158centralizada <strong>de</strong> escolas, docentes, auxiliares <strong>de</strong> educação infantil e alunos, —dois <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>z professores trabalham <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> uma escola e 36% <strong>de</strong>les dãoaula <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> um turno.Pelo menos no caso <strong>de</strong> Curitiba há um agravante. Se consi<strong>de</strong>rados oshorários <strong>de</strong> término das aulas do período da manhã e início do período da tar<strong>de</strong>,<strong>em</strong> média, este intervalo não passa <strong>de</strong> uma hora nas escolas da re<strong>de</strong> municipal.Portanto, um profissional do magistério que trabalhe <strong>em</strong> unida<strong>de</strong>s diferentes teráque, neste curto intervalo, realizar o seu <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> para outrae ainda realizar uma refeição.Ao discutirmos jornada e <strong>de</strong>dicação exclusiva do magistério público, outraquestão não menos importante para a qualida<strong>de</strong> da educação e da carreira dosprofissionais é o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação r<strong>em</strong>unerado fora da sala <strong>de</strong> aula,comumente chamado <strong>de</strong> hora-ativida<strong>de</strong> ou no caso <strong>de</strong> da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong>Curitiba <strong>de</strong> hora-permanência.Quanto a este período reservado para hora ativida<strong>de</strong> a Lei 9.394/1996, noArt. 67, estabeleceu que os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> ensino, com o objetivo da valorizaçãodos profissionais da educação, <strong>de</strong>veriam assegurar período reservado a estudos,planejamento e avaliação, incluído na carga horária <strong>de</strong> trabalho. Mas a lei éomissa <strong>em</strong> relação à proporção da jornada que <strong>de</strong>veria ser reservada para essefim.O trabalho do professor não é estanque n<strong>em</strong> fragmentado; a socieda<strong>de</strong>,as legislações e as formas <strong>de</strong> gestão exig<strong>em</strong> do profissional maior envolvimentocom a comunida<strong>de</strong>, com o projeto pedagógico da escola. Além <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po parapreparar as aulas e corrigir as provas, o professor necessita dispor <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po paraa integração com os alunos. Por isso, precisa ter t<strong>em</strong>po, e esse t<strong>em</strong>po precisa serr<strong>em</strong>unerado, para além das horas aulas:O trabalho do professor não se restringe ao exercício da sua função<strong>de</strong>ntro da sala <strong>de</strong> aula, implica <strong>em</strong> atualização e preparação constantespara que seja realizado a contento. Muitas tarefas não são realizadas napresença dos alunos e <strong>de</strong>mandam atenção <strong>em</strong> outros momentos. Assimsendo, muitas turmas, turmas <strong>em</strong> escolas diferentes, alunos <strong>em</strong> níveisdiferentes <strong>de</strong> ensino, turmas do noturno e diurno implicam <strong>em</strong>preparação <strong>de</strong> esqu<strong>em</strong>as diferentes <strong>de</strong> aulas adaptados a cadarealida<strong>de</strong>. Isso implica <strong>em</strong> maior volume <strong>de</strong> trabalho, tanto no que serefere a mais horas <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação, como <strong>em</strong> maior esforço intelectual.(SORANTO &PINTO. 1999. p. 289).
