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Parte I - v22.pdf - Grupo de Mecânica Aplicada

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Índice1. O Plástico................................................................................................................................................31.1 Introdução e síntese histórica.........................................................................................................31.2 O que é o plástico?.........................................................................................................................91.3 Características gerais dos plásticos...............................................................................................112 Proprieda<strong>de</strong>s Físicas dos Plásticos..........................................................................................................142.1 Proprieda<strong>de</strong>s mecânicas...............................................................................................................142.2 Proprieda<strong>de</strong>s térmicas..................................................................................................................242.3 Proprieda<strong>de</strong>s elétricas..................................................................................................................262.4 Proprieda<strong>de</strong>s óticas......................................................................................................................272.5 Características <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste...........................................................................................................272.6 Usinabilida<strong>de</strong>...............................................................................................................................272.7 Tolerâncias dimensionais.............................................................................................................282.8 Alterando as proprieda<strong>de</strong>s dos plásticos.......................................................................................282.9 Efeitos ambientais sobre os plásticos............................................................................................292.10 Seleção do material a<strong>de</strong>quado....................................................................................................303. Alguns Polímeros <strong>de</strong> Importância Industrial..........................................................................................343.1 Plásticos commodities..................................................................................................................343.2 Plásticos <strong>de</strong> engenharia................................................................................................................38Referências...............................................................................................................................................40Apêndice A – Cotação <strong>de</strong> plásticos no Brasil.............................................................................................41Apêndice B – Normas ASTM para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais plásticos...........................41Apêndice C – Algumas siglas comuns da literatura sobre plásticos............................................................41Apêndice D – Métodos <strong>de</strong> processamento típicos para plásticos.................................................................4148


1. O Plástico1.1 Introdução e síntese históricaOs plásticos possuem proprieda<strong>de</strong>s únicas quando comparados com outrosmateriais, e têm contribuído muito para alterar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do ser humano,particularmente nas últimas décadas, dado o seu emprego maciço em todas as áreas.Quando a<strong>de</strong>quadamente empregados, os componentes plásticos realizam suas funções a umcusto que outros materiais não conseguem atingir. Isto traz reflexos diretos para oengenheiro, em especial para aquele que projeta componentes que serão confeccionados apartir <strong>de</strong>ste fascinante material.Existem muitos plásticos naturais como a borracha, o asfalto e a celulose. Noentanto, foi a sintetização <strong>de</strong> plásticos em escala industrial que permitiu não apenas que esteatingisse os mais diversos setores do cotidiano mo<strong>de</strong>rno, mas também abriu a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> se explorar proprieda<strong>de</strong>s específicas visando cada aplicação especial. Isto culminou comuma gama impressionante <strong>de</strong> plásticos disponíveis para os mais diversos usos. É<strong>de</strong>snecessário tentar mencionar as áreas on<strong>de</strong> os materiais plásticos encontram aplicaçãohoje em dia – basta citar que a partir <strong>de</strong> 1973 a produção mundial <strong>de</strong> plástico superou a doaço (em volume).A produção industrial <strong>de</strong> plásticos iniciou em 1909 com o <strong>de</strong>senvolvimento dofenol-formal<strong>de</strong>ído plástico (Baquelite) por L. H. Bakeland, e ainda hoje os materiaisfenólicos são importantes para a engenharia. Mas a indústria <strong>de</strong> materiais plásticos sóavançou seriamente a partir <strong>de</strong> 1930, quando os processos químicos para produção <strong>de</strong>Nylon, uretanos e fluorcarbonos (Teflon) foram <strong>de</strong>senvolvidos. Nesta época também seiniciou a produção <strong>de</strong> celulose, acetato, melamina e compostos moldáveis à base <strong>de</strong>estireno. Simultaneamente, apareceram no mercado as primeiras máquinas voltadas àprodução industrial <strong>de</strong> peças plásticas baseadas em injeção, sopro e vácuo.As chapas <strong>de</strong> acrílico foram largamente empregadas para fabricação <strong>de</strong> carlingas <strong>de</strong>aviões durante a II Guerra Mundial. Resinas transparentes <strong>de</strong> poliéster, filmes <strong>de</strong> vinilcloridro,polietileno e resinas <strong>de</strong> silicone também foram <strong>de</strong>senvolvidas nesta época, assimcomo as primeiras garrafas <strong>de</strong> polietileno e tubos <strong>de</strong> pasta <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte fabricados com acetato.Após a II Guerra a produção <strong>de</strong> resinas <strong>de</strong> vinil se iniciou, foi introduzida asinalização traseira em automóveis – fabricada em acrílico, e os plásticos começaram a serempregados pesadamente em eletrodomésticos. Uma nova geração <strong>de</strong> plásticos estavanascendo.No entanto, as proprieda<strong>de</strong>s e o comportamento <strong>de</strong>ste novo material ainda não erambem compreendidos, e muitos produtos falhavam ocasionalmente, criando inicialmente umaimpressão negativa sobre plásticos para o público consumidor. Os químicos continuavam a<strong>de</strong>senvolver novos materiais, como ABS, acetal, polivinil-fluoridro, ionômeros epolicarbonetos. Os processos como moldagem por injeção, termo-conformação, extrusão,moldagem por transferência e fundição já estavam bem <strong>de</strong>senvolvidos. Isto permitiu que aindústria finalmente substituísse muitos materiais por plásticos, a um custo bastante inferior,nas mais diversas aplicações.O número <strong>de</strong> variações e formulações possíveis para combinar os elementosquímicos usados em plásticos é virtualmente infinito. E é justamente esta varieda<strong>de</strong> quetorna o trabalho <strong>de</strong> selecionar o melhor plástico para uma dada aplicação um <strong>de</strong>safio. Osplásticos englobam um gran<strong>de</strong> e variado grupo <strong>de</strong> materiais que consiste basicamete <strong>de</strong>Carbono, Oxigênio, Hidrogênio, Nitrogênio e outros elementos orgânicos ou inorgânicos.A maior parte dos plásticos é empregado na forma sólida, mas em algum estágio da sua


que posteriormente receberiam o nome <strong>de</strong>rayon.1885 George Eastman Kodak patenteia a máquinapara produzir filme fotográfico contínuo.1887 Goodwin inventa o filme fotográfico <strong>de</strong>celulói<strong>de</strong> e seu processo <strong>de</strong> fabricação.1891 Chardonnet, na França, regenera celulose vianitrato.1892 Primeira síntese do celofane, um filmetransparente produzido a partir da regeneraçãoda viscose, ou seja, celulose dissolvida.Contudo, somente na década <strong>de</strong> 1910 essematerial atingiria maturida<strong>de</strong> comercial1894 Cross e Bevans introduzem o acetato <strong>de</strong>celulose após <strong>de</strong>senvolverem pesquisas sobreésteres <strong>de</strong> celulose para se encontraralternativas não-inflamáveis ao nitrato <strong>de</strong>celulose (celulói<strong>de</strong>).1897 Adolph Spitteler, da Bavária (Alemanha),<strong>de</strong>scobre (provavelmente por aci<strong>de</strong>nte) epatenteia resinas a base <strong>de</strong> caseína. Estematerial é feito a partir <strong>de</strong> leite batido ecoalhado, curado por imersão em formal<strong>de</strong>ído.Seu nome comercial era galatita.1899 Arthur Smith, da Inglaterra, patenteia resinas<strong>de</strong> fenol-formal<strong>de</strong>ído, que substituem aebonite como isolador elétrico.1900 Descoberta do silicone por Fre<strong>de</strong>ric StanleyKipping.1903 Stern & Topham <strong>de</strong>senvolvem método para seproduzir seda artificial, a chamada viscose.1907 Leo Baekeland, dos E.U.A., consegue aprimeira <strong>de</strong> suas 177 patentes relativas aresinas <strong>de</strong> fenol-formal<strong>de</strong>ído.1908 Charles Fre<strong>de</strong>rick Cross inventa o celofane,mistura <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> celulose e viscose rayon.1909 Leo Baekeland, dos E.U.A., patenteia aBaquelite, a primeira resina termofixa asubstituir materiais tradicionais comoma<strong>de</strong>ira, marfim e ebonite. Baquelite setornou sinônimo <strong>de</strong>ste material.Hermann Staudinger inicia o <strong>de</strong>senvolvimentoda borracha sintética (isopreno)Hugh Moore funda a Dixie Cup Co.,fabricante <strong>de</strong> copos <strong>de</strong>scartáveis,especialmente para aten<strong>de</strong>r a uma leipromulgada no estado <strong>de</strong> Kansas (E.U.A.), aqual proibia o uso <strong>de</strong> xícaras comunitárias emtrens. Seu objetivo era restringir adisseminação <strong>de</strong> doenças como a tuberculose.1910 Iniciada a produção <strong>de</strong> meias femininas naAlemanha. Construída a primeira fábrica <strong>de</strong>rayon nos E.U.A.1911 Bran<strong>de</strong>nberger, na Suíça, inicia a produçãocomercial do celofane1912 Ostromislensky, na Rússia, patenteia umprocesso <strong>de</strong> polimerização do cloreto <strong>de</strong>vinila, obtendo-se PVC. Contudo, a<strong>de</strong>composição do polímero durante o processoinviabiliza seu <strong>de</strong>senvolvimento comercial.Fritz Klatte patenteia um método para aprodução <strong>de</strong> seu monômero, cloreto <strong>de</strong> vinila;ele logra polimerizá-lo em PVC, mas essaresina ainda teria <strong>de</strong> esperar até a década <strong>de</strong>1914 Início do uso <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> clulosecomo verniz para aviões e <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iracompensada para fuselagens.1918 Hans John prepara resinas através da reação<strong>de</strong> uréia com formal<strong>de</strong>ído.1919 Introdução comercial do acetato <strong>de</strong> celulose.1920 A década <strong>de</strong> 1920 marca o início <strong>de</strong> uma "era<strong>de</strong> ouro" nas <strong>de</strong>scobertas sobre síntese <strong>de</strong>polímeros. É quando Hermann Staudinger, daAlemanha, se envolve na pesquisafundamental sobre os mecanismos <strong>de</strong>polimerização <strong>de</strong> moléculas orgânicas.1921 O rayon começa a ser produzidocomercialmente.1922 Hermann Staudinger, da Alemanha, sintetiza aborracha.1924 Fibras <strong>de</strong> acetato <strong>de</strong> celulose.1926 Hermann Staudinger inicia o trabalho queprovará que os polímeros são constituídos <strong>de</strong>moléculas em forma <strong>de</strong> longas ca<strong>de</strong>iasformadas a partir <strong>de</strong> moléculas menores apartir <strong>de</strong> polimerização. Anteriormente seacreditava que os plásticos eram compostos <strong>de</strong>anéis <strong>de</strong> moléculas ligados.Kurt Meyer & Herman Mark usam raios Xpara examinar a estrutura interna da celulosee outros polímeros, fornecendo evidênciasuficiente da estrutura multiunitária <strong>de</strong>algumas moléculasA primeira injetora comercial foi patenteadana Alemanha, mas a produção em escalaindustrial só se tornou possível em 1937.1927 A <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> plastificantes a<strong>de</strong>quados parao acetato <strong>de</strong> celulose viabiliza esse materialcomo alternativa para o celulói<strong>de</strong>, que é bemmais inflamável.Aparece o PVCW. Semon, da B.F. Goodrich (E.U.A.),<strong>de</strong>scobre como plastificar facilmente o PVCOtto Rohm, na Alemanha, <strong>de</strong>senvolve opoli(metilmetacrilato) e inicia sua produção,em escala limitada, em Darmstadt.1928 Ziegler inicia seus trabalhos sobre químicaorganometálica e lança os fundamentos para acatálise na polimerização do polietileno epolipropilenoInício da produção <strong>de</strong> PVC nos E.U.A.1929 A Dunlop Rubber Co., da Inglaterra, produz,pela primeira vez, a espuma <strong>de</strong> borracha.Surge a borracha sintética <strong>de</strong> polisulfeto(Thyokol) e resinas a base <strong>de</strong> uréiaformal<strong>de</strong>ído.1930 A BASF/I.G. Farben (Alemanha) <strong>de</strong>senvolve opoliestireno. A Dow Chemical Co. (E.U.A.)iniciou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssa resina nessemesmo ano, mas a produção comercial só seiniciou em 1937.W.L. Semon, da B.F. Goodrich (E.U.A.)modificou o P.V.C. <strong>de</strong> forma a melhorar suatransformação e aumentar seu potencialcomercial.


