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universidade presbiteriana mackenzie esther tomiyama instalações ...

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Freunde der Republik MoldovaPrietenii Republicii MoldovaДрузья Республики МолдоваLes Amis de la République MoldovaAmici della Republica MoldovaFriends of the Republic MoldovaLe comité ARMLudmila Laube TincuPrésident, membre fondateurBibliothécaire académique – Etudes: bibliographie et économie,Bibliothèque – la Bibliothèque Technique Nationale de Chisinau –Pantétologue, en 1990 a déménagé en Suisse – la Bibliothèque municipaleAarau – Spécialiste dans Helsana Assurances AG, Service d’interprétariat– membre de l’association Lion.Markus BeckDépartement „Activités”Etudes bancaires – spécialiste en ventes HKG – Consultant économiquedans l’entreprise et chef du département de ventes. Depuis le 06.06.2006est directeur général de Beck Cimislia S.R.L., l’Usine de traitement desmétaux, MD-4100 Cimislia, vit et travaille en Moldova et Suisse.Erwin BenzDépartement „ Secrétaire”Capucin - Etudes: théologie, germanistique et oligophrénopédagogie –directeur de l’Ecole pour les aveugles SONNENBERG dans la période1971-2005 (a déménagé de Fribourg à Baar, en même temps le siège del’organisation a changé) – pendant 1995-2007 a travaillé en Albanie – acollaboré avec “Help for Children in Need” et PRO UMANITAS en Moldova.Lilia CojocaruDepartamentul „ActivităŃi“Studii economice şi sociale la Universitatea din OldenburgBossard AG, Zug, Key Account Manager, export, industria comerŃului.28.03.2010/LL


A minha família pela compreensão domeu afastamento temporário doconvívio familiar para que pudesserealizar este trabalho.


AGRADECIMENTOSÀ Dra. Yara Maria Botti Mendes de Oliveira, minha eterna gratidão, por ter sido orientadorapersistente que, com diretrizes seguras e muita paciência, me aceitou com todas as minhasrestrições e me fez concluir este trabalho.Ao Eng. Paulo Rossi e ao Técnico de Segurança do Trabalho Diogo Bertolete França, porterem compartilhado suas experiências.À Prof. Olinda Keiko Shoyama Kawanami, que me ajudou na tradução do resumo destetrabalho.


RESUMOAs condições desfavoráveis de trabalho na construção civil, somadas à velocidade com queuma obra se realiza e o pensamento equivocado do empregador com relação ao custo aplicadoem segurança, dificultam a organização do canteiro de obras. As instalações elétricas, que sãoobrigadas a acompanhar o ritmo desenfreado para suprir as necessidades da obra, sofremalterações de forma precária, comprometendo a segurança dos trabalhadores. Pensando nisso,os fabricantes de materiais elétricos têm desenvolvido sistemas de instalações temporáriasportáteis. O objetivo deste trabalho é de transmitir informações necessárias à realização deinstalações elétricas temporárias em canteiros de obras visando a prevenção de acidentes deorigem elétrica, através de medidas preventivas e de proteção contra contatos comeletricidade. Foi feito um estudo de caso, comparando e analisando registros fotográficos comsituações previstas nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego(MTE) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As condições de segurançaem geral dos canteiros de obras melhoraram após as revisões das NR-10 e NR-18 e da normaNBR 5410. Entretanto, ainda necessita de uma fiscalização efetiva dos órgãos responsáveis.Palavras-chave: Instalações elétricas temporárias. Canteiro de obras. NR-18.


ABSTRACTThe organization of a construction site is considerably hindered due to theadverse working conditions in the construction industry, as well as the velocity at which awork is executed and the employer’s misjudgement regarding the cost involved in safetyprocedures. In order to meet the needs and demands of a bustling building work, electricalinstallations are carried out hurriedly, thus suffering precarious alterations that jeopardize theworkers’ safety. Considering these points, electrical material makers have developed portabletemporary installation systems. The objective of this research is to provide all the necessaryinformation for the temporary electrical installations in construction sites, in order to avoidelectrical accidents by using preventive and protective measures against contact withelectricity. A case study has been carried out comparing and analyzing photographicregistrations with situations foreseen in the Safety Policies of the Ministry of Labor andEmployment (MTE) and of the Brazilian Association of Technical Regulations (ABNT).General safety conditions in construction sites have been improving after the revision of theNR-10, NR-18 and of NBR 5410 policies. However, an effective fiscalization of the organ incharge is still necessary.Keywords: Temporary electrical installations. Construction sites. NR-18.


SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................82 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM CANTEIROS DE OBRAS ..............................112.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA..............132.1.1 Organização da rede elétrica .......................................................................................142.1.2 Redes e equipamentos de alta tensão ..........................................................................182.1.3 Elementos para instalações seguras ............................................................................182.1.3.1 Instalação e utilização de chaves blindadas......... ...................................................202.1.3.2 Quadros de Distribuição ...................................... ...................................................212.1.3.3 Sinalização de Segurança .................................... ...................................................212.1.3.4 Plugues e tomadas................................................ ...................................................222.1.3.5 Condutores........................................................... ...................................................232.1.3.6 Aterramento ......................................................... ...................................................242.1.4 Manutenção ...................................................................................................................262.2 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATO COM ELETRICIDADE............292.2.1 Proteção básica (Proteção contra contatos diretos)...................................................322.2.2 Proteção supletiva (proteção contra contatos indiretos)...........................................352.2.3 Proteção contra contatos acidentais............................................................................362.2.4 Proteções dos circuitos .................................................................................................373 CUIDADOS COM LIGAÇÕES PROVISÓRIAS .....................................................384 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DAS INSTALAÇÕESELÉTRICAS EM CANTEIROS DE OBRAS............................................................405 CONCLUSÃO...............................................................................................................53REFERÊNCIAS............................................................................................................55


81 INTRODUÇÃONa implantação de um canteiro de obra são montadas instalações elétricastemporárias que têm por finalidade a ligação de máquinas e iluminação do local daconstrução, sendo desfeitas ao término da obra.Durante o desenvolvimento da obra, essas instalações vão sofrendomodificações procurando suprir as necessidades de cada etapa de serviços. Na maioria dasvezes, as adequações precisam ser executadas rapidamente, tornando as instalações precáriase comprometendo a segurança dos trabalhadores.As instalações elétricas provisórias, necessárias para a execução de obras deconstrução civil, não devem ser tratadas de forma negligente. Provisório nãoquer dizer precário. É preciso sempre levar em consideração a segurança dostrabalhadores que se utilizam dessas instalações (SAMPAIO, 1998, p. 341).Segundo o engenheiro Paulo Barreto (apud NEGRÃO, 2004, p. 63), da BarretoEngenharia, também vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia de SistemasPrediais (Abrasip),[...] outra preocupação são os canteiros de obras, para os quais já está sendoelaborada uma norma especial. Atualmente os canteiros são englobados pelaNBR 5410, mas ainda há riscos de danos aos condutores elétricos e àsegurança das pessoas. Nos canteiros de obras, frequentemente as pessoastrabalham molhadas, e o nível de qualificação na área elétrica na maioria dasvezes é baixo.Com a finalidade em prevenir acidentes, as instalações temporárias precisamser feitas e mantidas de forma segura por um profissional qualificado, sob a supervisão de umprofissional legalmente habilitado.Para muitos empregadores, a implantação de medidas de prevenção e proteçãoimplica em aumento de custo, o que nem sempre é verdade, já que vários elementos deinstalações podem ser reaproveitados se forem mantidos em boas condições.


