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Métodos Projetivos e Avaliação Psicológica - BVS Psicologia ...

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368sintomas nitidamente físicos, e a maior parte do tratamento envolva psicoterapia efarmacoterapia, a melhora dos pacientes sofre grande interferência de fatorestransferenciais. Nestes casos, observa‐se uma significativa melhora quando o placeboé administrado, evidenciando que o processo psicoterápico exerce grande importânciana melhora do quadro (Gabbard, 1994/1998). Nesse sentido, aspectos psicodinâmicostêm grande relevância no contexto do desenvolvimento dos quadros de pânico.Gabbard (1994/1998) explica que os pacientes com Transtorno de Pânicoapresentam históricos psicodinâmicos de dificuldade para lidar com perdas, sobretudode figuras representativas de sua infância e, por isso, desenvolvem uma atitudetransferencial do tipo paternal com o terapeuta.De certa forma, essa perda é significativa e revivenciada por um fatorestressante cotidiano, o que, segundo uma visão psicodinâmica, levaria ao surgimentoda primeira crise de pânico. Indivíduos sem dificuldade em lidar com perdas, conformefoi descrita, podem atravessar situações igualmente estressantes, vivenciando‐as comuma intensidade de ansiedade normal, sem o desenvolvimento de nenhum quadropsicopatológico (Gabbard, 1994/1998).Trinca (1997) tece uma relação entre fobia e pânico, considerando o pânico aconsequência de um estado fóbico, no qual o paciente não teve as condições psíquicasnecessárias para sua organização. Para essa relação, utiliza interessantes associaçõesdo quadro com o conceito metafórico de buraco negro, no qual, durante o processo dedesenvolvimento emocional, o psiquismo organiza‐se pautado em uma vivência desolidão e desamparo que culmina com temores e pânico.O pânico aparece comumente quando o rompimento da relação ‘eu‐comigo’alcança consideráveis proporções. É um ponto culminante de perda de relaçõessignificativas estruturantes, quando os vínculos com o centro de sustentação internase acham muito enfraquecidos, desvitalizados ou suprimidos. Corresponde amomentos de incomunicabilidade da pessoa com ela mesma, sentidos comoavassaladores e indefensáveis. São também momentos máximos da angústia dedissipação do self (Trinca, 1997, p.34).As propostas de compreensão e de leitura psicanalítica são apontadas comouma importante estratégia diagnóstica e de atendimento para pacientes comsíndrome do pânico. Schwartzman (1997) aborda o tema da prática psicanalítica para o

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