0 36,0Homens 44,0 43,0 37,0 38,0 35,0 38,0 28,0 34,0Mulheres 50,0 49,0 48,0 48,0 49,0 44,0 43,0 37,0Ida<strong>de</strong> < 65 anos 31,0 32,0 28,0 29,0 29,0 31,0 22,0 28,0Ida<strong>de</strong> >= 65 anos 57,0 55,0 53,0 52,0 52,0 47,0 46,0 41,0Agregados com duaspessoasAmbos < 65 anos 21,0 18,0 19,0 18,0 12,0 15,0 13,0 19,0Pelo menos um com65+ anos41,0 38,0 41,0 40,0 37,0 38,0 32,0 31,0Outro tipo <strong>de</strong> agregados 15,0 14,0 15,0 11,0 11,0 9,0 10,0 13,0UE25 - - - - - - 13,0 15,0Agregados com uma pessoaa viver sozinha- - - - - - 23,0 24,0Homens - - - - - - 19,0 22,0Mulheres - - - - - - 25,0 26,0Ida<strong>de</strong> < 65 anos - - - - - - 19,0 22,0Ida<strong>de</strong> >= 65 anos - - - - - - 25,0 26,0Agregados com duaspessoasAmbos < 65 anos - - - - - - 10,0 10,0Pelo menos um com65+ anos- - - - - - 15,0 15,0Outro tipo <strong>de</strong> agregados - - - - - - 9,0 9,0148149


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIRisco <strong>de</strong> pobreza (total) dos agregados com crianças <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 21,0 19,0 20,0 19,0 21,0 22,0 22,0 21,0Agregados com uma pessoae criançasPelo menos uma criança<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nteAgregados com duaspessoas e crianças34,0 34,0 44,0 45,0 39,0 37,0 39,0 30,0Uma criança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte 13,0 15,0 13,0 11,0 13,0 11,0 9,0 14,0Duas crianças<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesTrês ou mais crianças<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes16,0 15,0 15,0 12,0 16,0 18,0 15,0 25,045,0 37,0 46,0 50,0 39,0 36,0 49,0 34,0Outro tipo <strong>de</strong> agregados 22,0 19,0 19,0 19,0 22,0 24,0 23,0 18,0UE25 - - - - - - 18,0 18,0Agregados com uma pessoae criançasPelo menos uma criança<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nteAgregados com duaspessoas e crianças- - - - - - 30,0 34,0Uma criança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte - - - - - - 11,0 12,0Duas crianças<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesTrês ou mais crianças<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes- - - - - - 13,0 15,0- - - - - - 27,0 27,0Outro tipo <strong>de</strong> agregados - - - - - - 16,0 18,0Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004SI-S3: RISCO DE POBREZA POR INTENSIDADE DETRABALHO DO AGREGADO FAMILIARPercentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+ anos) com rendimento monetárioequivalente (após transferências sociais) inferior à linha <strong>de</strong> pobreza(60% do rendimento equivalente mediano) por diferentes categorias <strong>de</strong>intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho do agregado familiar. A intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhorefere-se ao número <strong>de</strong> meses <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> todos os membros doagregado em ida<strong>de</strong> activa durante o ano <strong>de</strong> referência do rendimento,em proporção do total <strong>de</strong> meses <strong>de</strong> trabalho que teoricamente existiriam<strong>de</strong>ntro do agregado. As categorias <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> do trabalho variamentre WI=0 (agregado que não trabalha) e WI=1 (intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>trabalho completa).Risco <strong>de</strong> pobreza (total) por intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>trabalho do agregado familiar1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004PortugalAgregados sem crianças<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesWI = 0 43,0 41,0 45,0 38,0 35,0 45,0 39,0 32,00 < WI < 1 14,0 12,0 14,0 13,0 9,0 8,0 9,0 15,0WI = 1 17,0 16,0 14,0 12,0 10,0 11,0 9,0 9,0Agregados com crianças<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesWI = 0 64,0 52,0 57,0 47,0 56,0 56,0 75,0 58,00 < WI < 0.5 56,0 45,0 44,0 41,0 33,0 46,0 64,0 41,00.5