9Há necessidade em orientar a equipe sobre a utilização das instalaçõeselétricas, de modo que não haja sobrecarga de fontes de energia – como usar furadeira,lixadeira e britadeira na mesma tomada – e empregar materiais resistentes à água, porexemplo.Tem-se notado mudanças de comportamento na gestão de canteiros de obra.Exemplo disso é a preocupação recente na utilização da NR-18, discutida de forma tripartite(governo, sindicatos e empregadores), resultando em mudanças de cultura na construção civil:praticar segurança do trabalho nas obras por objetivo e não por obrigação e dar aostrabalhadores condições favoráveis de trabalho e convívio, trazendo benefícios para todos,gerando bem-estar, economia e produtividade para a empresa.Cabe ressaltar que o perigo elétrico é invisível, a ameaça não é percebida e ostrabalhadores não pensarão na sua segurança se não entenderem a origem do risco de trabalhoenvolvendo a eletricidade. Conforme relatado pelo engenheiro Antonio Pereira (2006) 1 , “dosacidentes fatais em obra, os causados por choque elétrico são os de maior índice deincidência, inclusive o de baixa tensão”. Choque elétrico é o efeito patofisiológico que resultada passagem de uma corrente elétrica, chamada de corrente de choque, através do organismohumano. Pode causar diversas perturbações ou lesões no organismo, cuja atividade dependeráda intensidade da corrente, sua duração, seu trajeto pelo corpo humano e das condiçõesorgânicas do indivíduo acidentado. No caso de acidente, é preciso agir rápido. Porque, quantomais tempo uma pessoa ficar sobre os efeitos do choque elétrico, menos chance ela terá desobreviver.O objetivo deste trabalho é de transmitir informações necessárias para quesejam feitas instalações elétricas temporárias visando à prevenção de acidentes de origemRegional do Trabalho (DRT-SP).1 Engenheiro metalurgista e de segurança do trabalho, e auditor fiscal do trabalho da Delegacia


10elétrica em canteiros de obras. Será apresentado um estudo de caso, por meio de análise deregistros fotográficos de situações diversas, tendo como embasamento teórico as normas daAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), normas regulamentadoras (NR’s) doMinistério do Trabalho e Emprego (MTE), e pesquisa bibliográfica.


112 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM CANTEIROS DE OBRASCom a finalidade em garantir a segurança dos trabalhadores, as instalaçõeselétricas temporárias precisam ser feitas de forma correta, dimensionadas por profissionallegalmente habilitado, conforme prevê o item 18.21.1 da NR 18. Este também deverá serresponsável pela supervisão da execução e manutenção (ATLAS, 2005).É recomendável já na fase de orçamento e planejamento de uma obra aelaboração de um projeto de instalações elétricas, a contratação de pessoal qualificado e aaquisição de materiais adequados.Aplicando um projeto de instalações provisórias bem elaborado, o risco deocorrer acidentes torna-se mínimo ou nulo, já que os componentes elétricos são dotados dedispositivos de proteção, além de representar economia, porque muitos materiais eequipamentos podem ser reaproveitados em instalações futuras.Atualmente, existem sistemas portáteis seguros desenvolvidos para utilizaçãoem locais temporários, podendo ser armazenados e reutilizados por inúmeras vezes, conformeexemplificados no Desenho 1 e nas Fotografias 1 e 2.Desenho 1 – Sistemas de instalações temporárias portáteis.Fonte: Steck, (2006?)


12Fotografia 1: Sistemas portáteis de energia Easy ® , desenvolvido pela SteckFonte: Steck, (2006?)Fotografia 2: Unidades combinadas Creative ® , desenvolvidas pela SteckFonte: Steck, (2006?)Esses sistemas podem ser montados pelo fabricante de acordo com asnecessidades do canteiro de obras.Na fase de planejamento, devem ser relacionados os equipamentos einstalações necessários à execução da obra, listando as cargas elétricas requeridas, comoindicado no Quadro 1. Dessa forma, é obtida uma estimativa do dimensionamento e do custodo quadro ou cabine de entrada da obra. Com esses dados, é possível também avaliar se a rede


externa da concessionária tem capacidade para suportar as cargas elétricas ou se haveránecessidade em solicitar reforço.13EquipamentoGruaGuinchoBetoneiraSerra circularSerra manualFuradeiraBomba submersaVibradorPotência30 HP15 HP10 HP7,5 HP3 HP3 HP3 HP2 HPQuadro 1 - Potências aproximadas dos equipamentos mais utilizados nos canteiros de obraFonte: Sampaio (1998, p.342)As demais instalações elétricas do canteiro podem ser dimensionadas a partirde layout do canteiro de obras, dividindo-as em circuitos elétricos de acordo com os setoresde trabalho (escritórios, áreas de vivência, vestiários, etc).Serão apresentadas a seguir as medidas de prevenção e de proteção contraacidentes de origem elétrica. Por se tratar de conceitos diferentes, aqui serão apresentadasseparadamente, apesar de alguns autores as considerarem de forma conjunta.2.1 MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICAA prevenção de acidentes em um canteiro de obras pode ser garantida com aaplicação de medidas simples, desde a organização da rede elétrica, da instalação e utilizaçãode forma segura das redes e equipamentos de alta tensão, do emprego de elementos deproteção, até a manutenção das instalações elétricas.


142.1.1 Organização da rede elétricaA rede de distribuição elétrica da obra deve ser devidamente isolada e não deveobstruir a circulação de materiais, pessoas e equipamentos, conforme previsto no item 18.21.5da NR-18 (ATLAS, 2005). Precisa alimentar os pontos de consumo de energia comderivações diretas. Nas situações em que isso não é possível, deve-se isolar os condutores pormeio de calhas de madeira, canaletas ou eletrodutos enterrados ou sobre o solo, protegidosmecanicamente no caso de ligações de curta duração, conforme indicados nos Desenhos 2 e 3.Desenho 2 – Exemplo de proteção de condutores com calha demadeira.Fonte: Fundacentro (2001, p.62)Desenho 3 – Exemplos de proteções de condutoresFonte: Fundacentro (2001, p.63)


15O percurso das redes elétricas enterradas deve ser sinalizado (marcado porplacas, por exemplo) de forma a orientar serviços de escavação a distância mínima de 1,50metros da rede, conforme indicado no Desenho 4. O trabalho deverá ser supervisionado porum profissional legalmente habilitado, que providenciará seu desligamento caso necessário.Desenho 4 – Medidas preventivas para abertura de valas nas proximidades deredes elétricas subterrâneas.Fonte: Fundacentro (2001, p.64)Caso os condutores sejam elevados, estes devem permanecer altura suficientepara permitir a passagem de veículos, máquinas e equipamentos, conforme indicado noDesenho 5.Desenho 5 – Redes em alturas elevadas (mínimo de 5 metros) de modo apermitir a passagem de veículos e máquinas.Fonte: Fundacentro (2001, p.63)