1931 J.A.Hansbeke <strong>de</strong>senvolve o neoprene.A Imperial Chemical Industries - I.C.I.(Inglaterra) <strong>de</strong>senvolve o polietileno, quasepor aci<strong>de</strong>nte, quando E.W. Fawcett e R.O.Gibson observam uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma cera produzida após experimentos cometileno.Surge o neoprene, outro tipo <strong>de</strong> borrachasintéticaA empresa Formica patenteia o materialhomônimo (núcleo <strong>de</strong> papel fenólico revestidosuperficialmente <strong>de</strong> uréia-formal<strong>de</strong>ído),iniciando um negócio <strong>de</strong> enorme sucessoInício da produção do P.V.C. na Alemanha1932 Aperfeiçoamentos em compostos <strong>de</strong> uréiatiouréia-formal<strong>de</strong>ídona British Cyani<strong>de</strong>s Co.gera a produção <strong>de</strong> resinas <strong>de</strong> uréiaformal<strong>de</strong>ídoDesenvolvimento da Buna N (acrilonitrilabutadieno)e Buna S (estireno-butadieno) naAlemanhaInício da produção comercial <strong>de</strong> neoprene nosE.U.A., pela Du Pont1933 Descoberta do processo <strong>de</strong> polimerização doprocesso <strong>de</strong> polimerização sob alta pressão dopolietilenoPesquisadores da I.C.I. (R. Hill e J.W.C.Crawford) iniciam o <strong>de</strong>senvolvimento dopoli(metil metacrilato) - PMMA, que seriamais tar<strong>de</strong> comercializado com os normescomerciais <strong>de</strong> lucite, plexiglas, acrílico, etc.Produção dos primeiros artigos <strong>de</strong> poliestirenomoldados por injeção.1934 Wallace Hume Carothers, da Du Pont(E.U.A.) <strong>de</strong>senvolve o nylon, originalmente naforma <strong>de</strong> fibra.1935 Carothers e Du Pont patenteiam o nylon.A Henkel patenteia a produção <strong>de</strong> resinasbaseadas em melamina.1936 A I.C.I. patenteia a polimerização dopolietileno a partir do etileno.Uso do PVA, poli(acetato <strong>de</strong> vinila), e dopoli(vinilbutiral) em vidros laminados <strong>de</strong>segurançaIniciada a produção em larga escala <strong>de</strong>poliestireno na Alemanha.1937 Wallace Carothers se suicida antes que onylon seja apresentado ao público, o queocorreria entre 1938 e 1939, com a marcacomercial <strong>de</strong> Exton. O mais irônico é queCarothers se matou por se achar um fracasso.Otto Bayer começa o <strong>de</strong>senvolvimento dospoliuretanos na I.G. Farben.A Alemanha começa a produção comercial <strong>de</strong>borrachas sintéticas, estireno-butadieno (BunaS) e butadieno-acrilonitrila (Buna N).Inicia-se a produção <strong>de</strong> poliestireno nosE.U.A.1938 Roy Plunkett (Du Pont) <strong>de</strong>scobreaci<strong>de</strong>ntalmente o teflon ou PTFE -poli(tetrafluoretileno). Ele constatou que umcilindro cheio <strong>de</strong>sse gás estava, na verda<strong>de</strong>,vazio. Ao cortá-lo, verificou-se a presença <strong>de</strong>um resíduo branco em seu interior. Nasceuassim o teflon...Surgem fibras <strong>de</strong> nylon 66, fabricadas nosE.U.A. pela Du PontIniciada a produção comercial <strong>de</strong> melamina.1939 A I.C.I., da Inglaterra, patenteia o processo <strong>de</strong>cloração do polietileno.A mesma empresa inicia a produção comercial<strong>de</strong> polietileno <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>Iniciada a produção <strong>de</strong> resinas <strong>de</strong> melaminaformal<strong>de</strong>ídoe poli(cloreto <strong>de</strong> vinili<strong>de</strong>no)Iniciada a produção industrial <strong>de</strong> PVC nosE.U.A.Mangueiras <strong>de</strong> gasolina feitas <strong>de</strong> neoprene,fornecido pela Du Pont, tornam-se comum nosE.U.A.1940 Resinas <strong>de</strong> acrílico (PMMA) começam a serlargamente usadas em janelas <strong>de</strong> aviões.Produção <strong>de</strong> borracha butílica nos E.U.A.Início da produção <strong>de</strong> PVC na Inglaterra.1941 A I.G. Farben (Alemanha) começa a produção<strong>de</strong> poliuretanos.A Kinetic Chemical Ltd patenteia o teflon.J.R. Whinfield e J.T. Dickson (Calico PrintersAssociation) conseguem produzir fibras <strong>de</strong>PET - poli(tereftalato <strong>de</strong> etileno), sendolançado com o nome comercial <strong>de</strong> Terylene.1942 Alemanha: <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> silicones eresinas a base <strong>de</strong> fluorcarbonoE.U.A.: borachas <strong>de</strong> estireno-butadieno(SBR).Início da produção industrial <strong>de</strong> siliconeA Becton Dickinson Co. <strong>de</strong>senvolve aprimeira embalagem "blister" termoformada.1943 Construída a primeira planta em escala pilotopara a fabricação <strong>de</strong> teflon (PTFE). Aprodução comercial só teria início em 1950.Começam os estudos sobre o uso <strong>de</strong> fibras <strong>de</strong>vidro como agentes <strong>de</strong> reforço para resinasplásticas.Primeiros usos industriais do poliuretanoIntrodução do poliisopreno nos E.U.A.1946 Os organosóis e plastissóis são introduzidosno mercado americanoA Wachusett Tools & Dies Co., dos E.U.A.,inova usando ligas <strong>de</strong> cobre-berílio nacavida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s para resinas plásticasA Chrysler usa, pela primeira vez, lentes <strong>de</strong>acrílico nas lanternas traseiras <strong>de</strong> seusveículosEarl S. Tupper começa a produzir copos <strong>de</strong>polietileno, dando início à famosa TupperwareCo.Val<strong>de</strong>s Kohinoor Inc., dos E.U.A., inicia aprodução <strong>de</strong> "zippers" <strong>de</strong> náilon.1947 Surgimento das resinas epóxiO.D. Black & D. Mackey, da R.C.A., criam oprimeiro circuito impresso.1948 Surgimento dos polímeros ABS e fibras <strong>de</strong>acrílico.1949 Brasil: Fundada a primeira fábrica <strong>de</strong>poliestireno, a Bakol S.A., em São Paulo.1950 Iniciada a produção comercial do poliestireno<strong>de</strong> alto impacto.Surgimento das fibras <strong>de</strong> poliésterInício da produção <strong>de</strong> PTFE (Teflon) em largaescala pela Du PontA mesma firma introduz o polietileno


clorossulfonado e fibras <strong>de</strong> acrílico nomercado americanoA Kautex Werke introduz o primeiroequipamento comercial para moldagem porsopro, com pré-forma extrudadacontinuamente e extremida<strong>de</strong> aberta.1951 Desenvolvimento do processo para produção<strong>de</strong> espuma <strong>de</strong> poliestireno, material maisconhecido pelo nome comercial <strong>de</strong> isoporL.Meyer & A. Hwell requerem a primeirapatente para o processo <strong>de</strong> pultrusãoWilliamH. Willert, dos E.U.A., inventou a injetoracom plastificação através <strong>de</strong> rosca; a patentefoi requerida em 1956 mas a indústria só aaceitou a partir <strong>de</strong> 1962, <strong>de</strong>flagrando umarevolução na moldagem por injeção.1952 Iniciada a produção <strong>de</strong> discos LP (long-play) ecompactos feitos <strong>de</strong> PVC, substituindo asresinas fenólicas e a base <strong>de</strong> goma laca queeram usadas até entãoA Du Pont inicia a comercialização <strong>de</strong> filmes<strong>de</strong> PET orientados.1953 Iniciada a produção do PEAD - polietileno <strong>de</strong>alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, sob a marca comercialPolithene, da Du Pont.Karl Ziegler (Alemanha) <strong>de</strong>senvolvecatalisadores <strong>de</strong> íons metálicos para promovera polimierização regular do polietileno. GiulioNatta (Itália) <strong>de</strong>senvolve catalisadores <strong>de</strong> íonsmetálicos para a produção <strong>de</strong> polímerosisotáticos, tais como o polipropileno. Ambosreceberam um Prêmio Nobel em 1963 pelofeito.Hermann Staudinger recebe o Prêmio Nobel<strong>de</strong> Química pelo seu estudo sobre ospolímeros.Desenvolvimento do policarbonato porHermann Schnell.A G.M., em associação com a MorrisonMol<strong>de</strong>d Fiberglass Products Co., produzexperimentalmente 300 automóveis Corvettecom carroceria totalmente feita em poliéstertermofixo reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro.1954 Desenvolvimento <strong>de</strong> espumas <strong>de</strong> poliuretanonos E.U.A.A A.T.T. aprova o uso <strong>de</strong> cabos revestidos <strong>de</strong>PE no primeiro cabo telefônico submarinoentre os E.U.A. e a EuropaA Mobay (que mais tar<strong>de</strong> receberia o nome <strong>de</strong>Miles Inc.) introduz o poliuretano nos E.U.A.1955 Produção comercial <strong>de</strong> PEAD através dosprocessos Phillips (catalisadores <strong>de</strong> óxido <strong>de</strong>metal) e Ziegler (catalisadores <strong>de</strong> alquila <strong>de</strong>alumina)Consegue-se a polimerização do poliisopreno,a porção sintética da borracha natural, peloprocesso <strong>de</strong> Ziegler-Natta; a primeiraaplicação comercial surgiu em 1959Brasil: entra em operação a Eletrocloro (atualSolvay), em Rio Gran<strong>de</strong> da Serra SP,produzindo PVC.1956 Surgimento dos poliacetais (polioximetileno)Iniciada a aplicação em larga escala <strong>de</strong> resinaepóxi reforçada com fibra <strong>de</strong> vidro nafabricação <strong>de</strong> circuitos impressos.1957 Produção comercial <strong>de</strong> polipropileno pela1958 Pesquisas sobre policarbonatos produzidos apartir do bis-fenol A na Alemanha (Bayer) eE.U.A. (General Electric Co.) levam àprodução comercial <strong>de</strong>ssa resina.Brasil: Entra em operação a Union Carbi<strong>de</strong>,em Cubatão SP, produzindo polietileno <strong>de</strong>baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>Surgimento da primeira embalagem comercial<strong>de</strong> PEAD moldada por sopro nos E.U.A.1959 Iniciada a produção <strong>de</strong> acetais (POM) pela DuPont (E.U.A.), sob a marca comercial DelrinInício da produção <strong>de</strong> fibras <strong>de</strong> carbono pelaUnion Carbi<strong>de</strong>.1960 Surgimento da borracha <strong>de</strong> etileno-propileno edas fibras span<strong>de</strong>x.1961 Construído o primeiro vagão-tanqueferroviário com plástico reforçado nos E.U.A.1962 As poliimidas são introduzidascomercialmente pela Du Pont (E.U.A.)A Phillips lança o copolímero em bloco <strong>de</strong>estireno-butadienoA Du Pont lança a poliimida, resinatermoplástica que suporta até 400°CA Pennwalt Co. lança o polivinili<strong>de</strong>noA Shell Chemical lança um amplo programapromovendo o uso <strong>de</strong> PEAD na fabricação <strong>de</strong>garrafas para acondicionamento <strong>de</strong> leite.1963 Ziegler e Natta recebem o Prêmio Nobel <strong>de</strong>Química pelos seus estudos sobrecatalisadores para a síntese <strong>de</strong> polímeros.F.H. Lambert <strong>de</strong>senvolve um processo para amoldagem <strong>de</strong> poliestireno expandido, materialmais conhecido pela marca comercial Isopor(R).1964 A G.E. lança o poli(óxido <strong>de</strong> fenileno)Os projetistas britânicos Gibbs & Cox iniciamum estudo <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um navio caçaminascom 92 metros <strong>de</strong> comprimento, o qualse tornou realida<strong>de</strong> posteriormenteEntrada em operação comercial da primeiramáquina para a produção <strong>de</strong> garrafas sopradas<strong>de</strong> PEAD para acondicionamento <strong>de</strong> leite.1965 A Du Pont (E.U.A.) inicia a produçãocomercial das polissulfonas.A General Electric (E.U.A.) e a Aku(Holanda) introduzem o P.P.O.Surgem os poliésteres aromáticos e osionômeros.Surgem os copolímeros em bloco <strong>de</strong> estirenobutadieno,dando origem aos elastômerostermoplásticos.Desenvolvimento do Kevlar, fibra <strong>de</strong> altaresistência, por Stephanie KwolekA Owens-Corning Fiberglass inicia aconstrução <strong>de</strong> tanques subterrâneos <strong>de</strong>gasolina feitos <strong>de</strong> plástico reforçado.1966 A Shell Chemical lança o Kraton, umelastômero termoplástico estirênico usado ema<strong>de</strong>sivos sensíveis à pressão e componentes <strong>de</strong>sapatosIntrodução <strong>de</strong> fibras óticas feitas <strong>de</strong> polímero.1967 Criada, no Brasil, a Petroquisa, subsidiária da


Petrobrás <strong>de</strong>dicada à petroquímica.1968 A Union Carbi<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve seu processo <strong>de</strong>polimerização sob baixa pressão <strong>de</strong>nominadoUnipol, tornando possível a síntese <strong>de</strong>polímeros otimizados, tais como o polietilenolinear <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> - PELBD.Lançada a primeira garrafa <strong>de</strong> PVC parabebidas alcoólicas nos E.U.A. Contudo, ela élogo removida do mercado por não ter sidoaprovada pelo governo. Isso não ocorreu naEuropa, on<strong>de</strong> o PVC foi muito popular nafabricação <strong>de</strong> garrafas para água e vinho1960-1970Outros <strong>de</strong>senvolvimentos no período: a<strong>de</strong>sivos<strong>de</strong> cianoacrilato, copolímeros <strong>de</strong> etilenoacetato<strong>de</strong> vinil, ionômeros,polibenzididazolas, tanques <strong>de</strong> combustívelfeitos <strong>de</strong> PEAD.1970 A Coca-Cola inicia testes <strong>de</strong> mercado usandogarrafas <strong>de</strong> plástico transparentes. Tratava-seda primeira garrafa plástica do mundo paraacondicionar bebidas carbonatadas, feita <strong>de</strong>metacrilonitrila/estireno - AN. Este, semdúvida, é um marco histórico dos maisimportantes na história do plástico, quando seconsi<strong>de</strong>ra o enorme impacto que a garrafa <strong>de</strong>plástico teve no mercado <strong>de</strong> refrigerantes,substituindo totalmente as garrafas <strong>de</strong> vidrono final da década <strong>de</strong> 1970 nos E.U.A. e nofinal da década <strong>de</strong> 1990 no Brasil. A garrafa<strong>de</strong> AN, infelizmente, foi proibida em 1977pela Food and Drug Administration para usoem bebidas carbonatadas. Foi a oportunida<strong>de</strong>para que o projeto <strong>de</strong> garrafa da Du Pont, queusava o PET como resina, ganhasse omercado. Um aspecto vital para a viabilização<strong>de</strong>ssa aplicação do plástico foi o<strong>de</strong>senvolvimento do processo <strong>de</strong> sopro <strong>de</strong>garrafas com estiramento biaxial, processoque a Du Pont <strong>de</strong>senvolveu neste ano epatenteou em 1973.A Hoechst lança o poli(tereftalato <strong>de</strong> butileno)- PBT na AlemanhaAs primeiras garrafas plásticas para óleoscomestíveis nos E.U.A. são feitas <strong>de</strong> PVC1972 Começa a funcionar, em Mauá (SP), aPetroquímica União, que viabilizou aprodução <strong>de</strong> resinas plásticas em gran<strong>de</strong>escala no Brasil, com a criação da Poliolefinas(atual OPP, produtora <strong>de</strong> PEBD), Polibrasil(PP), Porquigel (PS), Trikem (PVC), etc.A I.C.I. lança a poli(étersulfona) na InglaterraA Toyo Seikan, no Japão, <strong>de</strong>senvolve umagarrafa multicamada feita <strong>de</strong> polipropileno epoli(álcool etilenovinil) para aplicaçõesenvolvendo produtos alimentícios1973 A produção mundial <strong>de</strong> plásticos supera a <strong>de</strong>aço, tomando como base o volume <strong>de</strong> materialfabricado.1974 Ocorre o primeiro gran<strong>de</strong> choque do petróleoapós conflitos no Oriente Médio, afetandoprofundamente a indústria dos plásticos. Oóleo cru sobe 300%, forçando um aumento <strong>de</strong>200% no preço do etileno, o principal insumoda indústria petroquímica, e uma elevação <strong>de</strong>50 a 100% no preço <strong>de</strong> polímeros sintetizadospor via petroquímica. Cresce o interesse pela1975 A Union Carbi<strong>de</strong> começa a produçãocomercial <strong>de</strong> polietileno linear <strong>de</strong> baixa<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> - PELBD nos E.U.A. usando seuprocesso Unipol1976 A Du Pont lança o Zytel ST (PA 6,6).As patentes sobre os catalisadores <strong>de</strong> Ziegler-Natta para a produção <strong>de</strong> PP, que eramproprieda<strong>de</strong>s da Montesidon, estão paravencer, motivando a construção <strong>de</strong> inúmerasplantas na Europa para a produção <strong>de</strong>ssaresina. Tal massificação fará com que o PPseja apelidado <strong>de</strong> "o novo aço doce" nos anosseguintes...São lançados no mercado utensílios <strong>de</strong>plástico para uso em fornos <strong>de</strong> micro-ondasAs primeiras garrafas <strong>de</strong> PET pararefrigerantes são produzidas em escalacomercial pela Amoco para a Pepsi-Cola1977 A I.C.I. sintetiza, pela primeira vez, o PEEK.1978 Atuando <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, a UnionCarbi<strong>de</strong> e a Dow Chemical conseguemgran<strong>de</strong>s reduções no custo do PEBDL,viabilizando economicamente o filme feitocom essa resina.1979 O início <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s do Polo Petroquímico<strong>de</strong> Camaçari (BA) e a implantação <strong>de</strong> suaCentral <strong>de</strong> Matérias Primas (COPENE)viabilizou o surgimento <strong>de</strong> outros fabricantesbrasileiros <strong>de</strong> plásticos: Politeno (PEBD eEVA), Polial<strong>de</strong>n (PEAD), Trikem (PVC),EDN (PS), Polipropileno (atual Polibrasil,fabricante <strong>de</strong> PP), Policarbonatos (PC), CPB(ABS/SAN) e outras.1970-1980Outros <strong>de</strong>senvolvimentos no período:polibuteno isotático, poli(tereftalato <strong>de</strong>butila), elastômeros termoplásticos baseadosem copoliésteres, poli(sulfeto <strong>de</strong> fenileno),borracha <strong>de</strong> polinorborneno, poliarilatos,polifosfazenos, lentes <strong>de</strong> contato flexíveis,moldagem por injeção reativa (RIM), garrafaspara bebidas feitas <strong>de</strong> PET, espumasestruturais, poliétersulfona, polimerização emfase gasosa (Unipol), poliarilatos, sacos <strong>de</strong>supermercado feitos <strong>de</strong> PEAD.1980 Lançamento comercial do polietileno linear <strong>de</strong>baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (PEBDL).Neste ano foram produzidas 2,5 bilhões <strong>de</strong>garrafas para refrigerante em PET; que eramvirtualmente inexistentes em 1976.Inicia-se o uso intensivo <strong>de</strong> esterilizaçãoatravés <strong>de</strong> radioativida<strong>de</strong>, abrindo um novomercado para o uso dos plásticos na medicina1981 A Monsanto introduz o Santoprene, que foi oprimeiro elastômero olefínico comvulcanização dinâmica a ser introduzidonomercado.1982 A G.E. introduz a poli(éterimida).Pesquisadores da Bayer, em conjunto com os<strong>de</strong>senvolvedores da tecnologia <strong>de</strong> compactdiscs, <strong>de</strong>senvolvem novos graus <strong>de</strong>policarbonato <strong>de</strong> alta transparência mais


