Diana Cristina de Abreu - Programa de Pós-Graduação em ...
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76A ass<strong>em</strong>bléia, realizada no dia 02 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1980, reuniu mais <strong>de</strong> 500professores, e apesar do <strong>de</strong>scontentamento, os professores <strong>de</strong>cidiram aceitar aproposta, pois não se sentiam com força para outras iniciativas (SILVEIRA, 1991).Mas, ainda assim, a categoria <strong>de</strong>liberou por continuar a mobilização <strong>em</strong> prol <strong>de</strong>um estatuto próprio, e foi eleita uma comissão que iria elaborar um anteprojeto <strong>de</strong>Estatuto do Magistério.No dia 12 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1980 a CPB – Confe<strong>de</strong>ração dos Professoresdo Brasil, <strong>em</strong> um Congresso da entida<strong>de</strong> <strong>em</strong> São Paulo, <strong>de</strong>liberou por um DiaNacional <strong>de</strong> Luta pela Educação, o encaminhamento dado pela entida<strong>de</strong> era umdia <strong>de</strong> paralisação nacional para reivindicar reajuste s<strong>em</strong>estral, piso salarial <strong>de</strong>três salários mínimos e aposentadoria aos vinte cinco anos <strong>de</strong> trabalho.Os professores municipais <strong>de</strong>cidiram a<strong>de</strong>rir à paralisação nacional,permanecendo nas escolas e aproveitando para discutir o documentoinicial, elaborado pela comissão do Estatuto do Magistério. O resultado<strong>de</strong>ssas discussões foi enviado <strong>de</strong> volta à comissão, servindo <strong>de</strong> subsídiopara a elaboração do anteprojeto. (...) Os professores municipaistambém participaram <strong>de</strong> um ato público no centro <strong>de</strong> Curitiba, pelasreivindicações <strong>de</strong>finidas. Houve a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>professores municipais. Era a primeira vez que os professoresparalisavam as aulas. Também era sua primeira manifestação <strong>de</strong> rua.(SILVEIRA, 1991, p. 54).Em 23 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1981, os professores municipais realizaram mais umaparalisação, com a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> quase todo o quadro do magistério. O prefeitomanteve a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não reajustar os salários. Os professores <strong>de</strong>cidiram pelarealização do primeiro encontro da entida<strong>de</strong>, que foi realizado entre 15 e 17 <strong>de</strong>junho <strong>de</strong> 1981 e teve como t<strong>em</strong>a central “A Escola Pública <strong>de</strong> Hoje”.A associação <strong>em</strong> agosto <strong>de</strong> 1981 passou por um processo eleitoral, e adiretoria que estava até aquele momento foi <strong>de</strong>rrotada no pleito. Assim voltava àdireção da AMMC um grupo ligado à administração municipal, o mesmo que haviafundado a associação. Nesse momento a associação passou a ser presidida porFahid Caluf. Antes <strong>de</strong> a nova diretoria ser <strong>em</strong>possada, os professores municipais,realizaram mais uma paralisação, num movimento <strong>em</strong> solidarieda<strong>de</strong> aosprofessores da re<strong>de</strong> estadual <strong>de</strong> ensino que haviam sofrido repressão policialquando acampavam perto do palácio do governo do estado. A diretoria eleitatentou acabar com o movimento grevista, entretanto os professores realizaramdois dias <strong>de</strong> paralisação à revelia.