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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosa4. ENTRE O QUE SE PROCURA E O QUE SE ENCONTRA4.1. O Trabalho4.1.1. Alguns aspectos teóricosA decisão de sair de um determinado lugar, implica sempre um complexoprocesso de escolhas, pautadas por motivações de variadas índoles.Porém, e como verificámos num dos capítulos anteriores, o campo económicoestá praticamente sempre presente no decurso da decisão equando não se coloca como motivação principal, subjaz transversalmenteao processo. Se quisermos ir um pouco mais além e precisarmos comalgum rigor as linhas de acção que dão corpo à razão económica, constatamosque existem duas que sustentam, de certa forma, a preponderânciadeste factor, nomeadamente a «procura de emprego» e a «melhoriadas condições de vida» (entendidas aqui em termos materiais). A primeira,de índole mais específica, encontra-se a montante da dinâmica, ouseja, é a primícia geradora da segunda, de índole mais geral, que ajusante da dinâmica se constitui como que uma «consequência» do tipode emprego que se irá/gostaria de exercer.JACKSON (1986, pp. 17 e 18), neste sentido, faz uma análise dos modelosque explicam a motivação das migrações, concluindo que de uma formageral estão sempre intimamente relacionados com teorias ligadas aomercado de trabalho. Num primeiro momento, as migrações são vistascomo fluxos de equilíbrio entre os locais com excesso de mão-de-obra(local de partida) e com falta desta (locais de chegada). Contudo, há queter em conta o facto de que esta ligação não é assim tão rígida e linear,daí que outras variáveis devem ser tomadas em consideração (infraestruturasdo local de chegada, distância a outros centros de população, imagemcultural e social…), nomeadamente do foro económico (variedade deempregos, informação…). Significa pois que o mercado de trabalho etodos os factores internos/externos que a ele possam estar ligados,influenciam certamente a decisão do imigrante, bem como o próprio mercado.Trata-se pois de uma relação biunívoca, já que ambos os campos dosistema (indivíduo-mercado de trabalho) se influenciam mutuamente.PARNWELL (1993, pp. 101 e 102) refere que há que ter em conta quea migração, tenha ela a duração que tiver, interfere não só na economia/mercadode trabalho tanto do local de partida como do local dechegada.TASSI<strong>NO</strong>POULOS (1998, p. 11) reconhece a partir das motivações migratóriasrelacionadas com o factor trabalho, três modelos que explicam, deFátima Velez de Castro86

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