a<strong>de</strong>quados para este tipo específico <strong>de</strong>aplicação.1983 A I.C.I. e a Bayer lançam o PEED, PES e PPScomo novos termoplásticos <strong>de</strong> engenharia.A FCC, agência fe<strong>de</strong>ral americana, exige quecarcaças <strong>de</strong> plástico que alojam circuitoseletrônicos em eletrodomésticos apresentembloqueio eletromagnético.A crescente popularização dos fornos <strong>de</strong>micro-ondas promove o <strong>de</strong>senvolvimento dasprimeiras embalagens próprias para cozimentoneste tipo <strong>de</strong> forno.1984 Pela primeira vez é usado um tanque <strong>de</strong>combustível feito <strong>de</strong> plástico num automóvelamericano, usando PEAD sulfonado paraaumentar as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> barreira daresina. Esse tipo <strong>de</strong> tanque já era usado naEuropa e em veículos militares americanos.1985 Entrada em operação do Polo Petroquímico <strong>de</strong>Triunfo (RS) que, com sua Central <strong>de</strong>Matérias-Primas (COPESUL), viabilizounovas empresas produtoras <strong>de</strong> plásticos:Poliolefinas (atual OPP, produtora <strong>de</strong> PEBD eEVA), PPH (atual OPP, produtora <strong>de</strong> PP),Ipiranga Petroquímica (PEAD) e PetroquímicaTriunfo (PEBD).1987 A 3D Systems (E.U.A.) introduz aestereolitografia.1980-1990Outros <strong>de</strong>senvolvimentos no período:polissilanos, polímeros <strong>de</strong> cristal líquido,1990 Começa a era dos plásticos bio<strong>de</strong>gradáveis: aWarner Lambert <strong>de</strong>senvolve o Novon, resina abase <strong>de</strong> amido; a I.C.I. lança do Biopol.A Eastman Chemical Co. e a Goddyearconseguem reciclar com sucesso garrafas <strong>de</strong>PET pós-consumo, transformando o polímeroem monômero puro.1995 Lançados as primeiras resinas polimerizadasusando-se os catalisadores <strong>de</strong> metalocenoOcorre, no Brasil, a privatização do setorpetroquímico.2000 Novas tendências no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>polímeros. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> resinas apartir do zero se torna bem mais raro. Aênfase atual está na formulação <strong>de</strong> polímerosjá existentes <strong>de</strong> forma a se obter materiaiscom proprieda<strong>de</strong>s otimizadas.A preocupação com a reciclagem dospolímeros torna-se assunto <strong>de</strong> máximaimportância, uma vez que seu<strong>de</strong>senvolvimento e uso serão inviáveis casoesse problema não seja a<strong>de</strong>quadamenteresolvido. Começa a reciclagem em largaescala <strong>de</strong> garrafas <strong>de</strong> poliéster e PEAD.Tabela 1: Síntese histórica dos <strong>de</strong>senvolvimentos empolímeros.1.2 O que é o plástico?O plástico é um polímero, e a etimologia <strong>de</strong>ssa palavra explica o nome. O termomero vem do Grego e significa parte, elemento. Então monômero – uma combinação <strong>de</strong>elementos químicos – se refere ao elemento básico <strong>de</strong> um plástico (um mero). Quando osmanômeros são aglomerados através <strong>de</strong> calor e pressão, originam-se longas ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>moléculas <strong>de</strong>nominadas polímeros. As moléculas <strong>de</strong> um monômero são unidas por fortesligações atômicas, mas as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> polímeros se unem entre si por forças normalmentemuito menores, o que explica parcialmente seu comportamento característico.O monômero é obtido a partir do petróleo ou gás natural, pois essa é a rota maisbarata. É possível obter-se monômeros também a partir da ma<strong>de</strong>ira, álcool, carvão e até doCO 2 , pois todas essas matérias primas são ricas em carbono, o átomo principal que constituios materiais poliméricos. Estas últimas possibilida<strong>de</strong>s, contudo, aumentam o preço domonômero obtido, tornando-o não competitivo. No passado, os monômeros eram obtidos<strong>de</strong> resíduos do refino do petróleo. Hoje o consumo <strong>de</strong> polímeros é tão elevado que essesresíduos <strong>de</strong> antigamente tem que ser produzidos intencionalmente nas refinarias paraaten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda.Existem diversas formas <strong>de</strong> se construir uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> polímeros. A Fig. 1 ilustrasimbolicamente o uso <strong>de</strong> três monômeros A, B e C (estes po<strong>de</strong>riam ser etileno, estireno,vinil-clorídro ou propileno, por exemplo).Depen<strong>de</strong>ndo da combinação dos arranjos, obtém-se diversos polímeros:


· Homopolímeros: A-A-A-A-A-A-A-A-A¼São polímeros construídos a partir <strong>de</strong> um único material (Fig.1a). Exemplos:Polietileno e alguns tipos <strong>de</strong> acetal. A Fig.2a ilustra o caso do polietileno.(a)Monômero AMonômero B(b)Monômero C(c)(d)Figura 1: Representação esquemática <strong>de</strong> polímeros.· Copolímeros:São polímeros construídos a partir <strong>de</strong> dois materiais. Po<strong>de</strong>m ser do tipo alternadoalternado: A-B-A-B-A-B-A-B-A¼ (Fig.1b) ou do tipo agrupado (Fig.1c). Exemplos


do primeiro são o acrílico-etileno e o etileno-etil acrilato. O estireno-butadieno, oestireno-acrilonitrila e alguns tipos <strong>de</strong> acetal são exemplos <strong>de</strong> copolímerosagrupados. A Fig.2b ilustra o caso da borracha sintética SBR é formada pelarepetição <strong>de</strong> dois meros: estireno e butadieno.· Termopolímeros: A-B-C-A-B-C-A-B-C¼São polímeros construídos com diversos materiais (Fig.1d). Exemplos: estirenoacrilonitrila-butadieno(conhecido por ABS).Os dois monômeros em um copolímero são combinados durante uma reaçãoquímica <strong>de</strong> polimerização. Alguns plásticos são chamados <strong>de</strong> ligas por serem produzidossimplesmente misturando-se dois ou mais polímeros <strong>de</strong> modo que o resultado se beneficiedas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todos os componentes (se faz o mesmo com bons whiskeys). Mas nãoexiste uma reação química no processo. Exemplos <strong>de</strong> ligas plásticas são o óxido <strong>de</strong>polifenileno+estireno <strong>de</strong> alto impacto, o policarbonato+ABS e o ABS+PVC.Monômero <strong>de</strong> EtilenoPolietilenoéHêê|êCêê |êëH=H ù|úúC úú| úH úûnH H H H H H H H| | | | | | | |L - C - C - C - C - C - C - C - C -| | | | | | | |H H H H H H H HL(a)Monômero <strong>de</strong> EstirenoButadienoéHêê|êCêê |êëH=H ù|úúC úúúúûn-éHêê|êCêê |êëH-C|H=C|H-H ù|úúC úú| úH úûn(b)Figura 2: Composição química do polietileno (a) e da borracha SBR (b).1.3 Características gerais dos plásticosOs materiais plásticos são em geral extremamente sensíveis à pequenas alteraçõesnas suas proprieda<strong>de</strong>s químicas. O peso molecular é uma das mais importantes. Ao


contrário do que normalmente se pensa, existem plásticos com estrutura cristalina. Alémdisso, é possível classificar os plásticos em termorígidos e termoplásticos.1.3.a Peso molecularO peso molecular <strong>de</strong> um plástico está relacionado ao comprimento das ca<strong>de</strong>ias dopolímero. Alterando-se este comprimento em um termoplástico (<strong>de</strong>finido a seguir) po<strong>de</strong>-semudar suas proprieda<strong>de</strong>s finais e sua facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser moldado quando fundido.Os polímeros (ver Fig 1) possuem uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetição (ou grupo molecular).No caso do homopolímero da Fig.1 ela é A, no copolímero a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetição é ogrupo molecular A-B- e assim por diante. O número <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s em uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>polímero é chamado grau <strong>de</strong> polimerização. Por exemplo, se a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetição temum peso molecular 1 <strong>de</strong> 60 e a ca<strong>de</strong>ia do polímero tem 1000 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> repetição, então opolímero tem um peso molecular <strong>de</strong> 60000. Ou seja, o peso molecular fornece um modo <strong>de</strong>medir quão longas são as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> um dado material.O peso molecular <strong>de</strong> plásticos encontra-se normalmente entre 10 4 e 10 6 . À medidaque o peso molecular do polímero aumenta, torna-se mais difícil moldá-lo com aplicação <strong>de</strong>pressão e calor. Um peso molecular <strong>de</strong> aproximadamente 200000 é um limite prático paraum polímero ainda permitir uma processabilida<strong>de</strong> razoável. Materiais como o polietileno <strong>de</strong>ultra-peso-molecular (UHMWPE) possuem pesos moleculares da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3´10 6 a 6´10 6e necessitam <strong>de</strong> processos especialmente <strong>de</strong>senvolvidos para conformá-los.1.3.b Polímeros cristalinos e amorfosAlguns polímeros, uma vez solidificados, possuem arranjos cristalinos regularesdispostos em padrões estruturais repetidos (base centrada, corpo centrado, face centradaetc.), caracterizando-os como materiais cristalinos. Esses polímeros normalmente exibemum ponto <strong>de</strong> fusão bem preciso, <strong>de</strong> modo que são classificados como materiais sólidos.Uma pequena variação na temperatura em torno do ponto <strong>de</strong> fusão é suficiente paraliquefazê-los (a cera <strong>de</strong> vela é um exemplo <strong>de</strong> material com ponto <strong>de</strong> fusão preciso).Exemplos <strong>de</strong> polímeros cristalinos são o nylon, o acetal, o polietileno e o polipropileno. Ospolímeros cristalinos são interessantes para a indústria por permitirem um controle precisoda matéria prima durante o processo <strong>de</strong> fabricação. Além disso, este materiais possuemproprieda<strong>de</strong>s superiores aos <strong>de</strong>mais, mas ten<strong>de</strong>m a manifestar uma contração significativadurante o resfriamento.Já os materiais que não possuem estrutura cristalina são chamados <strong>de</strong> amorfos. Estemateriais apresentam um amolecimento gradual à medida que a temperatura é aumentada.Alguns exemplos <strong>de</strong> materiais amorfos são os acrílicos, policarbonatos e o ABS. Comopo<strong>de</strong> ser muito difícil a manutenção <strong>de</strong> temperaturas homogêneas <strong>de</strong>ntro dos equipamentos<strong>de</strong> processamento, estes materiais não fluem tão facilmente quanto os cristalinos durante amoldagem. A maioria dos plásticos e borrachas convencionais são polímeros amorfos.Outra diferença importante diz respeito ao comportamento viscoelástico dospolímeros, que é linear para os amorfos mas não-linear para os cristalinos.1 Peso molecular: soma do peso <strong>de</strong> todas as moléculas do grupo.


1.3.c Polímeros termorígidos e termoplásticosOs termos termorígido e termoplástico são tradicionalmente empregados para<strong>de</strong>screver os diferentes tipos <strong>de</strong> materiais plásticos. Um plástico termorígido é como ogesso ou cimento: tem-se apenas uma chance <strong>de</strong> fundi-los e moldá-los. Estes materiaispo<strong>de</strong>m ser curados ou polimerizados usando calor e pressão ou através <strong>de</strong> uma reaçãoquímica disparada com o uso <strong>de</strong> iniciadores (como nas resinas epóxi).Os termoplásticos, em geral, são como ceras. É possível fundi-los e moldá-losinúmeras vezes. Os materiais termoplásticos po<strong>de</strong>m ser cristalinos ou amorfos. Os avançosda Química tem feito a distinção entre materiais cristalinos e amorfos menos clara, já quemateriais como o nylon po<strong>de</strong>m ser formulados tanto como materiais cristalinos comoamorfos. Por outro lado, um mesmo material po<strong>de</strong> ser produzido para ser termorígido outermoplástico. A maior diferença entre estas duas classes <strong>de</strong> materiais é se as ca<strong>de</strong>ias dopolímero permanecem lineares e separadas após a moldagem (como um espaguete) ou seelas são submetidas a mudanças químicas e formam uma re<strong>de</strong> tridimensional cheia <strong>de</strong>ligações cruzadas (crosslinked). Um material <strong>de</strong>ste último tipo é termorígido e não po<strong>de</strong> serremoldado. De novo, avanços recentes na Química estão criando cada vez mais exceções àessa regra. Ainda assim, quando reprocessados repetidas vezes, os termoplásticos po<strong>de</strong>mmanifestar algum tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação.A classificação <strong>de</strong> um polímero em termorígido ou termoplástico <strong>de</strong>termina tambémqual o processo mais a<strong>de</strong>quado para moldar o material. Em geral, o materiais termorígidospossuem proprieda<strong>de</strong>s melhores como maior resistência ao calor, menor suscetibilida<strong>de</strong> aocreep, maior resistência química etc., que suas contrapartidas termoplásticas. No entanto,eles normalmente requerem processos <strong>de</strong> fabricação mais complexos para serem produzidosna forma <strong>de</strong> chapas, tubos ou barras. A Tab.2 ilustra alguns materiais típicos segundo estaclassificação.Termoplásticos Termoplásticos crosslinked 2 TermorígidosPolicloreto <strong>de</strong> vinila (PVC) PEEK Resinas fenólicasNylon Poliamida Resinas epóxiAcrílico UHMWPE MelaminasPolicarbonato (PC)BaquelitePolietileno (PE)Poliéster (fibra <strong>de</strong> vidro)Polipropileno (PP)Poli-tereftalato <strong>de</strong> etileno (PET)Poliestireno (PS)Poli-metilmetacrilato (PMMA)ABSTabela 2: Classificação <strong>de</strong> alguns polímeros em termoplásticos e termorígidos.2 Termoplásticos que se tornam termorígidos após o processamento.