16Para iluminação de lajes em execução (montagem de formas, armações,concretagem), pode-se utilizar refletores presos em postes, cavaletes, torres de gruas ouguinchos, eliminando-se os riscos decorrentes do excesso de fios e lâmpadas espalhadas pelalaje.Pode-se utilizar as próprias caixas elétricas e conduítes para a distribuição efixação dos condutores para a execução das redes de iluminação internas. Em locais em quenão existam, pode-se prever a colocação de pontas de ferros durante a concretagem de lajespara servir de suporte após a desforma, como indicado no Desenho 6.Desenho 6 – Suportes para fixação de rede elétrica.Fonte: Rousselet e Falcão (1999, p.135)A distribuição de energia pelos diversos pavimentos em construção geralmenteé feita através de prumadas, que devem ter sua localização em função dos seguintes itens:permitir a instalação de quadros nos pavimentos, junto à prumada; permitir uma boadistribuição para todos os cômodos do pavimento, sem a necessidade de instalaçõesexcessivamente compridas; possibilitar a sua recuperação no final da obra; não prejudicar a


17execução dos serviços de revestimento. Os locais favoráveis para a instalação de prumadassão as caixas de ventilação de ante-câmara da escada e caixas de exaustão de banheiros e degaragens (SAMPAIO, 1998).Em alguns casos, a solução mais segura e econômica é a utilização de mais deuma prumada. Quando a obra for muito alta, com pequena área nos pavimentos, podem-seutilizar prumadas contíguas, dividindo-se entre elas os pavimentos a serem alimentados.As prumadas devem ser instaladas de maneira a reduzir ao máximo apossibilidade de seu manuseio por pessoas não autorizadas. Ao nível de cada pavimento, astrês pernas da prumada devem ser desencapadas em pontos não coincidentes, onde deverãoser feitas as ligações do andar, através de conectores. Para melhor aproveitamento posteriordos fios, a prumada deve ser inteiriça, utilizando-se rolos de fios que sejam elevados à medidaque forem executadas as formas dos pavimentos.Os fios e cabos devem sempre estar fixados em isoladores adequados. Casoestejam protegidos por conduítes ou outros tipos de proteções mecânicas, podem também sesuportados por argolas ou abraçadeiras, conforme exemplificados no Desenho 7. Jamaisdevem-se amarrar ou fixar fios e cabos com arames ou qualquer material que corte seuisolamento.Desenho 7 – Fixações adequadas por isoladores, argolas ou abraçadeiras.Fonte: Fundacentro (2001, p.64)


18Conforme sugerido por Rousselet e Falcão (1999, p. 133), “para odimensionamento dos fios das prumadas, após o levantamento das cargas, deve serconsiderado um fator de demanda em torno de 40%, de acordo com as características da obra,principalmente a simultaneidade de alguns serviços a serem executados”.2.1.2 Redes e equipamentos de alta tensãoEm obras de grande porte, que requeiram alta demanda de energia elétrica, umarede de alta tensão pode ser instalada dentro dos limites do canteiro. Nesse caso, a instalaçãodeve ser executada somente pela concessionária. A rede de alta tensão deve ser projetada demodo a evitar-se contatos acidentais de veículos, equipamentos e trabalhadores em circulação.Locais de passagem de caminhões e equipamentos devem contar comsinalização de alerta e indicação de altura da rede elétrica, conforme prevê o item 18.21.14. daNR-18 (ATLAS, 2005).Transformadores e estações rebaixadoras de tensão devem ser instaladas emlocais isolados, distantes das áreas de trabalho. Somente profissionais legalmente habilitadosou trabalhadores qualificados podem ter acesso a esses locais. Conforme o item 18.21.15,deve-se colocar sinalização indicando a proibição de acesso a pessoas não-autorizadas.2.1.3 Elementos para instalações segurasSegundo a NR-18 em seu item 18.21.11, as instalações provisórias de umcanteiro devem ser constituídas de:


19a) chave geral do tipo blindada, de acordo com aprovação da concessionárialocal, e localizada no quadro geral de distribuição;b) chave individual para cada derivação;c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.A norma, em seu item 18.21.10, proíbe a utilização de chaves blindadas comodispositivos de partida e parada de máquinas (ATLAS, 2005).Cada ramal de distribuição de corrente deve contar com disjuntor ou chavemagnética independente, segundo prevê o item 18.21.13. Além disso, cada máquina deve seracionada por interruptor próprio e nunca pelo disjuntor do ramal.O item 18.21.12 alerta para um risco que se encontra com freqüência eminstalações elétricas de canteiros de obra, que é o da utilização incorreta de fusíveis em chavesblindadas.O fusível é um dispositivo de segurança que tem como função proteger a fiaçãode um circuito elétrico, ao impedir que circulem pelos condutores correntes superiores à suacapacidade. Evitam-se assim a deteriorização do isolamento dos condutores, seu aquecimentoanormal ou queima e até a ocorrência de incêndios.Um bom projeto de instalações elétricas provisórias deve apresentar aindicação da capacidade dos fusíveis de cada circuito. O eletricista responsável deve sempreobedecer a essas indicações ao substituir fusíveis queimados.É proibido e muito perigoso substituir-se fusíveis queimados por outros demaior capacidade ou por gambiarras - moedas, arames, papel de cigarro, etc. Nunca se devecolocar fusível no condutor neutro, pois este não pode ser interrompido.Deve-se ter à disposição no canteiro de obras fusíveis em quantidade ecapacidade necessárias para as devidas substituições e manutenções.


20Se em determinado circuito ocorrerem queimas sucessivas de fusíveis,indicando sobrecargas constantes, um profissional legalmente habilitado deve ser acionadopara avaliar a necessidade de um redimensionamento.2.1.3.1 Instalação e utilização de chaves blindadasAs chaves blindadas devem ser convenientemente protegidas das intempéries.Para tanto, recomenda-se sua instalação em locais abrigados ou no interior de caixas(metálicas ou de madeira) vedadas.Deve-se instalar a unidade na posição correta, isto é, de modo que a alavancaliga-desliga fique do lado direito da chave. Dessa forma, a faca gira para cima para fechar ocircuito e para baixo para abri-lo. Assim, quando o circuito está aberto (chave girada parabaixo), um eventual deslocamento da faca sob seu próprio peso não resulta em qualquerconseqüência, conforme indicado no Desenho 8. Quando, ao contrário, a instalação da chavenão obedece à orientação correta, o deslocamento da faca quando o circuito está aberto, podevir a fechá-lo.Desenho 8 – Chave blindada fechada; chave tipo faca; .chave blindada aberta.Fonte: Rousselet e Falcão (1999, p.137)


21As chaves blindadas cumprem, entre outras, as seguintes funções:a) permitir a interrupção da energia para executar manutenções de modo seguro;b) separar circuitos de diferentes locais ou de utilizações distintas;c) proteger os equipamentos e as fiações dos circuitos através dos fusíveis.2.1.3.2 Quadros de DistribuiçãoO item 18.21.18 da NR-18 prevê dois cuidados básicos a serem observados nosquadros gerais de distribuição:a) acesso restrito ao eletricista:Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos sempre trancados. Issoimpede que pessoas desavisadas tenham acesso aos comandos elétricos destesquadros ou os utilizem para guardar alimentos, ferramentas ou objetos pessoas.As chaves devem permanecer de posse do eletricista responsável.b) identificação dos circuitos:A identificação dos circuitos é fundamental para que o eletricista tenhafacilidade de operação dos comandos e maior agilidade nos reparos emanutenções necessárias, sem interferir no funcionamento normal dos demaissetores da obra.2.1.3.3 Sinalização de SegurançaSegundo Souza e Pereira (2005, p. 72), “embora a sinalização seja uma medidacomplementar de controle de riscos, é um item de segurança simples e eficiente para prevenir