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IISI-S4: RISCO DE POBREZA DO INDIVÍDUO FACE À SUASITUAÇÃO PERANTE O TRABALHOPercentagem indivíduos com ida<strong>de</strong> >=16 anos com rendimento monetárioequivalente inferior à linha <strong>de</strong> pobreza monetária (60% do rendimentomediano) face à sua situação perante o trabalho.Risco <strong>de</strong> pobreza do indivíduo face à sua situação perante o trabalho(indivíduos ida<strong>de</strong> >=16 anos)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004PortugalTotal 22,0 21,0 21,0 19,0 19,0 20,0 18,0 20,0Homens 20,0 19,0 18,0 18,0 17,0 19,0 18,0 19,0Mulheres 24,0 22,0 22,0 20,0 21,0 21,0 19,0 21,0Indivíduos que estão a trabalharTotal 16,0 15,0 14,0 14,0 14,0 14,0 12,0 13,0Homens 15,0 15,0 14,0 14,0 13,0 14,0 13,0 14,0Mulheres 16,0 15,0 15,0 14,0 15,0 15,0 11,0 12,0Trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrémTotal 8,0 7,0 8,0 8,0 8,0 8,0 7,0 -Homens 9,0 9,0 8,0 9,0 8,0 9,0 9,0 -Mulheres 7,0 6,0 7,0 6,0 7,0 7,0 4,0 -Trabalhadores por conta própriaTotal 36,0 34,0 32,0 31,0 30,0 33,0 28,0 -Homens 32,0 30,0 29,0 28,0 26,0 28,0 24,0 -Mulheres 43,0 41,0 38,0 36,0 37,0 38,0 32,0 -Indivíduos que não estão a trabalharTotal 31,0 28,0 29,0 27,0 27,0 27,0 27,0 29,0Homens 30,0 29,0 28,0 27,0 26,0 28,0 28,0 28,0Mulheres 31,0 28,0 29,0 27,0 27,0 27,0 27,0 29,0DesempregadosTotal 31,0 28,0 32,0 32,0 35,0 24,0 38,0 32,0Homens 39,0 29,0 41,0 40,0 42,0 32,0 49,0 35,0Mulheres 24,0 28,0 26,0 26,0 28,0 18,0 30,0 30,0ReformadosTotal 34,0 31,0 32,0 30,0 29,0 28,0 25,0 26,0Homens 34,0 32,0 31,0 28,0 27,0 27,0 25,0 27,0Mulheres 34,0 31,0 32,0 31,0 30,0 29,0 26,0 26,0Outros inactivosTotal 27,0 26,0 26,0 23,0 23,0 28,0 28,0 30,0Homens 19,0 25,0 21,0 22,0 20,0 28,0 29,0 25,0Mulheres 30,0 26,0 28,0 24,0 24,0 27,0 27,0 32,01995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004UE25Total - - - - - - 15,0 16,0Homens - - - - - - 14,0 14,0Mulheres - - - - - - 15,0 17,0Indivíduo que trabalhaTotal - - - - - - 8,0 8,0Homens - - - - - - 9,0 8,0Mulheres - - - - - - 7,0 8,0Trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrémTotal - - - - - - 6,0 14,0Homens - - - - - - 6,0 13,0Mulheres - - - - - - 5,0 15,0Trabalhadores por conta própriaTotal - - - - - - 17,0 24,0Homens - - - - - - 18,0 24,0Mulheres - - - - - - 16,0 26,0Indivíduo que não trabalhaTotal - - - - - - 23,0 23,0Homens - - - - - - 23,0 22,0Mulheres - - - - - - 23,0 24,0DesempregadosTotal - - - - - - 41,0 40,0Homens - - - - - - 45,0 46,0Mulheres - - - - - - 36,0 35,0ReformadosTotal - - - - - - 16,0 16,0Homens - - - - - - 15,0 15,0Mulheres - - - - - - 16,0 16,0Outros inactivosTotal - - - - - - 25,0 26,0Homens - - - - - - 25,0 25,0Mulheres - - - - - - 25,0 26,0Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004152153