2 Proprieda<strong>de</strong>s Físicas dos PlásticosOs plásticos possuem algumas características comuns que os diferenciam dosmateriais usualmente empregados em engenharia, como os metais. A quantificação e oemprego correto <strong>de</strong>ssas proprieda<strong>de</strong>s sejam em geral mais complexas que para os materiaisconvencionais. No entanto, esta diferenciação é a principal responsável pelo fato docomportamento em serviço <strong>de</strong> peças plásticas ser bastante distinto dos metais, por exemplo.O peso é outra característica importante, já que plásticos são sempre mais leves que metaisou cerâmica, o que os torna particularmente atrativos para na indústria <strong>de</strong> embalagens,equipamentos esportivos e na redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transporte.2.1 Proprieda<strong>de</strong>s mecânicasDo ponto <strong>de</strong> vista do engenheiro, o comportamento característico dos plásticos emcomparação com materiais metálicos usuais fica evi<strong>de</strong>nte pelas suas proprieda<strong>de</strong>smecânicas. A primeira distinção que <strong>de</strong>ve ser evi<strong>de</strong>nciada é o comportamentogeometricamente não-linear dos plásticos. Isto é, a relação carga ´ <strong>de</strong>slocamento não élinear, embora o material ainda não tenha ultrapassado seu limite <strong>de</strong> escoamento. Isto po<strong>de</strong>ocorrer em peças feitas com qualquer material, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da geometria, do carregamentoe das condições <strong>de</strong> contorno. Ocorre que nos plásticos isto é mais frequente, mesmo paracargas supostamente pequenas. Ou seja, os plásticos normalmente possuem gran<strong>de</strong>flexibilida<strong>de</strong>, conforme o tipo <strong>de</strong> polímero e os aditivos usados na sua formulação.A Fig.3 compara esquematicamente o comportamento não-linear <strong>de</strong> uma viga embalanço fabricada em plástico e em aço.FFPlásticouAçouFigura 3: Ilustração do comportamento (geometricamente) não-linear dos plásticos.Portanto, não se <strong>de</strong>ve assumir que uma peça plástica respon<strong>de</strong>rá como uma molalinear. Alterações <strong>de</strong> temperatura po<strong>de</strong>m mudar este comportamento ainda mais. Perguntascomo:- Que tipo <strong>de</strong> carga será aplicada (tração, compressão, impacto, alternante etc.)?- Como e on<strong>de</strong> a carga será aplicada sobre o componente?- Por quanto tempo a carga será aplicada?- Qual a variação <strong>de</strong> temperatura sobre o componente?


- Por quanto tempo a temperatura será aplicada?- Quais as condições ambientais <strong>de</strong> operação (substâncias químicas, umida<strong>de</strong>, etc.)?<strong>de</strong>vem ser respondidas pelo projetista antes <strong>de</strong> selecionar o material, porque suas respostas<strong>de</strong>terminarão a performance do componente. É neste ponto que os plásticos diferem emcomportamento <strong>de</strong> outros materiais como metais e cerâmicas. De uma maneira geral, oserros mais comuns estão relacionados a projetar componentes plásticos com níveis <strong>de</strong>tensão e/ou módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> muito altos ou que não levam em conta o efeito datemperatura. Portanto, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância o conhecimento das proprieda<strong>de</strong>smecânicas dos plásticos. As próximas seções comentam superficialmente algumas <strong>de</strong>stasproprieda<strong>de</strong>s.2.1.a Módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> (E)O módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um material é responsável em parte pela rigi<strong>de</strong>z docomponente, e por isso ele tem um papel importante durante a seleção do material. Nocaso dos plásticos, <strong>de</strong>ve-se levar em conta que o módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> é muito maissuscetível à variações <strong>de</strong> temperatura do que se está acostumado com metais. A Tab. 3compara alguns materiais quanto ao módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong>.MaterialE [MPa]Compostos grafite-epóxi 280000Aço 210000Alumínio 70000Epóxi reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro 40000Poliéster reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro 14000Nylons reforçado com 30% <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro 10000Acrílicos 3500Resinas epóxi 3100Policarbonato 3100Acetal copolímero 2900Polietileno <strong>de</strong> alto peso molecular 700Tabela 3: Módulos <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> típicos (à temperatura ambiente).A influência da temperatura nos valores do módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> é mostradaesquematicamente na Fig.4, para um polímero amorfo.2.1.b Resistência (σ esc e σ rup )A resistência <strong>de</strong> polímeros também é altamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da temperatura. Noentanto, essa <strong>de</strong>pendência não é a mesma para polímeros amorfos e cristalinos. Nospolímeros amorfos, existe uma faixa <strong>de</strong> temperatura que vai da chamada temperatura <strong>de</strong>transição dúctil-frágil (T d ) até a temperatura <strong>de</strong> transição vítrea (T v ) on<strong>de</strong> a variação daresistência é mais importante. Para temperaturas inferiores a T d , o material não se comportacomo um material dúctil e, a partir <strong>de</strong> T v , o polímero passa a apresentar características <strong>de</strong>borracha (Fig. 5). Nos polímeros cristalinos, a distinção entre T d e T v não é clara, e atemperatura <strong>de</strong> fusão (T f ) é usada como parâmetro (Fig 6).


sT 1T 2T 3T 4T 5T 6T 7Figura 4: Ilustração esquemática dos diagramas s ´ e <strong>de</strong> um polímero amorfo com o aumento datemperatura (T 1 ® T 7 ).eA Tab.4 compara os valores <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> escoamento para alguns polímeroscomuns à temperatura ambiente.Se for <strong>de</strong> interesse, o projetista também <strong>de</strong>ve verificar se o comportamento doplástico é o mesmo à tração e à compressão, o que nem sempre ocorre, particularmentepara alguns termorígidos. Adicionalmente, a resistência ao cisalhamento também po<strong>de</strong>diferir da prevista pelo ensaio <strong>de</strong> tração.Outros aspectos que po<strong>de</strong>m influir na resistência <strong>de</strong> um plástico (além datemperatura) são a velocida<strong>de</strong> do carregamento e fatores ambientais como a umida<strong>de</strong>. AFig.6a ilustra o efeito da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carregamento sobre a resistência, enquanto a Fig.6bmostra a influência da umida<strong>de</strong> em materiais como o Nylon.sss rups rups escs escTdTdTT @ TdvTfT(a)(b)Figura 5: Comportamento esquemático da resistência <strong>de</strong> polímeros (a) amorfos e (b) cristalinos em funçãoda temperatura.


Materials esc [MPa]Aço <strong>de</strong> baixa liga laminado 550Liga <strong>de</strong> Aluminio fundido 380Polifenileno reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro 40% 145Copolímero Acetal reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro 40% 128Nylons <strong>de</strong> uso geral 87Homopolímero Acetal 70Acrílicos 70Copolímero Acetal 61ABS / Policarbonatos 55Polipropileno <strong>de</strong> uso geral 36Tabela 4: Valores comparativos <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong> escoamento para alguns plásticos.s50 mm/min5 mm/min} 0o CsSeco50 mm/min5 mm/min} 50o CÚmidoee(a)(b)Figura 6: Comportamento esquemático da resistência <strong>de</strong> polímeros amorfos em função <strong>de</strong> outras variáveis.2.1.c Resposta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do tempo (Creep e relaxação)O creep é <strong>de</strong>finido como uma <strong>de</strong>formação contínuamente ativa sobre o material,mesmo para uma tensão constante. É uma característica típica dos plásticos por ocorrermesmo à temperatura ambiente, embora o fenômeno seja muito influenciado pelatemperatura. Uma vez aplicado um nível <strong>de</strong> tensão, material respon<strong>de</strong> imediatamente, <strong>de</strong>forma similar aos metais. Se a carga é mantida por um longo tempo, entretanto, o processo<strong>de</strong> <strong>de</strong>formação continua lentamente (Fig. 7).Portanto, o creep se refere à uma adaptação contínua do material à carga aplicada.Quando o creep é linear, é possível <strong>de</strong>finir um parâmetro chamado módulo <strong>de</strong> creep:( )eJ () t = t(1.1)sÉ este parâmetro que o projetista <strong>de</strong>ve empregar para prever corretamente ocomportamento <strong>de</strong> materiais plásticos. Seu valor <strong>de</strong>ve ser escolhido dos catálogos <strong>de</strong>fabricantes, e levar em conta uma estimativa da carga aplicada, sua duração e as condições<strong>de</strong> temperatura presentes durante a operação do componente.


DEfeito do creeppesoResposta instantânea (linear)Alongamentoda barra (D)tFigura 7: Ilustração do fenômeno <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação por creep.As estruturas crosslinked dos termorígidos resiste melhor ao creep que ostermoplásticos. Aditivos como fibra <strong>de</strong> vidro e carbono reduzem drasticamente o creep emplásticos. Mas ao projetar peças fabricadas com plásticos <strong>de</strong>ve-se lembrar sempre que ocreep é afetado por:· Carga (tensão)· Temperatura· Duração da carga· Ambiente (umida<strong>de</strong> e elementos químicos agressivos)Para tensão constante, a eq.(1.1) mostra que se a <strong>de</strong>formação é aumentada, J <strong>de</strong>veser reduzido. Como a <strong>de</strong>formação cresce com o tempo e a temperatura, o módulo <strong>de</strong> creep<strong>de</strong>cresce com estas variáveis.Em uma situação inversa, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>formação é mantida constante, verifica-se que atensão vai diminuindo com o tempo. Este comportamento reflete um rearranjo das ca<strong>de</strong>iasdo polímero para se adaptar à carga aplicada, e é chamado <strong>de</strong> relaxação.O módulo <strong>de</strong> relaxação é análogo ao módulo <strong>de</strong> creep, e é <strong>de</strong>finido por:( t)sY () t =(1.2)eEsta variável tem gran<strong>de</strong> importância em aplicações como vedações, espaçadores, encaixessob pressão e peças aparafusadas, já que a carga <strong>de</strong> montagem não é mantida ao longo davida do componente.É comum os fabricantes recomendarem uma tensão <strong>de</strong> projeto máxima, que temuma aplicação similar ao módulo <strong>de</strong> creep. A tensão <strong>de</strong> projeto recomendada para peças <strong>de</strong>acrílico injetadas é <strong>de</strong> 3,5 MPa, mesmo com a tensão <strong>de</strong> ruptura po<strong>de</strong>ndo chegar a 70 MPa.Os projetistas normalmente prestam atenção à este último valor, <strong>de</strong>vidamente reduzido porum coeficiente <strong>de</strong> segurança, mas isto po<strong>de</strong> não ser suficiente para evitar a falha docomponente.Portanto, apenas tensões/<strong>de</strong>formações muito baixas apresentam relaxação/creep<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ráveis. A Fig.8 ilustra o alongamento <strong>de</strong> um material plástico em função dotempo à vários níveis <strong>de</strong> tensão constante. Não apenas o alongamento é significativamentereduzido quando a tensão aplicada também o é, como apenas para tensões muito baixas


atinge-se um patamar on<strong>de</strong> o creep é <strong>de</strong>sprezável. Estes níveis <strong>de</strong> tensão <strong>de</strong>vem serempregados como um critério <strong>de</strong> projeto. Nas publicações especializadas, os dados <strong>de</strong> creepsão normalmente apresentados em gráficos logarítmicos, como ilustrado na Fig.9, com aescala <strong>de</strong> tempo po<strong>de</strong>ndo chegar a milhares <strong>de</strong> horas.Problemas que apresentam características <strong>de</strong> creep e relaxação não po<strong>de</strong>m serresolvidos por relações constitutivas lineares como a Lei <strong>de</strong> Hooke. Esta classe <strong>de</strong>problemas pertence à viscoelasticida<strong>de</strong>, e precisa ser mo<strong>de</strong>lada com relações apropriadas.Sob efeito <strong>de</strong> temperatura, a maior parte dos materiais apresenta algum grau <strong>de</strong>viscoelasticida<strong>de</strong>. No caso <strong>de</strong> plásticos, no entanto, quase todos os polímeros amorfos secomportam viscoelasticamente. Por outro lado, esse comportamento viscoelástico po<strong>de</strong> seraproximado como linear na maior parte dos casos.D35 MPa30 MPa20 MPa15 MPa9 MPa7 MPaFigura 8: Alongamento em função do tempo para diversos níveis <strong>de</strong> tensão.tJ7 MPa} 0 o C15 MPa7 MPa15MPa} 70 o C10 100 1000 10000Figura 9: Módulo <strong>de</strong> creep em função do tempo para diversos níveis <strong>de</strong> tensão.t


2.1.d Coeficiente <strong>de</strong> PoissonO coeficiente <strong>de</strong> Poisson é muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da temperatura e do tempo <strong>de</strong>aplicação da carga. Sua faixa <strong>de</strong> variação vai <strong>de</strong> 0,2 até 0,4 para a maioria dos plásticos àtemperatura ambiente, mas estes valores são extremamente sensíveis à alterações nacomposição química e aditivação.2.1.e Resistência à fadigaA resistência à fadiga <strong>de</strong> plásticos é um assunto extremamente <strong>de</strong>talhado. Além da<strong>de</strong>pendência óbvia da composição química do polímero e da temperatura, a freqüência docarregamento e a amplitu<strong>de</strong> das tensões e <strong>de</strong>formações também influem pesadamente, poisestas variáveis po<strong>de</strong>m favorecer uma manifestação maior dos fenômenos viscoelásticos.Adicionalmente, a histerese é bastante significativa em polímeros, e provocam mudanças <strong>de</strong>temperatura não controláveis durante o processo.Por estas razões as tradicionais curvas <strong>de</strong> vida s ´ N <strong>de</strong>stes materiais não são <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> valia para uma análise precisa. No entanto, curvas <strong>de</strong>ste tipo obtidas à temperaturaambiente po<strong>de</strong>m fornecer uma estimativa inicial <strong>de</strong> vida, particularmente para materiais quesuportam alto ciclo (N > 10 3 ). A Fig.10 ilustra curvas s ´ N para alguns plásticos comuns.Em escalas logarítmicas, curvas como as da Fig.10 po<strong>de</strong>m ser aproximadas pela conhecidaexpressão (curva <strong>de</strong> Wöhler):ms =CN(2.1)Alguns fornecedores disponibilizam tabelas com valores para as constantes C e m àtemperatura ambiente.s [MPa]70605040MPPEPEIPC30ABS201001E+2 1E+3 1E+4 1E+5 1E+6 1E+7NFigura 10: Curvas s ´ N <strong>de</strong> alguns termoplásticos à temperatura ambiente.Como são muito comuns os problemas <strong>de</strong> fadiga <strong>de</strong> baixo ciclo em plásticos –nestes casos o controle <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> tensão não é indicado, já que as <strong>de</strong>formações plásticasinfluem no número <strong>de</strong> ciclos – as curvas <strong>de</strong> vida em função da <strong>de</strong>formação também são maisempregadas que a eq.(2.1). A Fig.11 ilustra alguns casos. Essas curvas são conhecidascomo curvas <strong>de</strong> Coffin-Mason:


e=C 2N2( ) m(2.2)Figura 11: Curvas e ´ N <strong>de</strong> alguns termoplásticos à temperatura ambiente.Ainda um outro aspecto relacionado à fadiga <strong>de</strong> plásticos diz respeito àpossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> falhas superficiais (trincas) nestes materiais, particularmenteapós uso prolongado ou submetido à intempéries. Nestes casos a etapa <strong>de</strong> aparecimento dastrincas já foi superado, e a previsão <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fundamentalmente da velocida<strong>de</strong> comque estas trincas se propagam. A taxa com que o comprimento da trinca (a) aumenta po<strong>de</strong>ser analisada pela lei <strong>de</strong> Paris:dadNAKm= D(2.3)on<strong>de</strong> DK é a amplitu<strong>de</strong> do fator <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tensões da trinca. Por também envolveraspectos viscoelásticos, estes parâmetros po<strong>de</strong>m ser mais convenientemente obtidos através<strong>de</strong> ensaios. A Fig.12 ilustra a eq.(2.3) levantadas experimentalmente para amostras <strong>de</strong> tubos<strong>de</strong> PVC, enquanto a Tab.5 ilustra alguns valores para as constantes da eq.(2.3).


