12.07.2015 Views

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaVila Viçosa. A integração no quotidiano, principalmente ao nível de relaçõesestabelecidas no trabalho e na habitação (vizinhança), começam atornar-se cada vez mais comuns. No grupo dos Africanos (PALOP) háuma maior contradição. Se por um lado há em comum a língua portuguesa,por outro as características físicas e as diferenças culturais parecemser entraves na aceitação.O factor histórico intervém na visão que se construiu deste grupo, maisespecificamente a Guerra Colonial. Alguns inquiridos participando apenaspor uma questão de obrigatoriedade imposta pelo regime da época, referiramter feito amizades com africanos e que por isso lhes são um grupobastante próximo. Contudo, são os mais velhos, os que participaramneste momento histórico, que mostram esta atitude, a qual nem sempreé seguida de perto pelos mais jovens.Os «Reformados» (Europeus) 193 (2,3) e o grupo dos Chineses/Indianos(1,6) foram aqueles cujos autóctones assumiram ter menos afinidade,revelando que para isso muito contribui o facto de nunca terem tidocontacto com membros desses grupos de imigrantes. Contudo, as característicasfísicas e as diferenças culturais parecem ter intervido nahierarquização.Analisando mais especificamente os motivos que levam os inquiridos apreferir ou preterir um grupo de imigrantes relativamente a outro, constatou-seque a razão que levou os membros da amostra ter mais afinidadecom determinado grupo foi o facto de falarem a mesma língua dogrupo em questão (58% das respostas), ou de já terem estabelecido relaçõesde amizade com os seus membros (44% das respostas) e as característicasfísicas em comum (19% das respostas). Ao contrário, o quelevou à escolha do grupo com que revelaram ter menos afinidades foi ofacto de nunca terem conhecido/contactado com ninguém do referidogrupo de imigrantes (68% das respostas), o facto de não conhecerem asua língua (40%) ou de revelarem hábitos (24%) e características físicas(16%) diferentes. O aspecto físico e a língua são os aspectos que prevalecemem ambas as situações, ou seja, a visão do primeiro contacto.O primeiro factor parece impensável nos dias que correm. O processo deglobalização e a disponibilidade de informação transmitida pela comunicaçãosocial, coloca à disposição do indivíduo o conhecimento, ainda que193. Correspondem a indivíduos que após entrarem no seu período de reforma,procuram o sul da Europa para viver (os já falados Sun-Seekers).Fátima Velez de Castro227

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!