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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaperíodo de aprendizagens baseadas no facilitismo nefasto. Talvez porisso, Portugal apresente ainda, relativamente a outros países europeus eda União, taxa de analfabetismo elevada, baixa qualificação profissional eoutros problemas relacionados. O que aconteceria se, por exemplo, aosimigrantes dos países da Europa de Leste que normalmente apresentamelevadas qualificações profissionais, fosse reconhecida equivalência dosseus diplomas? Certamente gerar-se-ia uma concorrência avassaladora,com tendência para ser ganha não pelos nacionais, o que levaria ao surgimentode conflitos sociais, baseados de um espírito de «repulsão» doOutro, mais bem preparado, mais competitivo. Lembremo-nos que a livrecirculação de pessoas e bens, também pressupõe trabalhadores.O grande projecto europeu pressupõe que haja igualdade de oportunidadesno espaço que abrange. Será por isso necessário não só prover osnacionais de preparação, como gerar condições para que os imigrantesse integrem de forma justa no mercado de trabalho, de maneira a conseguirum equilíbrio entre todas as partes em questão, constituindo umamais-valia para todos.4.1.4. Entre «falsos mitos» e «novas esperanças»… reflexões em tornodo estatuto ambivalente do imigrante no mercado de trabalhoComo temos vindo a verificar ao longo dos capítulos, o estatuto do imigranteé quase sempre visto sob o ponto de vista dualista: se por um ladose assume a ideia de que se trata de um grupo que pode trazer benefíciosao nível do mercado de trabalho, por outros constatam-se receios sobre opapel social e económico (essencialmente ao nível da concorrência) quepossam desempenhar.OLME<strong>DO</strong> (2002, p. 197) tenta desmistificar um pouco esta ideia, defendendoque os imigrantes que têm altos níveis de produtividade e se adaptamrapidamente às condições do mercado de trabalho do país de acolhimento,podem contribuir de forma significativa para o crescimentoeconómico. Para isso será necessário promover a integração plena doindivíduo… porém tal ideia nem sempre é bem recebida, na medida emque o imigrante é visto como uma espécie de «intruso» que vem «roubar»postos de trabalho e que concorre com os trabalhadores nacionais.O Diário de Notícias 66 apresentou um estudo sobre o «Impacto da imigraçãoem Portugal nas contas do Estado» (2001), donde se concluiu que, em66. Este estudo veio publicado no jornal DIÁRIO DE <strong>NO</strong>TÍCIAS, Estado “lucra”28 milhões, Secção dn.tema, quinta-feira, 22 de Janeiro de 2004.Fátima Velez de Castro98

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