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TEMA OBJETIVO E TEMA SUBJETIVO - Simonsen

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Capítulo VI“A Jô e a irmã dela acreditam que um vizinho antropólogo mora em frente ao prédiodelas. Quando fazemos coisas absurdas, tipo ficar brincando de tocar percussão ou pulamossem parar gritando às 2h da manhã, alguma delas sempre disse. O vizinho não deve estarentendendo nada. Ou... essa cena deve estar sendo super importante para a tese demestrado dele. Na verdade, elas nunca pensaram que poderia ser tipo um tarado sedivertindo com duas loucas pulando pela sala de camisola.”• Regional – Existem expressões que são usadas apenas em alguns lugares dopaís, como formas diferentes de nomear um mesmo objeto ou uma mesma situação.Observe que, em uma conversa numa roda de amigos, existem diferenças linguísticas aofalar com uma pessoa de outro estado ou, às vezes, no interior, na zona rural de umestado em relação à linguagem daquele que mora na zona urbana. Leia mais um poucoda conferência de Evanildo Bechara sobre o aspecto das variantes linguísticas:“Afora essa dimensão no tempo, esse saber idiomático identifica variedades queocorrem numa língua histórica, isto é: variedades regionais, que são os dialetos; variedadessociais, que são os estratos sociais falados pelos diversos integrantes de uma sociedade; e ofalar regional, vale dizer, se um ato linguístico (palavra, expressão ou frase) é típico de umaregião (por exemplo, o que no Brasil é trem, em Portugal é comboio; o que em Portugal seopta por "estar a almoçar", no Brasil preferimos "estar almoçando"; o que no Rio de Janeirose chama "sinal luminoso de trânsito", em São Paulo é "farol", mais para o Sul, "semáforo", eem Porto Alegre, "sinaleira").”Vejamos outras variações: a média em São Paulo é “café com leite”; em Santos, é um“pãozinho”. Pãozinho, em Itu- SP, é filão; em São Paulo, capital é um “pão grande”.Bem,vamos ler um exemplo literário, um fragmento do conto “Bicho Mau” de Guimarães Rosa:“Se o Quinquim olhou, também. Teria por gosto aproveitar uma curta folga. Colher umananás? Não, dava muito trabalho. E estão azedos, decerto, apertam na língua, piores doque o gravatás. Seo Quinquim se mostra alegre,. Às vezes banzativo, ora a dar um ar de riso,ele está nos dias de ser pai. Não tardava mais uma semana...”Na linguagem literária, especialmente nos textos de Guimarães Rosa, é bastantecomum a mistura entre linguagem culta, coloquial e o falar regional. Aliás, em Guimarães, hátambém arcaísmos, o que demonstra um conhecimento profundo da linguagem. Você devesaber identificar essas variações e entender quais foram os objetivos do autor ao fazer usodessas diferentes expressões da língua.Nos concursos públicos e vestibulares sãoutilizados textos literários de autores brasileiros. Paramanter-se atualizado: leia suas principais obras eresenhas. Alguns sites na internet, fornecem estesmateriais gratuitamente. Acesse nosso sitewww.simonsen.br/eja e confira os links!9

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