22acidentes de origem elétrica, uma vez que promove a identificação, orientação e advertêncianos ambientes de trabalho”.De acordo com a NR-10, a sinalização de segurança deverá atender àssituações de identificação de circuitos elétricos, travamentos e bloqueios de dispositivos esistemas de manobra e comandos, restrições e impedimentos de acesso, delimitação de áreas,sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de carga(ATLAS, 2005). Porém, remete a responsabilidade de especificação quanto aos detalhamentosde sinalização (simbologia, cores, qualidade; universalidade) à NR-26, na qual atualmente,não está prevista especificação adequada para instalações elétricas. Por outro lado, algunstipos de placas de sinalização já existem no mercado, como as indicadas no Desenho 9.Desenho 9 – Exemplos de sinalização de segurança.Fonte: Sampaio (1998, p. 364)2.1.3.4 Plugues e tomadasO item 18.21.20 da NR-18 prevê que a ligação de equipamentos elétricosmóveis, como furadeiras, lixadeiras, serras manuais, etc. seja feita por meio de plugues etomadas (ATLAS, 2005).Nunca se deve ligar um equipamento introduzindo-se seus fios diretamente natomada ou enganchando-os em terminais de chaves. Tal prática é muito perigosa e podeprovocar choques elétricos. Como medida preventiva, deve-se orientar os funcionários de


almoxarifado a só entregarem aos trabalhadores equipamentos em perfeitas condições defuncionamento e com plugues devidamente instalados.232.1.3.5 CondutoresPara a execução de emendas ou derivações de um condutor devem-se utilizartécnicas e elementos de ligação adequados que garantam a resistência mecânica e o contatoelétrico adequado, conforme regulamentado no item 18.21.4 da NR-18 (ATLAS, 2005).Uma emenda mal executada pode provocar sobrecarga ou curto-circuito. Outroaspecto importante diz respeito ao isolamento, que deve dotar a emenda ou derivação de umaproteção equivalente à dos condutores empregados, conforme alertado no item 18.21.4.1 daNR-18. Deve-se utilizar sempre fita isolante de boa qualidade, jamais fitas adesivas comumdo tipo durex ou crepe. A fita deve cobrir perfeitamente as emendas, ser bem apertada e nãodeixar partes vivas expostas, conforme indicado no Desenho 10.Desenho 10 – Execução e emendas em fios e cabos.Fonte: Fundacentro (2001, p.65)


24Recomenda-se que todas as emendas e derivações sejam inspecionadas peloeletricista, que deverá refazê-las caso apresentem imperfeições, desgastes ou estiveremfrouxas. Os isolamentos também devem ser verificados e substituídos quando apresentaremdefeitos, principalmente por perda de aderência.2.1.3.6 AterramentoO item 18.21.16 prevê a obrigatoriedade de estruturas e carcaças dosequipamentos elétricos serem aterradas (ATLAS, 2005). O aterramento das instalações éimportante para o seu funcionamento e, principalmente, para a segurança dos trabalhadores.Pode se dar:a) por meio da instalação de sistemas de hastes de aterramento, fitas, condutores,barras ou chapas metálicas cravadas ou enterradas no solo;b) por meio do aproveitamento de estruturas ou elementos metálicos enterrados jáexistentes, que funcionem como eletrodos de aterramento.No primeiro caso, pode tratar-se de um sistema único, localizado, por exemplo,nas proximidades do quadro geral de distribuição. Um condutor específico (terra) chega acada um dos pontos de utilização.Independentemente do modo de execução do aterramento, é necessário que setenha os seguintes cuidados básicos:a) o aterramento deve ser executado somente por eletricistas que conheçamperfeitamente a importância de conexões bem feitas;b) devem-se obter valores de resistência suficientemente reduzidos (2 ohms nomáximo);


25c) deve-se utilizar o número de eletrodos necessário para obter a resistênciaelétrica adequada;d) os eletrodos não devem ser pintados, esmaltados ou revestidos; se forem deferro ou aço, devem ser zincados;e) os eletrodos devem ser cravados ou enterrados preferencialmente em locaisúmidos ou com profundidades que atinjam terrenos permanentemente úmidos;f) em terrenos rochosos em que seja impossível cravar eletrodos, esses devem serenterrados em valas e recobertos por solo capaz de reter umidade;g) os eletrodos não devem ser cravados dentro de rios, poços ou lagoas;h) nunca utilizar canos metálicos que apresentem partes aparentes como eletrodosde aterramento.Para que se possa ter certeza de que o sistema de aterramento é eficiente, devesemedir a resistência elétrica do solo com equipamento adequado, cujo resultado deve ser amenor possível, ou até 2 ohms (Fundacentro, 2001).Fotografia 3 – Equipamento de medição de resistência elétrica.Fonte: acervo pessoal.


26Segundo o engenheiro Antonio Pereira (2006), “é recomendável que seja feitamedição ôhmica e elaborado atestado das condições do aterramento das instalaçõesprovisórias do canteiro da obra a cada seis meses, bem como dos contaneirs, chuveiros, etc”.Caso não se tenha como fazer esta medição, convém que o solo seja preparado,a fim de diminuir sua resistência. São fatores que diminuem o valor da resistividade do solo:umidade, chuvas, tratamento químico do solo e aumento da temperatura.Os equipamentos manuais também devem ser aterrados; para isso, é necessárioque o cabo de alimentação tenha fio de proteção (fio terra), e que este equipamento sejacorretamente ligado em tomada que também possua terra.Equipamentos manuais com dupla isolação (característica indicada porsímbolo bem visível) não precisam ser aterrados.2.1.4 ManutençãoAs instalações elétricas devem ser inspecionadas constantemente pelotrabalhador qualificado, que deve mantê-las em boas condições de uso.Uma manutenção bem feita é uma das principais medidas para evitar riscos deacidentes, e deve ser executada com a chave geral desligada.Devem-se colocar uma placa de sinalização e um cadeado na chave geral,proibindo que ela seja ligada quando a instalação elétrica estiver em manutenção.Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a serem utilizados nostrabalhos com eletricidade são: capacete, óculos de segurança, luvas isolantes para eletricistaclasse 0 (zero) e luva de cobertura, cinto de segurança tipo sub-abdominal com talabarte,


otinas de couro com solado injetado sem componentes metálicos, como ilustrado noDesenho 11.27Desenho 11 – EPIs para trabalhos com eletricidade.Fonte: Fundacentro (2001, p.79)O eletricista deve ter os equipamentos necessários para saber se a instalaçãoestá energizada ou não, e ferramentas com cabos cobertos com materiais isolantes.Na manutenção de equipamentos elétricos, o eletricista deve estar seguro denão trocar o fio terra (verde ou verde-amarelo) com o fio energizado em relação aos terminaisdo equipamento. Caso contrário, a carcaça do equipamento ficará energizada.Todo equipamento elétrico que apresente algum defeito deve serimediatamente retirado e encaminhado para manutenção. Caso permaneça no almoxarifado,deve ser etiquetado, indicando-se o defeito apresentado, para que não seja entregueinadvertidamente a outro trabalhador.Para efetuar a troca de fusíveis ou qualquer serviço em caixas de ligação, oeletricista deve ficar sobre um tapete de borracha ou sobre um estrado de madeira,principalmente em lugares úmidos, além de usar alicate com cabo de material isolante,conforme indicados nos Desenho 12 e 13.


