12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaQuando se fala nestes processos, há que ter em conta que estes sepodem desenvolver de forma mais ou menos «pacífica», conforme o tipode contacto que se estabeleceu, no entanto não deixa de haver a necessidadede adaptação, pelo menos para evitar «choques» e prover umavivência com algum bem-estar relacional. A partir desse momento, verifica-sea integração numa nova identidade colectiva (estádio 4), oumelhor, a descoberta e a assunção do seu papel/posição num novo grupo,constituído por toda uma comunidade mais ou menos heterogénea.Há portanto uma identificação em relação a essa nova realidade, nosentido em que o indivíduo se dá conta que o Outro paulatinamentese transformou num Nós, seja ele mais ou menos heterogéneo…3.3. Os dois lados de uma mesma moeda3.3.1. A coabitação pluri-étnicaÉ principalmente desde os anos 60 que a questão do encontro com oOutro tem sido tratada com mais relevância, pelas ciências sociais. Tratasepois de uma tentativa para solucionar problemas gerados por essemesmo «encontro», algumas vezes transformado em «choque», o quepor si mesmo trará problemas à integração.ORIOL (1988, p. 168) acredita que os principais obstáculos a esse processosão os de carácter económico (crises estruturais ou conjunturais…)e cultural propriamente dito: cada grupo tende a desenvolver, ou melhor,a superar esses obstáculos de maneira diferente, revelando por isso adistância cultural em relação ao(s) outro(s) grupo(s). Devemos pois ter emconsideração que cultura não é sinónimo de desenvolvimento, pois muitasvezes é o estádio de desenvolvimento da sociedade em que o grupo seencontra inserido, que prepara e dá os instrumentos capazes de proporcionarou não a «integração». A distância cultural parece, neste contexto,referir-se à própria identidade colectiva, algo muito mais enraizado eestabilizado do que o próprio desenvolvimento, que se revela mais dinâmico,mais mutável. Enquanto que a distância cultural se apresenta comoa base estrutural do grupo, o nível de desenvolvimento em que este seinsere pode considerar-se como a base conjuntural, se é que assim sepode dizer.Será pois da conexão entre ambas as partes que dependerá o maior oumenor sucesso no processo de adaptação, ou até mesmo na assimilação.Definindo os conceitos, entenda-se que a adaptação se pauta pela integraçãodo grupo migrante na sociedade de chegada, havendo por parteFátima Velez de Castro72

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!