12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaforma simplista, a dinâmica deste fenómeno. O primeiro, que diz respeitoao capital humano, refere que a decisão é baseada no equilíbrio entre oscustos/vantagens, subjacentes ao trabalho que se ocupa/poderá ocupar.Apesar de ser considerado um modelo incompleto, por se apresentar«demasiado» linear, penso que se enquadra, ou melhor, está na base ecomplementa a teoria da procura, onde se considera a migração comosinónimo de «procura de emprego». Significa que, mesmo que a motivaçãode base se encontre assente na involuntariedade (por exemplo, afuga a uma guerra, a uma catástrofe natural…), haverá sempre necessidadede procurar emprego ou um qualquer trabalho, de modo a prover asubsistência. Então o emprego pode ser procurado in loco (e aí estaremosem presença de uma migração especulativa) ou já se migra comalguma referência, até mesmo contrato (migração contractual). Omodelo da gravidade já insere factores de atracção/repulsão na decisãode migrar, com especial destaque para o mercado de trabalho. Digamosque são modelos que, vistos de uma perspectiva geral e integracionista,se completam, no entanto, numa visão individual, o segundo parece ser oque está mais próximo da realidade, segundo o autor, embora se deva terem conta que o último modelo apresentado também revela uma dinâmicasimilar à realidade, na medida em que os aspectos económicos nemsempre são os únicos e últimos factores que condicionam a decisãode migrar.OLME<strong>DO</strong> (2002, pp. 106 e 107), ao analisar as motivações que estão nabase das decisões dos migrantes, também assume que estas rondamquase sempre a economia, normalmente no que concerne ao aspecto dotrabalho: as pessoas que abandonam o seu país para procurar empregonoutro, fazem-no quase sempre para melhorar as suas «oportunidadeseconómicas». De reflectir sobre a questão das condições de trabalho…Muitas vezes, estes indivíduos submetem-se a trabalhos onde as condiçõesde higiene, segurança, direitos sociais… são de carácter duvidoso,ou até mesmo inexistente, apenas com o intuito de, com o salário auferido,atingirem essas oportunidades económicas no sentido de melhoraras condições de vida. Valerá para isso a pena o sacrifício de um trabalhosem segurança, sem higiéne, sem direitos, sem regalias, em prol de umtipo de vida que nem sempre se adquire? Porque afinal, nos parâmetrosdas «condições de vida» almejadas pelos imigrantes, também deveriamconstar as condições de trabalho.Outras das motivações assinaladas são a possibilidade de encontraremprego no estrangeiro (relacionada com a anterior). Motivos como adistância, o idioma, as afinidades culturais, a existência de parentesno local de chegada («redes») e a política dos países de acolhimento, sãoFátima Velez de Castro87

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!