Edição 205 - Abril / 2003 - Free

capa/armazenamento/recuperação de dados
● ● 56 INFO ABRIL 2003
CLONADOR DE HDS
Os programas de backup automático
são excelentes para a cópia de lotes de
arquivos. Mas, se a intenção for clonar
completamente a máquina, especialmente
o sistema operacional e os aplicativos,
os donos do pedaço são os utilitários para
a criação de imagens do disco rígido.
O mais completo deles é o Drive Image
2002, da PowerQuest. Caso o computador
sofra uma pane, além de resgatar
todos os arquivos salvos na última
imagem gerada do HD, o sistema e todos
os programas são restaurados
exatamente da forma como o usuário
os havia configurado. Ou seja, não
será preciso fazer outras instalações nem
atualizações de drivers, patches etc.
No Drive Image 2002, as imagens podem
ser gravadas em CD, num segundo HD ou
mesmo numa partição do disco principal.
O próprio software se encarrega de criar
uma nova partição. No entanto, salvar a
imagem nessa partição não é a estratégia
mais segura. Afinal, se o HD morrer, o
usuário fica órfão de pai e mãe. O programa
também salva imagens em redes LAN, o
que facilita bastante a vida do pessoal de
suporte técnico das empresas.
O tempo necessário para clonar um PC
com o Drive Image varia. A geração da
imagem de um HD com 11 GB de dados
de um Pentium 4 de 1,4 MHz, com 256 MB
e Windows XP, leva cerca de uma hora.
Ou seja, são gravados 186 MB por minuto
(ou 3,1 MB por segundo). Já num Pentium
III de 600 MHz, com 128 MB e Windows 98,
a performance é 36% mais baixa. O Drive
Image custa 243 reais(*) e não tem versão
em português. Quem quiser conhecer
melhor o programa pode baixar o demo em
www.infoexame.com.br/aberto/download/
2354.shl. A versão traz todos os recursos,
porém não permite salvar as alterações.
* PREÇO CONVERTIDO PELO DÓLAR A 3,48 REAIS.
Excel, Word, Outlook, PowerPoint, Access e Zip,
e outro para criar disco de boot e analisar as partições.
Para o usuário profissional, oferece o Jumper
Viewer, um applet Java que vem com uma lista de
mapas de discos rígidos e mostra, modelo por modelo,
como os jumpers devem ser configurados, inclusive
o encaixe dos cabos. O problema do Easy
Recovery Pro é o preço — salgados 499 dólares
para bolsos brasileiros —, mas há uma versão Lite,
só de recuperação, sem a reparação de arquivos
corrompidos, por 199 dólares.
A opção mais econômica é o brasileiro mLost
(www.infoexame.com.br/aberto/download/3140.shl),
produzido pela Microdata, que faz o serviço por 29
reais, mas exige paciência. Nos testes do INFO-
LAB, o programa recuperou todos os arquivos excluídos
e formatados, mas substituiu os nomes originais
pela identificação dos clusters ou por letras
e números. Significa que o usuário vai ter de abrir
os arquivos um por um para saber o que tem den-
mLost: os arquivos voltam, mas sem nome
tro e renomear. Embora esteja em português, o programa
é um tanto confuso. Ao abri-lo, ele oferece
as opções Recuperar arquivos apagados, Procurar
dados perdidos e Procurar “driver” perdido, que descobrimos
depois referir-se a partições ou disco, e
não a softwares de reconhecimento de dispositivos.
Há ainda um campo Use FAT com as opções sim
e não — se clicar não, vai verificar o sistema de arquivos
NTFS. O mLost inclui a opção de preview,
mas apresenta o arquivo em modo binário e não dá
para entender nada. Clique em OK e a varredura
começa, dá a estimativa do tempo da recuperação
e vai trazendo os arquivos renomeados com letras
e números, mas preservando a extensão. Para recuperar,
selecione os arquivos e clique no ícone do
disquete na barra de ferramentas. Antes de esco-