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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosano entanto se estivermos perante uma Migração Permanente, tal já teráde se verificar. PAILHÉ (2002, p. 74) comunga da mesma ideia, emboraacrescente uma dimensão espacial mais marcada, ao defender que énecessário que se efectue uma deslocação significativa.Como podemos constatar, nestas concepções apenas se encontracontemplada a dimensão espacial, o que parece ser um pouco reducionistaà partida, visto que este fenómeno implica também aspectos relacionadoscom motivações sociológicas e económicas. Nesta linha deideias, HALFACREE e BOYLE (1993, p. 334) vêem referir que ao definirmoseste conceito e todos os que lhe são adjacentes, deveremos ter sempreem conta que uma migração também se trata da resposta ao estímuloproporcionado por outro local, que não o de residência. Depreenderemospois que este «estímulo» traduza todo um conjunto de motivações, dasmais variadas índoles, que leve o indivíduo(s) a sair(em) para outro local.MALHEIROS (1996, p. 30), relativamente a este conceito, vai um poucomais longe, circunscrevendo também a migração temporária a um limitetemporal de um ano e à actividade económico/social que irá ser desenvolvida(trabalho ou estudo). No entanto, sobre a migração definitiva ou permanente,apenas tem em conta o carácter espacial, ou seja, a deslocaçãoem si e o carácter temporal, que neste caso não apresenta o momento deregresso (retorno) para o local de origem.Ambas não devem ser vistas de forma isolada: muitas vezes o que aconteceé que a migração temporária se transforma em migração permanenteou definitiva, até porque o migrante prolonga a sua permanência nolocal. Tal facto será fruto da fixação da residência, da estabilização do trabalho,e portanto, da obtenção/manutenção de uma certa qualidade devida que o «atrai» e justifica a permanência no local de chegada.No entanto, será necessário uma reflexão no que concerne aos limitestemporais… não parece de todo correcto chamar-se migração «definitivaou permanente», uma vez que a carga etimológica de cada palavra nãodeve ser perdida num único sentido. Sendo assim, será lógica a propostade uma revisão dos conceitos existentes, embora se deva ter em conta aefemeridade dos termos que irão ser sugeridos, os quais não se encontramtanto na linha da utilização/generalização, mas antes na génese daassolução da necessidade de reflectir sobre algumas questões.Assim, pode-se fazer apelo à designação temporária, quando se trata deuma migração com duração até um ano ou mais, desde que não haja obrigatoriamentemudança do local de residência, melhor dizendo, quando omigrante apenas tem como objectivo principal auferir de rendimentosFátima Velez de Castro24

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