94Quadro 5 - Evolução da matricula no ensino fundamental por profissionaisdo magistérioEvolução da matricula no ensino fundamental por profissionais do magistério1999 2001Escolas 129 132Escolas especiais 2 2Matrículas 110.059 114.087Empregos 6.763 6.751Fonte: SMRH e SMEA re<strong>de</strong> municipal impulsionada pela municipalização 26 do ensino passouna primeira gestão <strong>de</strong> Taniguchi <strong>de</strong> 124 escolas <strong>em</strong> 1996, para 157 escolas <strong>em</strong>2003. Ao término da segunda gestão <strong>em</strong> 2004, o número <strong>de</strong> escolas municipaisera <strong>de</strong> 167.O dimensionamento <strong>de</strong> 1999 alterou os critérios e na prática reduziu onúmero <strong>de</strong> professores e mesmo com a ampliação <strong>de</strong> escolas e matrículas <strong>de</strong>1999 para 2001 verificou-se que reduziu o número <strong>de</strong> profissionais do magistério.Atualmente a fixação <strong>de</strong> educandos para efeito da composição dasturmas e os critérios para o dimensionamento <strong>de</strong> pessoal, são <strong>de</strong>finidosrespectivamente pelas Portarias 26/2005 e 26/2007 da Secretaria Municipal <strong>de</strong>Educação.Na administração do prefeito Cássio Taniguchi, os servidores públicosmunicipais (inclusive o magistério) tiveram significativa perda salarialcontabilizando até o final da sua segunda gestão um total 10,91% <strong>de</strong> perdasinflacionárias nos seus vencimentos (DIEESE, 2005). Além disso, também nesteperíodo a data-base 10 para o reajuste salarial dos servidores municipais foi<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rada, uma vez que a prefeitura unilateralmente optou pela reposição26 Conceito <strong>de</strong> municipalização.10 Lei municipal <strong>de</strong> 1995, que estabelece como data para o reajuste dos servidores municipais odia 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> cada ano.
95inflacionária <strong>de</strong> forma parcelada, sendo a primeira das parcelas somente <strong>em</strong>junho e a segunda no último mês do ano, <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro. Essa política,inevitavelmente, trouxe sensíveis perdas salariais aos servidores incluídos aí,claro, os professores, como ver<strong>em</strong>os abaixo:Quadro 6 - Empregos, salário médio, reajuste dos professores municipais <strong>de</strong>Curitiba - 1997 a 2004NúmeroEmpregosVar.(%)Salário médio (<strong>de</strong>z)ValorVar.(%)Reajuste(%)INPC(%) Perda(%)Ganho (%)1997 7.310 2,64 933,42 18,23 7,99 8,14 0,13 -1998 6.638 -9,19 1.001,54 7,30 0,00 4,48 4,48 -1999 7.140 7,56 1.024,35 2,28 3,92 3,05 - 0,852000 7.079 -0,85 1.128,41 10,16 3,92 7,06 3,02 -2001 6.902 -2,50 1.192,03 5,64 4,38 5,90 1,46 -2002 7.522 8,98 1.210,56 1,55 7,12 9,57 2,29 -2003 8.459 12,46 1.272,60 5,12 6,09 17,66 10,91 -2004 9.216 8,95 1.514,90 19,04 7,12 7,47 0,33 -Fonte: MTE/RAIS, IBGE / INPC e SISMMAC/Elaboração: DIEESE/ER-PRAlém <strong>de</strong> afetar as condições objetivas <strong>de</strong> trabalho do magistério, aprefeitura adotou a Organização do T<strong>em</strong>po Escolar <strong>em</strong> Ciclos <strong>de</strong> Aprendizag<strong>em</strong>.Esta mudança ocorreu <strong>de</strong> forma brusca, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>bate e s<strong>em</strong> capacitação dosprofessores para compreen<strong>de</strong>r essa concepção <strong>de</strong> ensino, e ainda:Em 1999, a proposta para a reorganização do t<strong>em</strong>po escolar <strong>em</strong> Ciclos éimplantada na maioria das escolas. Gran<strong>de</strong> parte das escolasquestionaram o curto espaço <strong>de</strong> <strong>de</strong>zesseis dias letivos que tiveram parase posicionar <strong>em</strong> relação à mesma, mesmo assim quase a totalida<strong>de</strong> dasescolas optou pelos Ciclos. A crítica feita ao processo <strong>de</strong> implantaçãocoloca que não houve o <strong>de</strong>vido preparo dos professores, a garantia <strong>de</strong>condições materiais e <strong>de</strong> infra-estrutura. Outro el<strong>em</strong>ento a ser<strong>de</strong>stacado, é que os pais não foram envolvidos <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quadanestas discussões ficando à mercê, na maioria dos casos, da <strong>de</strong>cisão daequipe administrativa e pedagógica da escola. O que se percebe é que amudança que <strong>de</strong> fato se efetivou nas escolas foi a aprovação automáticados alunos. Novas formas <strong>de</strong> organização da escola e do t<strong>em</strong>po escolar,inexist<strong>em</strong>, ou ocorr<strong>em</strong> num número tão reduzido <strong>de</strong> escolas que tornamseimperceptíveis no conjunto da re<strong>de</strong> municipal. (SILVA, 2003, p. 36).
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