1da/dN [mm/ciclo]0.11E-2R = 60 mmR = 10 mm1E-3R = 80 mmR1E-40.2 0.4 0.6 0.8 1.0 2.0NFigura 12: Curvas <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> trinca <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> PVC à 10 Hz e 20 °C.Material A mAço <strong>de</strong> baixa liga 0,42´10 -11 3,0Aluminio 4,56´10 -11 2,9Cobre 0,34´10 -11 3,9Nylon 6-6 1,5´10 -8 3,2PMMA 2,3´10 -5 4,7Policarbonato 9,5´10 -5 2,6PPO 4,7´10 -6 3,0Poliestireno 3,1´10 -5 2,2PVC 2,9´10 -6 1,5Tabela 5: Valores típicos para as constantes da eq.(2.3). da/dn em [mm/ciclo] eDKem [MPa m ].2.1.f Resistência ao impactoMuitos plásticos apresentam alta resistência ao impacto, e tal proprieda<strong>de</strong>, associadaà transparência, permite a substituição do vidro em diversas aplicações: lentes <strong>de</strong> óculos(em acrílico ou policarbonato), faróis <strong>de</strong> automóveis (policarbonato), janelas <strong>de</strong> trens,ônibus e metrôs. Por outro lado, a resistência à abrasão e à solventes é muito inferior à dovidro.Ainda não existe um único teste para predizer o comportamento <strong>de</strong> plásticos aoimpacto, sob as diversas condições <strong>de</strong> uso possíveis. Então, a resistência ao impacto écomumente avaliada adaptando-se ensaios <strong>de</strong> impacto usados em materiais metálicos: Izod,Charpy, Gardner, impacto à tração, teste <strong>de</strong> temperatura <strong>de</strong> fragilização etc. (Fig.13).


A consulta <strong>de</strong> manuais do fornecedor é indispensável na seleção <strong>de</strong> materiais queresistirão à impacto. Mesmo que estes dados estejam disponíveis, é altamente aconselhávelque o projetista realize seus próprios testes sob as condições <strong>de</strong> uso pretendidas.CharpyIzodFigura 13: Ensaios <strong>de</strong> impacto: Charpy e Izod.Energia absorvida [mJ]300200100TermorígidoPEPTFEPMMA00 50 100 150 200mV 2Figura 14: Exemplos <strong>de</strong> resultados experimentais <strong>de</strong> ensaios <strong>de</strong> impacto.


A única regra geral aqui é que a resistência ao impacto <strong>de</strong> plásticos é bruscamentealterada com a variação <strong>de</strong> temperatura. Plásticos termorígidos ou plásticos reforçados sãomenos sensíveis, no entanto. A Fig.15 ilustra a rápida mudança neste comportamento com avariação <strong>de</strong> temperatura para alguns polímeros comuns.Taxa <strong>de</strong> energia absorvida [kJ/m 2 ]604020ABSLDPEMDPE0-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60T [ o C]Figura 15: Exemplos <strong>de</strong> efeito da temperatura sobre a resistência ao impacto.2.2 Proprieda<strong>de</strong>s térmicasTalvez a mais importante proprieda<strong>de</strong> térmica dos plásticos seja seu baixo ponto <strong>de</strong>fusão, que varia da temperatura ambiente até 250 o C, embora alguns plásticos especiaisexijam até 400 o C. Disso <strong>de</strong>corre baixo consumo <strong>de</strong> energia para conformação, comreflexos óbvios nos custos <strong>de</strong> produção.Por outro lado, componentes plásticos ten<strong>de</strong>m a mudar consi<strong>de</strong>ravelmente suasdimensões em relação a outros materiais, como o aço ou mesmo o Alumínio. Um projetista<strong>de</strong>ve invariavelmente consi<strong>de</strong>rar este comportamento durante o projeto, particularmente emaplicações <strong>de</strong> precisão.2.2.a Coeficiente <strong>de</strong> expansão térmicaA Tab.6 compara alguns valores típicos <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> expansão térmica (a).


Materiala [m/m/°C]Polietileno 7,8´10 -5Acrílicos 3,3´10 -5Acetal copolímero 2,6´10 -5Policarbonato 2,1´10 -5Alumínio 7,2´10 -6Policarbonato ref. com fibra <strong>de</strong> vidro (30%) 5,0´10 -6Aço 4,4´10 -6Vidro 2,2´10 -6Tabela 6: Valores típicos para coeficiente <strong>de</strong> expansão térmica.2.2.b Temperatura <strong>de</strong> distorçãoAlém <strong>de</strong> alterar suas dimensões, a resistência e modulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong>, materiaisplásticos são drasticamente reduzidas com o aumento da temperatura ambiente. Acaracterização precisa <strong>de</strong>ste comportamento é complexa, mas existe um teste que forneceinformações superficiais sobre o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um plástico sob carga e efeito <strong>de</strong>temperatura. Este teste permite a obtenção da chamada temperatura <strong>de</strong> distorção ao calor(HDT). Basicamente, este teste submete um corpo <strong>de</strong> prova biapoiado à flexão simples comum carga concentrada (456 N e 1820 N), e me<strong>de</strong>-se o <strong>de</strong>slocamento central. A temperaturaé então aumentada até que um certo valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento seja ultrapassado. Esta é atemperatura <strong>de</strong> distorção. A Tab.7 mostra alguns valores típicos.MaterialHDT [°C]Silicones 455Nylon reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro (30%) 260Resina epóxi ref. com fibra <strong>de</strong> vidro 205Acetal reforçado com fibra <strong>de</strong> vidro 165Policarbonato 145Nylon <strong>de</strong> uso geral 105Acrílico 83Propileno 60Tabela 7: Temperaturas <strong>de</strong> distorção típicas <strong>de</strong> alguns plásticos no ensaio à 1820 N.2.2.c Condutivida<strong>de</strong> térmicaEm geral os polímeros são bons isolantes térmicos: sua condutivida<strong>de</strong> térmica é <strong>de</strong>300 a 2500 vezes menor que a dos metais. Logo, são altamente recomendados emaplicações que requeiram isolamento térmico, particularmente na forma <strong>de</strong> espumas. Poroutro lado, complicam os métodos <strong>de</strong> resfriamento nos processos <strong>de</strong> fabricação, inclusiveprovocando tensões residuais.


2.3 Proprieda<strong>de</strong>s elétricasOs plásticos também são excelentes isolantes elétricos, o que se verifica pelo seu usoextensivo em produtos elétricos. O conceito a ser lembrado aqui é que <strong>de</strong>ve haver troca <strong>de</strong>elétrons entre as moléculas para que haja fluxo <strong>de</strong> corrente elétrica através do material.Plásticos têm baixíssima <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elétrons livres, e por isso são bons isolantes 3 .A adição <strong>de</strong> cargas especiais condutoras (limalha <strong>de</strong> ferro, negro <strong>de</strong> fumo etc.) po<strong>de</strong>tornar polímeros fracamente condutores, evitando acúmulo <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> estática, que éperigoso em certas aplicações. Condições ambientais como umida<strong>de</strong> e temperatura tambémpo<strong>de</strong>m alterar as proprieda<strong>de</strong>s isolantes dos plásticos.Existem também polímeros especiais (curiosida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> laboratório) que são bonscondutores. O Prêmio Nobel <strong>de</strong> Química do ano 2000 foi concedido a cientistas quesintetizaram polímeros com alta condutivida<strong>de</strong> elétrica.Dentre as proprieda<strong>de</strong>s elétricas mais importantes, tem-se:· Resistivida<strong>de</strong> volumétricaResistivida<strong>de</strong> volumétrica é <strong>de</strong>finida como a razão entre a voltagem (correntecontínua) suprida e a parcela <strong>de</strong> corrente elétrica que flui através <strong>de</strong> um sólido (Fig.16).+V+ + + + + + + + +plástico- - - - - - - - - --iFigura 16: Resistivida<strong>de</strong> volumétrica.· Resistivida<strong>de</strong> superficialResistivida<strong>de</strong> superficial é similar à volumétrica, mas medida como a razão entre avoltagem (corrente contínua) suprida e a parcela <strong>de</strong> corrente elétrica que flui através <strong>de</strong> umasuperfície <strong>de</strong> largura unitária (Fig.17).V+i-Figura 17: Resistivida<strong>de</strong> superficial.3 Esta é a mesma razão pela qual plásticos também não conduzem bem calor.


· Constante dielétrica· Resistência dielétrica· Fator <strong>de</strong> dissipação· Resistência ao arco· EMI (interferência eletromagnética) / RFI (interferência por radiofrequência)2.4 Proprieda<strong>de</strong>s óticasMuitos materiais plásticos são transparentes e usados em aplicações óticas (acrílico,estireno, PVC, policarbonato, ABS, resinas expóxi etc.). As proprieda<strong>de</strong>s usualmentemedidas e reportadas pelos fornecedores são a % Haze (opacida<strong>de</strong>) do material, atransluci<strong>de</strong>z (quanta luz atravessa o material), o índice <strong>de</strong> amarelamento (aparência) e oíndice <strong>de</strong> refração (refração da luz).2.5 Características <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgasteMedidas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste são difíceis <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir. Po<strong>de</strong>m significar a resistência à riscos(importante na limpeza do componente), resistência à abrasão quanto particular sãoimpelidas sobre o componente ou resistência à perda <strong>de</strong> material quando há contato<strong>de</strong>slizante entre dois componentes. Po<strong>de</strong> ainda se referir à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma superfíciemanter sua aparência durante o manuseio.O vidro é reconhecidamente um material resistente à riscos, mas facilmente<strong>de</strong>sgastável por jato <strong>de</strong> areia. Inversamente, materiais como o acrílico são pouco resistêntesà riscos, mas muito mais resistente que o vidro ao jato <strong>de</strong> areia. Na seleção <strong>de</strong> um plásticoresistente ao <strong>de</strong>sgaste, portanto, é fundamental <strong>de</strong>terminar precisamente sob quaiscondições o componente será empregado.Muitos plásticos são especificamente formulados para <strong>de</strong>slizarem sobre superficies.Nestes casos, o polímero-base contém algum tipo proprieda<strong>de</strong> auto-lubrificante. O Teflon éum aditivo conhecido. Silicones, sulfetos <strong>de</strong> molibdênio e grafite são outras opções quepo<strong>de</strong>m aumentar <strong>de</strong>sempenho nestas situações.2.6 Usinabilida<strong>de</strong>Os princípios <strong>de</strong> usinagem <strong>de</strong> plásticos são basicamente os mesmos dos metais, masa geometria da ferramenta e a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> corte <strong>de</strong>vem ser ajustadas a<strong>de</strong>quadamente, jáque corre-se o risco <strong>de</strong> aquecer <strong>de</strong>masiadamente o material. A baixa condutivida<strong>de</strong> térmicados plásticos requerem muito cuidado na seleção <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte, tipo e geometriada ferramenta, avanço e fluido <strong>de</strong> corte. Se for empregado algum tipo <strong>de</strong> fluido <strong>de</strong> corte,<strong>de</strong>ve-se certificar que ele não reage quimicamente com o material sendo usinado.De uma maneira geral, as tolerâncias para usinagem <strong>de</strong> plásticos <strong>de</strong>vem ser maioresque as empregadas em usinagem <strong>de</strong> metais. Isto é <strong>de</strong>vido à expansão térmica e as alterações<strong>de</strong> forma que o material sofre pelas relaxações <strong>de</strong> tensões internas. Em casos críticos, po<strong>de</strong>ser necessária uma pré-usinagem da peça com dimensões ligeiramente maiores e arealização subseqüente <strong>de</strong> um alívio <strong>de</strong> tensões antes da usinagem final. Técnicas <strong>de</strong>


envelhecimento artificial também são boas opções para redução <strong>de</strong> tensões internas, já queestas são virtualmente impossíveis <strong>de</strong> serem eliminadas dos processos <strong>de</strong> fabricação.Os fornecedores po<strong>de</strong>m ajudar na recomendação <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> usinagem paraum material em particular.2.7 Tolerâncias dimensionaisÉ uma prática relativamente comum projetistas arbitrarem tolerâncias <strong>de</strong> ±0,10-0,2mm. Deve-se verificar se estes valores realmente não po<strong>de</strong>m ser aumentados. Aespecificação <strong>de</strong> tolerâncias dimensionais para peças em plástico segue regras um poucodiferentes das tradicionalmente usadas para metais, e nem sempre o projetista está apto alevar em conta todos os aspectos necessários. Aqui, é importante um trabalho conjunto comesses profissionais.Adicionalmente, tolerâncias <strong>de</strong> forma (cilindricida<strong>de</strong>, conicida<strong>de</strong>, planicida<strong>de</strong> etc.)<strong>de</strong>vem levar em conta o processo <strong>de</strong> fabricação do componente, já que o resfriamento dopolímero durante o processamento po<strong>de</strong> requerer compensações posteriores ou mesmomodificações nos mol<strong>de</strong>s.2.8 Alterando as proprieda<strong>de</strong>s dos plásticosJá foi mencionado diversas vezes aqui que as proprieda<strong>de</strong>s das famílias <strong>de</strong> plásticosvariam <strong>de</strong> uma para a outra, ou mesmo que as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um mesmo polímero po<strong>de</strong>mvariar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma dada família. Isto se <strong>de</strong>ve fundamentalmente às alterações nacomposição química <strong>de</strong> cada polímero durante o processamento. Mas elém disso, asproprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um certo plástico po<strong>de</strong> ser alterada com a mistura <strong>de</strong> aditivos, corantes,cargas e reforços. Trata-se <strong>de</strong> um ajuste fino das proprieda<strong>de</strong>s do polímero, <strong>de</strong> acordo coma aplicação <strong>de</strong>sejada. Este processo é <strong>de</strong>nominado aditivação. Algumas dicas clássicas:· Cargas inorgânicas minerais inertes (como o CaCO 3 ) permitem reduzir custo dapeça sem afetar proprieda<strong>de</strong>s. Exemplo: pisos <strong>de</strong> vinil e ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> jardim (PP)contêm até 60% <strong>de</strong> cargas.· Uso <strong>de</strong> fibras (vidro, carbono, boro) ou algumas cargas minerais (talco, mica,caolim, wolastonita) aumentam a resistência mecânica. As cargas fibrosas po<strong>de</strong>massumir forma <strong>de</strong> fibras curtas ou longas, re<strong>de</strong>s, tecidos etc.· Negro <strong>de</strong> fumo em pneus (borracha) e filmes para agricultura (PE) aumentamresistência mecânica e a resistência ao ataque por ozônio e raios UV.· Aditivos conhecidos como plastificantes po<strong>de</strong>m alterar completamente ascaracterísticas <strong>de</strong> plásticos como o PVC e borrachas, tornando-os mais flexíveis etenazes.· A fabricação <strong>de</strong> espumas é feita através da adição <strong>de</strong> agentes expansores, que setransformam em gás no momento da transformação do polímero, quando ele seencontra no estado fundido.2.8.a Aditivos (mudança <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s específicas)Os aditivos são sempre selecionados <strong>de</strong> modo a manter sua compatibilida<strong>de</strong> com omaterial base e com o processo <strong>de</strong> fabricação do componente. Deve-se lembrar, no entanto,que a melhora <strong>de</strong> uma certa proprieda<strong>de</strong> geralmente é obtida às custas da piora <strong>de</strong> outra(s).


