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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila Viçosafamília, do que propriamente aqueles que imigraram sozinhos. Normalmenteos que têm família dedicam-se a ela e trabalham no sentido deprover e promover toda a harmonia e estabilidade possível a esse núcleo,o que se reflecte obviamente nas motivações e no comportamento doindivíduo, fazendo com que por isso seja respeitado pela própria comunidade.Contudo, os indivíduos que migram individualmente aceitammelhor as situações precárias, porque não têm a família directamenteenvolvida, daí que muitas vezes se gerem situações ligadas ao álcool e adistúrbios, por isso, a população vê no «imigrante individual» umaameaça à ordem pública. Como aqui a esmagadora maioria dos imigrantestrouxe a família, a comunidade vê neste grupo uma vontade e umesforço para a integração, que progressivamente é atingido.E são os próprios autóctones que chegam a denunciar casos de injustiças.Apesar de 73% dos inquiridos achar que os imigrantes estão bem inseridosna comunidade de Vila Viçosa, 27% acha que não, uma vez que conhecemsituações onde de exploração no trabalho. Por outro lado, 94% dosautóctones acha que a vida da comunidade em si não foi alterada. Tudoparece indicar que esta comunidade está no bom caminho para a integraçãodos imigrantes da Europa de Leste no seu quotidiano.3.3.2. As relações Imigrante/AutóctoneA presença do imigrante na vida diária de Vila Viçosa não deixa a comunidadeindiferente. O Outro é notado e o seu papel assumido, sendo tal factopromovido por factores como a proximidade de residência, ou porque seestabelece o conhecimento no local de trabalho, ou ainda porque há umaprofundamento das relações e se desenvolvem laços de amizade. A presençado imigrante da Europa de Leste, especialmente dos moldavos(grupo que imigrante em maioria face a outras nacionalidades, em VilaViçosa), é manifesta e o autóctone vivencia o seu dia-a-dia com base emrelações que paulatinamente se vão estabelecendo.Quando se reflecte sobre as relações estabelecidas com a comunidadeimigrante, verificamos que 54% dos inquiridos autóctones afirmam queapenas conhecem «de vista» alguns indivíduos, sendo que, apesar de secumprimentarem, não estabelecem qualquer tipo de diálogo que possavir a gerar algum tipo de relacionamento. É comum, em vilas e povoaçõesrelativamente pequenas do Alentejo, as pessoas cumprimentarem-se narua, independentemente de se conhecerem ou não. Normalmente, osimigrantes de Leste aproveitam essa particularidade cultural, para promovera aceitação e a integração, já que são eles os primeiros a cumpri-Fátima Velez de Castro229

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