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110 Ocorrência, expansão e distribuição do maçarico-<strong>de</strong>-cara-pelada Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823)(Ciconiiformes: Threskiornithidae) no Estado <strong>de</strong> Santa Catarina, sul do BrasilVitor <strong>de</strong> Q. Piacentini, Ivo R. Ghizoni-Jr., Marcos Antonio G. <strong>de</strong> Azevedo, Eduardo Carrano,Carlos Alberto Borchardt-Jr., James F. Amorim e Alexandre V. Groseo litoral catarinense (pelo menos 230 km em 22 meses)nos faz crer que, com esse potencial <strong>de</strong> dispersão, a espéciejá po<strong>de</strong>ria ter colonizado SC há pelo menos algumasdécadas, haja vista que arrozais e campos antrópicos jáestavam disponíveis para a espécie <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então.Alternativamente, o completo entendimento dascausas <strong>de</strong>ssa expansão passaria pela i<strong>de</strong>ntificação da população-fontee investigação <strong>de</strong> fatores locais que possamter <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado uma explosão populacional e intensadispersão <strong>de</strong> indivíduos, ficando a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambientesem Santa Catarina e no Paraná apenas secundariamenterelacionada a essa gran<strong>de</strong> dispersão da espécie.São relatados movimentos <strong>de</strong> Phimosus infuscatus ligadosa fortes chuvas, como os observados no norte da Argentina,e a espécie periodicamente aparece no Pantanal emgran<strong>de</strong> número, tornando-se uma das aves mais abundantes(Matheu e <strong>de</strong>l Hoyo 2002). Apesar disso, dados sobrea movimentação da espécie são pouco conhecidos e hánecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais estudos para se elucidar essa questão(Matheu e <strong>de</strong>l Hoyo 2002). Desta forma, pesquisasenfocando primariamente este tópico e avaliando os requerimentosecológicos <strong>de</strong> Phimosus infuscatus são aquiencorajadas.AGRAdECIMEnTOSSomos gratos a Evair Legal, Emerson P. Kaseker e Fernando C.Straube pela cessão <strong>de</strong> seus registros; aos curadores e funcionários dosmuseus visitados: J. Cracraft, P. Sweet e M. Hart (AMNH), J. Bates,D. Wilard e J. Weckstein (FMNH), J. Trimble e A. Piries (MCZ),E. Bauernfeind e H-M Berg (NMW), S.D. van <strong>de</strong>r Mije (RMNH),G. Mayr (SMF) e L.F. Silveira (MZUSP); a Roges R.V. da Silva, I.Franz, C.E. Zimmermann, E. Krauczuk, C.E. Agne e A. Rupppelas discussões sobre a espécie em Santa Catarina, Rio Gran<strong>de</strong> doSul e Argentina; a Lucia C. Japp (RPPN Morro dos Zimbros), quegentilmente ce<strong>de</strong>u informações e permitiu o acesso <strong>de</strong> VQP e CABJ àsua proprieda<strong>de</strong>; e a Gustavo S. Betini, Luciano M. Lima, J.F. Pacheco,Marco A. Rêgo, Fábio Schunck e Leda M. Weber pela companhia emcampo em diversas ocasiões. A visita <strong>de</strong> VQP aos museus americanose europeus fez parte <strong>de</strong> seu projeto <strong>de</strong> doutorado, o qual recebefinanciamento da FAPESP (processo 06/60300‐4) e que recebeu aindaapoio complementar do Depto. <strong>de</strong> <strong>Ornitologia</strong> do AMNH através <strong>de</strong>um Collection Study Grant.REFERênCIASAlbuquerque, J.L.B. e Brüggeman, F.M. (1996). A avifauna doParque Estadual da Serra do Tabuleiro, Santa Catarina, Brasil eas implicações para a sua conservação. Acta Biol. Leopol<strong>de</strong>nsia,18:47‐68.Amorim, J.F. e Piacentini, V.Q. (2007). 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