Evi<strong>de</strong>ntemente os químicos tentam manter todas as outras proprieda<strong>de</strong>s em níveis aceitáveisenquanto procuram melhorar uma dada característica, mas nem sempre isto é viável. Dentreos aditivos mais comuns usados com termoplásticos e termorígidos estão: antioxidants(para aumentar a estabilida<strong>de</strong> à altas temperaturas), agentes anti-eletricida<strong>de</strong> estática,biocidas, retardantes <strong>de</strong> chama, modificadores <strong>de</strong> resistência ao impacto, agentesespumantes, redutores <strong>de</strong> fricção, fungicidas, e estabilizantes UV.2.8.b Reforços (mudança na resistência)Os reforços mais comuns são a fibra <strong>de</strong> carbono, fibra <strong>de</strong> vidro, mica e aramidas.Eles po<strong>de</strong>m ser adicionados na forma <strong>de</strong> fibras curtas, filamentos longos, flocos, esferas ouem grãos. Esses reforços normalmente aumentam a resistência do material às custas daresistência ao impacto. Também aumentam o <strong>de</strong>sgaste <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> corte, no caso <strong>de</strong>usinagem <strong>de</strong> pré-formas. O uso <strong>de</strong> reforços permite que os plásticos sejam empregados sobcondições <strong>de</strong> carga e temperatura mais altas com maior estabilia<strong>de</strong> dimensional. Nas últimasdécadas, as vantagens conferidas pelo uso <strong>de</strong> materiais compostos têm permitido avançosmuito significativos na tecnologia aeroespacial.2.8.c Corantes (mudança na aparência)Um outro grupo <strong>de</strong> aditivos são os corantes, que dão a cor <strong>de</strong>sejada ao material. Oscorantes po<strong>de</strong>m ser cargas orgânicas ou pós inorgânicos. O corante escolhido <strong>de</strong>ve sercompatível com o material base, método <strong>de</strong> processamento e aplicação <strong>de</strong>sejada para ocomponente. Por exemplo, se a peça final será exposta ao meio ambiente, <strong>de</strong>verá suportarvariações <strong>de</strong> temperature e o envelhecimento <strong>de</strong>corrente. É necessário também emaplicações on<strong>de</strong> as proprieda<strong>de</strong>s óticas têm peso, especialmente em materiais transparentescomo acrílicos, policarbonato e estireno, já que o uso <strong>de</strong> corantes po<strong>de</strong>m transformar ummaterial incolor em opaco.2.9 Efeitos ambientais sobre os plásticosFatores ambientais como umida<strong>de</strong>, produtos químicos (líquidos ou vapores),exposição ao sol, altas temperaturas, água e vapor quente, bactérias e fungos atacam osmateriais plásticos. Embora possa não ocorrer uma alteração visual na aparência, isto nãosignifica que não haja alguma <strong>de</strong>gradação das proprieda<strong>de</strong>s, como tensão <strong>de</strong> ruptura ouresistência ao impacto. Novamente, a documentação do fornecedor <strong>de</strong>ve ser criteriosamenteverificada.Materiais plásticos não enferrujam ou corroem e muitos <strong>de</strong>les então po<strong>de</strong>m<strong>de</strong>sempenhar melhor que os metais em ambientes corrosivos. Por outro lado, é importantelembrar que quanto mais resistente à produtos químicos um plástico é, mais difícil é suacolagem/soldagem, já que a colagem <strong>de</strong> plásticos geralmente requer algum tipo <strong>de</strong> ataquequímico. A resistência química também é um fator crítico que o produto <strong>de</strong>ve ser pintado.Os solventes presentes nas tintas <strong>de</strong>vem ser compatíveis com o material empregado noproduto, e não é raro encontrar recomendações dos fornecedores nesse sentido.Vedações, O-rings e outros materiais dissimilares que mantém contato complásticos por longos períodos <strong>de</strong> tempo não <strong>de</strong>vem conter solventes químicos ouplastificantes que possam atacar o material base. O vinil flexível é um exemplo <strong>de</strong> materialamolecido através <strong>de</strong> um aditivo químico. O vinil é também um bom exemplo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong>migração <strong>de</strong> plasticida (outgassing), que ocorre em muitos componentes automotivos. A


migração <strong>de</strong> plasticida é acelerada quando o material é exposto à altas temperaturas e/ouvácuo. Portanto, em aplicações que requerem ausência <strong>de</strong> migração <strong>de</strong> plasticida, o material<strong>de</strong>ve ser cuidadosamente escolhido <strong>de</strong> modo a levar este aspecto em conta. Muitas vezes, opré-aquecimento do produto à temperatures ligeiramente acima da <strong>de</strong> operação expelem amaior parte dos plasticidas voláteis. Materiais como policarbonato, acetal, Nylon e acrílicostêm sido usado com sucesso nestes casos.Outro característica dos plásticos com reflexos ambientais é a porosida<strong>de</strong>. O espaçoentre as macromoléculas dos polímeros é relativamente gran<strong>de</strong>. Isso confere baixa<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ao polímero, o que é uma vantagem em certos aspectos. Por outro lado, esselargo espaçamento entre moléculas faz com que a difusão <strong>de</strong> gases através dos plásticos sejaalta. Em outras palavras, esses materiais apresentam alta permeabilida<strong>de</strong> a gases, queobviamente varia conforme o tipo <strong>de</strong> plástico. A principal conseqüência <strong>de</strong>ste fato é alimitação dos plásticos como material <strong>de</strong> embalagem, que fica patente no prazo <strong>de</strong> valida<strong>de</strong>mais curto <strong>de</strong> bebidas acondicionadas em garrafas <strong>de</strong> PET. Por exemplo, o caso da cervejaé o mais crítico. No caso <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> substâncias tóxicas ou agressivas ao meioambiente, no entanto, o uso <strong>de</strong> um certo plástico po<strong>de</strong> simplesmente se tornar impossível.Essa permeabilida<strong>de</strong>, contudo, po<strong>de</strong> ser muito interessante em outras aplicações, como nocaso <strong>de</strong> membranas poliméricas para remoção <strong>de</strong> sal da água do mar.A reciclabilida<strong>de</strong> é outro aspecto que tem ganhado muita importância nas últimasdécadas. Conforme já mencionado, alguns polímeros como os termorrígidos e as borrachas,não po<strong>de</strong>m ser reciclados <strong>de</strong> forma direta, pois não há como refundí-los ou <strong>de</strong>spolimerizálos.A reciclagem <strong>de</strong> polímeros termoplásticos, apesar <strong>de</strong> tecnicamente possível, muitasvezes não é economicamente viável <strong>de</strong>vido ao seu baixo preço e baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>. Comparesepor exemplo com o caso do Alumínio. Somente plásticos consumidos em massa (PE,PET etc.) apresentam bom potencial econômico para reciclagem.Além disso, existe um problema adicional: o plástico reciclado é encarado comomaterial <strong>de</strong> segunda classe, ao contrário do que ocorre com aço ou mesmo o alumínioreciclados. Nos casos em que a reciclagem do polímero não for possível ou viável, semprehá a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> queimá-lo, transformando-o em energia em incineradores ou altofornos.Esta última é muito empregada, pois o carbono do polímero é usado na redução dominério. Contudo, plásticos que contém halogêneos (PVC e PTFE, por exemplo) geramgases tóxicos durante a queima, e nestas situações o material <strong>de</strong>ve ser previamentei<strong>de</strong>ntificado e encaminhado para <strong>de</strong>halogenação antes da queima.2.10 Seleção do material a<strong>de</strong>quadoA seleção correta <strong>de</strong> um material para uma dada aplicação é uma tarefa árdua.Normalmente, em uma etapa inicial se consegue limitar a seleção a três ou quatro materiaiscandidatos, e a escolha final é então <strong>de</strong>terminada através <strong>de</strong> testes experimentais. Às vezes aseleção é guiada pela disponibilida<strong>de</strong> do material, facilitando o cumprimento <strong>de</strong> prazos, oupelo material mais barato. Ou seja, nem sempre o fator <strong>de</strong>cisivo é inerente somente àscaracterísticas do material. Isto, no entanto, nem sempre leva a um projeto <strong>de</strong> sucesso ou aum consumidor safisfeito.Um profissional da área <strong>de</strong>ve estar atento para aplicações que não são a<strong>de</strong>quadaspara materiais plásticos. Muitas vezes o projetista ou o consumidor se ofusca com apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aplicar um material alternativo sem compreen<strong>de</strong>r as proprieda<strong>de</strong>s domesmo, ou ainda se esse material é mesmo a<strong>de</strong>quado para a aplicação. Também são comunsas situações em que uma peça inicialmente projetada em Alumínio ou aço <strong>de</strong>ve ser


convertida para plástico: uma peça funcional em metal po<strong>de</strong> não cumprir corretamente suafunção quando manufaturada com plástico. Quando possível, o fornecedor <strong>de</strong>ve serconsultado antes <strong>de</strong> se tomar tais <strong>de</strong>cisões.O primeiro e mais importante passo na seleção <strong>de</strong> um material a partir <strong>de</strong> umespectro amplo (aço, Alumínio, acrílico, nylon, PVC etc.) é <strong>de</strong>finir os requisitos <strong>de</strong> projeto(ou critérios <strong>de</strong> falha) apropriados para o componente. O segundo passo é cruzar estesrequisitos com as proprieda<strong>de</strong>s dos materiais disponíveis.É possível que algumas perguntas <strong>de</strong>vam ser respondidas antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o materiala ser empregado. Quanto melhor respondidas estas questões, maior a chance <strong>de</strong> selecionar omaterial mais apropriado para a aplicação:· Qual a carga a ser suportada pelo componente?Serão aplicadas cargas altas? Qual a maior carga aplicada? Qual é a maxima tensãosobre a peça? Qual o tipo <strong>de</strong> tensão atuante (tração, compressão, flexão, cisalhamento)?Qual a duração da aplicação da carga? Qual a vida útil estimada para o componente?Dica: Plásticos termorígidos geralmente <strong>de</strong>sempenham melhor sob cargas altascontínuas. Termoplásticos reforçados (como poliéster) também po<strong>de</strong>m ter <strong>de</strong>sempenhosatisfatório.· Ocorrem cargas <strong>de</strong> impacto?O componente estará submetido à impacto? Qual teste <strong>de</strong> impacto representa melhor aaplicação do componente?Dica: Plásticos laminados (melaminas, resinas epóxi ou fenólicas reforçadas cm fibra<strong>de</strong> vidro) geralmente têm boa resistência ao impacto. Policarbonatos e polietilenoUHMW também exibem excelente resistência a impacto.· Existe carregamento cíclico (fadiga)?O componente estará sujeito a cargas variáveis? A carga é alternante (compressivatrativa)?Quais as amplitu<strong>de</strong>s máximas? Ocorrerá flexão do componente ao longo <strong>de</strong> suaespessura? Qual a <strong>de</strong>flexão máxima do componente?Dica: Materiais como o acetal e nylon são geralmente bons candidatos paracarregamentos cíclicos.· Qual a temperatura <strong>de</strong> operação do componente?Quais as temperaturas máxima e mínima durante o uso? Qual a duração <strong>de</strong> cada faixa <strong>de</strong>temperatura? Existe possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impacto à baixas temperaturas?Dica: Temperaturas extremas po<strong>de</strong>m ocorrer durante o transporte, especialmente paraoutras partes do mundo.· O componente será exposto à umida<strong>de</strong> ou substâncias químicas?O material será submetido à umida<strong>de</strong>? O componente será submergido em água? Se for,qual a temperatura da água? O componente será exposto à vapor <strong>de</strong> água? Ocomponente será pintado? O material será submergido ou lavado em solventes e outras


substâncias químicas? Se for, quais? O componente será exposto à vapores <strong>de</strong>ssassubstâncias? Haverá formação <strong>de</strong> resíduos nocivos ao meio ambiente?Dica: Plásticos cristalinos e termorígidos geralmente possuem boa resistência química.· O material será empregado em um projeto elétrico?Qual a voltagem à qual a peça será exposta? Corrente alternada ou corrente contínua?Se for alternada, qual a freqüência? On<strong>de</strong> estão os terminais <strong>de</strong> alimentação (ladosopostos da peça, sobre uma superfície etc.)?Dica: Plásticos reforçados com Carbono em quantida<strong>de</strong> suficiente os torna condutores<strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>.· O material estará exposto à atrito ou abrasão?O material será empregado como um elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento? Se for, qual a carga <strong>de</strong>contato, diâmetro do eixo, acabamento e velocida<strong>de</strong>? Quais as condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste àsquais o material será submetido durante a operação?Dica: Redutores <strong>de</strong> fricção po<strong>de</strong>m ser adicionados aos plásticos (teflon, sulfeto <strong>de</strong>molibdênio, grafite etc.) para reduzir o <strong>de</strong>sgaste.· O componente <strong>de</strong>verá apresentar alta estabilida<strong>de</strong> dimensional e <strong>de</strong> forma?Que tipo <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> é requerida – forma ou dimensão? Ou ambas?Dica: Plásticos po<strong>de</strong>m não ser a<strong>de</strong>quados para aplicações que requerem altaestabilida<strong>de</strong> dimensional, principalmente sob variações <strong>de</strong> temperatura. Por outrolado, a maior parte dos plásticos po<strong>de</strong> ser reforçada com fibra <strong>de</strong> vidro, fibrassintéticas e sais para aumentar sua estabilida<strong>de</strong> dimensional.· O componente estará muito submetido à alongamento ou flexão?São necessárias proprieda<strong>de</strong>s típicas <strong>de</strong> borrachas? Qual o alongamento que ocomponente sofrerá?Dica: Nestes casos po<strong>de</strong> ser mais interessante pensar em materiais como vinil, uretano,ou mesmo borrachas e elastômeros termoplásticos.· O componente <strong>de</strong>verá satisfazer requisitos legais?Existem normas ou leis restringindo o uso do material ou dos seus resíduos? Há emissão<strong>de</strong> fumaça ou vapores? Há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proteção por parte do usuário?Dica: O material selecionado <strong>de</strong>ve ser sempre aprovado por órgãos legais vigentes.Testes nos laboratórios da empresa não garantem aprovação do material para todosos usos.· O material <strong>de</strong>verá ser impermeável à gases ou líquidos?Ser for, quais?


Dica: Este é um aspecto muito importante na produção <strong>de</strong> plásticos para embalagens<strong>de</strong> perecíveis e produtos hospitalares.· O material estará exposto à algum tipo <strong>de</strong> radiação?Se for, qual tipo <strong>de</strong> radiação? Por quanto tempo?Dica: A maior parte dos plásticos apresenta algum grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação quandosubmetido a radiações. Este aspecto também é muito importante em aplicaçõesmilitares e hospitalares.· Existe algum requisito <strong>de</strong> aparência obrigatório?Qual a cor requisitada? Existe requisitos <strong>de</strong> textura?Dica: Cores especiais encarecem o produto, especialmente em pequenas quantida<strong>de</strong>s.· O componente possui algum requisito ótico?O material <strong>de</strong>ve ser transparente? O componente <strong>de</strong>ve transmitir algum comprimento <strong>de</strong>onda em particular? Se for, qual?Dica: Acrílicos e policarbonatos possuem excelentes proprieda<strong>de</strong>s óticas.· O produto será exposto ao ambiente?Dica: Acrílicos possuem excelente resistência ao envelhecimento (sol, chuva, variações<strong>de</strong> temperatura e umida<strong>de</strong>).· O material possui algum tipo <strong>de</strong> volatilida<strong>de</strong>?Alguma substância é expelida pelo material durante o uso? Qual? Existe algum requisitoquanto à odores?Dica: Pinturas e acabamentos sintéticos po<strong>de</strong>m minimizar a emissão <strong>de</strong>ssas partículasvoláteis.