28Desenho 12 – Troca de fusíveis.Fonte: Fundacentro (2001, p.81)Desenho 13 – Troca de fusíveis.Fonte: Rousselet e Falcão (1999, p. 150)Um disjuntor ou fusível queimado deve ser substituído por outro do mesmotipo e capacidade. Nunca se deve colocar moedas, arames, papel de cigarros ou fazer ligaçõesdiretas, tão pouco se deve colocar fusíveis no condutor neutro que passa pela chave faca, poisele pode ser interrompido pela queima do fusível.


29Durante as manobras (liga-desliga) em chaves elétricas, nunca se deve ficar defrente para a chave, sempre na lateral. Dessa forma, evita-se o risco de ser atingido por umafaísca ou arco voltaico.Na manutenção das instalações e equipamentos, atenção especial deve ser dadapara as sinalizações, pois elas são responsáveis em grande parte pela prevenção dos acidentesde origem elétrica, como já indicado na seção 2.1.3.3.2.2 MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA CONTATO COM ELETRICIDADENos trabalhos com eletricidade, é preciso ter conhecimento do serviço a serrealizado e saber quais as formas de se proteger contra os riscos de acidentes. Estes podem sercaracterizados por contatos diretos ou indiretos, denominação essa que pela nova NBR 5410passa a ser proteção básica e proteção supletiva, respectivamente (ABNT, 2004).Como medida de proteção, a priori, deve-se considerar todo o circuitoenergizado, até que se prove o contrário (ROUSSELET e FALCÃO, 1999, p.130).Para a realização de qualquer tipo de serviço em instalações elétricas, énecessário que o circuito elétrico esteja desenergizado. Para isso, recomenda-se implantarprocedimentos de trabalho, através de ordens de serviço e de treinamento, divulgado eentendido por todos os trabalhadores, objetivando evitar a ocorrência de acidentes em funçãodo desligamento repentino da energia elétrica. O desligamento de um circuito ou de todos oscircuitos da obra deve ser programado e amplamente divulgado para que a interrupção nãocause grandes transtornos.Uma boa solução para impedir o acesso indevido ao local de desligamento é autilização de um cadeado para trancar a caixa de luz e garantir o efetivo bloqueio do circuitodurante a interrupção de energia. Além disso, deve-se também fixar placas de sinalização


30alertando sobre a proibição da ligação da chave e indicando que o circuito está emmanutenção. O Desenho 14 apresenta a seguinte situação: quadro trancado e a devidasinalização.Desenho 14 – Quadro de energia trancado e sinalizado durante a manutençãoFonte: Sampaio (1998, p.343)Em construções de grande porte, onde houver mais de um eletricista fazendoreparos em locais diferentes, o risco de energizar-se inadvertidamente os circuitos é muitogrande. A eliminação desse risco pode ser obtida utilizando dispositivos de segurança queimpeçam o acionamento da chave elétrica antes do término de todos os serviços. Nesse caso,sugere-se o uso de tantos cadeados quantos forem os trabalhadores ou as equipes de trabalhoque executem serviços em determinada área, cuja segurança dependa de que a chave não sejaacionada sem que sejam removidos todos os cadeados colocados no dispositivo de bloqueio.O Desenho 15 apresenta um sistema de bloqueio com diversos cadeados para ilustrar essasituação.


31Desenho 15 – Dispositivo de bloqueio com utilização de cadeados.Fonte: Rousselet e Falcão (1999, p.135)Após a conclusão dos serviços, os setores afetados devem ser avisados daliberação e as chaves blindadas só devem ser religadas depois de se certificar de que todos osequipamentos estejam desligados, conforme obriga o item 18.21.19 da NR 18 (ATLAS,2005).O termo trabalho sob tensão é o executado mantendo-se a instalaçãoenergizada. Este procedimento apresenta a vantagem de assegurar a continuidade dosserviços, o que é muito comum na Indústria da Construção. Porém, aumenta o risco deacidentes elétricos.Na impossibilidade de desligamento do circuito elétrico, devem ser adotadasmedidas de proteção complementares, tais como sinalização, isolamentos, desligamento deequipamentos, além do uso de equipamentos de proteção individual específicos (luvas deborracha e pelica especiais, botinas de couro sem partes metálicas e com solado de borracha,capacete, óculos de segurança e cinturão de segurança) e ferramentas apropriadas (com caboscobertos com materiais isolantes).


32Além dos equipamentos de proteção individual recomendados para eletricistas,é conveniente existir na obra escadas extensíveis, escadas de abrir, lanterna à pilha, tapete deborracha ou estrado de madeira, varas de manobra, equipamentos para medições(amperímetro, voltímetro, etc) e materiais para a manutenção das instalações, tais como fitaisolante, tomadas de borracha e plugues, eletrodutos diversos, fiação com perna adicional paracondutor terra, piquete galvanizado para eletrodo terra, caixas blindadas, disjuntores e fusíveisdiversos.Ao se trabalhar em eletricidade, a observância de certos cuidados pessoais deveser habitual entre os eletricistas. Conforme determinação do item 10.2.9.3 da NR-10 (ATLAS,2005. p. 106) “é vedado o uso de adornos pessoais (pulseiras metálicas, correntinhas, canetasde corpo metálico, etc) nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades”,porque estes objetos podem cair sobre os circuitos quando o trabalhador se debruçar paraexecutar o serviço, podem entrar em contato com as instalações ou serem atingidos por faíscasou arco-voltaico.2.2.1 Proteção básica (Proteção contra contatos diretos)Segundo a definição dada pela ABNT NBR 5410 (2004), proteção básica é omeio destinado a impedir o contato com partes vivas perigosas em condições normais.O contato direto é o que ocorre quando uma pessoa encosta em partesenergizadas.Existem quatro maneiras de evitar que os trabalhadores sofram acidentes porcontato direto: afastando-os de rede elétrica, utilizando barreiras, isolando as partesenergizadas ou utilizando obstáculos.


33Acidentes podem ser evitados não permitindo que os trabalhadores seaproximem de redes elétricas desprotegidas e evitando que os equipamentos sejam instaladosnas proximidades das mesmas. Conforme indicado no Desenho 16, a Fundacentro (2001,p.71), recomenda distanciar 5 metros, no mínimo, a rede elétrica da atividade a ser executadapelo trabalhador.Desenho 16 – Distância mínima da rede elétricaFonte: Fundacentro (2001, p.71)De acordo com o Anexo II da NR-10 (ATLAS, 2005), dependendo da faixa detensão é indicada uma distância mínima para Zona Livre de risco. Por exemplo, para 38 kV, oraio é de 1,63m do ponto da instalação energizado. Para Zona Controlada, restrita atrabalhadores autorizados, a Norma estabelece, para esse mesmo valor de tensão, a distânciamínima de 0,63m.É necessário certificar-se de que o material transportado e as ferramentasusadas pelo trabalhador fiquem afastados da rede elétrica. O mesmo cuidado se deve ter namovimentação de andaimes, gruas, veículos basculantes, porque há risco destes encostarem-seà rede elétrica, conforme apresentado no Desenho 17.


