12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaos indivíduos dos 15 aos 35 anos), predominando o sexo masculino. Numprimeiro momento, no casal, é o homem que imigra, preparando a chegadada mulher e eventualmente dos filhos. Normalmente exercem trabalhosmuito abaixo das suas qualificações profissionais, que na maioriados casos são elevadas. O que é mais interessante neste grupo é que paraalém da construção civil e dos serviços domésticos, funções que normalmenteeste e o dos PALOP desempenham, vão ocupar lugares na agriculturae na indústria (principalmente na manufactureira). São sectorespeculiares, o primeiro porque foi «recusado» pela população jovem, osegundo porque o trabalho por turnos «afasta» muitos nacionais. O sectordos serviços, onde se exigem mais qualificações, não ocupa muitosdestes indivíduos, uma vez que a língua se coloca como uma barreira.(FONSECA, MALHEIROS, ESTEVES e CALDEIRA, 2002, pp. 82 e 86)O mercado de trabalho nos últimos tempos, segundo BAGANHA (1999,p. 48), está a sofrer algumas alterações. Com uma posição económicadesfavorável face aos outros Estados-Membros da U.E., Portugal padececom a perda de mão-de-obra através do processo emigratório que sofreuao longo de várias décadas do séc. XX, no entanto assiste ao crescenteaumento da imigração na última década do século. Esta autora crê que,por um lado se estão a criar oportunidades para o desenvolvimento depostos de trabalho para profissionais altamente qualificados (principalmentepara serem ocupados por Europeus e Brasileiros), mas por outrotambém se tende a desenvolver a economia informal (dominada pelosimigrantes dos PALOP) 56 . A verdade é que os imigrantes ocupam as«franjas» do mercado de trabalho português, no sentido positivo (vejam--se os que ocupam profissões técnicas e liberais, como os Europeus e osBrasileiros) e no sentido negativo (no caso das profissões que praticamentenão exigem qualificações profissionais, ligadas a trabalhosmanuais, executados pelos imigrantes dos PALOP). Neste último grupo,há uma propensão para o desenvolvimento de actividades ligadas àeconomia informal, a qual se pauta pela ilegalidade e irregularidade dasactividades que desenvolve. É mais comum o desenvolvimento deste tipode economia nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, ligado à actividadeindustrial (principalmente no norte), construção civil, serviços(hotelaria, turismo, limpeza…) 57 .56. A economia informal também é designada de economia subterrânea.57. Situações de informalidade também ocorrem no caso das franjas ocupadas porprofissionais liberais, onde podem ser desempenhadas actividades paralelas à principal.As funções desempenhadas paralelamente são da área da contabilidade, direito, ensinoe saúde.Fátima Velez de Castro92

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!