12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosanização do continente africano e nas intensas relações com o seu povo,pode revelar-se um aspecto preocupante a ter em consideração. Os maisaceites são os imigrantes vindos da Europa de Leste, o que faz pensar quea cor da pele e o nível de instrução sejam factores determinantes para aaceitação, neste contexto. No entanto, 97% dos inquiridos defende que osimigrantes que já se encontram estabelecidos no país, deverão usufruirdos mesmos direitos dos nacionais, sendo que 80% são favoráveis à legalizaçãodos mesmos. Parece haver um esforço, por parte dos autóctones,para integrar os imigrantes, embora a maioria (cerca de 61%) advogueque estes devam abandonar os seus usos e costumes, o que transformao processo numa autêntica absorção e anulação da própria identidadedo Outro 35 , o que por si só se pode constituir como uma barreira, a partirdo momento em que de desenvolve a manutenção identitária.No que concerne ao trabalho, 60% dos inquiridos refere que os imigrantesdeverão abandonar o país se não tiverem trabalho, apesar de reconheceremque estes ocupam os lugares que os autóctones deixam vaziose ainda que são mais mal pagos pelas mesmas tarefas desempenhadaspor um nacional.Como países do sul da Europa, Portugal e Espanha apresentam similaritudesquanto à constância de certas opiniões. A cor da pele e o trabalho(aspecto económico) prevalecem como questões colocadas à frentede qualquer outra e que marcam a percepção do autóctone face ao«estrangeiro».O jornal Público 36 apresentou também um estudo do mesmo género, realizadono final de 2003, no âmbito do Inquérito Social Europeu (ISE), feito àescala europeia e nacional. Concluiu-se que cerca de 56% dos portuguesesdefendiam que Portugal devia receber poucos ou nenhuns imigrantes.Um alarmante número de inquiridos europeus (23,2%) defende o«grau 0» de imigrantes de etnias diferentes, chegando 17,6% de portuguesesa referir que é contra a entrada de todo e qualquer imigrante,inclusive sendo da mesma raça ou etnia! Este estudo concluiu ainda que aabertura aos imigrantes aumenta à medida que se sobe no escalão derendimentos e no nível de escolaridade dos inquiridos, embora esta dinâmicaseja «anulada», caso se tratem de indivíduos com ideias políticas de«direita».35. Este assunto será discutido mais adiante.36. Este estudo veio publicado no jornal PÚBLICO, Portugal é o país onde mais pessoasdefendem zero imigrantes, Secção de Sociedade, domingo, 7 de Dezembro de 2003.Fátima Velez de Castro65

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!