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IISI-S5: RISCO DE POBREZA FACE À SUA SITUAÇÃO NOALOJAMENTOPercentagem indivíduos com ida<strong>de</strong> >=16 anos com rendimento monetárioequivalente inferior à linha <strong>de</strong> pobreza monetária (60% do rendimentomediano) face à sua situação no alojamento.Risco <strong>de</strong> pobreza (total) face à sua situação no alojamentoPortugalProprietário ou rendagratuita1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 200425,0 23,0 22,0 21,0 20,0 20,0 19,0 20,0Homens 23,0 21,0 20,0 20,0 19,0 19,0 19,0 :Mulheres 27,0 24,0 23,0 22,0 20,0 21,0 19,0 :Arrendatário 17,0 17,0 22,0 20,0 24,0 23,0 25,0 25,0UE25Homens 16,0 16,0 19,0 18,0 22,0 19,0 25,0 :Mulheres 19,0 18,0 25,0 22,0 25,0 26,0 24,0 :Proprietário ou rendagratuita: : : : : : 11,0 13,0Arrendatário : : : : : : 24,0 24,0Risco <strong>de</strong> pobreza infantil face à sua situação no alojamentoRisco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa face à sua situação noalojamentoPortugalProprietário ou rendagratuita1995 1996 1997 1998 1999 2000 200121,0 19,0 17,0 16,0 15,0 16,0 15,0Homens 19,0 17,0 16,0 15,0 14,0 16,0 15,0Mulheres 22,0 20,0 18,0 17,0 16,0 17,0 15,0Arrendatário 14,0 14,0 18,0 16,0 20,0 19,0 20,0Homens 13,0 13,0 16,0 16,0 18,0 19,0 22,0Mulheres 14,0 14,0 19,0 15,0 21,0 19,0 17,0Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos face à sua situação no alojamentoPortugalProprietário ou rendagratuita1995 1996 1997 1998 1999 2000 200143,0 40,0 40,0 38,0 36,0 35,0 32,0Homens 43,0 41,0 39,0 36,0 34,0 32,0 29,0Mulheres 43,0 39,0 42,0 40,0 38,0 36,0 35,0Arrendatário 26,0 26,0 28,0 28,0 26,0 27,0 22,0Homens 19,0 18,0 19,0 21,0 16,0 20,0 20,0Mulheres 31,0 30,0 34,0 32,0 31,0 31,0 22,0Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004PortugalProprietário ou rendagratuita1995 1996 1997 1998 1999 2000 200127,0 24,0 24,0 25,0 24,0 24,0 22,0Arrendatário 24,0 20,0 30,0 29,0 34,0 31,0 44,0SI-S6: RISCO DE POBREZA SEGUNDO DIFERENTESLINHAS DE POBREZAPercentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+ anos) com rendimento monetárioequivalente (após transferências sociais) inferior a 40%, 50% e 70% dorendimento nacional equivalente mediano.154155


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIRisco <strong>de</strong> pobreza (total) segundo 40% do rendimento nacionalequivalente medianoRisco <strong>de</strong> pobreza (total) segundo 50% do rendimento nacionalequivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 10,0 8,0 8,0 8,0 7,0 7,0 6,0 9,0Homens 9,0 8,0 7,0 7,0 6,0 7,0 - 8,0Mulheres 10,0 9,0 9,0 8,0 7,0 8,0 - 9,0UE25 - - - - - - 5,0 5,0Homens - - - - - - - -Mulheres - - - - - - - -1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 16,0 14,0 14,0 14,0 13,0 14,0 13,0 14,0Homens 15,0 13,0 13,0 13,0 12,0 12,0 12,0 13,0Mulheres 18,0 15,0 16,0 15,0 14,0 15,0 13,0 15,0UE25 - - - - - - 9,0 10,0Homens - - - - - - - 10,0Mulheres - - - - - - - 10,0Risco <strong>de</strong> pobreza infantil segundo 40% do rendimento nacionalequivalente medianoRisco <strong>de</strong> pobreza infantil segundo 50% do rendimento nacionalequivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 12,0 11,0 10,0 10,0 8,0 9,01995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 19,0 16,0 17,0 17,0 17,0 17,0UE25 - - - - - -Risco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa segundo 40% do rendimentonacional equivalente medianoRisco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa segundo 50% do rendimentonacional equivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 9,0 7,0 7,0 6,0 6,0 6,0Homens 8,0 7,0 6,0 6,0 6,0 6,0Mulheres 9,0 8,0 7,0 7,0 6,0 6,01995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 13,0 11,0 12,0 11,0 10,0 11,0Homens 13,0 11,0 10,0 11,0 10,0 10,0Mulheres 14,0 12,0 13,0 11,0 11,0 12,0Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos segundo 40% do rendimento nacionalequivalente medianoRisco <strong>de</strong> pobreza dos idosos segundo 50% do rendimento nacionalequivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 12,0 10,0 9,0 10,0 9,0 9,0Homens 11,0 9,0 7,0 9,0 8,0 9,0Mulheres 13,0 10,0 10,0 10,0 9,0 9,01995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 27,0 24,0 24,0 23,0 22,0 21,0Homens 25,0 22,0 20,0 19,0 18,0 19,0Mulheres 29,0 25,0 26,0 25,0 25,0 22,0156157


