Edição 205 - Abril / 2003 - Free

zap! wireless
A plataforma
da Intel une
processador
de alto
desempenho
e baixo
consumo de
energia, chipset
e rede 802.11b
totalmente
integrados
14 ● ● INFO ABRIL 2003
▲
Centrino: banda larga sem fio no cibercafé
Centrino
leva o Wi-Fi
para as ruas
Com a estréia da tecnologia Centrino, a Intel
dá um empurrão na internet móvel descomplicada.
Os notebooks baseados na
plataforma Centrino já saem de fábrica prontos
para cair nas redes Wi-Fi (11 Mbps), por
integrarem novos processadores, chipsets
e rede sem fio no padrão 802.11b. Mas o
grande salto não ocorre apenas na conectividade,
como os testes do INFOLAB demonstraram.
Diferentemente de boa parte
dos chips de notebook, que são adaptações
de processadores para desktop, os
Pentium M (de Mobile) apresentam uma ar-
Guinada na Metron
Em 2002, a Metron vendeu 202 mil PCs,
mais do que qualquer outro fabricante de
computadores no país. Os grandes números
deram à empresa o título de número 1 do
varejo, mas decepcionaram em termos de
dinheiro. Resultado: agora o foco da empresa
não é mais vender, vender a qualquer custo:
quitetura totalmente nova. Graças a isso,
aliam alto desempenho e baixo consumo
de energia. Os Pentium M desligam partes
do seu circuito, gastando energia apenas
com os recursos que estão sendo usados.
Segundo a Intel, em condições normais
de uso, um Centrino de 1,6 GHz tem autonomia
de mais de cinco horas. Nos testes
do INFOLAB com o Latitude D600, da Dell,
um dos primeiros Centrinos a chegar ao
Brasil, a bateria durou três horas com o chip
trabalhando o tempo todo com 100% de
sua capacidade. O D600 tem chip de 1,4
GHz, RAM de 512 MB, HD de 40 GB, placa
de vídeo Radeon 9000, DVD-CD-RW,
porta USB 2.0, placa Gigabit Ethernet e interface
Bluetooth. Sua conexão Wi-Fi foi
testada na última Telexpo, em São Paulo, e
no Fran’s Café da rua Haddock Lobo, na
mesma cidade. O único ajuste, antes de sair
navegando, foi feito no Windows XP, para
permitir a conexão em redes sem proteção.
Mas, se a questão do hardware já está
bem adiantada, outros aspectos para a internet
móvel deslanchar ainda precisam ser
resolvidos. Primeiro, é preciso ampliar a malha
de pontos de acesso Wi-Fi. A rede Fran’s
Café é uma das primeiras empresas a investir
nos hotspots, os locais públicos com
acesso wireless, para atrair clientela. Por enquanto,
o serviço está sendo implantado
em quatro lojas, e não é cobrado. O acesso
sem fio também existe em aeroportos
de diversas capitais, oferecido, com a cobrança
de taxas, pelo provedor Pointer Networks.
A expectativa da Intel é que até o final
do ano o país tenha mil hotspots.
POR AIRTON LOPES
é lucratividade, como define Cássio Fernandes
Augusto, diretor comercial. A Metron dos
velhos tempos, que praticava preços mais
que arrasadores, pode estar com os dias
contados. A idéia é um turnaround radical,
com uma linha de produtos mais enxuta e
uma política de preços mais convencional.
FOTOS MARCELO KURA/LUIS USHIROBIRA