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Edição 205 - Abril / 2003 - Free

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zap<br />

Guilherme<br />

Alves: preso<br />

na PF<br />

de Campo<br />

Grande<br />

Aos 18 anos,<br />

Guilherme Alves<br />

está sendo<br />

acusado de<br />

ter clonado<br />

e roubado sites<br />

de bancos<br />

FOTO PAULO RIBAS/CORREIO DO ESTADO<br />

Mitnick<br />

de araque<br />

Um internauta vai pagar<br />

uma conta e digita a<br />

URL do site do banco no<br />

browser. Rapidamente o<br />

endereço é carregado.<br />

As cores são as mesmas,<br />

os botões estão no<br />

mesmo lugar, mas por<br />

trás dessa página não há<br />

um banco de verdade —<br />

e sim uma quadrilha interessada<br />

em roubar os<br />

dados do correntista desavisado.<br />

Isso não é só ficção. Segundo a<br />

Polícia Federal, trata-se de um golpe aplicado<br />

no país por um grupo organizado que<br />

desviou cerca de 1 milhão de reais de grandes<br />

bancos, como Bradesco, Itaú, Caixa Econômica<br />

Federal e Banco do Brasil.<br />

Entre os participantes estaria Guilherme<br />

Amorim de Oliveira Alves, de apenas 18<br />

anos, preso no final de fevereiro na cidade<br />

de Petrópolis. Ele cursava o primeiro ano de<br />

ciências da computação na Universidade<br />

Estácio de Sá. A Polícia acredita que Guilherme<br />

é o hacker que clonava os sites dos<br />

bancos e usava diferentes artifícios para<br />

atrair correntistas e roubar senhas. Além de<br />

enviar spams que remetiam os usuários para<br />

as páginas falsas, Guilherme teria invadido<br />

servidores de DNS de alguns provedo-<br />

14 O poder<br />

do Centrino<br />

20 Bateria<br />

superdurável<br />

res, mudando a estrutura hierárquica dos<br />

dados. Dessa forma, quando um assinante<br />

do provedor hackeado digitava o endereço<br />

real do site do banco, ele entrava na<br />

página falsa e entregava todos os seus dados,<br />

sem nem desconfiar.<br />

Segundo os peritos da PF, para não deixar<br />

rastros, Guilherme fazia seus ataques a<br />

partir de servidores localizados em diversos<br />

países, como Coréia, México, Bolívia e algumas<br />

vezes do Brasil. A cada ataque usava<br />

computadores diferentes, inclusive um<br />

notebook com acesso à internet a partir de<br />

um telefone celular pré-pago.<br />

A investigação, feita pela Coordenação-<br />

Geral de Repressão ao Crime Organizado<br />

da Polícia Federal, levou seis meses para ser<br />

concluída. As suspeitas levaram ao estudante,<br />

depois que um cibercafé de Corumbá,<br />

cidade natal de Guilherme, foi usado para<br />

fazer um dos ataques. Não é a primeira vez<br />

que o hacker é preso. No ano passado ele<br />

foi detido pelo mesmo motivo, em Corumbá,<br />

mas acabou sendo liberado 15 dias depois<br />

por falta de provas.<br />

O estudante nega qualquer envolvimento<br />

com essas fraudes. Por meio de seu advogado,<br />

Humberto Abussafi Figueiró, ele diz que<br />

até seria capaz de fazer algo do gênero, porque<br />

tem bons conhecimentos de computação,<br />

mas não teria coragem para isso.<br />

16 O PC e<br />

você, segundo<br />

Jim Allchin<br />

ABRIL <strong>2003</strong> ● INFO ● 13

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