12.07.2015 Views

TEMA OBJETIVO E TEMA SUBJETIVO - Simonsen

TEMA OBJETIVO E TEMA SUBJETIVO - Simonsen

TEMA OBJETIVO E TEMA SUBJETIVO - Simonsen

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Capítulo VIlivre, e portanto, o aluno deve falar a língua gostosa e saborosa do povo, como dizia ManuelBandeira. Não, o professor deve fazer com que o aluno aprenda o maior número de usospossíveis, e que o aluno saiba escolher e saiba eleger as formas exemplares para osmomentos de maior necessidade, em que ele tenha que se expressar com responsabilidadecultural, política, social, artística etc.E isso fazendo, o professor transforma o aluno num poliglota dentro da sua próprialíngua. Como, de manhã, a pessoa abre o seu guarda-roupa para escolher a roupa adequadaaos momentos sociais que ela vai enfrentar durante o dia, assim também, deve existir, naeducação linguística, um guarda-roupa linguístico, em que o aluno saiba escolher asmodalidades adequadas a falar com gíria, a falar popularmente, a saber entender um colegaque veio do Norte ou que veio do Sul, com os seus falares locais, e que saiba também, nosmomentos solenes, usar essa língua exemplar, que é o patrimônio da nossa cultura e que é ogrande baluarte que esta Academia defende.“O que o grande professore quer dizer neste texto, é que o aluno precisa ter acapacidade de adaptar sua linguagem de acordo com o local e a situação em que estáinserido.Hoje, consideram-se as variações linguísticas como absolutamente aceitáveis, semprecom a ressalva de que a norma culta deve ser conhecida e observada em situações formais:• Culta - A norma culta é aquela que deve ser empregada, quando em situaçõesformais, ou em textos científicos e acadêmicos. Não se permite ambiguidade nalinguagem formal: a objetividade deve ser o principal traço desse uso da língua. Exemplo:“A superioridade da civilização ocidental, representada pelo império norteamericano,carece de medidas e atitudes de nível planetário que evitem ao máximo o rastro dedestruição deixado em seu curso expansionista. Há a urgência de uma racionalidade outraque a do americanizado mundo contemporâneo.”• Coloquial - Os objetivos nalinguagem coloquial são totalmenteopostos à culta: desejamossimplesmente conversar ou escrevercomo se estivéssemos conversando.Verificamos a descontração presenteno uso da língua, contudo, não setrata de cometer barbarismos contra alíngua culta e, sim, adaptá-la,deixando-a mais pessoal.Observe que, no primeiroquadrinho desta tirinha de Hagar - oHorrível - , sua esposa usa a linguagemcoloquial para iniciar sua pergunta: “Tálegal, espertinho!...”.(Revista Cult, dezembro de 2001)Na linguagem do dia-a-dia, por exemplo, podemos, usar frases como “Você pegou oque eu te pedi?. Formalmente essa construção em que se misturam as pessoas gramaticaisestá inadequada, pois você indica terceira pessoa e “te” é um pronome oblíquo que se referea segunda pessoa ; o correto seria dizer "Você pegou o que eu lhe pedi?". Observe outroexemplo retirado da Folhateen, de fevereiro de 2002:8

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!