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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaEquaciona-se que a aceitação da imigração no nosso país pode estar adegradar-se, uma vez que o European Values Study efectuou um estudoentre 1999/2000, onde constatou que Portugal era um dos países maisfavoráveis à imigração.As qualificações profissionais são, de longe, segundo o estudo do ISE, oaspecto mais valorizado e apreciado pelo autóctone no imigrante, sendouma importante ponte para a integração. A Holanda, a Noruega e a Dinamarcasão os Estados europeus mais abertos à imigração: só 11,6% dosnoruegueses e 15% dos Suecos acham que a chegada de imigrantes fazbaixar os salários nos seus respectivos países, valores estes contrapostosaos 81% de gregos e 56,7% de portugueses que acham o contrário.Nota-se portanto uma visão diferente da imigração do norte para o sul daEuropa, fruto quiçá do facto dos fluxos migratórios terem afectado inicialmenteos primeiros países e só agora estarem a afectar países mediterrânicosonde apenas prevalecia a tradição emigratória.3.2. A questão étnica e identitáriaO contacto entre o autóctone e o alóctone num mesmo território, entendidocomo pertença do primeiro, causa normalmente alguns choques.Como foi analisado anteriormente, refere-se o facto de alguns portuguesesacharem que os imigrantes deveriam abandonar os seus usos e costumes,enfim, anular um pouco da sua cultura no sentido de melhor integrarema sociedade portuguesa. É certo que este fenómeno acontece emcerta medida, tal como defende SAINT-MAURICE (1997, p. 12) ao citarMerton, referindo que a pouco e pouco se desenvolve um processo deprogressiva aculturação e assimilação por parte do imigrante, uma vezque este se adaptará paulatinamente aos valores e aos padrões do grupode referência. Mas o papel deste sai da passividade para a actividade, umavez que as próprias perspectivas económicas vêm dar origem às abordagensque privilegiam o migrante como actor, portador e gerador de cultura,daí que as sociedades envolvidas nos processos migratórios nãopermanecem imunes aos contributos culturais que, nos dois sentidos,acabam por actuar. (Ob. Cit., p.9).Será pois pertinente, enquadrado nesta problemática, começar por abordara questão da identidade, visto que é esta que define o próprio modo deser e o modo de estar do indivíduo. Do ponto de vista singular, o indivíduoapresenta uma identidade pessoal, ou seja, uma imagem de si, estruturadacom base em sentimentos, representações, projectos e experiênciasFátima Velez de Castro66

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