feita pelos médicos sanitaristas. O habitat precário dos operários das fábricas foi alvo <strong>de</strong> rigorosas normasque, por vezes, chegavam a <strong>de</strong>sapropriação e a <strong>de</strong>rrubada da casa. A questão sanitária também ajudavana ação <strong>de</strong> alguns empresários do setor fundiário para a viabilização <strong>de</strong> seus empreendimentos na cida<strong>de</strong>.Outro problema é que a conformação espacial da cida<strong>de</strong> medieval não era mais válida para os interessescapitalistas. Alg<strong>um</strong>as reformas foram feitas com o objetivo <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar o fluxo <strong>de</strong> pessoas, veículos emercadorias. Por fim, o espaço da cida<strong>de</strong> <strong>como</strong> forma <strong>de</strong> segregação social, n<strong>um</strong>a luta <strong>de</strong> classes que seacentuava cada vez mais.Foram realizadas aulas expositivas e seminários, apresentados pelos alunos. Os temas abordadosforam: as representações da cida<strong>de</strong> - a cida<strong>de</strong> <strong>como</strong> questão sanitária e moral; a cida<strong>de</strong> <strong>como</strong> questãosocial e econômica; a construção do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> habitat mo<strong>de</strong>rno - novos requisitos <strong>de</strong> higiene, conforto eprivacida<strong>de</strong>; economia e velocida<strong>de</strong>. As reformas urbanas e os mo<strong>de</strong>los alternativos <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> - as utopiasurbanas do século XIX (os mo<strong>de</strong>los teóricos e as experiências); os núcleos fabris e cida<strong>de</strong>s mineiras; ascida<strong>de</strong>s-jardim; os projetos <strong>de</strong> expansão urbana e reforma <strong>de</strong> áreas centrais; Movimento Mo<strong>de</strong>rno e Cida<strong>de</strong>- as vanguardas mo<strong>de</strong>rnistas na arquitetura e urbanismo: rupturas e continuida<strong>de</strong>s com o século XIX; acida<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna e aceleração.Bibliografia:AYMONINO, C. La vivienda racional. Ponencias <strong>de</strong> los congressos CIAM 1929-1930. Barcelona, Gustavo Gili, 1973.BEGUIN, F. As Máquinas Inglesas do Conforto. Espaço & Debates, São Paulo, N.34: 39-54, 1991.BENEVOLO, L. As Origens da Urbanística Mo<strong>de</strong>rna. 2 ed. Lisboa, Editorial Presença, 1987.BENJAMIN, W. Paris, capital do século XIX. In: Sociologia. Ática, São Paulo, 1985.BRESCIANI, M. S. Metrópolis: as faces do monstro urbano (as cida<strong>de</strong>s do século XIX). Revista Brasileira <strong>de</strong> História, São Paulo,N. 8 e 9:35-68, 1985.BURKE, E. Uma investigação filosófica sobre a origem <strong>de</strong> nossas idéias do sublime e do belo. Campinas, Papirus, Ed. daUNICAMP, 1993. CIUCCI, Giorgio et alli. La Ciudad Americana. De la guerra civil al New Deal. Barcelona, Gustavo Gili, 1975.CHOAY, F. O Urbanismo: Utopias e Realida<strong>de</strong>s - <strong>um</strong>a Antologia. São Paulo, Perspectiva, 1979.CONSIDÉRANT, V. L’architectonique du phalanstère. in: RONCAYOLO, Marcel. Villes & Civilisation Urbaine. Paris, Larousse, 1992.CORBIN, A. O Território do Vazio: a praia e o imaginário oci<strong>de</strong>ntal. São Paulo, Cia. das Letras, 1989.ENGELS, F. A Situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Coleção Bases, N. 47. 2 ed. São Paulo, Global, 1985.FOURIER, C. Le Phalanstère. in: RONCAYOLO, Marcel. Villes & Civilisation Urbaine. Paris, Larousse, 1992.14
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