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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosanenhuma (ou ter exercido poucas) e estar aberto a uma vasta gamade trabalhos.Porém esta teoria parece pecar por considerar só e apenas o aspectohumano. Neste sentido HUNT (1993, p. 341) insere mais dois vectores,estabelecendo nos modelos que apresenta os pólos «Imigrantes –Dimensão Económica – Espaço» e é da relação que estabelecem quese poderão verificar no fenómeno imigratório momentos de equilíbrio/desequilíbrio.A segunda situação foi materializada por este autor no Modelo de Desequilíbrio:neste paradigma considera-se que existem diferenças espaciaisnas oportunidades económicas, o que significa que a tendência evolutiva épara que à medida que o mercado se desenvolve, se tal não for contrariado,acentuar-se-ão as iniquidades. Neste caso o factor humano poderiaactuar como «amenizador», promovendo o desenvolvimento das áreasmais deprimidas, no entanto o que se verifica é que os fluxos imigratóriostendem a tomar a direcção dos centros económicos mais activos, o quepor si só irá marcar ainda mais o desequilíbrio. Tal situação é reversível,no entanto a compensação feita pelos fluxos é muito lenta, provocandoaté alguns retrocessos na situação. A situação de avanço-recuo influenciaassim a montante e a jusante a própria direcção dos fluxos, o que promoveo desenvolvimento de um ciclo vicioso em que cada um dos pólosinfluencia e é influenciado pelos outros.Ao contrário, poder-se-ão verificar situações de equilíbrio, as quais seconcretizam no Modelo de Equilíbrio. Neste caso o autor afirma que ospólos «Imigrantes – dimensão económica – espaço» são eficientes, ouseja, apresentam um dinamismo inerente capaz de compensar qualquerdesequilíbrio que se possa estabelecer. Por outro lado, a direcção dos fluxosapresenta-se como causa/consequência dessa mesma situação, oque quer dizer que essas mesmas iniquidades são compensadas pelosmesmos. As diferenças espaciais são tidas como uma mais-valia, no sentidoem que promovem uma concorrência entendida como motor dedesenvolvimento.O tempo e a velocidade dos processos parecem estar na base da diferenciaçãodestes dois modelos: no primeiro, a relação entre os três pólos éequilibrada e por isso mesmo a capacidade de recuperação/resposta ébastante rápida, ao contrário do segundo modelo, onde a adaptação se fazde uma forma muito mais lenta. Talvez por isso que as diferenças sejamtomadas como obstáculo, enquanto que no modelo de equilíbrio são consideradascomo estímulo à inovação e ao consequente desenvolvimento.Fátima Velez de Castro46

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