34Desenho 17 – Altura mínima da rede elétrica.Fonte: Rousselet e Falcão (1999, p.145)A instalação de barreiras de forma adequada evita o contato dos trabalhadorescom a eletricidade, conforme indicado no Desenho 18. Sugere-se que estejam sinalizadas deforma que os trabalhadores entendam que existe risco elétrico naquele local.Desenho 18 – BarreirasFonte: Rousselet e Falcão (1999, p.145)Obstáculos do tipo telas, grades ou alambrados com sinalização adequada sãogeralmente colocados em locais de acesso restrito a profissionais qualificados ou legalmente


habilitados, como por exemplo em cabines primárias ou subestações, conforme indicado noDesenho 19.35Desenho 19 – Obstáculo executado com tela ou alambrado.Fonte: Fundacentro (2001, p.73)A isolação de fios e cabos com recobrimento total, quando bem executada,garante a proteção no caso de contato com partes energizadas, já que a sua remoção somente épossível através de sua destruição.2.2.2 Proteção supletiva (proteção contra contatos indiretos)É o meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando massasou partes condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente energizadas (ABNT, 2004)O contato indireto ocorre quando uma pessoa encosta em peças metálicasnormalmente não energizadas (massas), mas que podem tornar-se energizadas devido a umerro na instalação elétrica ou defeitos de isolação. Canalizações metálicas e carcaças deequipamentos elétricos podem ser armadilhas para o trabalhador se a rede elétrica ou osequipamentos não estiverem devidamente aterrados, como indicado no Desenho 20.


36Desenho 20 – Equipamento aterrado indevidamente em tubulação metálica.Fonte: Fundacentro (2001, p.74).2.2.3 Proteção contra contatos acidentaisEntende-se por parte viva qualquer elemento pertencente a um circuito elétricoou equipamento elétrico capaz de provocar choque nos trabalhadores. Tais contatos podem serevitados isolando-os através de barreiras físicas e por sinalização (SAMPAIO, 1998, p.346).As ocorrências mais freqüentes são: em quadros ou chaves elétricas que nãoestejam trancadas; em emendas de condutores sem isolamento ou com isolamentosinadequados; em fios e cabos elétricos expostos em situações agressivas sem a devidaproteção mecânica; na distribuição de circuitos aéreos presos em elementos metálicos deestruturas; no contato de cabos de equipamentos de guindar em transformadores de correnteou em cabos elétricos desencapados; no contato de trabalhadores ou estruturas metálicas deandaimes em cabos elétricos desprotegidos; no contato de trabalhadores em carcaçasenergizadas de equipamentos, etc.


372.2.4 Proteções dos circuitosConforme prevê o item 18.21.6, os circuitos elétricos devem ser protegidoscontra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos.O cuidado inicia-se com a correta localização dos quadros elétricos, que devemficar em locais afastados do trânsito de máquinas e equipamentos e de instalações hidráulicas,e protegidos de intempéries. Atenção especial também deve ser dada para a distribuição dasredes elétricas aéreas e das instalações provisórias, a fim de se evitarem impactos mecânicosque provoquem o rompimento ou desgaste excessivo das proteções dos condutores.Para a realização de trabalhos em locais molhados ou úmidos, devem-seinspecionar com cuidado os fios, cabos, equipamentos e ligações elétricas, sanando deimediato as irregularidades encontradas, porque a umidade facilita a passagem de correnteelétrica pelo corpo.Todos os condutores devem estar suspensos ou apoiados sobre cavaletes demadeira ou tábuas, principalmente em concretagem de lajes, pois o contato dos circuitoselétricos com agentes corrosivos pode provocar a deteriorização de seus componentesmetálicos e isolamentos, conforme indicado no Desenho 21.Desenho 21 – Concretagem de laje - situação típica de local molhado e úmido.Fonte: Fundacentro (2001, p.78).


383 CUIDADOS COM LIGAÇÕES PROVISÓRIASTodo circuito elétrico deve ser considerado energizado até que se proceda àsverificações necessárias para se comprovar o contrário.Toda a fiação de circuitos provisórios inoperantes ou dispensáveis deve serretirada pelo eletricista responsável. Esses circuitos provisórios são utilizados normalmentepara iluminação e para ligação de equipamentos. É preciso que os circuitos provisóriosestejam sempre em condições adequadas de uso e que sejam instalados sempre com a máximaantecedência, caso se constate a sua necessidade.No caso de terem sido instalados para serviços noturnos (concretagem, porexemplo), as ligações provisórias devem ser retiradas no dia seguinte pela manhã ou logoapós o término do serviço.O eletricista deve receber orientação para revisar periodicamente os circuitosprovisórios, verificando se não há pontos que possam provocar choques em trabalhadores. Oscircuitos devem ser substituídos quando apresentarem excesso de emendas ou isolamentosdesgastados.Devem ser instalados extintores de incêndio de CO2 ou de pó químico seco nasproximidades dos quadros e equipamentos elétricos.Fios e cabos que passarem através de paredes devem estar protegidos poreletrodutos resistentes.Equipamentos elétricos que não estiverem em uso devem ser desligados dastomadas.Nunca se deve pendurar, puxar ou transportar equipamentos elétricos por seusfios, principalmente quando estiverem ligados.


39Conforme Desenhos 22 e 23, as lâmpadas para iluminação de locais demovimentação de materiais devem estar protegidas contra impactos e as lâmpadas portáteis,além de terem proteções contra impactos, devem ter cabos de material isolante.Desenho 22 – Proteção em lâmpada de iluminação de circulações.Fonte: Fundacentro (2001, p.69).Desenho 23 – Proteção em lâmpada portátil.Fonte: Fundacentro (2001, p.69).Antes do início dos trabalhos com eletricidade em lugares úmidos oumolhados, recomenda-se examinar fios, cabos, equipamentos e as ligações elétricas. Osdefeitos encontrados devem se sanados, pois a umidade facilita o percurso da corrente elétricapelo corpo do trabalhador.


4 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DAS INSTALAÇÕESELÉTRICAS EM CANTEIROS DE OBRAS40A seguir serão apresentadas fotografias de instalações elétricas em váriassituações durante a execução de obras, seguidas de críticas e recomendações. Os registros daatividade profissional foram autorizadas pelas empresas envolvidas com a ressalva de que nãofossem divulgadas suas identidades.Na fase de implantação do canteiro de obras, cabe ao responsável técnicohabilitado solicitar à concessionária local o fornecimento de energia provisória. A EletropauloMetropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. solicita a apresentação de alguns documentos einformações sobre a obra, a destacar: relação descriminada de cargas, por quantidade de fases,por unidade de consumo, informando inclusive se há previsão de instalação de equipamentosespeciais e finalidade; maior potência de aparelho, de motor e suas finalidades; demandaprevista; localização do centro de medição em relação ao ponto de entrega e a via pública emescala 1:00 ou cotado; ART de projeto e execução da entrada de energia bem como cópia dacarteira de registro do CREA do profissional habilitado.A fotografia 4 apresenta a execução da entrada de energia provisória de umcanteiro de obras. Observa-se que foi necessário executar uma plataforma para acesso demanutenção e leitura da medição, devido à necessidade em escavar para a locação da obra.A fotografia 5 apresenta a laje sendo preparada para a concretagem. Nota-se aproximidade com a tela de alambrado que restringe o acesso à caixa de entrada de energiaelétrica, conforme prescrito na seção 2.2.1.


41Fotografia 4 – Execução de entrada de energia elétrica provisória.Fonte: Acervo pessoal.Fotografia 5 – Preparação da laje para concretagem próximo ao alambrado deacesso restrito à caixa de entrada de energia elétrica.Fonte: Acervo pessoal.