3. Alguns Polímeros <strong>de</strong> Importância Industrial3.1 Plásticos commoditiesCertos plásticos se <strong>de</strong>stacam por seu baixo preço e gran<strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>processamento, o que incentiva seu uso em larga escala. São os chamados plásticos ouresinas commodities, materiais baratos e usados em aplicações <strong>de</strong> baixo custo. São oequivalente aos aços <strong>de</strong> baixo carbono na si<strong>de</strong>rurgia.Os principais plásticos commodities são: polietileno (PE), polipropileno (PP),poliestireno (PS) e o policloreto <strong>de</strong> vinila (PVC). A distribuição da produção <strong>de</strong>ssesplásticos no Brasil, em 1998, po<strong>de</strong> ser vista na Fig. 18:PVC22%PS5%PE50%PP23%Figura 18: Produção <strong>de</strong> plásticos no Brasil, em 1998.3.1.a Polietileno (PE)· Mero: etileno (<strong>de</strong>signação antiga do eteno):· Peso molecular: 50.000 a 300.000éHêê|êCêê |êëH=Hù|úúC úú| úHúûn· Principais proprieda<strong>de</strong>s:oooooooooBaixo custo;Elevada resistência química e a solventes;Baixo coeficiente <strong>de</strong> atrito;Macio e flexível;Fácil processamento;Excelentes proprieda<strong>de</strong>s isolantes;Baixa permeabilida<strong>de</strong> à água;Atóxico;Inodoro.· Há quatro tipos básicos:oPolietileno <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong> (PEBD): 0,910-0,925 g/cm 3 . Apresentamoléculas com alto grau <strong>de</strong> ramificação. É a versão mais leve e flexível do


PE. É utilizado basicamente em filmes, laminados, recipientes, embalagens,brinquedos, isolamento <strong>de</strong> fios elétricos, etc. Produção brasileira em 1998:652.647 t.o Polietileno <strong>de</strong> Baixa Densida<strong>de</strong> Linear (PEBDL): 0,918-0,940 g/cm 3 .Apresenta menor incidência <strong>de</strong> ramificações, as quais se apresentam <strong>de</strong>forma mais regular e são mais curtas que no PEBD. Suas proprieda<strong>de</strong>smecânicas são ligeiramente superiores ao PEBD em termos <strong>de</strong> resistênciamecânica. Seu custo <strong>de</strong> fabricação é menor. Sua flexibilida<strong>de</strong> e resistência aoimpacto recomenda sua aplicação para embalagens <strong>de</strong> alimentos, bolsas <strong>de</strong>gelo, utensílios domésticos, canos e tubos. Produção brasileira em 1998:175.053 t.ooPolietileno <strong>de</strong> Alta Densida<strong>de</strong> (PEAD): 0,935 - 0,960 g/cm 3 . Apresentaestrutura praticamente isenta <strong>de</strong> ramificações. É um plástico rígido,resistente à tração, com mo<strong>de</strong>rada resistência ao impacto. Utilizado embombonas, recipientes, garrafas, filmes, brinquedos, materiais hospitalares,tubos para distribuição <strong>de</strong> água e gás, tanques <strong>de</strong> combustível automotivos,etc. Produção brasileira em 1998: 692.864 t.Polietileno <strong>de</strong> Ultra Alto Peso Molecular (PEUAPM): Peso molelucar daor<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3.000.000 a 6.000.000. Alta inércia química, alta resistência àabrasão e ao impacto, baixo coeficiente <strong>de</strong> atrito, alta maciez. Praticamenteinfusível, processado com gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, geralmente através <strong>de</strong>sinterização. Aplicações: engrenagens, componentes para bombas <strong>de</strong>líquidos corrosivos, implantes <strong>de</strong> ossos artificiais, isolamento <strong>de</strong> fios e cabos,mancais, revestimentos <strong>de</strong> pistas, trilhos-guias, etc. O Brasil ainda nãoproduz este tipo <strong>de</strong> plástico.3.1.b Polipropileno (PP)· Mero: propileno (<strong>de</strong>signação antiga do propeno):· Proprieda<strong>de</strong>s muito semelhantes às do PE, mas com ponto <strong>de</strong>amolecimento mais elevado.éêêêêêêëH|C|H=H ù|úúC úú| úCH ú3 ûn· Principais proprieda<strong>de</strong>s:o Baixo custo;o Elevada resistência química e a solventes;o Fácil moldagem;o Fácil coloração;o Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga;o Boa resistência ao impacto acima <strong>de</strong> 15 o C;o Boa estabilida<strong>de</strong> térmica;o Maior sensibilida<strong>de</strong> à luz UV e agentes <strong>de</strong> oxidação, sofrendo <strong>de</strong>gradaçãocom maior facilida<strong>de</strong>.· Aplicações: Brinquedos; Recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos;Carcaças para eletrodomésticos; Fibras; Sacarias (ráfia); Filmes orientados; Tubos


para cargas <strong>de</strong> canetas esferográficas; Carpetes; Seringas <strong>de</strong> injeção; Materialhospitalar esterilizável; Autopeças (pára-choques, pedais, carcaças <strong>de</strong> baterias,lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo). Peças paramáquinas <strong>de</strong> lavar.· Atualmente há uma tendência no sentido <strong>de</strong> se utilizar exclusivamente o PP nointerior dos automóveis. Isso facilitaria a reciclagem do material por ocasião dosucateamento do veículo, pois se saberia com qual material se estaria lidando.· Produção brasileira em 1998: 702.795 t.3.1.c Poliestireno (PS)· Mero: estireno:· Termoplástico duro e quebradiço, com transparência cristalina.éHêê|êCêê |êëH=H ù|úúC úúúúûn· Principais proprieda<strong>de</strong>s:oooooooFácil processamento;Fácil coloração;Baixo custo;Elevada resistência a ácidos e álcalis;Semelhante ao vidro;Baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e absorção <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>;Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries.· Produção brasileira em 1998: 129.879 t (excluindo isopor).· Há quatro tipos básicos:ooooPS cristal: homopolímero amorfo, duro, com brilho e elevado índice <strong>de</strong>refração. Po<strong>de</strong> receber aditivos lubrificantes para facilitar processamento.Usado em artigos <strong>de</strong> baixo custo.PS resistente ao calor: maior P.M., o que torna seu processamento maisdifícil. Variante i<strong>de</strong>al para confecção <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> máquinas ou automóveis,gabinetes <strong>de</strong> rádios e TV, gra<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ar condicionado, peças internas eexternas <strong>de</strong> eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, circuladores <strong>de</strong> ar,ventiladores e exaustores.PS <strong>de</strong> alto impacto: contém <strong>de</strong> 5 a 10% <strong>de</strong> elastômero (borracha), que éincorporado através <strong>de</strong> mistura mecânica ou diretamente no processo <strong>de</strong>polimerização, através <strong>de</strong> enxerto na ca<strong>de</strong>ia polimérica. Obtém-se <strong>de</strong>ssemodo uma blenda. Muito usado na fabricação <strong>de</strong> utensílios domésticos(gavetas <strong>de</strong> gela<strong>de</strong>ira) e brinquedos.PS expandido: espuma semi-rígida com marca comercial isopor (R) . Oplástico é polimerizado na presença do agente expansor ou então o mesmopo<strong>de</strong> ser absorvido posteriormente. Durante o processamento do materialaquecido, ele se volatiliza, gerando as células no material. Baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ebom isolamento térmico. Aplicações: protetor <strong>de</strong> equipamentos, isolantes


térmicos, pranchas para flutuação, gela<strong>de</strong>iras isotérmicas, etc. Produçãobrasileira em 1998: 10.000 t.3.1.d Poli(cloreto <strong>de</strong> vinila) (PVC)· Mero: cloreto <strong>de</strong> vinila:· Principais proprieda<strong>de</strong>s:o Baixo custo;o Elevada resistência a chama, pela presença do cloro;o Processamento <strong>de</strong>manda um pouco <strong>de</strong> cuidado.éHêê|ê Cêê |êëH=H ù|úúC úú| úClúûn· Restrições:ooO monômero é um potente cancerígeno; <strong>de</strong>ve haver controle do teorresidual que permanece no polímero, particularmente em aplicações em queo polímero vai entrar em contato com alimentos.Plastificantes (aditivo usado para tornar o polímero mais flexível) a base <strong>de</strong>ftalatos também são consi<strong>de</strong>rados cancerígenos. O Greenpeace vempromovendo ampla campanha para banir o uso do PVC que contenha esseaditivo, particularmente em brinquedos e produtos que ve-nham a entrar emcontato com alimentos.· Produção brasileira em 1998: 649.840 t.· Há quatro tipos básicos:ooooPVC rígido, isento <strong>de</strong> plastificantes. Duro e tenaz, com excelentesproprieda<strong>de</strong>s térmicas e elétricas. Resistente à corrosão, oxidação eintempéries. Usado na fabricação <strong>de</strong> tubos, carcaças <strong>de</strong> utensílios domésticose baterias.PVC flexível ou plastificado, que contém <strong>de</strong> 20 a 100 partes <strong>de</strong> plastificantepor 100 <strong>de</strong> polímero. Usado no revestimento <strong>de</strong> fios e cabos elétricos,composições <strong>de</strong> tintas (látex vinílico), cortinas <strong>de</strong> banheiros, encerados <strong>de</strong>caminhão (sanduíche filme <strong>de</strong> PVC + malha <strong>de</strong> poliéster + filme <strong>de</strong> PVC),etc.PVC transparente, isento <strong>de</strong> cargas.PVC celular ou expandido.


Outros14%Fios e cabos10%Perfis5%Tubos econexões40%Calçados7%Embalagensrígidas9%Laminados15%Figura 19: Aplicações do PVC no Brasil, em 1998.3.2 Plásticos <strong>de</strong> engenhariaHá também os chamados plásticos <strong>de</strong> engenharia, que são resinas que apresentamproprieda<strong>de</strong>s superiores às chamadas resinas commodities. Seu preço, porém, é bem maiselevado. Seriam os equivalentes aos aços-liga da si<strong>de</strong>rurgia.A seguir estão listados os mais comuns.3.2.a Poli(tereftalato <strong>de</strong> etileno)· Plástico da família do poliéster.· Mero: ácido tereftálico ou tereftalato<strong>de</strong> dimetila e glicol etilênico.éêêêOêêêë-O||C--O||C-O-H|C|H-H ù|úúC úú| úH úûn· Principais proprieda<strong>de</strong>s:oooBoa resistência mecânica térmica e química;Boas proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> barreira: absorção <strong>de</strong> oxigênio é <strong>de</strong> 10 a 20 vezesmenor que nos plásticos commodities;Fácil reciclabilida<strong>de</strong>.· Produção brasileira em 1998: 143.000 t.· Trata-se <strong>de</strong> um polímero <strong>de</strong> engenharia que, graças ao contínuo aperfeiçoamento <strong>de</strong>seu processo <strong>de</strong> fabricação e à enorme aceitação na fabricação <strong>de</strong> garrafas <strong>de</strong>refrigerante, acabou mudando <strong>de</strong> status: passou <strong>de</strong> plástico <strong>de</strong> engenharia paracommodity.· Aplicações:oComo garrafas para bebidas carbonatadas, óleos vegetais, produtos <strong>de</strong>limpeza, etc.;


oooNa forma <strong>de</strong> fibras, sob marcas Tergal ® (ICI) ou Dracon ® (Du Pont),apresentam excelente resistência mecânica e ao amassamento, bem comolavagem e secagem rápida;Na forma <strong>de</strong> películas transparentes e altamente resistentes, sob marca Mylar®, mas algo caras. São usadas em aplicações nobres: isolamento <strong>de</strong>capacitores, películas cinematográficas, fitas magnéticas, filmes e placas pararadiografia;Resina para moldagem com reforço <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro, sob marcaRynite ® (Du Pont), usada na fabricação <strong>de</strong> carcaças <strong>de</strong> bombas,carburadores, componentes elétricos <strong>de</strong> carros, etc.3.2.b Policarbonato· Plástico da família dos poliésteresaromáticos.· Monômeros: fosgênio e bisfenol A. Hásuspeitas <strong>de</strong> que o bis-fenol Amimetizaria efeitos <strong>de</strong> hormônios humanos, o que po-<strong>de</strong>ria causar distúrbiosendócrinos. Contudo, elas não foram confirmadas até o momento.éOêê||êCêêêë-O--CH|C|CH33--Oùúúúúúúûn· Principais proprieda<strong>de</strong>s:o Excelente resistência ao impacto;o Excelente transparência: 96%;o Boa estabilida<strong>de</strong> dimensional e térmica;o Resistente aos raios ultravioleta;o Boa usinabilida<strong>de</strong>;o Alta temperatura <strong>de</strong> <strong>de</strong>flexão;o Boas características <strong>de</strong> isolamento elétrico.· Produção brasileira em 1995: 10.000 t.· Este importante plástico <strong>de</strong> engenharia foi aci<strong>de</strong>ntalmente <strong>de</strong>scoberto em 1898 naAlemanha, mas só em 1950 é que seu <strong>de</strong>senvolvimento foi retomado, passando a sercomercializado a partir <strong>de</strong> 1958.· Aplicações:oCompact-Discs (CD’s); Janelas <strong>de</strong> segurança (por exemplo, em trens <strong>de</strong>subúrbio); Óculos <strong>de</strong> segurança; Carcaças para ferramentas elétricas,computadores, copiadoras, impressoras etc.; Ban<strong>de</strong>jas, jarros <strong>de</strong> água,tigelas, frascos; Escudos <strong>de</strong> polícia anti-choque; Aquários; Garrafasretornáveis.


Referências[1] Albuquerque, J.A.C.: O Plástico na Prática, Sagra, 1990.[2] Bikales, N.M. (ed.): Mechanical Properties of Polymers, Wiley-Interscience, 1971.[3] Birley, A.W., Heath, R.J. e Scott, M.J.: Plastic Materials – Properties andApplications, Blackie Aca<strong>de</strong>mic & Professional, 1988.[4] Mano, E.B.: Polímeros como Materiais <strong>de</strong> Engenharia, Edgard Blücher, 1991.[5] Trantina, G. e Nimmer, R.: Structural Analysis of Thermoplastic Components,McGraw-Hill, 1994.[6] Shames, I.H. e Cozzarelli, F.A.: Elastic and Inelastic Stress Analysis, Prentice-Hall,1992.[7] Williams, J.G.: Fracture Mechanics of Polymers, Ellis Horwood, 1987.InternetPortais genéricos:· http://www.plastics.com/· http://www.plasticsusa.com/· http://www.plasticsresource.com/s_plasticsresource/in<strong>de</strong>x.asp· http://www.plasticstechnology.com/· http://www.gepolymerland.com/servlet/public?pageId=logon.HomePage· http://www.jorplast.com.br/· http://www.americanplasticscouncil.org/Seletor automático <strong>de</strong> materiais plásticos:· http://www.lairdplastics.com/techdata/in<strong>de</strong>x.htmI<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong> tra<strong>de</strong>marks para plásticos:· http://www.plastics.com/tra<strong>de</strong>names.phpCursos e tutoriais:· http://www.gorni.hpg.ig.com.br/mg082.htm· http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/exemplar29.html#plasticos· http://www.psrc.usm.edu/macrog/in<strong>de</strong>x.htm· http://www.geocities.com/agorni/polymer.htmlBorracha:· http://members.aol.com./harboro/page1.htm


Apêndice ACotação <strong>de</strong> plásticos no Brasil (<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1998)Preço por quilo em Reais 4PEBD 1,19PEAD 1,15PP 1,17OS 1,18PET 1,20HIPS 1,18PS Expandido 1,78PVC rígido 1,38PVC flexível 1,38PC 6,85A figura A.1 mostra <strong>de</strong> forma aproximada como se distribuem as aplicações dos plásticos.Note-se que aqui não estão incluídos alguns polímeros importantes, como as borrachas.Utilida<strong>de</strong>sdomésticas7%Outros10%Embalagens22%Agricultura7%Eletroeletrônica7%Móveis9%Construção civil18%Indústria automotiva10%Máquinas eequipamentos10%Figura A.1: Aplicações <strong>de</strong> plásticos no Brasil (dados <strong>de</strong> 1999).4 A crise cambial ocorrida no início <strong>de</strong> 1999 provocou acréscimo <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> até 50% no preço das resinas,<strong>de</strong> acordo com manifesto da Abiplast em fevereiro daquele ano.