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIRisco <strong>de</strong> pobreza (total) segundo 70% do rendimento nacionalequivalente medianoSI-S7: BAIXOS NÍVEIS DE HABILITAÇÃO POR GRUPOETÁRIO E SEXO1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 29,0 30,0 28,0 28,0 28,0 28,0 28,0 29,0Homens 28,0 28,0 26,0 26,0 27,0 26,0 - 28,0Mulheres 31,0 31,0 31,0 30,0 29,0 29,0 - 30,0Risco <strong>de</strong> pobreza infantil segundo 70% do rendimento nacionalequivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 33,0 34,0 32,0 34,0 36,0 35,0Risco <strong>de</strong> pobreza dos adultos em ida<strong>de</strong> activa segundo 70% dorendimento nacional equivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 24,0 25,0 23,0 23,0 23,0 23,0Homens 23,0 23,0 22,0 21,0 21,0 21,0Mulheres 26,0 26,0 25,0 24,0 24,0 24,0Risco <strong>de</strong> pobreza dos idosos segundo 70% do rendimento nacionalequivalente mediano1995 1996 1997 1998 1999 2000Portugal 48,0 46,0 46,0 45,0 43,0 42,0Homens 46,0 43,0 42,0 43,0 39,0 40,0Mulheres 49,0 48,0 48,0 47,0 46,0 44,0Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004Percentagem da população (com 25 e mais anos) , cujo mais alto nível<strong>de</strong> educação/formação atingido é o ISCED 0, 1 ou 2.2005Portugal25-34 Total 22,0Mulheres 20,5Homens 23,535-44 Total 27,5Mulheres 27,9Homens 27,145-54 Total 33,4Mulheres 36,5Homens 30,255-64 Total 44,2Mulheres 50,2Homens 38,265+ Total 66,1Mulheres 73,1Homens 56,425-64 Total 31,1Mulheres 32,9Homens 29,2UE2525-34 Total 57,7Mulheres 51,5Homens 63,835-44 Total 74,1Mulheres 71,5Homens 76,845-54 Total 81,0Mulheres 80,5Homens 81,655-64 Total 87,2Mulheres 88,5Homens 85,865+ Total 94,3Mulheres 95,5Homens 92,525-64 Total 73,8Mulheres 71,7Homens 75,9Fonte: Eurostat, LFS158159


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IISI-S8: BAIXO NÍVEL DE LITERACIAPercentagem dos alunos <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> que se encontram no nível1 ou menos da escala do PISA relativa à literacia em termos <strong>de</strong> leitura.2000 2003Portugal 26,3 22,0UE25 19,4 19,8SI-C3: DISPARIDADES REGIONAIS - COEFICIENTES DEVARIAÇÃODesvio-padrão das taxas <strong>de</strong> emprego regionais dividido pela médianacional pon<strong>de</strong>rada (grupo etário 15-64 anos) (NUTS II).Coeficiente <strong>de</strong> variação da taxa <strong>de</strong> empregoC) Indicadores contextoFonte: OECD, PISA SurveySI-C1: DESIGUALDADE DE RENDIMENTO - S80/S20S80/S20: proporção <strong>de</strong> rendimento monetário total recebido pelos 20%da população <strong>de</strong> maiores rendimentos (quintil superior) em relação àrecebida pelos 20% da população <strong>de</strong> menores redimentos (quintilinferior).1999 2000 2001 2002 2003 2004PortugalTotal 3,6 4,3 3,5 3,8 3,9 3,5Homens 3,0 3,2 2,7 3,5 3,2 3,2Mulheres 7,3 8,2 6,8 5,9 6,3 5,9UE25Total 13,3 13,4 13,5 13,3 12,9 12,2Homens 9,3 9,9 10,4 10,5 10,4 10,2Mulheres 21,0 20,5 20,1 19,6 18,8 17,3Fonte: Labour Force Survey, Eurostat1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004Portugal 7,4 6,7 6,7 6,8 6,4 6,4 6,5 7,3 7,4 7,2EU - - - 4,6 4,6 4,5 4,5 - 4,6 4,8SI-C2: COEFICIENTE DE GINIFonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004Medida <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> associada à curva <strong>de</strong> Lorenz, revelando particularsensibilida<strong>de</strong> aos valores próximos da moda e menor sensibilida<strong>de</strong> aosvalores extremos.1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004Portugal 37,0 36,0 36,0 37,0 36,0 36,0 37,0 38,0EU - - - 29,0 29,0 29,0 29,0 30,0Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004SI-C4: ESPERANÇA DE VIDANúmero <strong>de</strong> anos que a pessoa à nascença, aos 45 e aos 65 anos esperaviver em condições saudáveis (<strong>de</strong>signado também por disability lifeexpectancy).Esperança <strong>de</strong> vida à nascença1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003PortugalHomens 71,6 71,4 72,0 72,2 72,6 73,2 73,5 73,8 74,2Mulheres 78,7 78,8 79,0 79,3 79,5 80,0 80,3 80,5 80,5EUHomens 72,8 73,2 73,5 73,5 73,8 74,4 74,7 75,0 75,1Mulheres 79,7 79,9 80,2 80,2 80,4 80,8 81,1 81,2 81,2160161


