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A EUROPA DO OUTRO – A IMIGRAÇÃO EM PORTUGAL NO ... - Acidi

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A <strong>EUROPA</strong> <strong>DO</strong> <strong>OUTRO</strong> – A IMIGRAÇÃO <strong>EM</strong> <strong>PORTUGAL</strong> <strong>NO</strong> INÍCIO <strong>DO</strong> SÉCULO XXI – Estudo do caso dos imigrantesda Europa de Leste no concelho de Vila ViçosaNeste caso, os autóctones de Vila Viçosa, quando inquiridos sobre aentrada de mais imigrantes em Portugal, mostram-se apreensivos, tantoque 46% dos inquiridos não concordam com esta vinda. Justificam a suaposição essencialmente com argumentos de ordem económica, ou seja,69% dos inquiridos que revelaram esta posição acham que não devementrar mais imigrantes em Portugal, uma vez que irão ocupar pontos detrabalho que deveriam ser apenas para os nacionais, provocando umasituação de concorrência. Além disso, 20% acrescenta a estes argumentoso facto de que os seus costumes poderão incomodar a comunidade,além de que poderão representar um perigo para a segurança da mesma.Há ainda quem tenha referido que a conjuntura económica poderia levar asituações de eventual desemprego entre os imigrantes, o que potenciariaa insegurança e a própria mendicidade.Dos 54% de inquiridos que revelam uma opinião contrária, cerca de 76%refere que os imigrantes ajudam a desenvolver a economia do país atravésdo seu trabalho e que, além disso, executam tarefas que muitosnacionais não querem desempenhar, portanto, por si só não ocupam postosde trabalho dos nacionais (até porque não quer dizer que estestenham de ser única e exclusivamente para os nacionais). Por outro lado,também está patente a ideia de que os imigrantes podem trazer novasideias que beneficiem alguns aspectos da vida económica e científica portuguesa.191 Entre estes autóctones, vigora a ideia de que os Europeus deLeste são indivíduos com bastante capacidade de trabalho e que, conjuntamentecom outros grupos migratórios, poderão integrar a populaçãoactiva, o que seria benéfico para a estrutura demográfica e socialportuguesa.Apesar de se verificar que a amostra tende a travar a entrada de mais imigrantes,mostrando um receio de eventuais situações de exclusão social,provocada por uma saturação das ofertas do mercado de trabalho, revelamuma certa capacidade de aceitar o Outro que já cá se encontra, já que94% dos inquiridos refere que concorda com a permanência dos imigrantesque se encontram em Portugal e cuja situação está legal. Os 6% deinquiridos que não concordam com a permanência dos imigrantes legalizados,argumentam que Portugal já tem demasiados imigrantes, os quaisnão pertencem ao país e que estes ocupam os empregos dos nacionais.Apesar de nunca se assumirem como tal, revelam uma atitude queresvala para um comportamento bastante intolerante.191. Muitos deles têm formação superior, que poderão ser ligadas à área da investigaçãoe inovação.Fátima Velez de Castro222

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