159A resolução 03 do Conselho Nacional <strong>de</strong> educação <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1987,fixou as diretrizes nacionais para carreira e r<strong>em</strong>uneração do magistério, e no Art.6 inciso IV estabeleceu que, a jornada <strong>de</strong> trabalho po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> até 40h s<strong>em</strong>anaise <strong>de</strong>stas, 20% a 25% <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser <strong>em</strong> horas-ativida<strong>de</strong>. O probl<strong>em</strong>a é que além <strong>de</strong>fixar um percentual limitado, quando o <strong>de</strong>fendido, por ex<strong>em</strong>plo, pela CNTE já era30%, diminui alguns índices <strong>de</strong> hora-ativida<strong>de</strong> que já vigoravam no país.El<strong>em</strong>ento negativo à medida que a valorização da carreira está relacionada àampliação do percentual <strong>de</strong> hora-ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stinado às horas-ativida<strong>de</strong> dosprofissionais do magistério.Em Curitiba a resolução 03 do CNE, não interferiu na constituição dajornada <strong>de</strong> hora-permanência. Aqui, 20% da jornada é <strong>de</strong>stinada à hora-ativida<strong>de</strong>,direito garantido pelo Estatuto do magistério <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985.A Hora-permanência na Re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> Ensino é concentrado <strong>em</strong> umdia da s<strong>em</strong>ana. Assim das 20 horas s<strong>em</strong>anais os profissionais do magistério queestão <strong>em</strong> regência <strong>de</strong> turmas, t<strong>em</strong> quatro horas para estudo e planejamento.Os profissionais que atuam nos primeiros anos faz<strong>em</strong> permanência nassegundas–feiras. Aqueles que atuam nos segundos anos faz<strong>em</strong> na terça-feira, Osprofissionais regentes <strong>em</strong> terceiros anos na quinta-feira e os profissionais <strong>de</strong>quartos anos na sexta-feira.Enquanto ocorre a permanência dos profissionais regentes <strong>de</strong> turmas,como já foi dito, os alunos têm aulas com os professores das aulas especiais. Ouseja, Educação Física, Artes e mais uma disciplina que é <strong>de</strong>finida conforme oprojeto político pedagógico <strong>de</strong> cada escola, sendo as mais comuns, Literatura eFilosofia.Aos profissionais das aulas especiais também é assegurado o direito àhora-permanência, realizadas por eles nas quartas-feiras.Em todas as escolas da RME as permanências segu<strong>em</strong> essa <strong>de</strong>finição,isso porque a Secretaria Municipal <strong>de</strong> Educação quando oferta os cursos <strong>de</strong>capacitação, o faz respeitando o critério <strong>de</strong>scrito anteriormente. Assim, oprofissional que atua <strong>em</strong> primeiro ano, realiza sua capacitação na segunda-feira,os <strong>de</strong> segundo ano realizam na terça-feira, os professores das aulas especiais naquarta-feira, e assim por diante.
- Page 2:
DIANA CRISTINA DE ABREUCARREIRA E P
- Page 8 and 9:
A utopia está lá no horizonte. Me
- Page 10 and 11:
ABSTRACTThe teacher's career is a s
- Page 12 and 13:
RAIS/MTE. Relação Anual de Inform
- Page 14 and 15:
ÍNDICE DE TABELASTABELA 1 - PERFIL
- Page 16 and 17:
3.1 OS ESTABELECIMENTOS NA REDE MUN
- Page 18 and 19:
18INTRODUÇÃOUma carreira docente
- Page 20 and 21:
20Mas as leis muitas vezes são red
- Page 22 and 23:
22buscando identificar em quais esp
- Page 24 and 25:
241.1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E A
- Page 26 and 27:
26capitais foram criados os liceus
- Page 28 and 29:
28filhos. Os pais não podendo ou n
- Page 30 and 31:
30sem que haja unidade cultural naq
- Page 32 and 33:
32com exercício anterior de três
- Page 34 and 35:
341.3 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA E A
- Page 36 and 37:
36democrática e oferta real de asc
- Page 38 and 39:
38A Constituição Federal de 1988
- Page 40 and 41:
40Somente após o afastamento do pr
- Page 42 and 43:
42A formação inicial e continuada
- Page 44 and 45:
44Segundo Vieira (2007), mesmo com
- Page 46 and 47:
46mas, segundo Peroni (2003), convi
- Page 48 and 49:
48garantias mínimas para as carrei
