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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaÁLVAREZ (1993, p. 17), citando Peters, afirma que se pode considerar aMigração Voluntária como uma Migração Livre que normalmente é levada acabo por uma decisão individual/familiar, actuando sem «impulsão» oficial,embora tal se possa generalizar a um maior conjunto de indivíduos. Normalmenteeste tipo de migrações têm na sua base motivações económicas,que podem oscilar entre a simples necessidade de sobreviver e o desejo deenriquecer (elevando o próprio estatuto sócio-económico do migrante).No caso da Migração Forçada já se verifica a «impulsão» feita por um elementoexterior à vontade do próprio indivíduo. Este autor ainda identificadois níveis intermédios entre a migração voluntária ou livre e a migraçãoforçada: poderá verificar-se uma Migração Impulsionada ou Induzida, nocaso de haver um elemento exterior ao indivíduo que interfira na sua vontade,no entanto o que o lhe imprime um carácter peculiar é o facto deincluir um certo grau de liberdade de decisão por parte do indivíduo, aocontrário da migração forçada, onde o migrante praticamente não temcontrolo sobre a situação. Já quando ocorre uma limitação das entradas/saídasde migrantes, revela-se a denominada Migração Restringida,embora se deva ter em atenção que nesta situação, o elemento exteriorao indivíduo condiciona a migração a jusante da decisão e não a montante.Quer-se com isto dizer que enquanto nos casos anteriores este elementoactuava directa ou indirectamente no processo de decisão, nesta últimaactua na situação em si, no próprio processo migratório.Transversalmente a esta tipologia, este último autor apresenta ainda umaoutra tentativa de classificação das migrações, referente à qualificaçãoprofissional. Num primeiro grupo identifica as Migrações de Baixa Qualificação,constituídas por indivíduos sem nenhum ou com baixo nível deescolaridade, podendo tais fluxos serem identificados à escala local(nomeadamente nos movimentos Rurais-Urbanas) ou à escala mundial(fluxo Sul-Norte) 13 . Nos anos 60, quadros técnicos e especialistas engrossamum fluxo migratório dos países desenvolvidos para os países em viasde desenvolvimento, associados ao trabalho desenvolvido pelas ONG.Embora estas Migrações de Média/Alta Qualificação actualmente pareçamseu um pouco mais reduzidas do que outrora, a verdade é que, temporariamente,materializam fluxos mais ou menos regulares para os paísesdo Hemisfério Sul. No sentido contrário, os países desenvolvidosrecebem destas regiões alguns profissionais altamente qualificados, quepor não encontrarem condições para desenvolverem convenientemente a13. Refiro-me, nesta designação Sul-Norte, aos movimentos migratórios gerais verificadosdos países em vias de desenvolvimento do Hemisfério Sul, para os países desenvolvidosdo Hemisfério Norte.Fátima Velez de Castro37

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