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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosanuma perspectiva futura que ainda se assemelha um pouco longínqua, sódepois da independência face aos pais.Já quando questionados acerca do caso de Vila Viçosa, ou seja, se gostariamde sair deste concelho para qualquer outro de Portugal, continuama ser os mais novos a dizer que sim (8% dos imigrantes inquiridos), contudoum número significativo refere que não gostaria de partir (42% dosimigrantes inquiridos), preferindo ficar. A posição é justificada não sópela questão económica (referem que aqui há disponibilidade deemprego), como também pelo facto de muitos deles aqui terem reunidoa família, bem compatriotas do país de origem e alguns portugueses, quecertamente estão na base do bom ambiente referido. E mesmo os 50%de inquiridos que afirmaram ainda não ter pensado muito no assuntoacrescentaram que, apesar da sua indecisão, se sentem bem em VilaViçosa.Portanto, e perante estas perspectivas de futuro, parece que apesar dehaver alguma intencionalidade no regresso, quando não o há, a tendênciaé para que o imigrante de Leste pretenda ficar mais algum tempo no país,mais precisamente em Vila Viçosa. A disponibilidade de emprego e a tranquilidadedo local parecem ser atractivos suficientes para basearem estadecisão. Por outro lado, ir para outro país da União Europeia poderiatransformar-se num retrocesso. A verdade é que muitos referiram nãoterem imigrado para outro país da União, pelo facto de serem postos maisentraves ao processo de entrada e regularização de imigrantes. Por isso,face à relativa facilidade de entrada e regularização no nosso país, eperante condições sociais e económicas satisfatórias, é natural que nãoestejam interessando em procurar novos destinos, pelo menos enquantoas condições assim se mantiverem.O contacto com o país de origem também nos poderá fornecer algumaspistas sobre o futuro desta migração. A totalidade dos inquiridos referiumanter contactos com o país de origem, uma vez que lá deixaram partedos familiares, os quais poderão, um dia mais tarde, ser o móbil da suavolta. Por outro lado, verifica-se que os contactos são de índole afectiva,ou seja, as saudades são apaziguadas através de telefonemas ou de eventuaisencomendas que são trocadas, constituídas por produtos do país deorigem (produtos alimentares específicos, livros…). Por exemplo, foi referidopor um casal com filhos a frequentar o 1.º Ciclo do Ensino Básico,que recebem, quando necessário, encomendas com livros escolares emmoldavo, para que os seus descendentes aprendam esta língua paralelamenteao português.Fátima Velez de Castro236

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