- Page 50 and 51:
50O CNE aponta uma carga de 40 hora
- Page 52 and 53:
52Quanto à condição de ingresso,
- Page 54 and 55:
54A secretaria de assuntos educacio
- Page 56 and 57:
56remuneração de todos os profess
- Page 58 and 59:
58necessita de maior diálogo socia
- Page 60 and 61:
60Estado, no qual as experiências
- Page 62 and 63:
62Na avaliação de professores, qu
- Page 64 and 65:
641.4.2 A CARREIRA ESCALONADAAs rec
- Page 66 and 67:
661.4.3 O PAGAMENTO POR COMPETÊNCI
- Page 68 and 69:
682 A CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DO
- Page 70 and 71:
70que foi construído para este fim
- Page 72 and 73:
72anterior. A lei fez uma diferenci
- Page 74 and 75:
742.2 A CARREIRA DO MAGISTÉRIO A P
- Page 76 and 77:
76A assembléia, realizada no dia 0
- Page 78 and 79:
78Classe D - integrante do quadro d
- Page 80 and 81:
80escolaridade de ensino superior c
- Page 82 and 83:
82Novo fôlego também para o magis
- Page 84 and 85:
84segundo setores de atividades rel
- Page 86 and 87:
86Não se trata de desqualificar a
- Page 88 and 89:
88poderiam migrar, respeitando a ha
- Page 90 and 91:
90Salas de aula superlotadas já fa
- Page 92 and 93:
92Quadro 2 - Relação de alunos po
- Page 94 and 95:
94Quadro 5 - Evolução da matricul
- Page 96 and 97:
96Em meio a todos esses acontecimen
- Page 98 and 99:
98Enfim, todas as mobilizações ti
- Page 100 and 101:
100Todos os projetos e a lei aprova
- Page 102 and 103:
102 Outra intervenção foi na gara
- Page 104 and 105:
1042.4.1 PLANO DE CARGOS, CARREIRA
- Page 106 and 107:
106competição entre os profission
- Page 108 and 109: 108países da América Latina, mas
- Page 110 and 111: 110apenas uma. Vale destacar que, d
- Page 112 and 113: 112Até 2005, o crescimento vertica
- Page 114 and 115: 1143 O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DO
- Page 116 and 117: 116se de um arranjo que força os p
- Page 118 and 119: 1183.1.1 OS PROFISSIONAIS DO MAGIST
- Page 120 and 121: 120vezes essas funções assumidas
- Page 122 and 123: 1223.1.2 OS DEMAIS TRABALHADORES EM
- Page 124 and 125: 1243.1.2.2 INSPETOR ESCOLARA descri
- Page 126 and 127: 1263.2 OS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉ
- Page 128 and 129: 128Gráfico 1 - Relação Mulheres
- Page 130 and 131: 1303.2.2 ESCOLARIDADEA LDB recomend
- Page 132 and 133: 132Em Curitiba somadas as faixas et
- Page 134 and 135: 134Tabela 6: perfil tempo de empreg
- Page 136 and 137: 136forma a ampliação do número d
- Page 138 and 139: 138de estabelecimento que é oferta
- Page 140 and 141: 140A atividade de recreação, ante
- Page 142 and 143: 1423.4 PERFIL SALARIAL DOS PROFISSI
- Page 144 and 145: 144novembro de 2005 dava R$ 555,62.
- Page 146 and 147: 1463.5 O ENQUADRAMENTO NA CARREIRA
- Page 148 and 149: 148plano serão eliminadas, garanti
- Page 150 and 151: 150(nível I - parte permanente) e
- Page 152 and 153: 152profissional. Até 2008 os profi
- Page 154 and 155: 154Em 2005 por ocasião da realiza
- Page 156 and 157: 156hora-extra, dessa forma o profis
- Page 160 and 161: 1603.7 O DIFÍCIL PROVIMENTO COMO I
- Page 162 and 163: 162Tabela 11 - Relação de estabel
- Page 164 and 165: 164melhorarando as condições de t
- Page 166 and 167: 1661946 houve novas conquistas para
- Page 168 and 169: 168Deste perfil, que tem base de da
- Page 170 and 171: 170não resta dúvida de que a impl
- Page 172 and 173: 172A hora-atividade dos profissiona
- Page 174 and 175: 174REFERÊNCIASABREU. D. C.; MOREIR
- Page 176 and 177: 176CURITIBA, Câmara Municipal de C
- Page 178 and 179: 178TORRES, R. M. Melhorar a qualida
- Page 180 and 181: 180classe, supervisãoescolar, orie
- Page 182 and 183: 182§ 2º - No caso doPROFESSOR que
- Page 184 and 185: 184Funcional dar-se-á tantopor tit
- Page 186 and 187: 186eleitos pela comunidadeescolar,
- Page 188 and 189: 188doutorado em Educação. de vaga
- Page 190 and 191: 190ART. 38 - Aos ocupantesde cargos
- Page 192 and 193: 192profissional para acarreiradePRO
- Page 194 and 195: 194ANEXO 2 - ENQUADRAMENTO NA CARRE
- Page 196 and 197: 196Tabela 14 - Anexo 2 - Enquadrame
- Page 198 and 199: 198Tabela 16 - Anexo 2 - Aposentado
- Page 200 and 201: 200Tabela 18 - Anexo 2 - Aposentado
- Page 202 and 203: 202ÍNDICE REMISSIVO02/97, 46, 47,
- Page 204: 204Mmagistério, 3, 5, 15, 16, 17,