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108 Ocorrência, expansão e distribuição do maçarico-<strong>de</strong>-cara-pelada Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823)(Ciconiiformes: Threskiornithidae) no Estado <strong>de</strong> Santa Catarina, sul do BrasilVitor <strong>de</strong> Q. Piacentini, Ivo R. Ghizoni-Jr., Marcos Antonio G. <strong>de</strong> Azevedo, Eduardo Carrano,Carlos Alberto Borchardt-Jr., James F. Amorim e Alexandre V. GroseSanta Catarina a espécie foi citada por Rosário (1996),mas nenhuma localida<strong>de</strong> específica foi informada, até queRupp et al. (2008) publicaram registros recentes para oEstado.Este trabalho objetiva apresentar os primeiros registroscronológicos conhecidos <strong>de</strong> Phimosus infuscatus paraSanta Catarina, <strong>de</strong>terminar sua atual distribuição regionale discutir possíveis razões para uma aparente explosão populacionalda espécie.MATERIAL e MéTOdOSPara este trabalho foram reunidos registros <strong>de</strong> Phimosusinfuscatus dos diversos autores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003 a fevereiro<strong>de</strong> 2009, cobrindo assim uma gran<strong>de</strong> extensão doterritório catarinense. Os registros foram obtidos em levantamentos<strong>de</strong> avifauna efetuados in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementepor cada autor, somados ainda a diversos registros feitosoportunisticamente, haja vista que esta espécie gregária ébastante chamativa, facilmente visualizável e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaçãopouco problemática.Em busca <strong>de</strong> registros prévios – mas ignorados –<strong>de</strong> Phimosus infuscatus no Estado, foram consultadosmuitos dos museus com as coleções mais representativas<strong>de</strong> aves <strong>de</strong> Santa Catarina, como o Museu <strong>de</strong> Zoologiada Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (MZUSP); AmericanMuseum of Natural History, Nova Iorque (AMNH);Field Museum of Natural History, Chicago (FMNH);e Museum of Comparative Zoology, Harvard University,Cambridge (MCZ); Naturhistorisches Museum inWien, Viena (NMW); Natuurhistorisch Museum Naturalis,Lei<strong>de</strong>n (RMNH); e Senckenberg Museum, Frankfurt(SMF).As localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> registros foram mapeadas no programaArcView 3.3 a partir das coor<strong>de</strong>nadas geográficasobtidas em campo ou, em alguns casos, obtidas posteriormente,a partir da localização dos pontos <strong>de</strong> registros emimagens do programa Google Earth (Google Inc.).Visando testar a impressão empírica <strong>de</strong> que a populaçãoda espécie estava expandindo do sul para o norte,os dados <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (em dias) <strong>de</strong> cada registro foram confrontadosnum plano cartesiano contra seus respectivosdados <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong>. A linha <strong>de</strong> tendência foi gerada atravésdo programa Excel (Microsoft). Para essa análise foramexcluídos os dados do Oeste <strong>de</strong> SC, já que esses representamuma frente secundária <strong>de</strong> colonização (ver abaixo).RESuLTAdOSNosso primeiro registro <strong>de</strong> Phimosus infuscatus emSanta Catarina foi feito por MAGA em 22/jan/2003 àsmargens da Lagoa <strong>de</strong> Santa Marta, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gordos,Laguna. Des<strong>de</strong> então, fizemos quase uma centena <strong>de</strong>registros da espécie em pelo menos 56 diferentes localida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 38 municípios (Apêndice). Nenhum dos museusconsultados possui espécimes catarinenses <strong>de</strong> Phimosusinfuscatus.Atualmente a espécie po<strong>de</strong> ser encontrada por todaa faixa leste <strong>de</strong> SC, ocupando virtualmente todas as baciashidrográficas que drenam para o Oceano Atlânticoem território catarinense. Uma segunda frente <strong>de</strong> colonização,mais recente (primeiros registros <strong>de</strong> 04/jul/2007em Águas <strong>de</strong> Chapecó, IRGJ e MAGA), se estabeleceuno Oeste do Estado, nas bacias do rio Uruguai e <strong>de</strong> seuafluente rio Chapecó (Figura 1). No ano seguinte a espéciejá podia ser encontrada inclusive nas regiões mais friasFIGuRA 1: registros <strong>de</strong> Phimosus infuscatus em Santa Catarina realizadosentre janeiro <strong>de</strong> 2003 e fevereiro <strong>de</strong> 2009. Os quadrados brancosindicam registros apresentados por Rupp et al. (2008). Detalhes daslocalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> registros encontram-se no Apêndice.FIGuRE 1: records of Phimosus infuscatus in Santa Catarina betweenJanuary 2003 and February 2009. White squares refer to records byRupp et al. (2008). For <strong>de</strong>tailed locality data, see the Appendix.FIGuRA 2: latitu<strong>de</strong> dos registros <strong>de</strong> Phimosus infuscatus em SantaCatarina em relação às suas ida<strong>de</strong>s (origem em 1/fev/2009). Em cinzaescuroestá representada a linha <strong>de</strong> tendência gerada a partir dos pontos<strong>de</strong> registro.FIGuRE 2: latitu<strong>de</strong> of the records of Phimosus infuscatus in SantaCatarina against their ages (days) (origin in 1/Feb/2009). The trendline generated from the records is given in dark gray.Revista <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Ornitologia</strong>, 17(2), 2009

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