Apêndice BNormas ASTM para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais plásticosDensida<strong>de</strong> D-792, D-1895Contração D-955Estabilida<strong>de</strong> dimensional D-756· PROPRIEDADES MECÂNICASResistência ao impacto D-256, D-746, D-2463Resistência à tração D-412, D-638, D-882Alongamento à tração D-412, D-638Resiliência D-2632Histerese D-2231Módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> D-638Coeficiente <strong>de</strong> Poisson E-132Flexural Modulus D-790Resistência à compressão D-695Resistência à fadiga D-671Dureza D-785, D-2240· PROPRIEDADES ELÉTRICASResistência dielétrica D-149Constante dielétrica D-150Fator <strong>de</strong> potência D-150Resistência ao arco D-495Resistivida<strong>de</strong> volumétrica D-257· PROPRIEDADES TÉRMICASInflamabilida<strong>de</strong> D-2843, D-568, UL-94 V 5Coeficiente <strong>de</strong> expansão térmica D-696Condutivida<strong>de</strong> térmica C-177, D-4351Desenvolvimento ao calor D-623Calor específico C-351Temperatura <strong>de</strong> transição vítrea D-2117, D-3418Temperatura <strong>de</strong> distorção ao calor D-648· PROPRIEDADES ÓTICASTransparência D-1746, D-1003Índice <strong>de</strong> refração D-5425 Embora não seja ASTM, este método também é bastante usado (proposto pelo Un<strong>de</strong>rwriters Laboratories).


· PROPRIEDADES QUÍMICASAbsorção <strong>de</strong> água D-570Resistência à oxidação D-1870, D-1920, D-1499, D-756, G-23Resistência à <strong>de</strong>gradação química D-794Resistência à radiação UV D-1148Resistência à ácidos C-591Resistência à bases D-543, C-581Resistência à solventes e reagentes D-543, C-581Permeabilida<strong>de</strong> a vapores e gases D-1434, E-96· DESGASTEDesgaste D-3702Resistência à fricção D-1894, D-3028Coeficiente <strong>de</strong> fricção D-3702Resistência à abrasão D-1242


Apêndice CAlgumas siglas comuns da literatura sobre plásticosAAGR average annual growth rateABA acrylonitrile butadiene acrylate EMA ethylene methyl acrylateABS acrylonitrile butadiene styrene copolymer EMAA ethylene methacrylic acidACM acrylic acid ester rubber EMAC ethylene methyl acrylate copolymerACS acrylonitrile chlorinated PE styrene EMI electromagnetic interferenceAES acrylonitrile ethylene propylene styrene EMPP elastomer modified polypropyleneAMMA acrylonitrile methyl methacrylate EnBA ethylene normal butyl acrylateAN acrylonitrile EP epoxy resin, also ethylene propyleneAO antioxidant EPA Environmental Protection AgencyAPET amorphous polyethylene terephthalate EPDM ethylene propylene terpolymer rubberAPP atactic polypropylene EPM ethylene propylene rubberAS atomic absorption spectroscopy EPS expandable polystyreneASA acrylic styrene acrylonitrile ESCR environmental stress crack resistanceASTM American Society for Testing and Materials ESI ethylene styrene copolymersATH aluminum trihydrate ETE engineering thermoplastic elastomersAZ(O) azodicarbonami<strong>de</strong> ETFE ethylene tetrafluoroethylene copolymerBATF Bureau of Alcohol, Tobacco, and Firearms ETP engineering thermoplasticsBM blow molding EVA(C) polyethylene vinyl acetateBMC bulk molding compounds EVOH polyethylene vinyl alcohol copolymersBMI bismaleimi<strong>de</strong> FDA Food and Drug AdministrationBO biaxially oriented (film) FEP fluorinated ethylene propylene copolymerBOPP biaxially oriented polypropylene FPVC flexible polyvinyl chlori<strong>de</strong>BR butadiene rubber FR flame retardant FRP fiber reinforced plasticBS butadiene styrene rubber GAIN gas assisted injectionCA cellulose acetate GIM gas injection moldingCAB cellulose acetate butyrate GIT gas injection techniqueCAD computer ai<strong>de</strong>d <strong>de</strong>sign GMT(P) glass mat reinforced thermoplasticsCAE computer ai<strong>de</strong>d engineering GPC gel permeation chromotographyCAM computer ai<strong>de</strong>d manufacturing GPPS general purpose polystyreneCAP cellulose acetate propionate GRP glass fiber reinforced plasticsCAP controlled atmosphere packaging GTP group transfer polymerizationCBA chemical blowing agent HALS hin<strong>de</strong>red amine light stabilizerCF cresol formal<strong>de</strong>hy<strong>de</strong> HAS hin<strong>de</strong>red amine stabilizersCFA chemical foaming agent HB Brinell hardness numberCFC chlorofluorocarbons HCFC hydrochlorofluorocarbonsCFR Co<strong>de</strong> of Fe<strong>de</strong>ral Regulations HCR heat cured rubberCHDM cyclohexanedimethanol HDI hexamethylene diisocyanateCIM computer integrated manufacturing HDPE high <strong>de</strong>nsity polyethyleneCM compression molding HDT heat <strong>de</strong>flection temperatureCN cellulose nitrate HFC hydrofluorocarbonsCOP copolyester HIPS high impact polystyreneCOPA copolyami<strong>de</strong> HMDI diisocyanato dicyclohexylmethaneCOPE copolyester HMW high molecular weight HNP high nitrile polymerCP cellulose propionate IM injection moldingCPE chlorinated polyethylene IMC in mold coatingCPET crystalline polyethylene terephthalate IMD in mold <strong>de</strong>corationCPP cast polypropylene IPI isophorone diisocyanateCPVC chlorinated polyvinyl chlori<strong>de</strong> IV intrinsic viscosityCR chloroprene rubber LCP liquid crystal polymersCS casein LDPE low <strong>de</strong>nsity polyethyleneCSD carbonated soft drink LIM liquid injection moldingCTA cellulose triacetate LLDPE linear low <strong>de</strong>nsity polyethylene LP low profile resinCVD chemical vapor <strong>de</strong>position MAP modified atmosphere packagingDABCO diazobicyclooctane MbOCA methylene bis orthochloro anilineDAM days after manufacture MBS methacrylate butadiene styreneDAM diallyl maleate MC methyl celluloseDAP diallyl phthalate MDI methylene diphenylene diisocyanateDCPD dicyclopentadiene MEK methyl ethyl ketoneDE diotamaceous earth MEKP methyl ethyl ketone peroxi<strong>de</strong>DEA dielectric analysis MF melamine formal<strong>de</strong>hy<strong>de</strong>DETDA diethyltoluenediamine MFI melt flow in<strong>de</strong>xDMT dimethyl ester of terephthalate MIBK methyl iso buthyl ketoneDWV drain, waste, vent (pipe gra<strong>de</strong>) MIS management information systemsEAA ethylene acrylic acid MMA methyl methacrylateEB electron beam MPE metallocene polyethylenesEBA ethylene butyl acrylate MPF melamine phenol formal<strong>de</strong>hy<strong>de</strong>EC ethyl cellulose MPR melt processable rubberECTFE ethylene chlorotrifluoroethylene copolymer MRP manufacturing requirement planningEEA ethylene ethyl acrylate MWD molecular weight distributionEG ethylene glycol NBR nitrile rubber


NDINRO TPVODPOEMOFSOPETOPPOSAOSHAPAPAEKPAIPANPBPBAPBANPBIPBNPBSPBTPCPCCPCDPCRPCTPCTAPCTFEPCTGPCTPEPE HDPE LDPEBAPECPEDTPEEKPEIPEKPEKEKKPELPENPESPETPETGPFPFAPIPIBIPIDPIMPLCPMDIPMMAPMPPOPOMPPPPAPPCPPEPPOPPSPPSUnaphthalene diisocyanatenatural rubberolefinic thermoplastic vulcanizateozone <strong>de</strong>pleting potentialoriginal equipment manufacturerorganofunctional silanesoriented polyethylene terephthalateoriented polypropyleneolefin modified styrene acrylonitrileOccupational Safety and Health Admin.polyami<strong>de</strong>polyaryletherketonepolyami<strong>de</strong> imi<strong>de</strong>polyacrylonitrilepolybutylenephysical blowing agentpolybutadiene acrylonitrilepolybenzimidazolepolybutylene naphthalatepolybutadiene styrenepolybutylene terephthalatepolycarbonateprecipitated calcium carbonatepolycarbodiimi<strong>de</strong>post consumer recyclatepolycyclohexylenedimethylene terephthalatecopolyester of CHDM and PTApolychlorotrifluoroethyleneglycol modifiedcopolymerpolyethylenehigh <strong>de</strong>nsity polyethlenelow <strong>de</strong>nsity polyethlenepolyether block polyami<strong>de</strong>chlorinated polyethylene3,4 polyethylene dioxithiophenepolyetheretherketonepolyether imi<strong>de</strong>polyetherketonepolyetherketoneetherketoneketonepermissible exposure levelpolyethylene naphthalatepolyether sulfonepolyethylene terephthalatePET modified with CHDMphenol formal<strong>de</strong>hy<strong>de</strong>perfluoroalkoxy resinpolyimi<strong>de</strong>butyl rubberproportional, integral, <strong>de</strong>rivativepow<strong>de</strong>r injection moldingprogrammable logic controllerpolymeric MDIpolymethyl methacrylatepolymethylpentenepolyolefinspolyacetalpolypropylenepolyphthalami<strong>de</strong>chlorinated polypropylenepolyphenylene ether, modified ppm parts per millionpolyphenylene oxi<strong>de</strong>polyphenylene sulfi<strong>de</strong>polyphenylene sulfonePSPSUPTAPTFEPUPURPVCPVCAPVDAPVDCPVDFPVFPVOHQMCRFIRHDPERIMRPETRTDRTMRTVSANSAPSBSBCSBRSISMASMCSMC CSMC DSMC RSPCSQCSRIMT/NTATDITEOTFTLCPTMTMCTPTPATPETPOTPUTPVTSTWAUFUHMWULDPEUPURUVVA(C)VCVDCVLDPEVOCWTEZNCpolystyrenepolysulfonepurified terephthalic acidpolytetrafluoroethylenepolyurethanepolyurethanepolyvinyl chlori<strong>de</strong>polyvinyl chlori<strong>de</strong> acetatepolyvinyli<strong>de</strong>ne acetatepolyvinyli<strong>de</strong>ne chlori<strong>de</strong>polyvinyli<strong>de</strong>ne fluori<strong>de</strong>polyvinyl fluori<strong>de</strong>polyvinyl alcoholquick mold changeradio frequency interferencerecycled high <strong>de</strong>nsity polyethylenereaction injection moldingrecycled polyethylene terephthalateresistance temperature <strong>de</strong>tectorresin transfer moldingroom temperature vulcanizing •styrene acrylonitrile copolymersuper absorbant polymerstyrene butadiene copolymerstyrene block copolymerstyrene butadiene rubbersilicone plasticstyrene maleic anhydri<strong>de</strong>sheet molding compoundSMC continuous fibersSMC directionally orientedSMC randomly orientedstatistical process controlstatistical quality controlstructural reaction injection moldingterephthalate/naphthalateterephthalic acidtoluene diisocyanatethermoplastic elastomeric olefinthermoformingthermoplastic liquid crystal polymertransfer mol<strong>de</strong>dthick molding compoundthermoplasticterephthalic acidthermoplastic elastomerthermoplastic olefinsthermoplastic polyurethanethermoplastic vulcanizatethermosettime weighted averageurea formal<strong>de</strong>hy<strong>de</strong>ultrahigh molecular weightultralow <strong>de</strong>nsity polyethyleneunsaturated polyester resinurethaneultravioletvinyl acetatevinyl chlori<strong>de</strong>vinyli<strong>de</strong>ne chlori<strong>de</strong>very low <strong>de</strong>nsity polyethylenevolatile organic compoundswaste to energyZiegler Natta catalyst


Apêndice DMétodos <strong>de</strong> processamento típicos para plásticosD.1 Termoplásticos· InjeçãoA moldagem por injeção é empregada para produzir formas tridimensionais com<strong>de</strong>talhes minuciosos. O material alimenta a máquina <strong>de</strong> injeção na forma <strong>de</strong> pastilhas, sãofundidas e conduzidas ao longo da máquina por um fuso. O material fundido émecanicamente injetado em um mol<strong>de</strong>. A temperatura do mol<strong>de</strong> é controlada através <strong>de</strong>água circulando em cavida<strong>de</strong>s internas. Uma vez resfriado, o mol<strong>de</strong> é aberto e a peça éejetada através <strong>de</strong> pinos. As meta<strong>de</strong>s do são mantidas fechadas através <strong>de</strong> prensas, comforças que po<strong>de</strong>m atingir 100 tonf. Essa pressão <strong>de</strong>termina a tonelagem da injetora, e amol<strong>de</strong> que nela po<strong>de</strong> ser usado.Figura D.1: Moldagem por injeção.· ExtrusãoA moldagem por injeção segue essencialmente o mesmo princípio da extrusão <strong>de</strong>metais. O material aquecido é alimentado sob pressão ao longo <strong>de</strong> uma matriz queproduzirá a forma da secção transversal do produto. O material é resfriado na sequência.


Figura D.2: Moldagem por extrusão.· Moldagem por soproA moldagem por sopro emprega ar comprimido para forçar o material a se conformar àsuperfície do mol<strong>de</strong>. É <strong>de</strong>sta forma que são produzidas as garrafas plástica <strong>de</strong> refrigerantes,embalagens <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> limpeza, etc.Figura D.3: Moldagem por sopro.· TermoconformaçãoNa termoconformação uma lâmina <strong>de</strong> plástico aquecido é pressionada sobre um mol<strong>de</strong> eresfriada. Assim se produz um casca que uma cópia fiel do relevo do mol<strong>de</strong>. Em casos maiscomplexos o ar entre a lâmina e o mol<strong>de</strong> é removido com vácuo (processo chamadovacuum-forming).Figura D.4: Vacuum-forming.


· LaminaçãoA laminação <strong>de</strong> plásticos é muito similar à <strong>de</strong> metais. Na configuração mais usual,quatro rolos aquecidos girando à velocida<strong>de</strong>s ligeiramente diferentes laminam o materialaquecido e fundido em folhas ou filmes.· MoldagemMateriais como acrílicos e Nylons po<strong>de</strong>m ser moldados, ou seja, são vasados na formalíquida em mol<strong>de</strong>s rígidos ou flexíveis. Este processo requer um controle consi<strong>de</strong>rável parafornecer peças <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>. É comum o uso <strong>de</strong> equipamentos à vácuo para eliminarbolhas durante a solidificação.· LaminaçãoA laminação <strong>de</strong> plásticos é muito similar à <strong>de</strong> metais. Na configuração mais usual,quatro rolos aquecidos girando à velocida<strong>de</strong>s ligeiramente diferentes laminam o materialaquecido e fundido em folhas ou filmes.D.2 TermorígidosOs processos <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> peças em plásticos termorígidos são adaptações dosmétodos empregados para termoplásticos, exceto que a polimerização ou catalização dopolímero ocorre <strong>de</strong>ntro do equipamento <strong>de</strong> processamento.

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