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IIEsperança <strong>de</strong> vida aos 45 anos1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003PortugalHomens 30,6 30,4 30,9 31,0 31,2 31,6 31,8 31,9 31,9Mulheres 35,7 35,7 36,0 36,2 36,2 36,7 36,9 37,0 37,0SI-C6: AGREGADOS FAMILIARES DESEMPREGADOS, PORTIPOLOGIA FAMILIARAdultos (18-59) e crianças (0-17 anos )que vivem em agregados familiares<strong>de</strong>sempregados, por tipo <strong>de</strong> agregado, em percentagem dos adultos/crianças que vivem em agregados familiares <strong>de</strong>sempregados.Adultos (18-59) a viver em agregados familiares <strong>de</strong>sempregadosEsperança <strong>de</strong> vida aos 65 anosPortugalEU1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003Homens 14,6 14,5 14,8 14,8 14,9 15,3 15,6 15,6 15,6Mulheres 17,8 17,8 18,1 18,2 18,3 18,7 18,9 19,0 18,9Homens - - - - - 15,7 15,9 16,0 16,1Mulheres - - - - - 19,4 19,6 19,6 19,6Fonte: Eurostat - DemographySI-C5: RISCO DE POBREZA ANTES DE TRANSFERÊNCIAS(À EXCEPÇÃO DE PENSÕES)Risco <strong>de</strong> pobreza (total): percentagem <strong>de</strong> indivíduos (0+ anos) comrendimento monetário equivalente (antes <strong>de</strong> transferências sociais)inferior à linha <strong>de</strong> pobreza (60% do rendimento equivalente mediano).Risco <strong>de</strong> pobreza (total) antes das transferências sociais (à excepção <strong>de</strong>pensões)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004Portugal 27,0 27,0 27,0 27,0 27,0 27,0 24,0 26,0 26,0 27,0EU - - - 24,0 24,0 23,0 24,0 - 25,0 26,02005PortugalUm adulto sem crianças 13,6Um adulto com criança(s) 5,8Casal sem crianças 20,8Casa com criança(s) 14,1Outros agregados sem crianças - total 35,0- sem idosos (65+) 14,6- com pelo menos um idoso (65+) 20,4Outros agregados com criança(s) - total 10,7- sem idosos (65+) 7,0- com pelo menos um idoso (65+) 3,8Total em 1000 315,7UE25Um adulto sem crianças 25,9Um adulto com crianças 9,7Casal sem crianças 21,2Casa com criança (s) 14,6Outros agregados sem crianças - total 21,6- sem idosos (65+) 11,1- com pelo menos um idoso (65+) 10,6Outros agregados com crianças - total 6,9- sem idosos (65+) 5,4- com pelo menos um idoso (65+) 1,5Total em 1000 24629,2Fonte: ECHP e SILC 2004, EurostatNota: Quebra <strong>de</strong> série em 2004162163


