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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosamoção são escassas, onde domina a insegurança laboral e não há praticamenteassistência social. Segundo este autor, a atenção política tem estadocentrado sobre os sectores mais carenciados, nomeadamente o mercadosecundário, no entanto as iniciativas deveriam abranger outros campos,nomeadamente a captação de profissionais qualificados, ao nível da facilitaçãode mecanismos de reconhecimento de competências (ao nível individuale organizacional). Deste modo criar-se-iam condições para a atracçãodeste grupo e consequentemente de investimentos. (Ob. Cit., p. 67)A integração do imigrante na sociedade de acolhimento, pode constituir--se como uma mais-valia para a progressão no mercado de trabalho.OLME<strong>DO</strong> (2002, pp. 202 e 203) afirma que à medida que aprendem a língua,se familiarizam com os mecanismos do mercado de trabalho,melhoram as suas competências e a taxa de desemprego entre o grupoimigrante diminui substancialmente. No entanto a tendência é para queos imigrantes, de uma maneira geral, tenham menos oportunidades dereceber ajuda dos poderes públicos, do que as pessoas naturais do paísde chegada. Aliás, quando recebem, os montantes baixos, inversamenteao valor dos impostos pagos por si e pelos seus descendentes, que tendema ser superiores aos gastos públicos que causam (seja na saúde,educação, segurança social…). Há um paradoxo que tende a imperar cadavez mais nos países da Europa: se por um lado há necessidade de imigrantesem certos sectores, por outro lado parece haver um crescimentodas barreiras legais à imigração.A integração da mão-de-obra estrangeira no mercado de trabalho, podeconstituir-se como uma mais-valia para ambas as partes: se por um ladosão os imigrantes que, ao beneficiarem de boas condições de trabalho,vão aumentar em quantidade e em qualidade a sua produtividade, poroutro, são os próprios nacionais que irão beneficiar pelo aumento do lucroobtido. RITA (2002, p. 46) constatou que em muitos casos a imigraçãoparece não estar a originar efeitos nefastos nos mercados de trabalhodos países de chegada, podendo mesmo até constituir uma fonte de flexibilidadee melhoria das qualificações. Em Portugal, tal não acontece porqueo modelo de desenvolvimento aposta na «exploração» intensiva destamão-de-obra. Acrescenta ainda que os recursos humanos estrangeirospodem vir a revelar-se essenciais, daí que se seja de todo benéfico o aproveitamentodas qualificações e a inserção no mercado de trabalho.(Ob. Cit., p. 53)Este aproveitamento de recursos humanos poderia servir para colmataras lacunas deixadas por um sistema de ensino desadequado, onde a formaçãoprofissional é descurada e o ensino básico se constitui como umFátima Velez de Castro97

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