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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaetária de uma população, com este novo grupo, pode mudar temporariamente,ou melhor dizendo, conjunturalmente, mas nunca de uma formaprofunda e estrutural.A mão-de-obra imigrante é assim vista segundo a perspectiva do «efeitoamortecedor», ou seja, como que um capital a que se recorre quando hánecessidade, a qual beneficia e faz beneficiar as partes em questão. Esterepto lançado pelos autores anteriormente citados, leva ao debate sobre opapel do imigrante, ou melhor, à visão do Outro, sobre o ponto de vista daeconomia. Este é assim tomado como a solução para os desequilíbrioseconómicos, nomeadamente ao nível do trabalho.4.1.2. Portugal e a Europa: perspectivasO trabalho imigrante em Portugal tem vindo a ganhar cada vez maissignificado ao longo das últimas décadas. Na Europa, a tradição do trabalhoestrangeiro tem raízes mais profundas, no entanto não se trata de umprocesso contínuo, ou melhor dizendo, trata-se de um fenómeno dinâmicoque evoluiu ao longo do tempo.No caso de Portugal, o fenómeno imigratório pode acusar dois aspectos:se por um lado pode ser revelador do facto de termos atingido um certolimiar de desenvolvimento (manifestado num certo crescimento económico,no prolongamento da escolaridade…), por outro traduz-se nanecessidade de compensar a «hemorragia» provocada pelos anterioresfluxos emigratórios, que caracterizaram durante muito tempo a dinâmicamigratória do país. (FERREIRA E RATO, 2000, p. 7)Desde a década de 60, as mudanças têm sido evidentes e constantes.Durante a década referida, quase toda a população imigrante que estavapresente em Portugal era oriunda da Europa e da América (resultado dacontra-corrente da primeira fase da emigração portuguesa), ou fruto demovimentos transfronteiriços com Espanha. Pontualmente poderíamosencontrar englobados neste grupo indivíduos de outras nacionalidadesque não as anteriormente citadas, que se encontravam no país por motivosprofissionais (diplomacia, ligados a empresas…).Já nos anos 80 (ou até antes!) o cenário muda, com crescimento acentuadodo número de imigrantes provenientes dos PALOP, os quais ocuparamlugares na construção civil e nos serviços domésticos. Os imigranteseuropeus continuam a ocupar os mesmos sectores de actividade e a agricultura,como sector que anteriormente acolhia um número significativoFátima Velez de Castro90

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