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IICrianças (0-17 anos) a viver em agregados familiares <strong>de</strong>sempregadosRisco <strong>de</strong> pobreza dos indivíduos que estão a trabalhar (total)Portugal2005Um adulto sem criança(s) - sem idosos 28,4Um adulto com criança(s) - com pelo menosum idoso1,3Casal com criança(s) - total 46,9- sem idosos (65+) 40,7- com pelo menos um idoso (65+) 6,2Outros agregados com criança(s) - sem idosos 12,3- sem idosos (65+) 12,2- com pelo menos um idoso (65+) 0,1Total em 1000 81,4UE25Um adulto sem criança(s) - sem idosos 41,3Um adulto com criança(s) - com pelo menosum idoso0,3Casal com criança(s) - total 34,9- sem idosos (65+) 33,9- com pelo menos um idoso (65+) 1,0Outros agregados com criança(s) - sem idosos 7,8- sem idosos (65+) 7,8- com pelo menos um idoso (65+) 0,0Total em 1000 8510,9Fonte: LFS, EurostatSI-C7: RISCO DE POBREZA DOS INDIVÍDUOS QUE ESTÃOA TRABALHARPercentagem indivíduos que estão a trabalhar (ida<strong>de</strong> >=16 anos) comrendimento monetário equivalente inferior à linha <strong>de</strong> pobreza monetária(60% do rendimento mediano).2004Portugal 13EUHomens 14Mulheres 12HomensMulheres9 s9 s8 sFonte: SILC, Eurostat(s) estimated by EurostatSI-C8: MAKING WORK PAY (Tornar o trabalho compensador)SI-C8a: ARMADILHA DO DESEMPREGOFor unemployed persons (previous work at 67% of APW, full-time)returning to full-time work at 2 different wage levels. Including socialassistance where applicable.2004Portugal %Um adulto sozinho, sem criançasUm adulto sozinho, com crianças(Família monoparental)Casal em que apenas um está a trabalhar,com 2 criançasCasal em que ambos trabalham, com 2crianças50 10067 8750 9567 9750 8267 8250 11067 85Fonte: Joint Commission - OECD project using tax-benefit mo<strong>de</strong>lsNota: The wage level of the second earner is fixed at 67% of the APW.164165


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>Anexo IISI-C8b: ARMADILHA DA INACTIVIDADEArmadilha da inactivida<strong>de</strong> fixada em 67% da APW, com e sem custoscom os cuidados às crianças, em percentagem2001Portugal %Um adulto sozinho com 2 crianças, semcuidados às crianças70Um adulto sozinho com 2 crianças, comcuidados às crianças95Casal em que ambos trabalham com 2 crianças,sem cuidados às crianças17Casal em que ambos trabalham com 2 crianças,com cuidados às crianças82SI-C8c: ARMADILHA DE BAIXOS SALÁRIOSMarginal effective tax rate (METR), as wage increases by 33% of theaverage wage level of a production worker (APW) from two starting lowwages.De 33% a 67% do APW2004Portugal %Um adulto sozinho, sem crianças 15Um adulto sozinho, com crianças(Família monoparental)92Casal em que apenas um tem salário, com2 crianças82Casal em que ambos têm salário, com 2crianças12Armadilha da inactivida<strong>de</strong> fixada em 50% e 67% da APW, empercentagem2004Portugal %Um adulto sozinho, sem crianças50 5467 45Um adulto sozinho, com crianças50 56(Família monoparental)67 55Casal em que apenas um tem salário, com 2 50 74crianças67 70Casal em que ambos têm salário, com 2 50 63crianças67 50De 67% a 100% do APW2004Portugal %Um adulto sozinho, sem crianças 24Um adulto sozinho, com crianças(Família monoparental)20Casal em que apenas um tem salário, com2 crianças91Casal em que ambos têm salário, com 2crianças23Fonte: Joint Comission -OECD project using OECD tax-benefit mo<strong>de</strong>lsFonte: Joint Comission -OECD project using OECD tax-benefit mo<strong>de</strong>ls166167


<strong>Plano</strong> <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Acção <strong>para</strong> a Inclusão <strong>2006</strong>-<strong>2008</strong>SI-C9: RENDIMENTO LÍQUIDO DOS BENEFICIÁRIOS DEASSISTÊNCIA SOCIAL, EM PERCENTAGEM DO LIMIARDE POBREZA PARA TRÊS TIPOS DE AGREGADOS ONDENINGUÉM TRABALHAPortugal1 adulto sozinho 431 adulto sozinho com 2 crianças 73Casal com 2 crianças 76Fonte: Joint EC-OECD project using OECD tax-benefit mo<strong>de</strong>ls e EurostatSI-C10: AUTO-PERCEPÇÃO DE LIMITAÇÃO NAS ACTIVIDADESDE VIDA DIÁRIASAuto-percepção <strong>de</strong> limitação nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diárias (percentagem<strong>de</strong> pessoas) por sexo e por grupo etárioAuto-percepção <strong>de</strong> limitação nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diárias por sexo (%)2004PortugalMuito Limitada 11,70Homens 10,40Mulheres 12,80Limitada 20,80Homens 18,00Mulheres 22,90Não Limitada 67,40Homens 71,70Mulheres 64,30Fonte: SILC 2004, Eurostat168

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