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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosadente, no segundo parece estar patente a recusa do Outro, sintoma deatitudes negativas e de recusa face ao imigrante (racismo, xenofobia…).Na Europa, e segundo OKÓLSKI (1999, p. 173), existe sem dúvida umaforte diversificação étnico-cultural, em todas as suas formas. Poderáverificar-se uma homogeneização se os fluxos da Europa de Leste semantiverem, na medida em que este grupo apresenta alguma facilidadede se integrar, seja por que processo for. Por outro lado, o facto dos fluxosse orientarem em novos sentidos (para os novos países receptores),pode exigir que a própria população autóctone tenha de apresentar umaestrutura capaz de promover qualquer um dos processos anteriormentetratados. É claro que a entrada num país exige sempre o cumprimentode todo um conjunto de regras administrativas, legislativas, económicas,fiscais… que todos, independente de serem imigrantes ou não, terão decumprir. Esse denominador comum pode ser a base para que estes novospaíses iniciem a integração, através de qualquer um dos processos.Certo é que nos encontramos numa Europa pluri-étnica, plena de contradiçõesquanto ao fenómeno da integração do Outro. A própria palavra«integração» exprime o sentido de incorporação, de inclusão, que nãopressupõe necessariamente a anulação do Outro, mas sim a coabitação.Num sentido mais ou menos lato é isso que se tende a fazer, numaEuropa una mas de sentido plural.3.3.2. A recusa do Outro: Racismo, Xenofobia e outras causasA subida de Heider ao governo da Áustria, levou a União Europeia a denunciarpublicamente as implicações negativas do racismo e da xenofobia noprocesso de construção do projecto europeu, cujo próprio sucesso implicao respeito dos princípios democráticos num clima de convivência multicultural.O teor xenófobo da campanha e a subsequente posição crítica daUnião, colocaram em relevo a importância da problemática da imigraçãona política europeia. (FERREIRA e RATO, 2000, p. 1) E o caso de Le Pen naFrança? Será que a Europa está paulatinamente a virar à direita? Entreoutras possíveis explicações, tratar-se-á de uma resposta aos fluxosmigratórios verificados, num contexto económico menos favorável? E queconsequências terá esse facto no contexto imigratório?SCHOR (1988, p. 152) refere que os imigrantes, no caso francês, têm sidodesde sempre acusados de provocarem problemas de ordem social (ligadosà delinquência, criminalidade…) e económica (ocupação «indevida» depostos de trabalho…). MILES (1987, p. 234) ao comparar com o caso inglês,Fátima Velez de Castro75

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