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Diana Cristina de Abreu - Programa de Pós-Graduação em ...

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39O substitutivo Jorge Hage foi além do projeto inicial, com o Título XVII,dos Profissionais da educação, dividido <strong>em</strong> duas seções: a primeira versou sobrea formação e a segunda sobre a carreira especificamente.No que tange à formação inicial para a atuação no magistério manteve-sea mesma exigência do projeto <strong>de</strong> Octávio Elísio. Entretanto, no que diz respeito àcarreira, Jorge Hage incorporou avanços significativos. Além do concurso públicocomo condição <strong>de</strong> ingresso, acena para um piso salarial profissional,nacionalmente unificado, fixado <strong>em</strong> lei fe<strong>de</strong>ral, com reajuste periódico quepreservasse seu po<strong>de</strong>r aquisitivo; garantiu-se a progressão funcional e salarialcondicionada à habilitação, à avaliação do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e ao t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> serviço;jornada <strong>de</strong> trabalho, preferencialmente <strong>de</strong> 40 horas, admitidos o regime <strong>de</strong> 20horas, com no máximo 50% <strong>de</strong> hora-ativida<strong>de</strong>.Nas eleições <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1990 obtiveram êxito os candidatos com perfilb<strong>em</strong> mais conservador que os <strong>de</strong>putados fe<strong>de</strong>rais que cumpriam os mandatos atéentão (SAVIANI, 1997). Alguns <strong>de</strong>putados protagonistas na tramitação do projeto<strong>de</strong> lei, como Jorge Hage e Octávio Elísio, não se reelegeram para a legislaturaque iniciaria <strong>em</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1991. Entretanto, <strong>em</strong> 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990 osubstitutivo Jorge Hage foi aprovado na Comissão <strong>de</strong> Finanças e Tributação,estando apto para votação <strong>em</strong> plenário, entretanto, mudando a relatoria paraÂngela Amim, do PP.O projeto-substitutivo da LDB, já com a <strong>de</strong>vida aprovação das comissões,foi inscrito na or<strong>de</strong>m do dia do Plenário da Câmara somente <strong>em</strong> maio <strong>de</strong> 1991.Quando submetido à apreciação dos <strong>de</strong>putados recebeu 1.263 <strong>em</strong>endas, osuficiente para que fosse <strong>de</strong>terminada sua volta às comissões. A estratégia usadapermitia não só o atraso na aprovação da nova LDB, como também alterações noprojeto-substitutivo, visto que as presidências e relatorias das comissões estavamcom <strong>de</strong>putados que, <strong>de</strong> certa forma, representavam setores conservadores dasocieda<strong>de</strong> brasileira. Estes, estrategicamente, adotavam artimanhas para atrasaro andamento do projeto-substitutivo ou faziam alterações que beneficiavam ossetores privatistas. Um ex<strong>em</strong>plo (Saviani, 1997), era a relatoria da Comissão <strong>de</strong>Justiça que ficou para o <strong>de</strong>putado E<strong>de</strong>valdo Alves da Silva (PDS/SP), notóriorepresentante dos interesses dos <strong>em</strong>presários da educação, sendo ele mesmoproprietário <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rosa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas privadas.

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