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Princípios da natureza na Física A, de Aristóteles: pré ... - IFCS

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ANAIS DE FILOSOFIA CLÁSSICA, vol. V nº 9, 2011ISSN 1982-5323SANTOS, José Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>Princípios <strong>da</strong> <strong><strong>na</strong>tureza</strong> <strong>na</strong> Física A, <strong>de</strong> Aristóteles: pré-socráticos, PlatãoI – A1 (introdução);II – A2-4 (seção histórica: Eleatas – Parméni<strong>de</strong>s e Melisso –; Físicos: A<strong>na</strong>ximandro,Empédocles e A<strong>na</strong>xágoras);III – A5-9 (teoria aristotélica dos princípios <strong>da</strong> <strong><strong>na</strong>tureza</strong>):A5: aceitação <strong>da</strong> tese que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que os contrários são princípios;A6: Número dos princípios;A7: Três elementos <strong>da</strong> geração (substrato e contrários); três princípios: matéria, forma,privação;A8: A tradição pré-socrática e a teoria aristotélica <strong>da</strong> geração, a partir do não-ser,segundo o ato e a potência;A9: Matéria e privação; princípios material e formal.INTRODUÇÃO METODOLÓGICAComeçando por uma exposição teórica acerca <strong>da</strong> questão com a qual se confronta (Fís.A1,184a10-b14), Aristóteles abor<strong>da</strong> os dois problemas referidos no primeiro Livro <strong>da</strong> Física.O passo introdutório <strong>de</strong>ixa claro que a questão em apreço é a <strong>de</strong> como os primeiros princípios(184a10-15) e elementos <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s e ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s coisas po<strong>de</strong>m ser conhecidos. Tendodistinguido o que é “mais cognoscível para nós” do que é “mais cognoscível por <strong><strong>na</strong>tureza</strong>”,Aristóteles acrescenta:“Inicialmente, são-nos evi<strong>de</strong>ntes e claras sobretudo coisas confusas: <strong>de</strong>pois, a partir<strong>de</strong>las, para aqueles que as discernem, tor<strong>na</strong>m-se conhecidos os elementos e osprincípios. Por isso, é necessário progredir dos universais até os particulares; <strong>de</strong> fato, otodo é mais cognoscível pela sensação, e o universal é um certo todo, pois o universalcompreen<strong>de</strong> muitas coisas como partes” 22 (Fís. 184a21-26)Além <strong>de</strong> apontar o sentido global do processo do conhecimento científico – avançandodos universais em nós para a captação dos universais em si –, o passo constitui os elementoscomo princípios. Deste modo, aponta-os como princípios constitutivos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> física,caracterizando o seu conhecimento <strong>na</strong> Natureza como o objeto <strong>da</strong> pesquisa em Física (<strong>de</strong>vecomparar-se esta proposta com a posição contrária <strong>de</strong> Platão, no Ti. 49b-e 23 ).22 Tradução (prefácio, introdução e comentários) <strong>de</strong> Lucas Angioni, Aristóteles: Física I-II, Campi<strong>na</strong>s 2009(doravante, Angioni 2009; a obra inclui um rigoroso comentário sequencial <strong>da</strong> Física A-B, indispensável a quembusca o conhecimento do texto e <strong>da</strong>s problemáticas nele trata<strong>da</strong>s). Relativamente à questão do que é “maiscognoscível”, o tradutor e comentador <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a coerência do pensamento <strong>de</strong> Aristóteles, comparando o passocom os dos Seg. a<strong>na</strong>l. 71b34-72a5 e Met. Z3,1029b3-12.23 Distorci<strong>da</strong> por Aristóteles no Da alma A2,404b16-17; vi<strong>de</strong> Física Δ2,209b5-16.25

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