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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosasegundo as respostas dos inquiridos, seriam os imigrantes procedentesda Europa Ocidental desenvolvida, de preferência os empresários e osinvestidores (Ob. Cit., p. 150). Trata-se-á de uma melhor aceitação doseuropeus? Tal não parece corresponder totalmente à verdade, na medidaem que os reformados da Europa Central e do Norte são preteridos.Neste caso, parece estar em questão uma visão materialista, relacionadacom a aceitação de imigrantes que possam captar capital para o país.A questão económica anula, neste caso, qualquer barreira que anteriormentese tinha colocado nas outras situações. 34 Talvez tal esteja relacionadocom o medo da fuga de capitais (com as remessas) patente nosoutros grupos, cuja «sangria» poderia enfraquecer economicamente opaís. Curioso notar que os inquiridos referem e sublinham a questão daaceitação de uma Europa «desenvolvida»… Está assim constatada anoção de diferença numa Europa que se pressupõe desenvolver à mesmavelocidade, o que leva a pensar que a aceitação deste grupo de imigrantestambém seria uma maneira deste país envidar uma relação com paísesde «ponta», na questão do desenvolvimento, deixando-se levar ou atémesmo beneficiando dos recursos humanos dessa realidade, o que olevaria para mais próximo dos níveis de desenvolvimento desejados.De qualquer forma, as atitudes face aos imigrados em Espanha melhoraram,principalmente da parte dos jovens e da população mais instruída.Nota-se porém que se estabelecem ainda confusões, pois a informaçãoface ao Outro ainda é passada de uma forma muito distorcida, principalmenteporque a comunicação social parece empolgar muito casos pontuaiscom magrebinos, que facilmente são generalizados à restantepopulação imigrante (PÉREZ, 1998, p. 5)Se tentarmos estabelecer um paralelismo com o caso português, assemelhanças em certos aspectos são por demais evidentes. Interessanteo facto de haver a preocupação de dar a conhecer aos mais novos a visãosobre o Outro imigrado, por parte de alguns programas escolares,nomeadamente o de Geografia. MOTA e ATANÁSIO (1998, p. 72) apresentamnum manual de Geografia do 10. o ano, as conclusões de um estudorealizado sobre a imagem que os portugueses têm sobre os imigrantesque estão/entram no território nacional. Da amostra inquirida, concluiuseque mais de 75% das respostas indicavam que não deviam entrar maisimigrantes em Portugal, sendo o grupo menos «desejado» o dos africanos,o que no caso do nosso país, com toda uma história baseada na colo-34. Os imigrantes da Europa Ocidental desenvolvida, como os inquiridos chamam, apresentamcultura e língua diferentes, facto esse que nem chega a ser referido como entraveà integração e que o era nos grupos anteriormente tratados.Fátima Velez de Castro64

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