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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaGONZÁLEZ e GARCÍA (2002, p. 749) referem-se à terceira etapa como delafazendo parte um conjunto de trajectórias, que poderão ser aplicadascomo tipificação das Migrações Internas: as migrações entre espaçosRurais-Urbanos, são observáveis nos países em vias de desenvolvimentoou em regiões pouco desenvolvidas, onde a conjuntura das áreas ruraisproporciona um conjunto de factores repulsivos, em contraste com asáreas urbanas que, a priori, oferecem mais oportunidades. Para que talsituação se reverta (Urbano-Rural), terá de haver uma situação de congestãoprovocada pelas movimentações anteriores. Hoje tal acontece nospaíses desenvolvidos, onde a cidade não aufere de uma atracção ao nívelda qualidade de vida que tinha há uns anos atrás, fruto de uma nova percepçãoe evolução desse mesmo conceito e da forma como é entendido.No caso das migrações Rurais-Rurais, esta tem lugar em regiões cujabase económica é fundamentalmente agrária, ligada à própria sazonalidadedo sector. Neste caso, a natureza dita o ritmo do fluxo, mais até doque nos anteriores dois tipos de migrações. Parece pois que o Homemapenas tem o papel exclusivo nas migrações Urbanas-Urbanas, verificadasem países com elevadas taxas de urbanização e em que os factoresatractivos/repulsivos são «fabricados» pelo próprio Ser Humano, à excepçãodos grandes movimentos provocados por catástrofes naturais.No que concerne ao vector tempo, DE MARCO (1989, p. 227) aduz umaclassificação de lógica similar à anterior:Figura 5 – Classificação das Migrações Internacionais (Tempo)EconómicasMigraçõesInternacionaisPermanentesTemporáriasPolíticase IdeológicasRegularesIrregularesNaturaisou FisiográficasAdaptado de DE MARCO (1993).1. a Etapa 2. a Etapa 3. a EtapaNeste caso a autora acha pertinentes as motivações (2. a Etapa), como factordecisivo para que se estabeleça uma ordem temporal, ou melhordizendo, para que o indivíduo tome uma decisão que o leve a prolongar ouencurtar a sua permanência no local de chegada. No entanto esta temporalidade,mais ou menos longa, pode conter no seu íntimo algumas fasesFátima Velez de Castro35
A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosaou ciclos, que irão conferir um carácter mais ou menos regular ao movimentomigratório.Figura 6 – A regularidade/irregularidade temporal nos movimentos migratóriosTemporáriaPermanenteMovimentos dechegada/partidaFim efectivoda migraçãoContinuidade damigraçãoElaboração própria (2003).No caso das migrações temporárias, o carácter de irregularidade poder--se-á acentuar ainda mais, visto que se tratam de migrações de curtaduração, relacionadas muitas vezes com economias temporalmentecomplementares ao longo do ano através de ritmos estacionais marcados(ÁLVAREZ, 1993, p. 13).Embora estes dois vectores sejam considerados os principais na questãoda classificação das migrações, existem outros que são tomados em consideraçãopor estes autores, nomeadamente a forma como a migração éfeita e a qualificação profissional dos migrantes. Se no primeiro casoestamos perante uma classificação mais de âmbito geral, no segundoentramos numa área mais específica e mais restringida a uma área queé transversal a todas as outras, embora qualquer uma destas áreasse possa correlacionar entre si. No que concerne à forma de migrar,DE MARCO (1989, p. 243) apresenta a seguinte classificação:Figura 7 – Classificação das Migrações Internacionais (Forma)MigraçõesInternacionaisVoluntáriasForçadasQualificadasSemi-QualificadasNãoQualificadasIndividual//FamiliarColectivaEm MassaAdaptado de DE MARCO (1993).Fátima Velez de Castro36
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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaGONZÁLEZ e GARCÍA (2002, p. 749) referem-se à terceira etapa como delafazendo parte um conjunto de trajectórias, que poderão ser aplicadascomo tipificação das Migrações Internas: as migrações entre espaçosRurais-Urbanos, são observáveis nos países em vias de desenvolvimentoou em regiões pouco desenvolvidas, onde a conjuntura das áreas ruraisproporciona um conjunto de factores repulsivos, em contraste com asáreas urbanas que, a priori, oferecem mais oportunidades. Para que talsituação se reverta (Urbano-Rural), terá de haver uma situação de congestãoprovocada pelas movimentações anteriores. Hoje tal acontece nospaíses desenvolvidos, onde a cidade não aufere de uma atracção ao nívelda qualidade de vida que tinha há uns anos atrás, fruto de uma nova percepçãoe evolução desse mesmo conceito e da forma como é entendido.No caso das migrações Rurais-Rurais, esta tem lugar em regiões cujabase económica é fundamentalmente agrária, ligada à própria sazonalidadedo sector. Neste caso, a natureza dita o ritmo do fluxo, mais até doque nos anteriores dois tipos de migrações. Parece pois que o Homemapenas tem o papel exclusivo nas migrações Urbanas-Urbanas, verificadasem países com elevadas taxas de urbanização e em que os factoresatractivos/repulsivos são «fabricados» pelo próprio Ser Humano, à excepçãodos grandes movimentos provocados por catástrofes naturais.No que concerne ao vector tempo, DE MARCO (1989, p. 227) aduz umaclassificação de lógica similar à anterior:Figura 5 – Classificação das Migrações Internacionais (Tempo)EconómicasMigraçõesInternacionaisPermanentesTemporáriasPolíticase IdeológicasRegularesIrregularesNaturaisou FisiográficasAdaptado de DE MARCO (1993).1. a Etapa 2. a Etapa 3. a EtapaNeste caso a autora acha pertinentes as motivações (2. a Etapa), como factordecisivo para que se estabeleça uma ordem temporal, ou melhordizendo, para que o indivíduo tome uma decisão que o leve a prolongar ouencurtar a sua permanência no local de chegada. No entanto esta temporalidade,mais ou menos longa, pode conter no seu íntimo algumas fasesFátima Velez de Castro35