42A fotografia 6 mostra uma chave tipo faca não blindada e instalada em caixa demadeira que, apesar de não ser condutor elétrico, é combustível. A irregularidade mais grave éa utilização de pedaço de tubo de cobre em substituição ao fusível, conforme apontada pelaseta. Recomenda-se a retirada do elemento e a colocação de fusível de capacidade adequada,serviço este atribuído ao eletricista habilitado devidamente equipado com luvas de borracha edeverá ficar sobre tapete de borracha ou estrado de madeira. Na opinião do engenheiroAntonio Pereira (2006), “a chave tipo faca deve ser abolida, pois ela é uma das maiorescausas de acidentes envolvendo eletricidade”.Fotografia 6 – Chave faca com pedaço de tubo de cobreFonte: Acervo pessoalA fotografia 7 mostra um dos quadros intermediários de distribuição em caixade madeira com base de cavalete, instalado no subsolo do canteiro da obra. Apesar do localaparentar seco, é considerado úmido, e nessa etapa o piso ainda não havia sido executado. Nalateral da caixa, existe uma chave de comando para acionamento da bomba de recalque. Otapume que aparece ao lado do quadro serve de proteção ao quadro geral de entrada deenergia. A justificativa para o excesso de cabos é de facilitar o seu remanejamento. Já com


43referência ao quadro ser em madeira, é explicado pelo fato de que este material não écondutor elétrico (porém é combustível). Tanto na porta do quadro como no tapume, foramcolocados cartazes de aviso sobre cuidados a serem tomados com a eletricidade, como ocartaz da fotografia 8.Fotografia 7 – Quadro de distribuição intermediária com chave de comandopara acionamento de bomba.Fonte: Acervo pessoal.Fotografia 8 – Sinalização colocada nas tampas dos quadros elétricos.Fonte: Acervo pessoal.A fotografia 9 mostra o mesmo local da fotografia 5, em etapa mais avançadada obra . Observa-se que o quadro de distribuição provisório deu lugar à caixa de passagem da


instalação definitiva de telefonia, e foi remanejado para o lado oposto do pilar, após o tapumede proteção.44Fotografia 9 – Caixa de passagem de instalação definitiva de telefonia no lugardo quadro de distribuição intermediária.Fonte: Acervo pessoal.A Fotografia 10, na seqüência à esquerda da fotografia 9, apresenta o percursodo cabeamento para distribuição de energia elétrica aos outros setores da obra. Observa-seque os cabos estão suspensos apoiados em suportes compostos de perfilados e vergalhõesmetálicos, e parte deles seguem para a prumada de instalações da edificação, a exemplo doque foi citado na seção 2.1.1. deste trabalho.Fotografia 10 – Distribuição de energia elétrica utilizando prumada deinstalações da edificação.Fonte: Acervo pessoal.


45A fotografia 11 apresenta outro quadro de distribuição intermediária com afinalidade em suprir as necessidades de outro setor do canteiro da obra. Na lateral deste, foiinstalado um quadro em material termo-plástico auto-extinguível com disjuntor e tomadaspara ligação de equipamentos manuais. Nota-se pouco cuidado com o excesso de cabos, quepoderiam ser reorganizados.Fotografia 11 - Quadro de distribuição intermediária com quadro para ligaçãode equipamentos manuais.Fonte: Acervo pessoal.A Fotografia 12 mostra o interior do quadro apresentado na Fotografia 11.Observa-se que o barramento das fases está protegido com chapa de madeira e que aidentificação dos circuitos está confusa, apresentando evidências de que o quadro foireaproveitado de outra obra da construtora. Somente o eletricista que instalou este quadro temconhecimento do que está ligado. Nota-se também que a porta do quadro está revestida comchapa metálica por dentro, o que minimiza o risco de combustão, apesar do restante da caixaser de madeira.


46Fotografia 12 – interior do quadro de distribuição intermediária.Fonte: Acervo pessoalA fotografia 13 apresenta um quadro de disjuntores, também em caixa demadeira que, ao ser instalado não foi verificado que seria executada uma paredetransversalmente, e que não foi removido antes da execução de acabamentos das paredes. Deacordo com o depoimento do engenheiro responsável pela obra, “quando eu tiver todas asinstalações prontas, essas caixas provisórias serão recolhidas; daí, eu faço todos os arrematesde uma vez. Não preciso perder tempo agora fazendo esses pequenos remanejamentos”.Entende-se que a situação aponta para a falta de postura profissional, além de interferir naqualidade do serviço final (pois na emenda de argamassa certamente aparecerá uma fissura ehaverá necessidade em fazer reparos) e na aparência de canteiro de obras quando poderia servisualizada como já em fase de conclusão.


47Fotografia 13 – Quadro de disjuntores semi-embutido pela argamassa deacabamento da parede transversal.Fonte: Acervo pessoal.A seqüência das fotografias de 14 a 16 apresenta exemplos de derivações nosandares a partir de prumadas elétricas lançadas dentro da caixa de ventilação da escadaria.Na fotografia 14, observa-se que a caixa de madeira com tomadas em unidadestermo-plásticas está pendurada de forma precária. O conjunto é energizado pelo cabo com oplugue azul. Na ocorrência do arame de sustentação da caixa se romper, dependendo da alturaem que a caixa estiver em relação ao piso, o peso desta poderá desconectá-la do cabo oudanificá-lo.Fotografia 14 - Caixa de madeira com tomadas em unidades termo-plásticaspendurada com arame.Fonte: Acervo pessoal.


48A Fotografia 15 apresenta a luminária sem fixação adequada, ou seja estápendurada pela própria fiação que a energiza e sem proteção para as lâmpadas, e a caixa demadeira contendo as tomadas em unidades termo-plásticas está depositada no piso da escada.A justificativa é de que a obra está na etapa de acabamentos, por essa razão não é possívelfixá-los nas paredes. A alternativa sugerida para esta situação é de confeccionar um cavaleteapoiado em piso, com altura suficiente para fixar a iluminação na extremidade superior e acaixa de tomadas em uma das faces.Fotografia 15: instalações elétricas temporárias na escadaria.Fonte: Acervo pessoal.Como alternativa ao problema relatado na fotografia 15, a caixa de tomadas foiapoiada sobre o corrimão metálico da escada. O que também não é correto, porque pode cair,principalmente se houver um cabo ligado a esse conjunto que tracione para a frente. Alémdisso, há risco de choque elétrico caso algum cabo ligado a ele esteja com isolação danificadae encoste no corrimão.


49Fotografia 16 - Caixa de madeira com tomadas em unidades termo-plásticasapoiada sobre o corrimão metálico da escadaria.Fonte: acervo pessoal.Em dias de concretagem, como apresentado na Fotografia 17, a atenção deveser redobrada no canteiro de obras. O cenário é propício para a ocorrência de um acidente,desde um simples tropeço na armação até o risco de choque elétrico. Cabe ao eletricistaverificar as condições dos equipamentos de vibração, bem como dos cabos elétricos, antes doinício da concretagem. Recomenda-se que tenha disponíveis equipamentos reservas,previamente verificados, para casos de substituição durante a concretagem.Conforme previsto no item 18.9.11 da NR-18 (ATLAS, 2005), os vibradoresde imersão e de placas devem ter dupla isolação e os cabos de ligação ser protegidos contrtachoques mecânicos e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e durante autilização.A Fotografia 18 mostra uma situação típica em canteiros de obras: a falta deplugues em cabos de equipamentos. É recomendável que o responsável pela segurançaenfatize em seus diálogos diários de segurança (DDS), a importância da utilização deequipamentos manuais em boas condições e os riscos de acidentes por contato comeletricidade.


50Fotografia 17 – Concretagem de laje.Fonte: Acervo pessoal.Fotografia 18 – Utilização de cabo para ligação de equipamento sem plugue.Fonte: Acervo pessoal.Outra situação comum, porém não relacionada diretamente às instalaçõeselétricas temporárias do canteiro de obras, é a execução de serviços próximos às redespúblicas. Recomenda-se que, antes do início das obras, seja feita uma vistoria no local paraverificação de possíveis interferências. Na eventualidade de existir rede e/ou equipamentosmuito próximos, certamente a empresa concessionária orientará o responsável pela obra ouaplicará outras medidas, já que ela é a mais interessada em preservar a rede pública e garantira segurança de todos os envolvidos.


51As fotografias 19 a 21 registram 3 momentos de uma mesma obra, eprovavelmente não houve comunicação entre o responsável pela obra e a empresaconcessionária local, porque não existe evidências de medidas preventivas e de proteção.No primeiro momento, como apresentado na fotografia 19, está sendoposicionada a armação do pilar junto ao alinhamento do terreno para estruturar a laje dopavimento superior. Aparentemente, a distância entre o alinhamento do terreno e a redeelétrica é de 1 metro.Fotografia 19 – Execução de serviços próximos à rede elétrica – 1º momento.Fonte: Acervo pessoal.A fotografia 20 apresenta a obra na etapa seguinte à concretagem da laje dopavimento superior. Observa-se que foi montada uma plataforma fixa de madeira paraproteção contra queda de trabalhadores, materiais e ferramentas. Esta encontra-se bempróxima a rede.


52Fotografia 20 – Execução de serviços próximos à rede elétrica – 2º momento.Fonte: Acervo pessoal.A fotografia 21 apresenta a situação vista da laje do pavimento superior, jácoberta por outra laje. Observa-se que a rede elétrica pode ser acessada por este nível daedificação. Neste caso, a execução de barreiras verticais é uma alternativa para proteção. Paraisso, recomenda-se reforçar a plataforma fixa.Fotografia 21 – Execução de serviços próximos à rede elétrica – 3º momento.Fonte: Acervo pessoal.


535 CONCLUSÃOA dificuldade de se aplicar as normas nos canteiros é uma questão cultural,porque quase sempre o engenheiro responsável só está preocupado na produção e no custo,sendo muitas vezes exigido pela alta administração para apresentar resultados.É muito comum a construtora ter somente um eletricista para executar asalterações, ampliações de redes internas e manutenção de todo o canteiro. Felizmente, esseprofissional é um dos mais habilitados entre todos os profissionais do setor da indústria daconstrução. Coincidentemente, as empresas fabricantes de materiais elétricos vêmdesenvolvendo sistemas de instalações portáteis; facilitam o trabalho do eletricista além decontribuir para a organização e segurança do canteiro.Tem-se notado que as instalações irregulares são feitas na maioria das vezespor trabalhadores desabilitados, porém instruídos a solicitar ajuda do eletricista ao invés demexer nas instalações elétricas.No estudo de caso apresentado, verifica-se que, na prática, as normas NR eABNT não são aplicadas em sua totalidade, o que resulta em riscos para os trabalhadores epara as instalações.Apesar disso, as condições de segurança em geral dos canteiros de obrasmelhoraram a partir da revisão da Norma Regulamentadora NR-18 e, especificamente comreferência às instalações elétricas, após a revisão da NBR 5410 e a publicação da nova NR-10,além da atuação intensificada de Sindicatos e das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs).Mesmo existindo várias normas que determinam como executar instalaçõeselétricas adequadas e seguras, há situações em que nem sempre tais normas podem seraplicadas. Para estes casos, sugere-se que o responsável técnico consulte a DRT e a empresaconcessionária de energia elétrica, se houver envolvimento com redes elétricas públicas, para


54juntos definirem soluções seguras. Como exemplo, para execução de serviços em alturasugere-se a utilização do cinto de segurança tipo pára-quedista com dois talabartes. As NR-06(Equipamento de Proteção Individual – EPI) e NR-18 não esclarecem sobre a quantidade detalabarte mínima exigida; na ocorrência do trabalhador precisar reposicionar o talabarte parase deslocar, se houver dois, um deles deverá estar preso a um ponto fixo seguro.Além da elaboração de um projeto de instalações elétricas temporáriasrecomendado na seção 2, sugere-se incluir no Programa de Condições e Meio Ambiente deTrabalho na Indústria da Construção (PCMAT) a verificação periódica do aterramento dasinstalações, incluindo a sua medição. É imprescindível o treinamento dos trabalhadoresenvolvidos não somente na instalação, mas também nos serviços de manutenção.


55REFERÊNCIASASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações Elétricasde Baixa Tensão. Rio de Janeiro, 2004.______. NBR 7678: Segurança na execução de obras e serviços de construção. Rio de Janeiro,1983.ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho. 56. ed. São Paulo: Atlas, 2005.BAU, Lia Nara. Tratamento de Choque. Revista Proteção. Ano 19, ed. 176, p. 53-62,ago.2006.BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 6: Equipamentos de Proteção Individual –EPI. Brasília, 2001. Disponível em:. Acesso em: 24 nov.2006._____.NR-10: Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Brasília, 2004.Disponível em:.Acesso em: 02 out.2006._____. NR 18: Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Brasília,1995. Disponível em:.Acesso em: 13 mai.2006._____. NR 26: Sinalização de segurança. Brasília, 1978. Disponível em:. Acessoem: 24 nov.2006.COTRIM, Ademiro A. M. B. 1939-2000. Instalações elétricas, 4 ed. rev. e adaptação técnicaem conformidade com a NBR 5410: Geraldo Kindermann – São Paulo: Pearson Prentice Hall,2003. 2ª reimpressão 2005.CREDER, Hélio. Instalações elétricas. 14. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: LTC, 2002.ELETROPAULO Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A – Livro de Instruções Gerais– LIG BT 2005. Solicitação de fornecimento. fascículo. São Paulo, 2005. Disponível em:ELETROPAULO Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A – Livro de Instruções Gerais– LIG MT 2004. Solicitação de fornecimento. fascículo. São Paulo, 2004. Disponível em:


56FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E MEDICINA DOTRABALHO. Engenharia de Segurança do Trabalho na Indústria da Construção. São Paulo:Fundacentro, 2001. Instalações elétricas temporárias em canteiros de obras. p. 57-86.NEGRÃO, Priscilla. Instalações Elétricas Especiais: quando o descaso mata. Revista Lumiere– Energia Eletricidade Iluminação. Ano 7, ed. 73, p. 62-68, mai.2004.ROUSSELET, Edison da Silva; FALCÃO, Cesar. A segurança na obra: manual técnico desegurança do trabalho em edificações prediais. Rio de Janeiro: Interciência: Sobes, 1999. Cap.9: Instalações em geral. p. 128-151.SAMPAIO, José Carlos de Arruda. Manual de aplicação da NR 18. São Paulo: Pini:SindusCon-SP, 1998.SOUZA, João José Barrico de; PEREIRA, Joaquim Gomes. Manual de auxílio nainterpretação e aplicação da nova NR-10. São Paulo: LTr, 2005.STECK Indústria Elétrica – Produtos. catálogo. Sãp Paulo, [2006?]. Disponível em.Acesso em 15 nov. 2006.

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